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Prólogo - Quem sou eu

Jungkook's POV

Enquanto observava o teto branco e sem graça do meu quarto, me questionava mentalmente, em meio ao puro tédio e talvez procrastinação, perguntando-me sobre o que os outros jovens de dezoito anos como eu faziam numa tarde ensolarada e tediosa.

Deixando a melancolia embalar meus pensamentos, eu ia imaginando as coisas que as outras pessoas deveriam estar fazendo naquele instante... Talvez estejam jogando videogames, praticando algum esporte, saindo com os amigos, curtindo o tempo com o namorado ou namorada, ou apenas estudando mesmo, e as vezes eu queria estar fazendo coisas assim também... Ou não...

Primeiramente que eu nunca fui fã de videogames, decorar jogadas e ter paciência para passar de níveis nunca foi o meu forte, mas não é como se eu não tentasse gostar de jogos como a maioria dos jovens da minha idade, o negócio é que para eu me ver entretido tem que ser algo que realmente vale a pena para mim, ou talvez eu apenas não tenha encontrado um jogo que me cativou o bastante ainda.

Também não costumo praticar esportes, com meu jeito hiperativo e também por eu ter até um pouco de dificuldade em seguir regras não são bem compreendidas pelos membros dos times em que já joguei. Talvez eu pense demais em infinitas possibilidades, e na hora não consigo colocar todas as minhas ideias em pratica, me atrapalho no momento, ou simplesmente não tenho vocação para esportes em equipe e tão pouco vontade de fazer algo sozinho. Admito que sou sedentário.

Acho que sempre fui o mais quietinho turma, aquele que não seguia a onda ou simplesmente não estava com vontade de ser notado, aquele que as pessoas não conheciam direito, porque raramente mostrava minha personalidade, e quando mostrava, parecia tão divergente se comparado aos demais da minha idade. Em muitos momentos isso me incomodou e me trouxe inseguranças, em outros eu simplesmente não me importava de ser tido como um jovem incomum, até gostava. 

Me lembro bem de quando tinha somente cinco anos, e minha mãe foi chamada na minha escolinha para conversar com a professora, foi naquela troca de diálogo com a moça que me dava aulas que minha mãe soube que eu costumava ser bastante distraído durante as aulas, e costumava expressar opiniões e ideias bem fora do comum, que talvez eu precisava passar num terapeuta para que pudessem fazer um diagnóstico mais conclusivo.

O que soou como algo realmente assustador na época, principalmente para mim, que era somente uma criança que achava estar sendo atormentada por algum monstro de nome estranho, pois eu sequer sabia o que "distraído" significava, e infelizmente esse tal "monstro" não iria sumir, mas poderia ser controlado.

Cheguei a consultar um psicólogo pois desconfiaram que eu possuía transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, porém descobriram que não, outros testes foram feitos e os resultados não apontavam nada, mas bem, a professora não estava enganada em dizer que eu tinha um comportamento diferenciado, entretanto os motivos era algo que ela não poderia imaginar, tanto que meu melhor amigo costuma dizer que há uma máquina na minha cabeça que trabalha mais do que um cérebro comum, e ele não está tão errado em pensar dessa maneira, mas vou explicar melhor sobre isso mais pra frente.

E falando no sujeito, ele se chama Min Yoongi. Nos conhecemos na escola primária, quando Yoongi era aquele típico garoto encrenqueiro que arrumaria briga até com as cadeiras da sala se fosse possível, porém eu achava engraçado o seu jeito, ele batia de frente com meninos bem mais altos e até mais velhos do ele, e mesmo assim os assustava. Aquele Yoongi com sua pele leitosa, bochechas grandes e olhos felinos não parecia colocar medo, entretanto, era só abrir a boca que até os adultos pareciam se amedrontar.

Claro que ele não gostou de saber que eu ria baixinho cada vez que ele ia iniciar alguma discussão, alguns alunos maldosos espalharam que eu tirava sarro do Min e o mesmo veio tirar satisfações comigo, porém eu simplesmente não entendi na hora que ele havia vindo arrumar briga, eu achei que ele queria fazer uma nova amizade e logo o ofereci metade do meu lanche do dia, Yoongi achou graça do meu jeito e começou a se sentar perto de mim no intervalo, principalmente depois de saber que eu os passava sozinho, e nossa amizade se estendeu desde então.

E hoje ele é basicamente a única pessoa que chamo de amigo, nunca fui muito de socializar, tanto que estou no último ano do ensino médio e tenho apenas ele em minha "panelinha", e sinceramente, isso nunca me incomodou, sei que não me daria bem em um grupo grande de colegas, tenho particularidades que poucos entenderiam, provavelmente sou tido como "o caladão que senta lá no fundo da sala", mas isso não me chateia, afinal, eu não devo nada para ninguém, e não me importo com a opinião dos superficiais.

Não, espera ai! Existe um alguém com quem me importo sim... 

Aquele que me faz suspirar como uma garotinha de dorama, aquele que me deixa nervoso mesmo nem estando próximo à mim, aquele que me faz sorrir apenas o vendo sorrir, aquele que olho de longe fantasiando nossa vida juntos, aquele que me tem mas eu não o tenho, e Kim Namjoon é o seu nome.

Namjoon é o meu crush desde o fim do ano letivo do ano passado, ou seja, eu gosto dele há mais ou menos seis meses, mas não é um gostar tipo: "estou apaixonado e acho que deveríamos nos casar" — até porque acredito que só podemos gostar realmente quando conhecemos melhor a pessoa — apenas tenho interesse em sua pessoa, acho que poderíamos ser um belo par, porém ele sequer deve saber o meu nome, mesmo que estudemos na mesma sala.

E ainda mais porque sou quase invisível perante a maioria dos alunos, já Namjoon é alguém popular, querido por todos, o tipo de aluno que tira nota máxima apenas por estar presente na sala, seu QI alto com certeza fazem o par perfeito com sua expressão séria e rosto bonito, e realmente acho que ele não se interessaria por mim.

Porém com certeza a minha maior preocupação nesse último ano não é sobre um crush não correspondido, tudo está sendo bem tenso para mim no quesito notas, sequer consigo ficar na média em matemática, uma matéria que sempre acabava me deixando pendurado no final dos bimestres. 

Mas por que eu não tento estudar mais? Bem, matérias exatas nunca foram o meu forte, mesmo tentando, parece que não quer entrar na minha mente, minhas notas estão sempre despencando e tudo piora quando são as matérias do professor Jung Hoseok.

Acho que todos os alunos do ensino médio o amam, mesmo que sua área seja Matemática e Física, menos eu, pois ele pega muito no meu pé, às vezes chama minha atenção até na frente da sala toda também, porque sou um tanto desligado e fico aéreo quando entediado. 

E sei que isso não é algo que ele faz exclusivamente comigo, já tem tantos alunos na classe, mas além de ser constrangedor, faz minha vontade de entender sua matéria se tornar ainda menor. Porém tenho que me esforçar para aprender, afinal se não tirar notas azuis no próximo bimestre, possivelmente vou ter que repetir de ano.

Não é como se eu fosse desleixado com todas as matérias, para provar o meu ponto eu apenas teria que mostrar minhas notas nas matérias de humanas, que sempre foram altas, pois eu me interesso por escrita, pela gramática, por acontecimentos do passado, do mundo e por ai vai, entretanto quando decidem colocar letras em meio aos números, me perco completamente, então se é difícil para eu lidar com os algoritmos numéricos, pior ainda é aprender a somar e multiplicar com letras.

Sei que até o momento está apenas parecendo que sou um jovem normal, com alguns probleminhas comuns para na minha idade, mas tem algo que me diferencia de todos, que com toda a certeza me faz até especial diante a esses outros, — ou é o que minha mãe costuma falar — e que acaba me fazendo ser realmente alguém estranho, mesmo que eles não saibam o que é isso que me diferencia tanto.

Bem, pra começar eu sou um bruxo... E sim, você está lendo corretamente, sei que não é uma afirmação corriqueira de se ouvir, mas eu vou explicar...

Descobri o que minha mãe queria dizer com a frase: "nós somos uma família diferente, Jungkook" que tanto costumava me dizer quando tinha mais ou menos treze anos de idade, ela me contou quem nós éramos, e que esse era um dos motivos pelo qual minha cabeça parecia funcionar diferente dos demais, eu trazia em minhas veias todo um poder que poderia despertar ainda mais com o passar do tempo, e naquele dia eu fiquei completamente surpreso e encantado, ela parecia realmente orgulhosa em estar começando a passar sua herança mágica ao seu primeiro e único filho e eu queria ser motivo desse orgulho também. 

Porém eu não imaginava que o meu maior medo se tornaria temer ser um fracasso nisso tudo.

Eu sou descendente por parte materna de respeitados e renomados bruxos do mundo, meus bisavós e tataravós fizeram história na feitiçaria e eu queria ser como eles, pois como eu poderia não me espelhar nessas pessoas que tanto revolucionaram o mundo mágico e são tão conhecidos? Porém logo nos meus primeiros dias de aprendizado eu notei que não levava jeito algum para isso, decepcionando minha mãe e possivelmente toda a minha família, mas eu juro que venho tentando melhorar a cada dia que passa, me empenho demais nisso.

Afinal minha mãe é uma bruxa de grau cinco e eu quero chegar onde ela chegou e ser tão especial quanto ela é, pois quero lhe causar orgulho.

Para ninguém ficar confuso, saibam que existem seis graus no mundo mágico, no primeiro grau estão aqueles que acabaram de descobrir ou ainda não, e sequer usaram seus poderes ainda. No segundo grupo estão aqueles que começaram a aprender, que estão no início do treinamento e é nesse grau que eu estou.

Depois vem o terceiro grau, que são aqueles que já estão aprendendo há um bom tempo e se mostram capazes de lidar bem com tudo isso, mas ainda não tem a "licença" completa para poder usar todos os seus poderes livremente. O quarto grau estão os bruxos formados, eles já podem exercer seus poderes e recebem os "instrumentos" necessários para isso, é o grau onde estão grande parte dos bruxos adultos do mundo.

Os dois últimos graus são os mais cobiçados e difíceis de chegar, no quinto grau são aqueles que estão acima da média, são realmente preparados, responsáveis e diferenciados, tanto que até recebem um presente especial ao chegarem nesse nível. Já no sexto grau estão nossos líderes, conselheiros e também aqueles que fizeram história por revolucionar algo no mundo da magia com suas criações.

E pra não ficar dúvidas de que tipos de "instrumentos" são esses, vou explicar direitinho os principais até o momento:

Eles são basicamente cinco instrumentos básicos e mais três especiais. Os que todo bruxo pode ter e recebem durante seu treinamento inicial são: a varinha, um livro com feitiços permitidos, uma pedra da cura, uma joia especial que carregamos em anéis, colares ou pulseiras e por último uma vassoura, que eu ainda não sei usar muito bem, e como a minha é de iniciante, ela é mais fraca e não sobe muito alto, também solta um arco-íris estranho pela ponta quando tento levantar voo com ela — tenho certeza que isso é obra do meu tio — o que faz parecer que estou andando em cima de um unicórnio, mas deixa isso pra lá.

Os outros três são designados apenas para bruxos especiais, como a minha mãe. Quando ela chegou ao grau cinco, recebeu uma caneta de pena, que tem uma função especial, o poder dela é escrever ordens. Por exemplo: se eu escrever um bilhete com essa caneta, dizendo que quero que o leitor vá comprar pão na padaria da esquina, a pessoa irá fazer automaticamente, pois estará enfeitiçada para cumprir aquela instrução após ler. Mas claro, existem várias normas e regras sobre o uso desse instrumento, e também sobre os tipos de pedidos que podem ser escrito, a caneta tem várias travas magicas de segurança por conta disso. 

Como a caneta mexe com a mente humana — pois a mesma não funciona com bruxos — ela tem o uso estritamente restrito e só pode ser usada em casos realmente críticos, tanto que minha mãe sempre me proibiu de mexer, pois a mesma sabia quanto o mal uso desse instrumentos poderia levar a grandes desordens, enfatizando que até mesmo bruxos experientes como ela tinham receio de lidar com a magia dessa caneta.

E tem esses dois últimos instrumentos mais conhecidos, que são o livro com os encantamentos proibidos e uma varinha especial, ela é capaz de desfazer qualquer feitiço lançado, não importando qual tipo seja, porém esses dois ficam apenas nas mãos dos líderes, já que são de extrema importância e não podem cair na mão de pessoas despreparadas ou com más intenções. 

Fora esses existem mais centenas de outros instrumentos mágicos, porém eles não saem da sede do conselho, a maioria foram criados para coisas muito especificas e ninguém fora os conselheiros tem permissão para usar, salvo em casos de extrema necessidade. A maioria dos bruxos recorrem a poções quando precisam de alguma coisa mais diferenciada, meu tio mesmo é um excelente criador de poções, mas eu ainda não cheguei a aprender muito sobre isso.

Mas bem, vamos voltar para mim e o meu problema, decorar palavras mágicas e lançar feitiços se tornou o meu martírio, pois admito que não me aplico realmente ou presto 100% de atenção, nunca me foi realmente interessante, e essa minha distração com magia já me fez errar demais e irritar minha professora de bruxaria — que é a minha própria mãe, pois os bruxos sempre são ensinados pelos seus próprios pais ou tutores legais, em raros casos terceiros são escolhidos como seus professores — e mesmo que ela não diga com todas as palavras, eu sei que ela fica realmente muito triste quando me vê falhado em alguma coisa.

Podem estar se perguntando se o meu pai também é um bruxo ou se lida bem com isso, pois então, ele já se casou com minha mãe sabendo o que ela era e também que os filhos deles poderiam nascer sendo bruxos, mas ele sempre aceitou isso muito bem, e mesmo que hoje em dia eles estejam divorciados, meu pai ainda é bem presente em minha vida, mesmo que seja através de ligações telefônicas e webcam, pois ele é um historiador e vive pelo mundo, nossos encontros pessoalmente são raros, mas ele faz de tudo para estar presente.

Atualmente eu moro com minha mãe e o meu tio, não que o irmão de minha progenitora realmente more aqui em casa, na realidade ele tem sua moradia própria, porém após a morte precoce de sua esposa causada por um acidente de carro, meu tio prefere passar mais tempo aqui, já que a casa dele trás muitas lembranças de minha tia, eu não reclamo dele viver lá em casa, afinal meu tio também me ajuda quando tenho problemas nos ensinamentos de feitiçaria.

Minha família deseja que eu me torne um grande bruxo, dizem que eu tenho aptidão para isso, eles querem que eu seja o novo "grande Jeon" e que possa levar a nossa história para outras gerações. Mas sinceramente, eu gostaria de ser apenas um jovem comum, com timidez para falar com o crush, com problemas de notas baixas e com um professor resmungão, e não um bruxo no qual a família despeja tantas esperanças no futuro dele.

Não é como se eu odiasse ser um bruxo, amo minha família e os dons que fui abençoado com, e eu sei que sou sortudo por tudo que tenho, mas sinto que esse poder não é para mim, não me sinto suficiente para tudo isso, porém também não sei o que mais poderia me tornar. Antes de ser o que eles querem que eu seja, eu gostaria de saber quem sou.

~♥~ 

Capa lindíssima feita por iu-nae
<3<3 Obrigada, anjo ^^

Até o próximo! 

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