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Aquela que não viveu o suficiente

Com um objeto caindo no chão próximo à cama, acordo ofegante de um pesadelo estranho. Agradecendo a seja lá o que caiu, ainda de olhos fechados, tento controlar minha respiração. Ao abri-los, através da fraca luz do outdoor do prédio vizinho refletida pela janela, vejo uma silhueta masculina parada aos pés da cama, como se estivesse me observando dormir. Forço a visão, tentando ver se não era apenas a miragem de algum objeto no quarto que me fez enxergar coisas por conta do recente susto, mas quando a silhueta levou sua mão até a cintura e puxou algo longo, semelhante a uma espada, meu coração enlouqueceu novamente, com o pensamento de alguém ter invadido o meu quarto e estar pensando em me ferir, assim como no sonho.

- Não faz isso! Eu... Eu te dou dinheiro! Quanto você quer? Só não me machuca, por favor! - tento ir para o canto mais distante da cama, tateando o meu redor, em busca de meu celular.

A figura dá um passo para a frente e, em um movimento repentino e impensado, fico de pé na cama, puxando o cobertor comigo e o jogando com tudo em cima do estranho, que se debate para tentar se livrar do tecido pesado.

- SOCORRO!! - corro em desequilíbrio até o abajur no criado mudo e o jogo com força naquela pessoa, o acertando diretamente no que eu penso ser cabeça, já que mal conseguia distinguir as coisas diante da falta de luz no cômodo.

Dando um passo brusco e desajeitado para trás, ele ainda tenta se desvencilhar do cobertor, completamente confuso, tropeçando em minha mala de mão e caindo no chão. Aproveitando a oportunidade, corro em direção à porta e saio às pressas do quarto, me deparando com um trio de seguranças vindo em minha direção.

- Tem um homem lá dentro!

- Entrem e verifiquem os cômodos e os armários, ele pode querer se esconder. - o que parecia ser o líder comanda, se direcionando a mim em seguida - A senhora está bem? Está machucada em algum lugar?

- Estou bem, eu corri antes que ele pudesse fazer alguma coisa.

- Tudo bem, se acalme, respire fundo... Iremos capturar o invasor, não se preocupe e aguarde fora da suíte.

Aceno com a cabeça e me afasto do quarto, me sentando no chão do corredor, sem me importar com os olhares estranhos dos hóspedes que estavam por perto e provavelmente saíram dos quartos pra ver o que era aquela bagunça.

Mas que droga foi essa?

Encosto a cabeça na parede e fecho os olhos, relembrando sem vontade os acontecimentos do pesadelo que me assustou antes de me deparar com o homem no quarto.

"Ao meu redor haviam dezenas de homens, todos eles trajados com túnicas vermelhas, azuis e roxas, com semblantes acusadores estampados em seus rostos. Diante de mim, um homem trajado em vermelho vivo e dourado está sentado em um grande trono feito de seda decorada e ouro, me olhando severamente.

- Sua Majestade, esta mulher é claramente uma espiã dos países inimigos e certamente possui ligações com rebeldes. Como mais ela poderia se esconder por tanto tempo em meio aos cidadãos de Joseon? Sugerimos que a enforque e a pendure nos portões da capital, para que todos vejam e não ousem atentar contra Sua Majestade! Por favor, considere o nosso pedido. - um dos homens mais próximos ao trono diz em voz alta, se curvando até o chão.

- Por favor, considere o nosso pedido! - o grupo de homens atrás e ao lado dele diz em uníssono, também se ajoelhando e se curvando diante do rei.

- Sua Majestade, devemos mostrar o vosso poder e dominação, para que todos saibam que Sua Majestade sempre guiou esta nação com garras de ferro e não deixará passar este ato de traição! - do meu lado esquerdo, onde a outra parte dos homens está de pé, outro deles dá um passo à frente - Já que ela não entregou seus cúmplices, sugiro fazê-la levar trezentas chibatadas e ser decapitada diante do povo, para mostrar o domínio de Sua Majestade diante de toda Joseon e amedrontar aqueles que atentam contra Sua Majestade! Por favor, considere o nosso pedido! - ele se curva até o chão.

- Por favor, considere o nosso pedido! - os homens que o acompanhavam fazem o mesmo.

Só então percebo a minha situação, fortemente amarrada e de joelhos no meio daquele salão, com sangue seco escorrido por meu queixo e minhas roupas, sentindo-me completamente drenada. Meu corpo doía muito e eu podia sentir como se agulhas perfurassem meus pés, de tão machucados que estavam. Não ousava fazer nenhum movimento brusco, por medo de que os espadachins atrás de mim me acertassem em cheio, e apenas encarava o chão, sentindo que a qualquer momento poderia desmaiar de cansaço, dor e fome.

- O Conselheiro de Estado de Esquerda está correto! Eu a sentencio à decapitação, para que todos vejam! Isso é um aviso a todos que tentem ir contra mim, não passarão despercebidos! É uma ordem! Traga o selo real!

- Sim, Sua Majestade. - um homem ao lado do rei anda até o canto do altar, trazendo uma caixa de madeira decorada com dragões de ouro e flores de ameixa de jade.

Antes que sua ordem pudesse ser realizada, um estrondo é ouvido atrás de mim e, antes que eu pudesse me virar para ver o que estava acontecendo, acordo assustada com o objeto caindo no chão do quarto."

- Senhora, não há ninguém em sua suíte. - a voz do segurança me expulsa de meus pensamentos.

- Como...? Eu vi ele, tem certeza que ele não se escondeu? - levanto-me rapidamente, começando a ficar preocupada outra vez.

- A senhora teve apenas um pesadelo, nós olhamos em todos os lugares possíveis e não encontramos ninguém.

- Tem certeza?

- Absoluta. Por favor, volte para o seu quarto.

- Esquece, não vou entrar aí até eu ter certeza de que não há ninguém. Eu sei o que eu vi.

- Venha conosco e veja.

Relutante, entro no quarto e vejo a bagunça no chão, assim como os pedaços do abajur em cima do cobertor.

- Mas... Eu juro que ele estava aqui! Joguei esse abajur na cabeça dele... Ele deve estar escondido em algum lugar!

- Nós olhamos até nos menores espaços, não havia ninguém.

- Como isso é possível? Ele tinha uma espada! - o guarda me olha desconfiado ao ouvir minha última frase.

- Pedirei pro serviço de quarto trazer chá para acalmar os seus nervos. A senhora deve ter tido um pesadelo assustador.

- Eu...

Estou ficando louca?

- Deixa pra lá... Que horas são?

- 5h26.

- Tem alguma loja de conveniência por perto?

- Sim, na quadra ao lado há uma, mas nosso serviço de quarto é 24h, a senhora pode pedir o que quiser.

- Não precisa. Vou tomar um pouco de ar fresco... Perdi o sono...

- Certo. Tenha um bom passeio. Em poucos minutos o serviço de quarto estará subindo para limpar os cacos da lâmpada e do abajur. Por favor, tenha cuidado.

- Obrigada...

Eles se despedem com um leve curvar de cabeça e saem, me deixando sozinha no meio do quarto, agora iluminado pelas lâmpadas de LED. Olho ao redor, tentando entender como a minha mente criou algo tão absurdo, a ponto de me deixar apavorada daquele jeito. Solto um longo suspiro, indo até minha mala e pegando algumas peças de roupa. Tomo um banho rápido para despertar completamente, ainda com medo de que aquele homem pudesse aparecer de novo, e saio da suíte, pegando o primeiro elevador que se abre no corredor.

O céu ainda estava um pouco escuro e algumas estrelas piscavam, solitárias na vastidão azul, infelizmente não tão brilhantes quanto os faróis dos veículos que levavam os trabalhadores aos seus destinos. Algumas pessoas vagavam na rua, em sua maioria jovens alcoolizados, que com toda certeza estavam em boates ou pubs com os amigos.

- Bem-vinda! - o funcionário da pequena loja de conveniência diz quando entro no estabelecimento.

Não sabia exatamente o que comprar, já que saí do hotel somente com o pensamento de que não queria lembrar da minha alucinação bizarra. Ando vagamente entre as prateleiras e geladeiras, pegando aleatoriamente uma lata de refrigerante e um saco de balas recheadas, indo até o caixa para pagar. Enquanto esperava a finalização da compra, meus olhos batem em um folheto ao lado do caixa, anunciando um evento relacionado à gravação de um novo drama que seria lançado em breve.

- Quando será isso? - pego um dos folhetos e mostro ao atendente do caixa.

- Daqui a dois dias. Parece que os visitantes poderão participar das gravações como figurantes, mas as vagas são limitadas.

- Eles deixam qualquer um participar? É um evento pago?

- Sim, mas é preciso entrar no site para saber se ainda há vagas. O valor é o mesmo dos dias em que o set está aberto pra visitação, mas o guia é pago à parte.

- Ah, entendi. Obrigada!

- Eu que agradeço, tenha uma boa refeição!

- Obrigada!

Saio da loja, andando sem um rumo certo pela calçada, observando os veículos passarem por mim e os anúncios mudarem frequentemente nas telas dos prédios e lojas. Começo a imaginar sobre como seria bom ter um amigo comigo nesses momentos, já que nunca tive a chance de fazer uma amizade verdadeira sem me decepcionar com a realidade de ter amigos apenas por causa do que meu pai fez. Seria maravilhoso também ter minha mãe comigo, sem todo o desprezo dela; imagino como seria curtir uma viagem entre mãe e filha, ir ao cinema, fazer compras e conhecer lugares legais, como deveria ter sido desde que nasci, mas isso nunca aconteceu e provavelmente nunca acontecerá, graças a algo que até hoje não entendo o motivo de levar a culpa.

- Garota, cuidado! - sinto um puxão em meu braço, quase caindo no chão - Quer morrer atropelada?

- Hã? - olho ao redor, percebendo estar quase atravessando a rua fora da faixa, com uma senhora apertando meu braço com força e me puxando para longe - Ah, me desculpe! Eu não percebi! Sinto muito! - me curvo em sua direção, vendo seu olhar preocupado e assustado.

- O que há de tão triste para te fazer andar sem rumo assim, sem nem olhar aonde pisa?

- Ah, não é nada. Não se preocupe, senhora.

- Hmm... Estou sentindo uma energia muito estranha vindo da senhorita... Gostaria de uma consulta espiritual? É rápido!

- Não, muito obrigada... Eu não acho que seja necessário... - dou um sorriso sem graça, sabendo dos vários relatos sobre os charlatões que se dizem xamãs e enganam estrangeiros por dinheiro - Não tenho como pagar.

- Oh, será de graça! É sua primeira consulta, certo? Não cobrarei nada!

- Está tudo bem, não precisa!

- Estou tentando te ajudar, de graça, e ainda quer fazer desfeita?

- Não é isso! Me desculpe, senhora! - me curvo novamente - É que estamos no meio da cidade, não precisamos ir a um templo?

- Os espíritos não vivem apenas em templos, eles estão em qualquer lugar, a energia flui por tudo.

- Entendi...

Eu acho...

- Venha, não estamos muito longe! - ela me puxa pelo braço, em direção a um prédio na quadra ao lado.

Observo com cuidado todos os detalhes, câmeras e pessoas, apenas para ter a certeza de que poderia fugir caso acontecesse algo estranho. Subimos de elevador até o sétimo andar, andando pela metade do corredor até um apartamento. Ao abrir a porta, me deparo com uma sala cheia de tecidos e decorações de cores fortes, com objetos sobre e ao redor de uma mesa no centro.

- Entre, querida! Sinta-se confortável e sente-se ali. Irei colocar minha roupa de trabalho! - ela gesticula pela sala e entra em outro cômodo.

Fecho a porta e tiro meus sapatos, calçando um chinelo branco previamente deixado no chão acima do degrau da entrada. Sento-me no lugar indicado e observo a mesa com estranheza, vendo um pote com grãos, cartas, chocalhos e outros objetos estranhos dispostos sobre a madeira brilhante. Olhando nos quadros pendurados na sala, percebo que são representações das divindades do país, todas elas um pouco assustadoras de mais para se olhar por muito tempo, embora sejam fascinantes.

- Está pronta? Vamos começar...

- Tudo bem... - vejo-a voltar com um traje colorido com várias camadas de tecido e um chapéu, sentando-se do outro lado da mesa com animação.

- Escreva nesta folha o seu nome completo, sua data de nascimento e a hora.

Ela vai ler meu mapa astral?

- Tudo bem... - pego o papel e a caneta de suas mãos e escrevo o que me foi pedido, devolvendo-os para ela.

- Certo, Ami... Ameria...

- Amélia... É um pouco difícil de falar, mas a senhora pode me chamar de... Hm... - lembro-me das propagandas de soju na vitrine da loja de conveniência - Soji...?

- Soji? É um nome bem bonito, te chamarei assim, então!

Sorrio, incerta se deveria estar mesmo ali com aquela "xamã".

- Hmmmm... - ela fecha os olhos por um segundo e joga os grãos brancos sobre a mesa, balançando o chocalho - Você é uma pessoa de sorte, Soji... Recebeu muito amor quando criança e viveu feliz...

Sabia! Ela provavelmente diz o mesmo a qualquer um.

- Uh... Eu acho melhor ir embora, não sei se vai dar certo...

- Espere! - estava prestes a levantar, quando ela me segura pelo pulso, respirando rapidamente enquanto balançava o chocalho - Está vindo! Está aqui!

Ela balança o chocalho com maia força, inclinando o corpo para trás, enquanto falava algo que eu não entendia. Ficou assim durante alguns minutos, até que parou de repente e ficou de cabeça baixa.

- Hm... Senhora? - balanço a mão na frente do rosto dela - Senhora?

- Amélia... - ela me encara diretamente nos olhos, me trazendo um arrepio enorme na espinha - Vejo que você finalmente está aqui, no lugar certo e na hora certa.

- Uh... Você fala português...? Quem é você?

- Quem eu sou não é importante, você apenas deve ouvir a minha mensagem. Sua infelicidade acabará em breve, então pare de se preocupar com sua mãe... Você não deveria ter nem nascido aqui, mas aquele idiota cometeu um grande erro.

Que id...

Eu sei o quanto aquela mulher tentou te tirar, quando soube que você estava matando sua irmã, roubando toda a energia dela... Você nasceu tão saudável que ela te odiou à primeira vista! Todo o mal que ela lhe causou foi o que te levou a estar aqui hoje, foi o seu destino gravemente infeliz. - ela me interrompe, agora balançando o chocalho vagarosamente.

Sinto meu peito apertar ao me lembrar do dia em que descobri que deveria ter uma irmã gêmea idêntica, mas que ela nasceu sem vida, porque recebi todos os nutrientes que eram destinados a ela. Os médicos chamaram aquilo de Síndrome de Transfusão Feto-fetal, mas para meus pais, era apenas uma maldição horrível que eu joguei contra eles, mesmo sendo apenas um bebê que não sabia de nada.

Como isso pode ser destino? O que eu fiz de errado pra merecer isso? Eu era, sei lá, uma nazista na vida passada? Uma pessoa muito má? Por que tenho que viver assim?

Talvez seja por isso que sou tão azarada... E o espírito de Camile provavelmente deve me assombrar até hoje.

Você não fez nada errado. Sua alma é antiga, mas não viveu tanto quanto deveria... Não era nem para estar aqui, nesta vida. O destino foi muito injusto com vocês, mas agora tudo está se corrigindo... Tudo está se alinhando... Seu tempo perdido está quase se recuperando e em breve você será feliz, minha criança...

- Vocês quem? Do que a senhora está falando?

- Você vai descobrir, em um dia não muito distante... Isso pode ser um choque, mas você precisa ser firme e aguentar até o fim, entendeu?

- O que vai acontecer comigo? Eu vou morrer?

- Ninguém morre de verdade! As pessoas renascem e renascem, cada vez melhores e mais diferentes... Falta apenas você cumprir este caminho para que aquela outra alma siga em frente e renasça em paz... Esta é a única chance.

Ela está falando da minha irmã?

- Uma surpresa te aguarda, e a partir daí, você será muito feliz e tudo o que te machuca será destruído... Você consegue aguentar até lá?

- Já aguentei tanta coisa, que mais uma não importa. Seja lá o que for, se for algo realmente bom, eu quero.

- Então acorde.

- Hã?

- Acorde!

Abro os olhos no susto, vendo a senhora na minha frente, que me encarava com um sorriso no rosto.

- O que aconteceu comigo?

- O quê? - a senhora responde confusa, novamente em coreano.

- Oh... O que houve comigo? Eu dormi?

- Não aconteceu nada, apenas li a sua sorte, mas você estava bem acordada! A senhorita tem um destino muito peculiar!

- Como a senhora sabia sobre aquilo?

- Aquilo o quê?

- Sobre a minha irmã.

- Mas eu não disse nada sobre isso.

- Mas a... - franzo o cenho, balançando a cabeça - Deixa pra lá... Muito obrigada pela consulta! Eu acho que devo lhe pagar um pouco, foi uma boa experiência.

Ninguém sabe daquilo, nem mesmo o resto da minha família! Essa mulher é mesmo uma xamã?!

- Oh, sério? Obrigada! - ela bate palmas, estendendo a mão para receber o dinheiro.

- A senhora é muito boa, realmente! - coloco três notas de ₩10.000 ($30) em suas mãos, me levantando e me curvando em agradecimento.

- Não hesite em vir outra vez, hum? Já sabe o endereço!

- Certo. Muito obrigada!

Saio do lugar me sentindo estranhamente esclarecida, ainda tentando acreditar que o que aconteceu foi apenas coisa da minha mente, mas era impossível... Aquela senhora disse coisas íntimas, que nem mesmo eu ouso lembrar.

Meu destino irá mudar, é o que ela diz...? Duvido muito... Já estou acostumada com coisas ruins acontecendo. Mas se ao menos pudesse ir para bem longe... Para algum lugar onde não precisasse me preocupar com esta vida...

Talvez fosse melhor.

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