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Capítulo 8

Nota: Capitulo revisado, outros erros me avise!

Alguma vez na vida, você sentiu uma dor de cabeça tão forte, que achou que naquele momento, naquele segundo, naquele lugar, você iria acabar morrendo? Algumas pessoas poderiam dizer até que foi um AVC, mas eu pensei em algo diferente, como aviso celestial telepático para você desistir do que está fazendo, ir deitar e dormir. Porém, todo ser humano, seja ele problemático ou não, ignora os sinais que a natureza ou seres celestes enviam. E é por isso que todos nós passamos pelos problemas da vida. Você recebe um sinal em luz néon, mas você ignora e se ferra depois. Assim como eu, cometendo o maior erro da minha vida, indo na casa de Sammy Fincher e ignorando totalmente a dor de cabeça horrível que em poucos minutos, irá me matar.

Minha vida sempre foi resumida nesses fatores. Acordar, sentir dor de cabeça por algum problema, desmaiar e torcer para que ao invés de morrer, eu possa acordar novamente. Infelizmente essas dores fazem parte do meu problema. Antes, eu esquecia só quando dormia, atualmente o problema se agravou e surgiu as dores de cabeça. Elas são um gatilho, um pavio curto ou as vezes grosso dependendo da situação, que quando chegasse ao final e a bomba explode, meu cérebro apagara tudo.

O pior dessas dores de cabeça é que não sei quando elas vêm e o que elas vão me provocar. As vezes elas são como uma pedra, que bate em mim e me faz esquecer até como se respira e as vezes elas são como uma ventania, um turbilhão que mexe no meu cérebro e traz uma ou várias memórias do passado. É chato esquece-las... Atualmente, pelo menos os sentimentos são preservados e fazem com que eu tenha sonhos sobre essas memórias depois. Quando acordo, já não existe mais nada, apenas um cérebro limpo esperando informações para me fazer viver. No entanto, consigo lembrar certas partes do sonho, embora para mim, pareçam coisas inventadas pela minha mente.

Uma vez, no passado, eu tentei por conta própria, senti uma grande dor de cabeça. A recordação veio como um flashback, eu lembrei de algo que desejava muito... O aniversário da minha mãe. Quando consegui alcançar meu objetivo, corri para comprar algo para ela. Mas então, algo horrível aconteceu, eu apaguei e fiquei em coma por 1 semana. Tudo por que eu ignorei a dor que sentia e fui comprar o presente, pelo fato que sou um ser humano defeituoso. Nesse dia aprendi 2 coisas, não posso forçar dores de cabeça e se as sentir, definitivamente não posso ignorá-las.

— Richard... Por favor acorde... — Ouvi uma voz me chamando, quem quer que fosse, estava chorando muito — Por favor querido.

— Quem é você? — Perguntei sem conseguir enxergar direito a pessoa ao meu lado, apertando minha mão — Perdão, minha visão está embaçada...

— Richard?! Você acordou! Enfermeira, por favor, chame o médico e traga-o urgentemente! — Minha mãe suplicou desesperada, falando com outra pessoa que eu não tinha notado no quarto — Eu quis tanto correr atrás de você, mas minhas pernas ainda estavam imóveis. E quando você chegou em casa, simplesmente desmaiou e acordou hoje... Eu estava tão preocupada!

— Desculpa... Do que está falando? Não entendo. — Falei levantando e observando todo o lugar — Onde estou?

— No hospital querido. Eu te disse isso pela manhã — Ela revelou cabisbaixa e triste — Acho que não lembra nem quem eu sou, não é?

— Me sinto vazio, minha mente parece que não tem nada e só agora consigo ver bem a senhora — Admiti massageando a testa, depois encarando bem a mulher que acompanhava cada movimento meu — Pelas circunstâncias que me encontro, a senhora deve ser minha mãe, estou certo? Deve ser a única que pode me acompanhar em momentos como esse.

— Você está diferente — Minha mãe comentou séria — Parece outra pessoa...

— Como quer que eu haja? Eu não lembro de nada! Você poderia ser uma das enfermeiras. Aliás, quero ir pra casa — Reclamei chateado — Já estou bem!

— Sim, querido, claro. — Minha mãe concordou confusa — Tem certeza que está bem mesmo?

— Não sei... — Suspirei frustrado — Me sinto chateado, triste, confuso, irritado, angustiado... Parece que não sei como agir, o que pensar e etc. Isso é normal?

— Talvez sua doença tenha piado e esse é um novo sintoma — Supôs minha mãe pensativa — Acho que melhor falar com o médico antes de ir.

— Há quanto tempo estou aqui? — Questionei pegando algo que estava no meu bolso — O que é isso?

— Faz 3 dias hoje — Ela respondeu pegando algo que deixei cair — Na sua mão é um celular, depois te ensino a usar. E isso é um papel que não é importante. Ficarei comigo. Acho que você passou muito tempo dormindo, apagou bastante informação dessa vez.

— Esse tipo de coisa acontece frequentemente? — Encarei o tal celular e depois guardei no bolso novamente. Havia muitas perguntas que eu queria fazer, mas me contive — Esquecer tudo, me senti estranho, agir dessa forma, dormir por muito tempo?

— Infelizmente sim. Você tem uma doença chamada Síndrome de Dory, pelo menos é assim que gosta de chama-la. Quando chegar em casa, vai conseguir lembrar de tudo — Relatou minha mãe pegando minhas coisas, ainda séria, me ajudando a levantar — Essa doença como diz o nome, é a mesma dessa personagem que você gosta. Ambos têm perca de memória recente.

— Eu tive um sonho estranho... — Informei coçando a cabeça — Perdão te tratar meio frio antes, estava pensando sobre isso.

— Tudo bem, já passei por situações piores — Minha mãe sorriu e pegou algo que estava no chão — Vamos pra casa? Preciso lavar essas roupas e você pode me contar sobre o sonho.

— Pelo jeito que você falou antes, quando acordei, eu já tinha despertado — Mencionei curioso — O médico veio aqui? Ele falou alguma coisa?

— Ele explicou que você havia passado por uma situação de muito estresse. Você desmaiou a noite, acordou 1 dia depois pela manhã e novamente agora. Por isso, faz 3 dias que está aqui em observação. Fizeram alguns exames de sangue, mas não recebi ainda — Minha mãe relatou me ajudando a caminhar até uma coisa que não reconheci — Vou ter que te levar nessa cadeira de rodas e quando chegar em casa, você terá que passar mais 1 dia em repouso total. Certo?

— Vai ser um longo dia... — Murmurei chateado — Mãe, o médico só disse isso?

— Ele aconselhou ir em um neurologista, um psicólogo ou um psiquiatra. Só que você não aceitou muito bem a ideia, quando a ouviu. Por isso se irritou e desmaiou novamente — Informou ela me empurrando até a recepção — Não se preocupe, não te obrigarei a fazer nada que não se sente confortável para fazer. Vou dar entrada na sua saída do hospital.

— Talvez, seja uma boa ideia ir em um neurologista — Refleti e encarei minha mãe — Não acha?

— Se você desejar, ainda dá tempo marcar antes de irmos — Sugeriu minha mãe e paramos na recepção. Acenei com a cabeça que queria e ela deu entrada na papelada — Prontinho, eles ligarão para confirmar o dia e horário. Agora me conte sobre seu sonho.

Entramos em algo enorme, que minha mãe chamou de carro e ela passou um tal de cinto por cima de mim, segundo ela, para nossa segurança. Ela pediu pra contar sobre meu sonho novamente e comecei a pensar nele. O que lembrei e pude contar a ela, foi que eu não aguentava mais a dor, tudo estava ficando branco. Achava que ia morrer dessa vez. Conforme a dor aumentava, tudo ia se apagando na minha mente. Meus olhos iam se fechando e eu sentia que não sabia mais meu nome, onde eu estava, como me mover, como respirar... O ar estava acabando. O único pensamento que se passava em minha mente, era que eu queria mais uma oportunidade, para viver, para ser diferente e procurar uma cura pra mim. Minha mãe ouviu tudo, porém não comentou nada. Chegamos em casa e ao estacionar o carro, notei que novas pessoas morando do nosso lado.

— Vizinhos? — Perguntei notando janelas abertas e pessoas entrando e saindo da casa — Vai ter algo aqui?

— Ah, sim, se mudaram há 1 semana — Minha mãe respondeu sem jeito — Devem estar organizando alguma coisa, não sei.

— Entendi. — Falei entediado — Vou entrando.

— Ah, querido, espere! — Minha mãe chamou quando eu já estava na porta — Tome banho rapidinho e desça. Quero te levar a um lugar.

— E o repouso total, fica onde? — Brinquei e ela me mostrou a língua, rindo depois — Não sei se devo fazer isso, mas tudo bem. Desço em alguns minutos.

Apesar de ter boa parte das memórias apagadas, ainda sabia como tomar banho e me vestir. Fui até o banheiro e passei alguns minutos em baixo d'água, pensando em que lugar minha mãe estava planejando me levar. Terminado o banho, me enrolei em uma toalha e subi para meu quarto, ao entrar tive uma surpresa. Nunca poderia imaginar que eu necessitava de tanta ajuda. Havia tanta coisa colada nas paredes, que eu mal conseguia saber o nome de cada uma que estava vendo. Aos poucos, por incrível que pareça, consegui lembrar o nome de algo que estava em cima da mesa, era um notebook. Toquei em alguma tecla sem querer e ele ligou, segundos depois uma gravação começou. Não sei quanto tempo passei ali, mas vi boa parte dos vídeos e estava muito confuso.

— Richard? Já faz 1 hora que entrou no quarto, aconteceu alguma coisa? — Minha mãe perguntou preocupada — Precisamos ir.

— Estou indo. Não sei o que vestir, acabei colocando e tirando várias roupas e não me decidi — Menti pegando qualquer roupa que achei e penteando o cabelo rapidamente — Acho que preciso cortar o cabelo. Que tal?

— Calça Jeans e blusão sem mangas? — Minha mãe questionou fazendo uma careta de quem não gostou — Que tal aquela camiseta preta com mangas longas, que tem um cordão branco na gola? Não sei que horas voltaremos e pode fazer frio na volta.

— Certo... — Concordei receoso, vestindo a blusa que minha mãe sugeriu — Vamos?

Mesmo imaginando a possibilidade, não acreditava que minha mãe realmente só estava me arrastando para conhecer os vizinhos. Eu já sabia que havia conhecido eles e que a filha deles tinha problemas psicológicos, mas era melhor não comentar com minha mãe. Os vídeos que vi eram recentes, pelo jeito eu gravava vídeos para lembrar ao novo eu, que acordaria no outro dia sem memórias. Pena que nenhum deles poderiam trazer de volta, os sentimentos e emoções que senti no dia que conheci a filha dos vizinhos. Eu realmente não queria vê-la, afinal, tínhamos nos beijado, fiz ela chorar e nem se quer havia descoberto o motivo para ela tentar se matar. Entretanto, ela já esperava um Richard esquecido e para melhor das ocasiões, era assim que eu agiria até o final da noite.

— Seja educado, ouviu? — Minha mãe advertiu quando chegamos na porta da casa dos vizinhos — E sorria!

— E você se comporte também, nada de ficar falando de mim e do passado — Rebati com um sorriso forçado — E muito menos da minha doença.

— Boa noite Luiza e Richard, sejam bem-vindos! — Uma mulher nos saudou abrindo a porta — Entrem, o jantar está quase pronto.

— Obrigada Samantha, quanto tempo! — Minha mãe a abraçou animada e entramos — Onde está Sammy?

— Deve estar terminando a maquiagem — Samantha respondeu saindo com minha para a cozinha, ambas conversando sobre receitas — Pode passear pela casa ou ir para o quintal se quiser, Richard.

— Ah, sim — Foi minha única reação, ao perceber uma garota loira, com um vestido vermelho com uma alça só, sapatilha dourada e cabelos ondulados presos com uma tiara. Eu mal conseguia falar sobre como o rosto dela estava maravilhoso com o batom vinho e todo o resto. Sai dali e passei pela cozinha — Acho que vou sim pro quintal.

— Cuidado querido — Minha mãe aconselhou ao perceber que eu ia para um objeto estranho no quintal — Aquilo é um balanço, precisa ter equilíbrio, se não souber usar, pode cair e se machucar.

— Ficarei longe por precaução — Assegurei saindo de perto do tal balanço — Vou ficar olhando as estrelas, não se preocupe, aproveite a noite e converse com sua amiga.

Minha mãe sorriu e entrou novamente. Observei como ela era feliz com aquelas pessoas, o quanto que ela estava animada com aquela visita. Nessas horas, eu queria apenas ser um jovem normal, que acompanha a mãe em uma noite como essa e não precisa depender dela para lembrar de tudo quando chegasse em casa. Sim, seria muito bom, ter saúde. E seria melhor ainda, apenas uma vez na vida, ser feliz um dia inteiro.

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