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d e s e s s e i s

      — Não vou perder meu tempo com você. – e por fim, Cameron diz e se vira saindo do banheiro. Eu fico parada no mesmo lugar por alguns segundos, com tudo passando em minha mente, como flashes. Ao me recompor, vou até o espelho e me olho.

      Sinto uma lágrima grossa descer por minha bochecha direita e logo eu a limpo, coloco meu cabelo ruivo de lado, respiro fundo e quando estou para sair do banheiro, ouço um choro abafado.

      — Tem alguém aí? – pergunto, receosa. O banheiro é dividido em 5 compartimentos, vou abrindo as portas, mesmo não obtendo respostas, mas quando chega na terceira porta, vejo que ela está trancada. — Quem está aí? – questiono novamente e ainda não obtenho resposta. Dou duas batidas na porta e a pessoa para o choro e, minutos depois, a porta é aberta e por ela passa Kendra. Seu cabelo continua o mesmo de sempre,  parecendo nunca ter visto um pente, seu rosto está bem vermelho e seus olhos inchados por causa do choro.

      Imediatamente, limpo os últimos vestígios de lágrimas que tem em meu rosto e observo a garota a minha frente.

      — Está tudo bem? – pergunto, com calma. Kendra respira fundo e me olha uma última vez antes de se virar para o espelho.

      — E você se importa? – ela diz com voz de choro. Eu me aproximo dela, toco o seu ombro e ela se afasta bruscamente do meu toque, voltando a chorar. Em questão de segundos, a garota cai no chão e se desmancha em choro mais ainda.

      Eu dou dois passos para trás, dando uma última olhada para Kendra no chão e quando me viro para ir embora, eu paro. Você não é tão diferente assim de mim ecoa pela minha cabeça e eu não penso duas vezes ao ir até ela de novo.

      — Olha. – começo, com calma. — Eu sei que eu sou uma pessoa ruim, já fiz coisas horríveis, mas eu estou aqui. – levo minha mãe até seu ombro, lhe dando um conforto.

      — Eu estou grávida. – ela diz, baixo, porém audível a mim. Franzo o cenho e olho para aquela garota inconformada. Kendra, a maior nerdona da sala, não se cuida e está grávida?

      — Você fez o teste de farmácia? – deixo os julgamentos de lado e vou direto ao ponto. Ela nega com a cabeça, após eu fazer a pergunta.

      — Minha menstruação está atrasada a uma semana e eu estou sentindo alguns enjoos. – ela diz. Após alguns minutos ainda no chão do banheiro, consigo fazer Kendra se levantar do chão, jogar uma água no rosto, prender o cabelo e a convenço a ir na enfermagem do colégio. Ela relutou um pouco, mas achou melhor ir e tirar a dúvida de uma vez.

      Ao sairmos do banheiro, não havia ninguém nos corredores e a nossa locomoção foi mais fácil até a enfermagem. Chegando lá, Kendra diz que supostamente está grávida para o enfermeiro, ele faz algumas especulações para a mesma e logo após lhe dá um teste de farmácia que estava junto a outros no armário comprido do lado esquerdo da sala.

      Fico sentada esperando Kendra dar algum sinal de vida, mas me sinto muito ansiosa. Bato meu pé freneticamente no chão, resultando em encaradas do enfermeiro me repreendendo. Por fim, a porta do banheiro da enfermagem faz um rangido, mostrando estar sendo aberta e por ela aparece Kendra, ela olha para o teste em suas mãos e para mim, para o enfermeiro e logo após sorri.

      Lhe olho sem entender e então, ela grita feliz.

      — Eu não estou grávida. – nesse momento, um suspiro de alivio sai pela minha boca e eu fico feliz em vê-la feliz. Kendra vem até mim e me dá um abraço apertado, após alguns segundos, eu retribuo, achando tudo muito estranho. — Muito obrigada. – ela diz, com sua voz abafada.

      — Tudo bem! – digo. O enfermeiro disse que precisava conversar com Kendra e eu disse que já estava de saída. Olhei na tela do meu celular para ver as horas e vi que eu havia perdido uma aula e estava no meio da outra, decidi assistir o final da aula ao invés de perde-la.

      Assim que chego na porta da sala de aula, varro a sala com os olhos e vejo que todos os olhares estão sobre mim.

      — Com licença. – digo ao professor, que estava explicando algo para os alunos até eu o interromper.

      — Resolveu dar o ar da graça, senhorita Jansen? – ele pergunta e toda a sala sorri. Sem esperar muito, entro na sala e vou para a única cadeira vazia, na fileira do canto. Dou passos rápidos até minha cadeira, o barulho do meu salto ecoa por toda a sala silencio, me causando um desconforto. — Quem lhe deu permissão para entrar na minha aula? – assim que me sento, o professor diz. O encaro sem graça, o olhar da sala se volta para mim, algumas risadas são dadas e então, ouço uma voz dizendo:

      — Ela estava se agarrando com aquele garoto do cabelo esquisito. – Cameron. Sua voz ecoa por toda sala e o pessoal em peso caem na gargalhada.

      — E se eu estivesse? O que você tem haver com isso? – digo, firme. A sala toda se cala e só então eu percebo a presença de Hamish na sala. Fecho minha boca e fico sem dizer mais nada.

      — Senhorita Jansen, sala da diretora. – o professor ordena.

      — Mas, professor... – tento retrucar, mas ele faz um sinal de silencio para mim.

      — Agora. – bufo irritada, mas saio da sala. Vou direto para o estacionamento, entro no meu carro e vou embora dali. Fico rodando por Werdhills até um certo tempo, pensando em tudo o que aconteceu hoje. O que deu em mim para eu beijar o Hamish? Eu estou ficando doida. Por sorte, as avaliações finais já começaram e eu não preciso ficar tanto tempo a mais com ele.

      Quarenta e cinco minutos depois, estaciono o meu carro em frente a casa do mesmo, desço do carro e, quando paro em frente a porta, dou uma batida nela. Segundos depois, Hamish abre a porta, me lança um olhar rápido e dá espaço para que eu possa entrar na casa. Subimos direto para o seu quarto, em sua cama já havia alguns livros e cadernos e então, no mesmo instante que nos sentamos na cama, começamos a estudar.

      Essa foi, com certeza, a pior aula que eu tive com o garoto de cabelos rosas. Não que ele não soube explicar, mas eu não estava dando conta de prestar atenção no que ele dizia. As palavras que saíam de sua boca pareciam ser em outra língua, mas eu não conseguia parar de olhar para seus lábios.

      — Preciso tomar água. – digo, cortando Hamish, que me olha sério. Me levanto da cama, incomodada com o clima que pairou sobre nós. Hamish vai até o andar de baixo e volta rapidamente, com um copo de água e me entrega. Ele se senta na cama, solta o ar com força e me olha, parecendo impaciente.

      Coloco o copo sob o criado mudo e me sento na cama, encarando Hamish.

      — Provavelmente, amanhã terá prova em todas as aulas. – ele diz. — Melhor revisarmos tudo o que estudamos. – completa. Assinto, somente. Dessa vez, tento me manter concentrada, escutar o que ele fala, pois preciso tirar notas boas, não por me importar com as líderes de torcidas, mas sim por querer passar de ano. Recentemente, não estou ligando muito para as coisas nas quais não tem uma certa relevância.

      Ficamos mais uma hora revisando tudo e quando terminamos, Hamish apenas me acompanhou até a porta e não trocou nenhuma palavra comigo. Eu, claro, me senti incomodada, pois ele nem ao menos tocou no assunto sobre o que aconteceu hoje mais cedo na escola. Na verdade, nem sei porque estou pensando nisso. Foco, Brianna.

      Saio da porta da casa de Hamish cantando pneu, indo em direção a minha casa. Assim que chego na mesma, não vejo ninguém, meus pais devem ter saído, já vovô estava dormindo, segundo Rose. Subo direto o meu quarto, tomo um banho relaxante, saio do banheiro após uns 30 minutos. Após vestir minha roupa, pego meu celular e vou direto para o aplicativo Wattpad, uma plataforma digital onde tem vários livros e fics, que eu amo. Clico no primeiro livro que aparece em minha biblioteca particular, 365 dias para voltar.

      Confesso que eu não era muito afim de ler, morria de preguiça, mas depois que eu comecei a ler alguns livros pelo aplicativo, principalmente 365 dias para voltar, eu não fico um dia sem ler. A autora já havia terminado de publicar o livro todo quando eu o encontrei, li ele todo e agora estou lendo novamente pois ele está sendo publicado com alguns retoques, algumas mudanças, que eu devo dizer que estou amando.

      — Mal chega em casa e já fica nesse celular. – ouço a voz da minha mãe na porta do meu quarto. Levo um pequeno susto por não tê-la visto chegar.

      — Mas eu estou... – quando vou responde-la, ela me corta.

      — Sem mas, Brianna. – e assim, ela some no corredor. Desligo meu celular e fico encarando o teto e, imediatamente, o episódio de mais cedo invade minha mente. Os lábios de Hamish nos meus, aquela sensação boa, que a tempos eu não sentia.

      — E esse sorriso aí? – me levanto da cama em um solavanco quando ouço a voz do meu avô e logo após sua risada.

      — O senhor quer me matar? – coloco minha mão sob meu peito, sentindo meu coração bater totalmente acelerado.

      — Me desculpe, minha querida. – ele diz, ainda sorrindo. — Mas não mude de assunto. Cheguei aqui e você estava com um sorriso enorme no rosto, me atrevo a arriscar que até estava com uma cara de apaixonada. – vovô diz, com os olhos brilhando.

      — Apaixonada? Vovô, não estou mais namorando. – sorrio sem graça.

      — E quem disse que a gente só se apaixona por quem estamos namorando? – ele pergunta, me olhando estreito. Sinto meu rosto ruborizar.

      — Para, vovô. – me sento na cama e olho para minhas mãos.

      — Como foi seu dia? – meu avô pergunta, se sentando ao meu lado.

      — Foi normal, por que? Não aconteceu nada de mais. Tudo normal. – digo afobada. Vovô novamente, começa a rir e eu reviro meus olhos. — Tá bom. – digo. — Talvez eu tenha beijado um menino. – digo, quase sussurrando.

      — Não ouvi. – vovô pronuncia.

      — Eu beijei um menino. – digo, só que desta vez, audível. Vovô dá uma risada gostosa de se ouvir.

      — Ele é seu novo namorado? – ele pergunta.

      — Não. – digo, exasperada. — Foi tudo no calor do momento, eu não queria ter feito aquilo. – solto uma risada nasal.

      — Se você não quisesse, minha neta, você não teria feito. – vovô fala. Abro minha boca incrédula e ele continua me olhando.

      — Não viaja. – digo e percebo como falei com meu avô. — Perdão. Mas é que a gente não tem nada haver, ele é... – freio minha língua quando vovô me repreende antes mesmo de eu falar.

      — Ele o que? É pobre? – vovô especula. Ele me conhece muito bem, melhor até que meus pais. Assinto. — Minha neta, eu fico triste em saber que você ia falar uma coisa dessas. Ninguém deve ser menosprezado apenas por não ser da mesma classe que você. Se você gosta desse rapaz, nada impede vocês de ficarem juntos. Não aja como se dinheiro fosse a coisa mais importante na vida de alguém. – vovô termina de dizer, me deixando pensativa e sem ter o que dizer. Ele me da uma boa noite e se despede, saindo do meu quarto logo em seguida.

      — Meus pais. Eles me impedem de ficar com ele.

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Quem é vivo sempre aparece. 🥳

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