Feridas Abertas
Assim que tomam banho e almoçam, uma comida que a propósito fora preparada por Allison e que Cristopher comeu até não caber mais espaço em seu estômago, ele mesmo organiza toda a bagunça que ambos haviam feito, com agilidade. O jovem preferiu não trazer alguns criados, pois assim teria mais privacidade com sua esposa.
O casal vai para a sala e Cristopher pega o controle da tv, enquanto sua esposa apenas o observa curiosa. Ele coloca em uma série que havia começado a assistir, há poucos dias e ela apenas encara a tela. Allison desconhecia aquelas "coisas" a sua frente que a intrigava e pareciam de outro mundo.
Ele direciona o olhar para sua mulher e nota que a mesma está cochilando em seus braços. Desliga a tv, se ajeita no sofá cama e deixa o sono tomar conta de si.
Assim que acorda, nota que ela não está mais no local. Vai até a cozinha e não a encontra. Entra em seu quarto e percebe que a jovem meche em algumas gavetas. Ela tira um vestido minúsculo do closet e faz careta. Cristopher suprime o riso.
— Quem trouxe estas roupas para mim? - O encara.
— Algumas sua mãe providenciou, outras foi eu. - Dá de ombros.
— Preciso ter uma conversa séria com minha mãe depois. - Afirma, com o vestido nas mãos. Seu esposo apenas a observa, com os braços cruzados. - E você, o que escolheu para mim?
— Bom, terá de procurar, pois está no meio de suas roupas e sua mãe quem fez questão de arrumá-las aí dentro. - Explica.
— Mas não pode dar ao menos uma dica? É um vestido longo? - Pergunta um pouco desanimada. Não é acostumada a vestir roupas curtas, mas detestava usar vestidos cumpridos demais e ter que segurá-los para não se arrastarem no chão. Sentia falta de suas calças. Se ela tivesse feito sua mala, teria colocado ao menos uma dentro dela. Provavelmente seu marido estranharia. Mas se ele resolveu se casar, teria de aceitá-la mesmo vestindo roupas que não se adequava a uma mulher da nobreza.
— Bom, agora preciso sair. - Avisa.
— O quê? Para onde? - Fica confusa. Allison não quer parecer controladora, mas também não gosta da ideia de ficar em casa sozinha. Ainda mais em um lugar que ela não conhece.
— Irei ao castelo. Preciso ver como estão as coisas por lá. - Afirma.
— Oh sim. Se puder, veja como meu pai está e diga que mandei lembranças para ele e para a mamãe. - Pede.
— Está bem. Serei breve. - Deposita um beijo em sua testa e se retira.
(...)
Reino Watson.
— Como pode ver senhor, está tudo na mais perfeita ordem. - Afirma.
— Realmente, está tudo nos conformes. Parabéns Jordan, está fazendo um ótimo trabalho. - Lhe cumprimenta com um aperto de mão.
— Agradeço a confiança. - Lhe dar um sorriso simpático.
— Acaso tens ido ao castelo em Darmanys? - Pergunta, enquanto caminham em direção ao jardim de seu castelo.
— Fui lá algumas vezes. Mas Algustus sempre mantém-me bem informado. - Para em frente a uma roseira e o encara.
— E o pai de minha esposa, como está? - Ergue a sobrancelha.
— Está... - Balbucia, um pouco hesitante. A expressão de Cristopher fica séria e seu sorriso desaparece.
— O que está havendo Jordan? - Acaba soando um pouco rude. - Desculpe-me. Mas o que há de errado? Estás um tanto nervoso.
— O pai de sua esposa não está muito bem. - Confessa. - Acredito que sua doença tenha piorado, embora esteja tomando os remédios que o senhor passou para ele. - Informa, um pouco receoso.
— Mas como assim? - Passa a mão na nuca, começando a ficar apreensivo.
— E não é só isto... - Ele respira fundo. Cristopher sente um aperto no peito, só de pensar em ter que contar isto à sua esposa. - Ele perdeu os cabelos.
— Eu sabia que isso aconteceria. - Engole em seco. - Quando estive com Luke, meu amigo do outro lado... - Fica pensativo. - Ele explicou-me sobre algumas doenças. E pelo que pude perceber, o pai de Allison não terá muito tempo. - Suspira.
— O senhor dará a notícia a ela? - Pergunta, aflito. Cristopher assente com a cabeça. - Não tem medo de sua reação?
— Sim. Sei que ela sofrerá muito. Mas se o pai dela falecer e ela só descobrir tarde demais... - Engole em seco. - Acredito que não irá me perdoar.
— Decerto que não, senhor. - Afirma
— Darei um jeito de entrar em contato com Luke. Sei que ele fará o possível para curar o pai de minha esposa. - Suspira. Espera que seu amigo possa realmente curar Hudson. Não sabe ao certo, como Allison irá lidar com esta situação, mas sente um aperto no peito só de imaginar a reação de sua esposa.
Casa dos Watson.
Allison escuta um barulho vindo da sala. Alguém bateu a porta com muita força.
Fazia algum tempo que ela estava organizando suas roupas. Separou as que ela poderia ou não usar, pois sua mãe não lhe deu muitas opções com os vestidos exagerados no brilho, tamanho, cores e modelos espalhafatosos.
Sabia que as roupas que havia gostado, provavelmente fora Cristopher quem lhe deu.
A jovem caminha a passos lentos em direção ao cômodo ao qual o barulho viera. A princípio pensou que seria seu esposo, mas logo descartou a ideia. Sabia que o mesmo não entraria em casa desta forma.
Ela ver um homem de costas para ela e pelo aspecto físico, o reconhece no mesmo instante.
— Austin? - O chama. Ele se vira, mas não a encara. - Como soube que eu estava aqui? - Ergue a sobrancelha. Ele a olha dos pés a cabeça, parando em seus olhos e a encarando com uma expressão que ela não consegue decifrar.
— Então é aqui que você está passando sua lua de mel? - Se aproxima da jovem, a passos lentos. A raiva agora ficara evidente em seu olhar.
— Eu... Eu... - Balbucia, começando a ficar inquieta.
— Eu não imaginei que você faria isto. - Passa a mão na cabeça, ficando de costas para a mesma.
— Olha quem fala. - Ironiza, cruzando os braços.
— O que quer dizer? - Pergunta, se virando e franzindo a testa.
— Você estava aos beijos com uma mulher no baile. - O acusa.
— O quê? Você... - Engole em seco. - Você viu? - Dar dois passos a frente.
— Ah... Não. Mas eu soube por... Por alguém de confiança. - Balbucia.
— E acreditará mais nessa pessoa, do que em mim? - Se aproxima mais da jovem, tocando sua face.
— Eu... - Respira fundo. Por mais que Austin a tenha magoado, no fundo ainda tem sentimentos pelo mesmo. Não sabe se fora por ele ser seu primeiro namorado, a primeira pessoa que havia se apaixonado. - Não tenho motivos para não confiar nesta pessoa. Sua conduta contribuiu para minha falta de confiança em ti. E por sua expressão, acredito que não deixa de ser verdade, não é mesmo?
— E foi por isto que se casou? Por vingança? - Ergue a sobrancelha.
— O quê?! - Se afasta, incrédula. - Acha que eu me casei, só para vigar-me de ti? Por ter sentido-me traída? - Leva a mão na cintura e a outra na testa, perplexa.
— E teria outro motivo? - Sente a raiva tomando conta de seu ser. - Então é por isto que aceitou ser esposa do príncipe? Queria se sair vitoriosa?
— Você está louco! Como pode achar que me casei por isto?! - Passa a mão entre os cabelos, nervosa. - Eu não conseguiria agir de forma tão baixa.
— Então por que se casou? - Pergunta, em um tom mais alto do que gostaria.
— Você sabe da nossa situação... Sabe que as coisas vão de mal a pior... - Nem ela mesma acredita que dissera isto. Iria mesmo usar argumentos tão desprezíveis ao seu favor? Desta vez, sente que é ela quem está perdendo a razão.
— Então você se vendeu? - Cerra os dentes.
— Não! - Grita, começando a perder o controle. - Jamais faria algo assim. Acha mesmo que eu teria coragem de fazer isto? - Ele fica em silêncio. - Foram meus pais Austin. Eles me venderam. - Controla o impulso de começar a chorar.
— E por que você não o rejeitou? Por que disse sim naquele altar Allison? - Seu tom de voz é baixo, deixando evidente a decepção que o mesmo sente.
— Eu... Eu estava sentindo-me pressionada Austin. Não havia muito o que fazer. - Afirma.
— Nós daríamos um jeito. - Olha para os lados, passando a mão no queixo.
— Que jeito Austin? Que jeito!? - Suspira. - Não há mais o que fazer. Sou a mulher do príncipe e não dar para simplesmente desfazer o que fora feito.
— E você foi para a cama com ele, não foi? - Deixa o ódio tomar conta de si. Allison lhe dar um tapa num impulso, mas logo se arrepende.
— Desculpa, eu... - Segura o pulso com a outra mão, sem acreditar no que acabara de fazer.
— Espero que sejam felizes no castelo perfeito de vocês, tendo uma vida perfeita, filhos perfeitos. - Ironiza entre dentes.
— Austin eu... - Se aproxima do mesmo, mas ele se afasta. - Eu não me deitei com ele... A gente não... - Toca em seu braço.
— Não chegue perto de mim! - A empurra, num impulso. A jovem cai no chão, desnorteada. Ele se aproxima da mesma e segura em seu braço. - Não quero vê-la mais, está bem? Nunca mais! - Rosna.
Cristopher chega e olha a cena. Sente a raiva tomar conta de todo seu corpo. Ele se aproxima de Austin num impulso e o empurra, fazendo o mesmo encará-lo e lhe dá um soco no rosto.
— Como se atreve a tocar em uma mulher desta forma tão covarde? - Rosna. - Nunca mais toque nela. Está ouvindo? Nunca mais! - Esbraveja. - Agora saia daqui. Mais tarde teremos uma conversa. - Diz num tom mortal e Austin cerra os dentes, sentindo o gosto do sangue em sua boca e sai pisando fundo.
— Você está bem meu amor? - Pergunta preocupado, lhe ajudando a levantar.
— Eu... - Começa, desorientada. - Eu acho que sim. - Olha para os lados. - Peço que não me chame assim. Com licença. - O encara com um olhar frio e vai em direção ao quarto de ambos.
Cristopher permanece parado, observando a jovem se afastar, com uma expressão que deixa evidente a confusão em sua mente. Não sabe o que sua esposa tem, mas certamente tem a ver com a visita inconveniente de Austin.
Lembra-se do pai da jovem e decide ir atrás da mesma para lhe dar a notícia sobre seu estado de saúde. Enquanto se aproxima do quarto, pensa se deve ou não lhe contar. Mas decide que falar a verdade é o certo a se fazer.
Assim que adentra o local, ver sua esposa sentada no canto da parede, cabisbaixa e abraçando os joelhos. Seu peito se aperta só de vê-la neste estado e ele se aproxima devagar. Allison permanece imóvel. Não quer encará-lo e prefere fingir que o mesmo não está parado ao seu lado.
— Você está bem? - Pergunta preocupado, porém não obtém resposta. - Meu bem, você pode por favor me contar o que houve? E por que aquele... - Respira fundo. - O que ele fazia aqui? - Ela levanta a cabeça, mas fixa o olhar em algum lugar do quarto.
— Eu não sei o que ele estava fazendo aqui. Pensei que ele não soubesse onde estávamos. - Suspira. - Não sei como descobriu. Mas o que isto importa, ele já foi. - Coloca uma mecha do cabelo para atrás da orelha.
Cristopher se senta ao lado dela e toca sua face, devagar. Ela finge estar indiferente ao toque de seu esposo.
— Por que está assim? Ele fez mais alguma coisa com você? - Passa a mão pelos cabelos da jovem.
— Não, ele não fez. - Se limita a responder. - Não há com o que se preocupar. - Afirma.
— Então o que há de errado? - Ela se vira e o encara em silêncio por alguns segundos.
— Você me comprou. - Força um sorriso, mas seu olhar deixa evidente a dor que sentiu ao proferir tais palavras.
— Espera, o quê? O que está dizendo? - Franze a sobrancelha, incrédulo.
— Você me comprou. - Repete, desviando o olhar.
— Eu não... - Pensa em continuar, mas resolve parar e avaliar suas palavras.
— Então você não se casou comigo para livrar o reino Darmanys das ruínas? - Seus lábios tremem e Cristopher percebe que ela está segurando o choro.
— Eu casei contigo, porque eu te amo. E... - Argumenta.
— E...? - Ergue a sobrancelha. - Vamos, prossiga. - O espera continuar.
— E queria lhe ajudar. - Engole em seco. Ela sorrir com deboche e uma lágrima escorre por sua face.
— Você era meu amigo Cristopher. Você iria se casar com Jasmim... - Começa.
— Não, eu nunca faria isto com ela e nem com você. - A interrompe. - Ela gosta muito de Algustus. - Afirma.
— Eu estava lá, em meu quarto. - Continua, ignorando suas palavras. - Lembrando-me de todo aquele discurso sobre mim... E do que me disse: sempre será você. - Se vira para encará-lo e ele sente um aperto no peito. - Sempre me pareceu muito tempo. - Dar um sorriso forçado. - Mas então, no dia seguinte eu soube que escolheu outra para se casar contigo. Confesso que na hora fiquei um pouco confusa. Naquele momento, eu entendi que o "sempre"... - Faz aspas com os dedos. - De algumas pessoas, não se tratava de uma vida inteira. No seu caso, foi só naquele dia. Seu sempre, era um dia Cristopher.
— Alli... - Sente seus olhos arderem, mas consegue segurar as lágrimas.
— Deixe-me terminar. - Pede, abraçando os joelhos novamente e fitando a janela de vidro. - Tudo parecia confuso, até que minha mãe chegou com aquela história de que havia um príncipe querendo se casar comigo. Eu até disse para minha mãe... - Respira fundo. - Que não era qualquer um que batia na porta de alguém, querendo lhe comprar.
— Meu bem, por favor... - Sente o peso de suas palavras e a esta altura, não consegue mais segurar as lágrimas.
— Mas bom, eu não tinha nada a perder. - Dá de ombros. - Então eu aceitei me casar com um estranho, já que nosso reino estava ruindo. Eu me sacrificaria por todas aquelas pessoas que no momento, dependiam de mim para continuarem tendo lugar para morarem. Os mais pobres, os trabalhadores, as crianças... - Sorrir entre lágrimas. - Se o reino afundasse o que seria das crianças? Que futuro teriam? - Morde o lábio inferior. - E eu fui... Entrei naquela igreja disposta a passar todos os dias da minha vida com um desconhecido, já que era o certo a se fazer. Não o melhor para mim, mas eu não poderia ser egoísta com meu povo. - Funga.
— Não precisa continuar... Eu... Não pensei por este lado. - Limpa as lágrimas e fecha os olhos, apertando-os.
— Mas quando olhei em direção ao altar... - Engole em seco. - Não era um estranho que estava lá. Era você Cristopher. - Levanta o olhar e o fita. - Era você. - Repete, passando as mãos entre os cabelos. - Eu não estava sendo vendida a um estranho... - Ele a encara. - Estava sendo vendida a você. - Cristopher sente a dor tomar conta de seu peito. - E apesar de ter ficado um pouco contente por saber que não me casaria com um homem que eu nunca havia visto na vida, aquilo doeu. Doeu porque não era qualquer um... - Morde o lábio inferior. - Era você.
— Não queria te magoar. - Toca em seu rosto, mas ela o vira. Fechando os olhos e deixando algumas lágrimas caírem.
— Você mentiu para mim! - O acusa. - Primeiro fez eu pensar que me escolheria, mas acabou escolhendo Jasmim. Depois fez com que todos a minha volta me enganassem e ainda fingiu ser outra pessoa para que eu não desconfiasse. - Se levanta e começa a andar de um lado para o outro. - E o pior é que eu acreditei. - Cristopher se levanta indo em sua direção, porém ela recua. - Você era meu amigo.
— E ainda... - Começa.
— Não continue, por favor. - Pede com os olhos fechados. - Você mentiu Cristopher. - Aperta os olhos e balança a cabeça, negativamente. - Eu pensei que você era meu amigo. Mas... - Engole em seco. - Amigo de verdade não mente, não faz os outros mentirem para você. Não machuca a outra pessoa. - O encara, com o olhar carregado de dor.
— Sinto muito. — Uma lágrima involuntária escorre por sua face e ele a limpa de imediato. A jovem sente um incômodo, como se estivesse deixando algo passar.
— Minha mãe sabia disto, não sabia? - Ele fica em silêncio. - Ela sabia o tempo todo que se tratava de você!
— Ela procurou-me em meu castelo. - Confessa.
— Oh céus! - Passa as mãos entre os cabelos.
— Eu sabia que as coisas não iam muito bem em seu reino, mas não achei que estivesse tão ruim a situação. - Começa. - Mas sua mãe foi até meu castelo, explicou que tudo ia de mal a pior. Que o reino Darmanys estava afundando. - Franze a boca. - Ela sabia que éramos bem próximos e pediu-me que lhe ajudasse. - Respira fundo, pensando se deve ou não continuar.
— Claro, como não pensei nisto antes? - Passa a mão na face, sentindo-se tola por não ter desconfiado. - Sabia que minha mãe não ficaria de braços cruzados enquanto nosso reino afundava. Mas não pensei que ela seria capaz de fazer isto.
— Disse para eu lhe propor casamento. Mas eu sabia que não aceitaria de imediato. - Afirma.
— Então fingiu que se casaria com outra. - Completa.
— Quando soube que estava chateada, percebi que sentia algo por mim. Talvez não fosse afirmar isso, mas eu sabia que sentia. - Ela o fita. - Então sua mãe teve uma ideia: eu fingiria ser um desconhecido que estava interessado em se casar contigo e em troca pagaria as dívidas do reino Darmanys.
— Não acredito que eu caí nesta história. Como, como minha pôde enganar a própria filha desta forma? - Fica boquiaberta e suas mãos tremem. - Isso não se faz!
— Perdoe-me, eu só queria ajudá-la. Eu... Queria o melhor para ti. - Por um momento Allison sente que deve perdoá-lo, mas logo muda de ideia. Ainda está magoada e decepcionada com Cristopher e sua mãe. - Preciso te contar algo. - Ele a fita, agora com uma expressão séria.
(...)
Gente, peço desculpas pela demora. Esse ano foi meio puxado e final de ano então... Muita correria. Acaba sobrando pouco tempo para escrever e eu ainda tive um bloqueio. Estava meio difícil escrever algo que eu achasse que ficaria legal. Enfim, espero que tenham gostado do capítulo. Eu sei que estou sendo meio malvada e eu não queria que as coisas acontecessem assim, mas como os personagens tem vida própria... Acaba fugindo do meu controle.
Beijos, até o próximo capítulo. Espero que estejam gostando. 😍❤
Ps: gente este capítulo já era para ter sido postado faz tempo. Eu não sei qual o problema, mas está demorando muito pra atualizar e acabou não publicando.
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