Susto
— Sim. Não. Quer dizer... — Balbucia, pensando numa resposta que lhe tire dessa situação um pouco constrangedora. Se sente boba por gaguejar desta forma.
— Sim ou não? — Sorrir de seu jeito, um pouco atrapalhado.
— Só acho que estou muito nova para isso, apesar de saber que é costume dos reinos as moças de minha idade se casarem. E também porque... — Para, pensando se deve ou não terminar a frase.
— Você tem alguém. — Completa, um pouco chateado. — Creio que seja aquele rapaz que você discutiu naquele dia. — No mesmo instante lembra-se do ocorrido e de como Austin se comportou como um verdadeiro cafajeste. Automaticamente cerra os punhos, colocando as mãos para debaixo da mesa, tentando não deixar a raiva transparecer. Allison sente sua face esquentar.
— Já nem sei mais o que somos. — Suspira, enfadada.
— Como não sabe? — Ergue a sombrancelha.
— Depois... Do que aconteceu, eu não sei. Acho que... — Se embola nas palavras, balançando a cabeça e tentando organizar os pensamentos. — As pessoas não são como pensamos. Por mais que você sinta que conhece alguém, ainda consegue se surpreender.
— Concordo. Nem nós mesmos nos conhecemos. — Afirma. Ela morde o lábio inferior e concorda com a cabeça.
— Desculpe ter que atrapalhá-los. — Olha para Cristopher, em seguida encara Allison. — Senhorita, poderia vir comigo? — Pergunta Algustus e ela o fita confusa. Se levanta da cadeira, e se põe na frente dele.
— Mas, o que aconteceu? — Começa a se preocupar.
— É o seu pai. — Explica, um pouco hesitante.
— O que tem ele? — Se preocupa ainda mais.
— Ele... Ele... — Balbucia, nervoso. Allison nem espera uma resposta e sai correndo. Algustus fica imóvel por um tempo. Assim que Cristopher passa por ele, indo atrás de Allison, ele obriga suas pernas a se moverem e vai atrás de ambos.
(...)
— O que está acontecendo?! — Pergunta, assim que adentra o local. Corre sem direção, até que acaba parando na frente do quarto de seus pais. Assim que entra, estremece.
— Filha, seu pai. Eu não sei o que houve. Ele estava bem até agora pouco. — Diz, com a voz trêmula de desespero.
— Deixe-me ver. — Cristopher toma a frente. Allison nem havia percebido a presença dele até o momento. Algustus mantém distância e apenas os observa, um pouco perdido. Cristopher aproxima seu rosto do de Hudson. — Ele ainda está respirando. — Em seguida põe a mão sobre o pulso do mesmo. — Peço que se afastem, por favor, logo os chamarei. — Seu olhar vai de encontro ao de Allison. Ela nega com a cabeça e seus olhos estão marejados. Ele lhe lança um olhar como quem pede calma e se vira para Algustus. — Por favor, peça a Jordan, meu conselheiro que deve está lá fora, para que traga minha maleta. — Ele afirma com a cabeça. — Por favor, peço que se retirem.
— Não sairei de perto dele, ficarei aqui! — Diz Annabeth, batendo o pé e cruzando os braços. Os olhos estão vermelhos por conta das lágrimas.
— Vamos senhoritas. — Pede Algustus, antes de ir.
— Não, eu não vou! — Protesta Annabeth, deixando as lágrimas descerem.
— Vamos mãe, por favor. — Pede Allison, a puxando. Seus olhos ardem por conta das lágrimas que está segurando. Precisa ser forte, por seus pais.
— Vem mãe. — Diz Maxwell assim que chega, mas já informado do que está acontecendo.
Algustus se retira e logo volta com um homem de cabelos grisalhos, segurando uma maleta na mão.
— Senhor. — O chama, atraindo sua atenção.
— Jordan, a maleta por favor. — Ele entrega em suas mãos e em seguida se retira, fechando a porta atrás de si. Todos se encaram aflitos.
(...)
Ele sai do quarto e todos o encara ansiosos. Ele olha para cada um, seus olhos para nos de Allison, que se aproxima do mesmo.
— Por favor, diga que ele está bem. — Pede, dando um suspiro cansada.
— Está sim. — Balança a cabeça positivamente, apertando os lábios.
— Obrigada. — Lhe dar um sorriso fraco e num impulso o abraça. Ele fica surpreso, mas logo retribui apertando-a contra seu corpo, tentando lhe passar segurança. Todos os encaram sem reação, somente Maxwell parece um pouco incomodado com a situação. — Preciso vê-lo. — Diz assim que cai em si, se desvencilhando de seus braços e adentrando o local. Sua mãe também entra, seguida de Maxwell.
Hudson parece estar dormindo em um sono profundo. Sua expressão é suave, como quem estivesse sonhando. Um sonho doce e tranquilo.
— Tem que dar isto a ele. — Informa Cristopher, tirando uma caixinha da maleta.
— O que é isso? — Pergunta Allison, fitando a caixinha como se fosse algo de outro mundo.
— São remédios. — A entrega. — Eles servem para controlar a pressão de seu pai, que a propósito estava bem alta. — Explica.
— Onde conseguiu esses... — Para um pouco, pensativa. — Remédios? — Faz careta para a caixinha a qual está segurando.
— Não importa agora, apenas peço que dê um comprimido a ele. — Ela perece ainda mais confusa. — São essas bolinhas que vem dentro dessa cartela. — Abre a caixinha e mostra para ela, que parece finalmente entender do que se trata. — Bem, vou anotar num papel os horários que ele deve tomar os comprimidos. - Informa. Ela assente com a cabeça. Ele anota todas as informações em um papel que está em cima da escrivaninha, em seguida a entrega. — Não se preocupe, ele está apenas descansando. — Avisa.
(...)
— Obrigada pelo que fez pelo meu pai. — Fita seus olhos.
Eles estão na parte de fora do castelo. Jordan apenas os espera, um pouco distante de ambos, olhando para as estrelas que mostram toda sua beleza em brilhos esplêndidos. Ele se perde em seus devaneios, lembrando-se de sua doce amada, que infelizmente se foi e nem sequer deixou um único filho para ele, como fruto do amor de ambos. Seu maior desejo de ser pai, não pôde ser realizado.
— Apenas fiz o que era certo. — Lhe dar um sorriso de lado.
— Ainda assim, você agiu como um verdadeiro príncipe. — Cruza os braços, um pouco tímida.
— Está enganada. — Ela franze a sombrancelha. — Agi como um humano, só isso. — Dá de ombros.
— Não. Nem todos se comportam como humanos e respeitam o próximo. — Automaticamente lembra-se de Austin.
— Nem todos sabem o valor que outras pessoas tem. — Se aproxima. — Porque não se dão uma oportunidade para conhecê-las melhor. — Afirma e ela desvia o olhar, sentindo seu rosto esquentar.
— An... Creio que seja melhor irem. Está ficando tarde e perigoso para ambos. — Olha para Jordan que ainda fita o céu, pensativo, em seguida seu olhar encontra o de Cristopher.
— Oh, é claro. — Passa a mão na nunca. — Então, boa noite Alli. — Lhe dar um beijo no rosto, deixando-a ainda mais corada.
— Boa noite, Cris. — Ele faz uma careta, surpreso. — Você que apelidou-me primeiro.
— Culpado. — Ergue os braços em sinal de redenção e ambos sorriem. Assim que param, ele volta a fitar seus olhos como quem estivesse hipnotizado. Por mais que ela lute contra si própria para desviar o olhar, não consegue. Deixa-se perder naquele mar verde de mistérios e incertezas, que são seus olhos. Ele se aproxima ainda mais e embora obrigue seu corpo a recuar, o mesmo não obedesse. Consegue sentir a respiração dele próxima a sua e isso lhe traz uma sensação indecifrável.
— Estou atrapalhando algo? — Ela estremece no mesmo instante em que escuta a voz, que a propósito ela conhece muito bem.
~~~👑~~~👑~~~👑~~~👑~~~👑~~~👑~~~
Oi oi gente, como vocês estão? (Espero que bem).
Gostaram do capítulo? (Comente aí).
Desculpem se houver erros, não revisei muito bem.
Ah, e obrigada a quem votou e/ou comentou. Ainda que sejam poucas pessoas, estou muito feliz. Espero que participem mais com os seus comentários (se desejarem). E bom, recebam todo meu carinho e até breve.
Beijo, beijo 😘
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro