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Capitulo Um

Talvez eu estivesse mais animado aquele dia. Acordei mais cedo do que de costume. E não era para menos. Estávamos entrando no primeiro semestre do ano de 2015. Eu estava voltando das férias mais desanimadas da minha existência.

Estava com dezessete anos e era a primeira vez que eu sentia saudade da agitação do colégio. Havia passado o último ano fazendo intercâmbio na Austrália e o que eu mais queria era voltar a conviver com meus amigos e voltar a viver no Brasil.

Era o último ano escolar e eu precisava muito decidir pra onde ir e o que fazer depois dali. Não era tão difícil entender que o que eu mais queria na vida era cozinhar. Coisa que eu sempre adorei fazer desde sempre. E isso acabou deixando de ser apenas um passatempo e acabou se tornando algo presente em minha vida.

Quando estava me trocando, olhei para o espelho. Eu estava orgulhoso dos meus últimos seis meses na academia. Já estava beirando a setenta quilos e como eu tinha 1,70 de altura, dava para notar a diferença na minha musculatura. Estava pegando pesado e o resultado já era notório. Já dava pra ver  definição e provavelmente em poucos meses eu poderia voltar a competir.

O meu papai sempre foi fissurado por esportes. Me colocou desde cedo em tudo o que ele tinha vontade. Natação, futebol, boxe, karatê, tênis.... com o tempo que fui crescendo e largando de mão algumas dessas coisas, mas a minha paixão se tornou mesmo a natação. Esporte pelo qual me levou ao intercâmbio e me fez entrar para o time de natação da capital.

Talvez influenciado pelo meu avô que foi atleta olímpico quando jovem e sempre me incentivava a melhorar meu desempenho. Eu adorava estar dentro d'água. Parecia que eu havia nascido para aquilo. Não sei explicar como minha paixão começou, mas a piscina era minha segunda casa. E modéstia à parte, eu sempre fui muito bom em qualquer coisa que eu me propunha a fazer. Então via a natação a princípio como um desafio, depois foi se tornando um hobbie e acabou virando um esporte sério. Mas com o fim do intercâmbio e a volta a vida real decidi ficar também na minha vida profissional fora do esporte. Era a melhor escolha a se fazer.

Aquela manhã meu vizinho e eu iríamos juntos para a universidade. Eu já estava mais do que animado. Meus pais então, estavam radiantes. Parecia que me ver fora de casa era algo fora do comum. Já que as férias por completa tive que passar dentro de casa devido a uma gripe fortíssima que contrai.

Peguei minhas coisas e desci. Ainda tinha que me acostumar novamente que eu ainda não podia dirigir. Ao sair da varanda ouvi o barulho enlouquecedor da buzina do carro de Pedro.

Pedro era meu melhor amigo. Estava terminando o colegial junto comigo e se gabava sempre por suas notas excelentes. Ele e eu tínhamos uma diferença de idade de apenas seis meses. Ele de maio, eu de dezembro.

Nossos pais eram amigos há muitos anos, e desde que se mudaram pro condomínio onde morávamos, a amizade só crescia.

Minha mãe era melhor amiga da mãe dele desde a infância e mesmo durante o tempo em que elas ficaram separadas por minha mãe ter ido morar fora do Brasil, elas sempre mantinham contato. As duas mães ficaram grávidas praticamente juntas, e sempre trocavam conselhos e ajudas mesmo que de longe.

Minha família e eu viemos para o Brasil quando eu ainda era criança. Por volta dos dez anos de idade meu pai e minha mãe decidiram sair dos Estados Unidos para moramos em terras brasileiras.

No começo eu detestava. Não estava acostumado com tanto calor. Era horrível para mim ter que ficar vermelho com facilidade apenas de sair de casa e ir à padaria comprar pão, mas aos poucos fui me entregando ao charme da cidade maravilhosa. Suas cores, seus cheiros e seu povo era bem acolhedor. Comecei até a admirar o nascer e o pôr do sol. Era uma das coisas mais lindas que vi na vida.

Como minha mãe e meu pai sempre conversam comigo em português, não tive dificuldades com novas amizades e me inserir naquele novo cenário.

Quando viemos para o Brasil nós nos mudamos para um condomínio na zona Sul do Rio onde mais tarde a família de Pedro acabou comprando a casa ao lado e passamos a conviver juntos. Então desde que me entendo por gente eu e ele sempre estávamos juntos, falávamos de tudo juntos, jogávamos vídeo game, assistíamos filmes, dormíamos na casa um do outro, isso sempre foi assim.

Enquanto eu estudava fora, Pedro estava já havia se enturmado com as pessoas , pois já estava estudando há mais tempo que eu, então quando disse que ia voltar ao Manuel Bragança, ele se prontificou em me ajudar a voltar e me enturmar. A escola tinha mudado um pouco. Era como se estivéssemos em um ambiente novo. Com muita gente nova e interessante. Nós não iríamos estudar juntos, então fez questão de me acompanhar até o meu bloco, o bloco 3 onde encontraria minha sala.

Pedro não era tão branco quanto eu, era um pouco mais alto. Ele tinha por volta de 1,78 de altura, olhos verdes e nessa época ele estava deixando a barba por fazer. Coisa de adolescente que já quer mostrar que é adulto só porque chegou a maioridade. Se bem que seu rosto me lembrava muito um ator de TV mexicano, mas não lembrava o nome. Talvez pelos traços marcantes que herdara de seu pai, uma das pessoas mais gente fina que conheci na vida.

Sempre que nos despedíamos nos abraçávamos, pra muita gente isso era estranho, mas a gente tava tão acostumado que nem ligava. Éramos como primos. Nós comportávamos assim. Bem família mesmo.

_ Bom, Leo, vou pra minha aula porque hoje o professor vai começar conteúdo novo! - disse ele me abraçando.

_ Valeu por me mostrar as coisas. Já me sinto bem incluído. A gente se vê no intervalo? -perguntei.

_ Claro! Vamos se encontrar na lanchonete que fica do lado do bloco cinco, pode ser?

_ Combinado! -disse mesmo sem saber direito onde era e fui pra minha sala.

Lá encontrei o Renan, que é outro amigo meu. Ele era dois anos mais velho e se gabava por isso. Morava no mesmo condomínio que a gente. E quase sempre levava a gente de carro, até Pedro ganhar o seu de presente. Apesar do seu jeito marrento, Renan era um bobão. Vivia nem aí pra tudo. Para ele estar no último ensino médio pela terceira vez era um prêmio. Se gabava de cada garota que ele levou pro carro e do quanto ele era bem dotado. Era sempre a mesma conversa chata e sem noção. Mas nós o amávamos mesmo assim. Ele não fazia por mal. Era o jeito dele mostrar pro mundo o quanto ele era bom em alguma coisa.

Aquele dia ele estava extremamente chateado porque Lara, sua namorada que estava ligando pra ele o tempo todo.

Lara era a típica namorada ciumenta. E não era pra menos. Renan dava motivo. Todo mundo sabia da sua fama e Lara principalmente sabia que não seria fácil namorar o pegador do colégio.

Certa vez, ela estava o seguindo pelo GPS do celular só pra saber se ele não saía da rota que era pra ele ir embora.

_ Que merda! -ele quase gritou se queixando. Seu rosto ficava vermelho facilmente, devido sua descendência alemã.

_ Deixa eu adivinhar... Lara ?! - brinquei com ele.

_ Você acha graça porque não é com você. Léo,  você tem noção que outro dia ela me ligou as três  da manhã pra me perguntar onde eu estava?

_ E onde você tava? - perguntei.

_ Onde você acha? Dormindo! Você acredita que ela estava dentro do carro da prima dela do outro lado da rua só pra confirmar? -ele disse inconformado.

_ Cara, então porque você não termina? Ela não está te fazendo bem. Da pra notar só olhando pra você. - eu disse tentando fazer ele refletir.

_ Não é tão simples assim... eu gosto dela. E gosto muito. As vezes fico me perguntando como pude me prender tão fácil. Ela é perfeita, só esse ciúme bobo que estraga tudo! - ele tava quase chorando, sério.

_ Eu acho que você deveria pensar nisso. Se pra você não tá bom, imagina pra ela que fica nessa paranóia? - eu continuei fazendo com que ele continuasse a pensar sobre o assunto.

Nesse momento o professor de artes entrou na sala, e se apresentou. Todos nós nos apresentamos, dissemos do que gostávamos e perguntou exatamente o que pretendíamos fazer depois do ensino médio. Eu confesso que minha timidez sempre me atrapalhou, então eu falei o mínimo possível e fiquei na minha. Apesar de todo mundo se virar pra mim como o aluno novo ou o aluno que regressou, eu não conhecia as pessoas. Só falava com Renan porque conhecia ele.

A aula havia sido muito produtiva. O nosso professor quis brincar com a gente e nos pediu pra criarmos algo que refletisse nossa personalidade para trazermos para a próxima aula. Eu confesso que fiquei animado. Já colocaria a mão na massa.

O primeiro tempo havia terminado e eu fui esperar Pedro na lanchonete. Renan havia ido encontrar Lara e disse que voltava pra outra aula se ela não desse mais um de seus chiliques.

Assim que eu cheguei, Pedro chegou também. Nós pedimos duas saladas com omelete. Na realidade estava acompanhado ele que não comia carne vermelha. Na verdade pediria um bife bem mal passado, mas preferi não sofrer alguma represália do meu melhor amigo.

Assim que nossa salada chegou, ficamos comendo e conversando.

_ Leo eu posso dormir lá na sua casa hoje?-perguntou ele, dando um gole no suco verde que eu odiava tomar.

_ Pode sim! Vamos assistir alguma série. Tempos que não maratonamos nada. O que acha? -eu sugeri.

_ Pode ser! Eu acho que ainda não terminamos de assistir a última temporada de Greys Anatomy. - ele lembrava deixando-me contente. Estava doido pra assistir e sem ele não era a mesma coisa.

Notei que ele estava estranho. Eu sabia que tinha alguma coisa estranha com ele, então eu decidi perguntar.

_ Está acontecendo alguma coisa, Pedro? Estou te achando meio aéreo. -dei uma garfada na salada. Eu não sabia que estava com tanta fome.

_ Mais ou menos Léo . -ele parecia preocupado.

_ O que aconteceu? Sabe que pode me contar tudo, certo?

_ Preciso conversar uma coisa com você. Mas não posso conversar aqui. Tem que ser só com você e num lugar mais tranquilo. Pode ser? - ele me propôs isso com uma cara de cão que caiu da mudança.

_ Você está me assustando. Não quer me adiantar ao menos o assunto? - eu perguntei tentando ver se ele ao menos me falava sobre o que queria conversar.

_ Não. Prefiro que seja hoje lá na sua casa! -ele encerrou o assunto tentando evitar mais perguntas minhas e acabamos nos despedindo para voltarmos pra aula.
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Bom, gente. Esse foi o capítulo de hoje. Espero que gostem. Se gostou deixe uma ⭐️ e comente o que achou. Até a próxima.

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