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☆ Capítulo 15

Como uma mariposa em direção à chama
Eu te atraio, eu te afasto
Do que você precisa inicialmente
Está apenas a uma chamada de distância
Moth To a Flame _ The Weeknd (feat. Swedish House Mafia)

Jungkook Edwards

Não sei o que estou fazendo, acho que estou doente.

Ou louco, certamente louco seria uma ótima definição. Isso
explicaria o motivo pelo qual estou aqui.

Passo pela entrada sem chamar atenção, os dois seguranças apenas
meneiam a cabeça quando entro mascarado. Eles não se importam de
checar quem sou e nem mesmo se faço parte de Northview.

Preguiçosos do caralho.

Não que eu esteja achando ruim o fato da segurança deles ser uma
merda, apenas me irrita que eles deem tanta bandeira em uma noite de
iniciação.

Porque com certeza esse é o motivo para essa festa de máscaras. Ao
menos é o único que faz sentido na minha cabeça, uma vez que Lisa não
está mais na sociedade e Caleb deve precisar de novos membros para
substituí-la.

E, bom, se essa for uma iniciação, faria sentido o fato dela estar
aqui. Talvez queira assistir ao trote da noite ou qualquer outra merda do
tipo. Afinal, ela era um deles.

Mas eu não. Eu não faço parte de nada disso. Então, o que estou
fazendo? Por que caralhos a segui até o território inimigo?

Eu poderia estar fazendo qualquer maldita coisa nesse exato
momento, mas fui até sua mansão, interessado demais em saber qual era o
seu compromisso, e quando a vi chamar um carro por aplicativo, vim atrás
dela como um fodido psicopata.

Qual é a porra do seu problema, Jungkook?

Por que está agindo dessa maneira? Por que ela tem tanto poder
sobre você a ponto de transformá-lo em um idiota que faz merdas, como
ligar embriagado e invadir uma festa dos Corvos quando sabe quão doentis
eles são?

Cacete, Lisa.

O que você está fazendo comigo?

Eu poderia dar meia-volta agora mesmo, porém, passo por entre as
pessoas, decidido a ver o que ela fará.

Acompanho suas costas, seguindo o
vestido preto de gola alta e mangas longas.

Ela está absurdamente bonita, mesmo com uma roupa comum, e
isso me irrita.

Me irrita que ela tenha uma aparência sempre tão impecável. Me
irrita que eu tenha me aproximado dela na faculdade, porque não consegui
controlar meus fodidos pés e, por um instante, esqueci sobre nosso acordo.

Esqueci de tudo.

Me irrita que ela tenha uma língua tão afiada e que suas respostas
sempre me deixem ansioso para ver mais dela e descobrir tudo a seu
respeito. Me irrita que eu não consiga entendê-la, como faço com todos os
outros. Me irrita que eu tenha ligado para ela e sequer lembre o que foi dito.

Me irrita que seus olhos sejam tão vazios e que minha boca solte palavras
impensadas somente para testar sua reação, na tentativa de arrancar algo
dela.

Tudo em Lisa me irrita, desde o seu cheiro até os mistérios que a
rondam. Porém, esse não é o problema.

O grande e verdadeiro problema é que o meu fascínio e interesse por
ela são maiores do que qualquer tipo de irritação.

Desgraçada.

Você está ferrando comigo.

Assisto quando ela se esgueira discretamente por entre as pessoas e
inclino a cabeça ao reparar que ela também tenta passar despercebida.

Por quê?

Seus passos são determinados e ela caminha como se tivesse um
propósito pré-definido. A festa está bem cheia, nem todos usam máscaras, e
por um momento a perco de vista.

Malditos Corvos por chamarem tantas pessoas.

Mas sei por que eles fazem isso, sei que seus trotes costumam ser
mais pesados do que deveriam e que caso algo aconteça, há vários álibis
que os viram para atestar a inocência dos membros mais antigos.

E embora esteja bem cheio, sei que apenas dez, no máximo, devem
ser selecionados para passarem pela fase um. Os rumores dizem que essa é
uma das primeiras e que quase todos já desistem nela.

Não sei o que caralhos eles fazem, mas sei que não é o modus
operandi do restante das sociedades de Northview, ou melhor, de sociedade
nenhuma. Os Corvos agem sob sua própria lei. Eles não ligam para a ordem
e por isso estão propensos a caírem.

Vejo Caleb com um sorriso doentio no rosto e seus olhos passeiam
pelas pessoas na festa, como se estivesse ansioso. Abaixo minha cabeça,
mesmo estando de máscara, porque não tenho a menor intenção de ser
reconhecido.

Sei que eu não deveria estar aqui.

Quando ele passa, volto a procurar por Lisa e a encontro entrando
em uma porta no final do corredor. Por um instante, fico em dúvida entre ir
atrás dela ou não. Ela pode ter marcado de se encontrar com alguém e,
porra, tudo o que eu não quero nesse momento é vê-la com outra pessoa.

Meus instintos em relação a ela andam estranhos e verdadeiramente
temo o que eu poderia fazer.

Mas basta pensar por um segundo para perceber que na verdade
estou pouco me fodendo. Eu poderia espancar a outra pessoa e não daria a mínima, uma vez que ele tocou em algo que me pertence.

Porque, sim, enquanto nosso acordo existir, Lisa me pertence.

Empurro a porta entreaberta sem dificuldade alguma e não deixo de
reparar na fechadura eletrônica ao lado dela. E se Lisa entrou, isso
significa que ela não apenas sabia a senha, como deixou a porta entreaberta
de propósito.

Ela está mesmo esperando por alguém?

Por não saber o que esperar, me surpreendo ao ver um quarto sem
decorações. E embora ele seja luxuoso, não há nada que indique o seu dono.

Não acredito sequer que haja um, visto que parece um quarto de hóspedes.

Mas por que um quarto como esse teria uma fechadura eletrônica?

Lisa está encarando a janela e vira seu rosto em minha direção no
exato instante que fecho a porta atrás de mim e tiro a máscara para fitá-la.

Ela não parece surpresa com a minha presença.

— Claro que seria você. — Seu tom é cheio de sarcasmo.

Sorrio em sua direção.
— Acho que temos uma conexão — provoco e ela revira os olhos.

— Você parece uma maldita assombração, onde quer que eu olhe
você está lá.

— Vou levar isso como um elogio.

— Não leve. Sinto que o verei até mesmo durante a noite quando
abrir os meus olhos, é quase assustador.

— Você pode me ver com os olhos fechados também, não tenho
problema se quiser sonhar comigo.

— Deus me defenda de tal pesadelo — murmura e eu acabo
sorrindo de modo inevitável.

Porra.

Não sorria para ela. Não sorria por causa dela, ao menos não
verdadeiramente.

— Esse era o seu compromisso? — questiono com desdém.

— Como isso pode ser da sua conta?

— Achei que você não quisesse ter mais nenhum contato com os
Corvos depois do último encontro com Jackson.

Ela dá de ombros.
— Você não deveria estar em outro lugar? Por que me seguiu até
aqui?

— Então você notou.

— Você sequer tentou ser discreto — debocha. — E onde diabos
conseguiu essa máscara tão rápido?

Encaro o objeto em minhas mãos, é a mesma que usei na noite da
nossa iniciação e que ficou esquecida no banco de trás.

— Ela estava no meu carro.

— Já é a segunda vez que o vejo com uma, você tem alguma tara
por máscaras?

Bufo, porém, antes que eu tenha chance de responder, escutamos o
barulho das risadas se aproximando.

Lisa me encara, assustada, e corre até
mim, me puxando para dentro do banheiro e girando a maçaneta com
cuidado.

Olho para ela, confuso, assistindo quando ela escora suas costas na
porta e fecha os olhos.

— O que isso significa? — sussurro.

Ela balança a cabeça em uma negativa, me pedindo para ficar
calado. Fico perto dela, notando que seu semblante parece verdadeiramente
assustado.

Meu olhar desvia pelo seu corpo, procurando um motivo para isso e
uno as sobrancelhas ao fitar seu relógio.

Ela sempre está com ele, mas esse
não é o único fator que chama minha atenção, e nem a forma que ele
aparenta estar mais frouxo do que deveria, e sim o modo que seus
batimentos parecem acelerados.

Cento e treze brilha no visor, contudo, ela esbanja tranquilidade no
semblante.

Por que seu coração bate tão fortemente? Por que ela o monitora?

Tenho pesquisado algumas opções, só que ainda não cheguei em
nenhuma conclusão. Encaro seu rosto em busca de uma resposta, mas ela
não me oferece nada. Seu semblante é inexpressivo e o seu foco está
voltado para a conversa que acontece no quarto, me obrigo a fazer o
mesmo.

— Quantos você acha que vão passar dessa vez? — Reconheço a
voz de Jackson com facilidade por tê-la escutado recentemente.

— Uns cinco? A metade é uma boa estimativa, embora talvez nem
todos consigam — Caleb responde e parece se divertir com isso. — Será
que algum vai mijar de medo, vomitar ou chorar como da última vez?

— Não sei, porra.

— Não terá tanta graça se não for assim.

Uno as sobrancelhas.

Que merda é essa?

Lisa fecha os olhos e tudo nela, desde os lábios retesados até o seu
corpo tensionado, deixa claro o quanto despreza a conversa dos dois.

— Você escondeu no mesmo lugar de sempre?

— Claro, basta pegar a bolsa preta no armário.

Escuto o barulho de uma porta sendo aberta e não desvio o olhar de
Lisa. Ela leva a mão até sua testa e massageia as têmporas como se a
região estivesse doendo.

— Você está bem? — sibilo com os lábios, sem fazer nenhum som.

Ela acena e continua esfregando a área, porém Deus tem um senso
de humor estranho e decide brincar conosco no pior momento possível.

Essa é a única explicação plausível para que o relógio mal-colocado acabe
caindo somente com o movimento brusco e repetitivo do seu braço contra
suas têmporas.

Lisa arregala os olhos quando o objeto bate contra o chão e minha
mão vai até sua boca por puro reflexo, impedindo que ela deixe algum som
escapar.

— Você ouviu isso? — Jackson pergunta e as íris de Lisa seguram
as minhas de modo apavorado.

Seus lábios estão tapados por minha mão e aproximo nossos rostos
como se garantisse que tudo ficará bem, ela assente em puro silêncio.

Não sei por que ela demonstra tanto medo.

O que eles poderiam fazer?

A ansiedade em saber se ele está se aproximando ou não faz com
que uma onda de adrenalina se espalhe pelo meu corpo.

Eu quebrarei a cara desse filho da puta por deixá-la assustada.

Juro que o deixarei irreconhecível se ele falar alguma merda.

Controlo a raiva para que minha mão contra sua boca não trema e
ela engole em seco, me encarando.

— Acho que você está ouvindo coisa, ninguém além de nós tem a
senha do quarto. Então vamos logo, caralho — Caleb rosna. — Só estamos
perdendo tempo.

— É, só nós dois sabemos — fala e seu tom parece esquisito até
mesmo para mim.

Escuto os passos se afastarem e as vozes ficarem distantes. E
somente quando ouço a porta ser fechada, afasto meus dedos dos seus
lábios.

Lisa suspira, puxando o ar rapidamente. Suas mãos vão até os
joelhos e ela se apoia, como se tivesse corrido uma maratona.

— Ele sabe — diz.

— O quê?

— Jackson sabe que eu sei a senha, ele me contou uma vez quando
viemos ficar na sua casa. Ele está suspeitando que eu esteja aqui,
precisamos ir antes que ele me veja.

— Por que ele não poderia ver? — questiono, verdadeiramente
curioso.

— Porque ele saberia o que vim fazer aqui, contaria para Caleb e
meu irmão me puniria. — Seus lábios se repuxam de forma depreciativa.

— Que merda isso significa?

— Não tenho tempo para isso, fique se quiser. — Ela se vira,
abrindo a porta lentamente.

Olho para o relógio esquecido no chão e me abaixo, pegando-o com
velocidade e o colocando no bolso de forma discreta.

Lisa sai na frente, como se guiasse o caminho e acompanho seus
passos rápidos, sorrindo quando a vejo de cabeça baixa para esconder seu
rosto.

Chego perto dela e coloco a máscara em minha mão sobre sua
cabeça, ajudando-a com seu disfarce.

Lisa se vira e vejo um resquício de
surpresa em seu olhar. Espero que ela negue o objeto, mas ela o aceita de
bom grado.

Esse é o território dela.

Claro que ela precisa de disfarce mais do que eu, visto que é mais
fácil a reconhecerem. Sequer sei por que ela não está usando uma.

E é claro que só fiz isso pensando nos meus próprios interesses,
afinal, talvez eu consiga alguma informação ajudando-a.

Quando chegamos perto da saída, seu corpo retesa e entendo o
motivo quando vejo Jackson de costas para nós, encarando o jardim à
frente. Os seguranças me encaram com estranheza, como se reconhecessem
meu rosto e meneio a cabeça.

Minha mão procura pela sua e entrelaço nossos dedos como se
estivéssemos juntos para levantar menos suspeita. Lisa me encara e sorrio,
andando com ela de mãos dadas naturalmente.

As coisas ficariam feias se eles me vissem agora.

Assim que ganhamos uma distância considerável para não levantar
tantas suspeitas, puxo sua mão, nos fazendo dar uma volta na casa em uma pequena corrida até alcançar o meu carro.

Ela não questiona. Na verdade, ela não fala e não faz nada ao ser
puxada por mim.

Quando paro em frente ao Range Rover, ela se escora contra o
veículo.

— Está tudo bem? — questiono, preocupado, sua atitude parece
estranha e diferente de como ela normalmente age.

Quando ela não responde nada, tiro a máscara do seu rosto para fitá-
la claramente e pisco ao ver sua palidez.

Lisa está pálida para um caralho.
E suada.

— Que merda é essa? — ralho, mas ela não esboça nada.

Seu olhar está vidrado e ela não parece me ouvir, como se seus
sentidos não estivessem funcionando.

Suas mãos tremem.

— Lisa — chamo com urgência, segurando seus ombros. E, de
modo automático, meus olhos desviam até seu pulso em busca do relógio,
só agora lembrando que ele está em meu bolso.

Penso em tirá-lo e colocá-lo nela, porém, não tenho tempo para isso.

Não tenho tempo nem mesmo de raciocinar, porque ela apenas escora sua
cabeça em meu ombro e apaga.

Desmaiando em meus braços outra vez.

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