Tentativas e tentativas
-Eu vou fazer isso funcionar!-gritou Tyler
-Você tem certeza que podemos confiar nele?-perguntou Kim em voz baixa
-Não temos dinheiro no momento e Tyler disse que sabe mexer com magia-ele devolveu em voz igualmente baixa
-Desde de quando você é magico?-perguntou Matt
-Fiz um tutorial pela internet e apresentei em uma festa infantil. Não pode ser tão difícil-Dito isso ele abriu o livro sobre a mesa-Vai ser fácil só precisamos de um gato!
-Um gato?-Kim perguntou
-Vamos passar a cauda no gato na orelha de vocês-ele explicou
Eles se olharam por um segundo antes de Tyler obrigar todos descerem para a rua à procura de um gato, olharam embaixo de prédios e atrás de latas mas não conseguiam achar um só animal. Matheus havia comprado algumas bebidas a caminho de volta para casa para que pudessem afogar as mágoas quando ouviu alguém gritar seu nome:
-Matheus!!!-gritou Tyler trazendo um gato branco no colo
-Boa, aonde arrumou ele?
-Vi no muro da casa da vizinha, não é lindo?
-É roubo!
-Eu vou devolver antes que ela sinta falta, não se preocupe, não farei nada fora da lei. Sou advogado ou não sou?
Os dois subiram de volta ao apartamento e Tyler passou o gato para as mãos de David:
-Agora você tem que esfregar a cauda dele na orelha da Kim-explicou
-Tudo bem-ele disse se aproximando de Kim com o bicho
Ergueu o rabo do gato e tentou mira-lo na orelha, mexeu o gato de um lado para o outro:
-Vamos logo!-ela ralhou
-Não é tão fácil mirar algo vivo-ele explicou deixando o gato escorregar de sua mão
No susto o animal colocou as unhas para fora e enfiou-as na perna de Kim que se levantou ainda mais assustada e sacudindo a perna, o animal para não cair tentava subir mais arranhando mais e mais e David caído a um canto do chão segurava os vários cortes da perna. Demorou um tempo até acalmarem o gato e Tyler o levar de volta enquanto os outros dois faziam curativos na perna de David:
-Já sei o que fazer-disse o ruivo quando voltou
-Espero que seja algo minimamente mais seguro que passar um animal na gente-gritou David
-Relaxa, vou fazer uma poção para vocês. Eu tenho toda a receita e vocês devem ter o que precisam aqui-ele disse indo a cozinha
Demorou cerca de meia hora para ele voltar com duas xícaras de líquido fumegante e deixar um na mão de cada. O primeiro deu um longo gole na xícara já a segunda:
-De que é feito isso?
-Cascas de ovos, farinha de aveia, suco de uva e mostarda-explicou Tyler
David levantou correndo ao ouvir isso, a mistura já estava em protesto para sair de seu corpo, Kim colocou a própria xícara na mesa:
-Bem, pelo menos agora sabemos que não dividimos o estômago-ela falou ouvindo os sons
Quando David finalmente voltou Tyler observava seu livro:
-Achei! É disso que precisamos, uma situação de estímulo do corpo vai fazer as coisas voltarem a ser como eram
-O que quer dizer com estímulo?-perguntou Matt por todos
-Talvez colocar os dois de cabeça pra baixo na janela, ou algo assim-ele disse
-Ou algo assim? Admita Tyler você não faz ideia do que está fazendo com a gente!-disse David
-Não, não. Tenho certeza que isso vai funcionar
-Sai da minha casa
-Ei amigo…-ele disse levantando
-Sai!- gritou ele
-É melhor darmos um tempo-comentou Matt puxando Tyler pela camisa
David subiu para seu quarto sem dizer nada a Kimberly, ela por sua vez observou o jabuti aparecer de trás da bancada. Pegando-a nas mãos disse:
-Até quem enfim nos encontramos de novo, ouça bem, seu dono não está nada bem então é melhor ficarmos aqui.
Era tarde da noite, David sentia o estômago roncar, mas não queria sair da cama, tudo aquilo era frustrante. Perder a namorada, ter que dividir a casa e pensar em uma forma de estar seguro era no mínimo cansativo, ele refletia quando ouviu uma batida na porta:
-Entra!
Kimberly entrou segurando um prato de jantar recém esquentado:
-Achei que poderia estar com fome-ela disse colocando o prato na cômoda ao lado da cama-Matheus pediu notícias quando estiver melhor
Ele continuou em silêncio, seria dela a tarefa de continuar aquela conversa:
-Pra onde tava indo no dia do acidente?
-Trabalhar
-Você só pensa em trabalhar?-ela perguntou quase rindo
-Ser advogado sempre foi o meu sonho
-Entendo-ela respondeu sentando na poltrona do quarto-Fico feliz que teve pessoas que te apoiaram nisso
-Qual o seu sonho? Ser entregadora?
-O serviço não é nada mau, mas o meu sonho era viver no limite. Entrar pra liga de boxe, hoje o máximo de emoção que tem é aquela moto na garagem na qual estou proibida de andar
-Por que não entrou pra liga?-ele perguntou ignorando o comentário e se sentando na cama
-Chances não nascem magicamente-ela respondeu rindo- Não vai ficar bravo com os garotos por muito tempo, né?
-Tyler usa meu cartão de crédito desde a faculdade e eu nunca matei ele,acho… que não vai ser agora-os dois riram
-Que bom. Eu tava pensando sobre o que o Tyler disse mais cedo
-Você quer dizer sobre estímulos?
-É, quer dizer não custa tentar-ela disse sentando na beirada da cama
-O que exatamente você tem em mente?-ele perguntou se inclinando levemente pra trás
-Escalada!-respondeu ela com um sorriso tirando o mapa das costas
-Escalada? Claro-ele respondeu aliviado
-Tem uma trilha em um monte fora da cidade que sempre fiz. E no topo um belo restaurante nos espera
-Ótimo, a gente pode tentar. Que dia?
-Amanhã, então descanse bem-ela disse saindo do quarto-Boa noite
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro