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Capítulo 16

Corremos o risco de esquecermos pessoas importantes, quando nos deparamos com outras mais marcantes. Talvez não seja algo totalmente relevante, mas é bom que você saiba, a cada 10 novas pessoas que você conhece hoje, 1 de muito tempo atrás é esquecida. Pode ser até aquela que passa na rua e te diz "Nossa, como você cresceu, te peguei no colo quando você tinha 3 aninhos".

Eu sei que essa informação não é importante pra você, mas para alguém que tem perca de memória recente, 1 pessoa esquecida é como perder 10 entes querido, isso por que você fica sentindo o mesmo vazio, é como se você tivesse que lembrar de algo importante, como se faltasse algo no dia, como se houvesse um compromisso e você não soubesse onde ou qual é, mas isso tudo, esse sentimento, é só alguém sendo apagado totalmente da sua mente, infelizmente para sempre.

— Ricardo? — alguém me chamou e fui abrindo os olhos lentamente, eu estava confuso, pensando que raio de pessoa era Ricardo — Está tudo bem? Você tem o sono pesado... Te chamei várias vezes ontem pra jantar e você não foi.

— Ricardo... — Pensei batendo forte na minha testa — Claro que sou eu, não posso usar meu nome antigo aqui...

Certo, vamos por parte. Eu ainda não posso falar, só me mexer já que essa foi a escolha que fiz. Mas deve ter um jeito de ativar essa função básica. É só mexer a boca, a língua... Ah não sei! Crianças começam com sílabas, mas como faz para sair o som? Que droga, antes eu não me mexesse! Eu deveria ter escolhido as memórias da fala...

É, não há outro jeito. Preciso de um pequena dor de cabeça, isso vai acabar comigo, mas é a chance que tenho para sobreviver hoje, isso se eu não morrer. Vamos lá, pensar numa emoção forte, uma tristeza? Uma raiva? Ódio... Isso, é a mais rápida. Vou pensar no dia que meu pai me bateu por eu não ter ido a tempo ao banheiro e acabei estragando o tapete preferido dele. Ótimo, está dando certo!

É bom lembrar novamente de algumas coisas do passado, mas custar minha vida está sendo caro de mais... Mas estou quase lembrando como se fala, agora preciso de uma emoção triste... Já sei! O dia que meu pai deixou minha mãe. Ele foi embora e ela passou a noite chorando dizendo que seria uma pessoa melhor se ele voltasse. E eu fiquei me sentindo culpado, afinal eu era mesmo, dei tanto trabalho que ele foi embora.

— Ai! — Foi minha primeira palavra depois de horas, seguida por algumas lágrimas, tanto por ser um péssimo filho como pela dor de cabeça que invadia minha mente — Já vou!

Agora sim eu estava consciente por completo. Tinha alguém do outro lado da porta, do quarto onde eu estava, poderia ser qualquer pessoa, mas a voz era de alguém nova pela jeito. Eu ainda não lembro nomes, Então isso será complicado...

— Você está bem? Você gritou de dor? — A pessoa perguntou insistindo em entrar, mas a porta estava trancada, Então ela bateu novamente — O que está acontecendo aí?

— Perdão, é que eu estava me exercitando — Falei indo até a porta e abrindo ela, percebi que a pessoa era uma jovem, muito linda por sinal, ruiva de cabelos curtos, olhos verdes e sorriso rosado — É... sinto muito, eu esqueci seu nome. Você é?

— Marry! Meu nome é Marry! Credo, você tem Alzheimer também? — Ela brincou e começou a rir, forcei um sorriso, mas infelizmente mesmo sendo brincadeira, aquilo era bem sério pra mim — Vamos, a senhora Teresa está lhe esperando para tomar café.

— Escuta... Sabe o que houve comigo ontem? — Perguntei confuso por não saber como dormir — Eu estava fazendo a comida e só lembro de ver tudo escuro depois...

— Você tomou um pouco de leite, a senhora Tetê estava contando umas histórias do Neto dela, vi você bocejando... — Ela falou pensativa tentando lembrar de algo mais — Acho que não lhe houve nada, você só dormiu mesmo. Eu e a Tetê te trouxemos pra cá, pro quarto.

— Ah sim, entendo — Falei decepcionado, meu plano de ficar acordado não ia dar certo — Só mais uma coisa... Aqui tem roupas para eu vestir?

— Tem algumas nesse guarda roupa ai — Ela falou acenando com a cabeça — Pode usar, era do Neto da Teresa, ele não vai se importar.

Antes de agradecer, a garota saiu me deixando pensativo no quarto. Pelo jeito eu não tenho mais controle sobre meu sono, a Síndrome de Dory estava em um novo patamar, ou seja, eu posso sentir sono a qualquer minuto e apagar. Se continuar assim, não terei tempo de fazer nem 1% do que planejei, antes de voltar pro hospital.

Deixei aquilo de lado por hora, peguei a primeira roupa que vi, uma calça jeans marrom e uma blusa de manga com capuz cinza. Desci as escadas e para minha surpresa, havia quase um banquete preparado me esperando, na mesa da cozinha.

— Bom Dia... — Falei puxando uma cadeira e me sentando — Perdão a demora.

Marry já estava com 2 torradas enfiadas na boca. Nossa, como eu sentia falta de saber o nome das comidas sem que minha mãe diga todos. Embora eu não soubesse o sabor de todas as comidas, eu sempre ficava em frente ao computador decorando vários nomes e figuras, como laranja que é uma fruta ou torrada que é um pãozinho quadrado. O avanço da doença pode ter piorado algumas coisas, mas ao menos eu tenho algumas memórias essenciais guardadas, mesmo que dependa de uma dor de cabeça mortal para o uso delas...

— Ah Ricardo... Estava com tanta saudades de você meu netinho — Dona Tereza falou colocando ovos mexidos no meu prato. Eu e Marry nos entreolhamos, por que ela me chamou de Netinho? — Achei que não viria esse mês...

— Mas eu não sou... Aí! Tá louca? — Marry pisou meu pé forte e fez um sinal para que eu não falasse — Obrigada pela comida...

Comemos em silêncio e enquanto a senhora Tetê lavava alguns pratos Marry tirou uma folha do bolso e escreveu no papel "Não lembra que ela tem Alzheimer Idiota?!". Aquilo eu entendia bem, mas mentir pra uma senhora era errado... Peguei a caneta da mão dela e a chamei para ir pra sala, eu precisava ir embora, mas agora que a Teresa acha que sou neto dela, ia ser mais difícil... Eu e a Marry precisávamos inventar algo para não magoar a Tetê, afinal, ela me deu comida e um quarto pra dormir.

Minha mãe me mataria se eu fosse mal educado e por falar nela... Há essas horas ela já deve ter sido informada que fugi... Ela deve está chorando preocupada, preciso também arrumar um jeito de falar com ela, sem dar um sinal de onde eu estou. Nossa, nunca pensei que viver normalmente fosse tão complicado. Lembrar coisas é uma grande responsabilidade, que confusão foi essa que eu fui me meter?

Pois é Richard. Aliás, Ricardo kkk Ter memória requer muito esforço e surge muitos problemas por enfim usar ela.

Oiie gente, eu dei uma sumida eu sei. Mais de 5 dias... Pois é. Fiquei doente de tal maneira que achei que fosse morrer. Estava difícil respirar, comer, viver. Mas não era Corona Virus, amém! Foi uma gripe forte que me deixou várias sequelas, ainda estou tossindo bastante e a noite é complicado pra respirar e dormir, mas de ontem pra hoje tive melhoras e aqui estou voltando com essa história maravilhosa que todo mundo ama!

Queria agradecer pelos 1k, aliás, mais que isso conquistados dias atrás ❤ Vocês são os melhores leitores do mundo! Logo volto com mais capítulo. Até mais gente.

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