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Capítulo Seis


_ Claro que não. - eu disse impulsivamente. _ Não fique chateado, mas isso já passou da hora de acabar. Eu não sei mais o que eu estou fazendo da minha vida. Você poderia simplesmente ter dito que nunca ia acontecer nada, mas aí você vai, volta e acha que eu fico bem com isso? Desculpa, Pedro, mas não funciona assim pra mim.

Ele me olhava como quem quisesse dizer alguma coisa.

_ Então é isso? - ele perguntou.

_ É isso. Se você tem que ir, vai Pedro. - eu dizia aquilo surpreendentemente leve comigo mesmo. Ele me olhou mais um pouco e acabou indo embora. Eu preferi tentar ir dormir. Lutei pro sono vir e quando acordei já sabia que ele tinha ido embora. Ao pegar meu celular, vi que uma mensagem dele.

" Você é e sempre será uma das minhas pessoas favoritas. Eu adoro você. As coisas nem sempre acontecem da maneira que queremos não é? Eu preciso desse tempo, você também precisa. Tente ficar bem. Não se preocupa, eu ainda vou voltar. Beijos."

Eu li e reli aquela mensagem sem parar. Ainda estava na cama quando o Renan bateu e entrou. Ele sentou no chão do lado da minha cama e me olhava com certo pesar.

_ Vim ver como você está - ele disse olhando pra mim.

_ Não sei ao certo. Acho que estou melhor do que achei que ficaria. Da uma olhada nisso. - eu disse mostrando o celular pra ele.

Me sentei na beirada da cama com os pés no chão. Enquanto ele lia a mensagem, fez o mesmo. Ao terminar, deu um beijo na minha cabeça.

_ Vai ficar tudo bem. Nessa vida tudo passa. -ele disse.

_ Será que passa? - eu disse encostando minha cabeça no ombro dele.

_ Vai passar sim. Dê tempo ao tempo.

Eu levantei a cabeça e fiquei olhando pra frente. Ele tentava me consolar. Parecia que eu estava velando um corpo. Talvez eu estivesse velando meu sentimento por ele.

_ Preciso melhorar.

_ Você vai. E outra, tem uma porção de gatinha por aí. - eu olhei sério pra ele.  _ No seu caso, uma porção de gatinho.

Eu não me aguentei e comecei a rir. Ele ficou lá até depois do almoço. Eu fiquei vendo filmes a tarde toda com a cabeça no colo da Celeste. Aquele dia passou rápido, o que foi muito bom.

Já de noite, antes de deitar eu me sentei perto da piscina. Fiquei ali, olhando pro nada. Era uma noite nublada, então não se via nenhuma estrela, e o vento estava mais gelado que o normal.

Celeste ainda veio me perguntar se tinha acontecido algo. Ficamos ali por um bom tempo conversando até que entramos e dormimos.

Aos poucos eu ia me acostumando com a ausência do Pedro. Ele me mandava mensagens as vezes. Nós conversávamos pouco, até por conta do fuso horário, coisa que nós nunca acertávamos.

Para minha sorte e saúde mental, aulas finalmente haviam voltado. Nesse tempo eu consegui uma espécie de estágio. Queria saber exatamente como funcionava uma cozinha de verdade antes de saber se era gastronomia que eu queria cursar no próximo ano. Era num restaurante de uma amiga da minha mãe que ficava no centro da cidade.

Confesso que eu estava morrendo de medo. A entrevista foi bem tranquila e ainda naquela semana eu comecei a trabalhar.

Meu pai não concordou de cara. Ele tinha medo de eu começar a deixar a escola de lado. Acabei pedindo para minha mãe conversar com ele, pra convencê-lo a não se chatear com isso porque era meu crescimento profissional que estava em jogo. No fim ele acabou aceitando sem muita reclamação.

Era estranho não ver o Pedro no colégio, ainda mais pelo fato de que a gente não se desgrudava. Renan sempre tava por perto. As vezes ele dormia lá em casa, ficava lá vendo filmes e séries e as vezes me forçava a sair.

Eu me afundei nos estudos, na academia e na natação.

Certo dia estava voltando do estágio e vi que os vizinhos do outro lado da minha casa estavam de mudança. Eram um casal super simpático que conhecia desde criança. Eles estavam indo morar com a filha por conta da idade. Conversei um pouco com eles, me despedi e fui pra casa tomar banho.

Estava saindo do chuveiro quando vi uma vídeo chamada de Pedro. Não deu nem tempo de vestir roupa, me enrolei na toalha e fui atender.

Ele tava ainda mais bonito. A barba que ele tava deixando crescer estava fazendo ele parecer mais másculo. Mas alguma coisa havia mudado. Ficamos conversando um pouco. Não tocamos no assunto "nós" em nenhum momento. Depois de um tempo ele disse que tinha que desligar porque lá já era de noite e ele precisava dormir cedo porque tinha aula no outro dia. Nos despedimos e eu desliguei o notebook.

Vesti uma roupa e fui ler uns artigos de um livro que um dos professores tinha recomendado, e que seria importante pra aula. Minha vida tinha entrado nos eixos.

Já fazia um mês e meio que ele tinha partido. E com o passar dos dias a gente se falava cada vez menos.

Certo dia eu estava vendo o Instagram dele. Estava  numa piscina rodeado de amigos. Decidi mexer um pouco mais e fui ver nas fotos marcadas que ele tinha sido marcado em várias fotos de uma menina. Ela era muito bonita. Haviam várias fotos deles em bares, bebendo com amigos e até abraçados. Era evidente que ali havia algo.

Fiquei um pouco chateado. Talvez por descobrir sozinho. Talvez por ser uma pessoa do outro lado do mundo. Resolvi desligar o celular e dormir.

Alguns dias depois a gente milagrosamente acertou o horário do fuso e estávamos conversando por vídeo chamada de novo. Nós conversamos por uns vinte minutos.

_ Pedro, se eu te perguntar uma coisa você me responde de forma sincera? - eu perguntei.

_ Claro que sim. O que você quer saber? - ele parecia bem tranquilo.

_ Você está namorando? - eu perguntei sem rodeios.

_ Imaginei que essa seria a pergunta. - depois de alguns segundos ele tomando coragem. _ Estou sim. O nome dela é Samantha. Nos conhecemos no colegial e acabou rolando. - ele disse com um sorriso torto no rosto.

_ Você gosta dela?

_ Claro que gosto! - ele respondeu como se quisesse me provar algo.

_ Você está apaixonado por ela? - eu perguntei e ele levou um tempo pra me responder.

_ Está na hora de eu ir. Se cuida, Léo. - ele disse querendo acabar com o assunto.

_ Não vai responder? A gente não tem e nem nunca teve nada. E pelo menos da minha parte, a gente ainda é amigo. - eu disse forçando a barra.

_ Quer saber, Léo. Estou sim. A gente se conheceu quando eu cheguei aqui. Ela é uma garota incrível. Nos apaixonamos e aconteceu. Satisfeito? - ele disse um pouco irritado.

_ Eu quero que você seja muito feliz, Pedro. E eu vou ser sincero, nunca achei que a gente teria alguma coisa. Se ela te faz feliz, eu estou feliz.

Não vou mentir. É óbvio que eu tinha ficado chateado, mas não quis falar sobre isso. Deixei as coisas do jeito que deveriam ficar. Nós conversamos um pouco mais e ele acabou indo dormir.

Meus dias se passavam sem muitas surpresas. Eu estagiava três vezes na semana durante a noite. Na escola tudo corria bem. Nós tínhamos um trabalho onde teríamos que criar um prato da região nordestina que contasse uma história. Eu e uma amiga escolhemos recriar um prato chamado Maria Isabel. Maria Isabel é o prato nordestino mais representativo da cozinha piauiense, todos os ingredientes são tipicamente regionais, a base de arroz, carne seca, cebola, pimentão, cheiro verde, alho e pimenta-do-reino. Segundo a história contada pelo povo, antigamente só os homens comiam carne seca e no meio das famílias carentes, uma mãe que não tinha o que dar para os filhos, cortou em cubos uma pontinha da carne do pai e fez o prato para toda a família, e batizou assim com o nome das suas filhas, Maria e Isabel. O nosso professor gostou tanto que nossos pratos foram recriadas algumas vezes para que outros professores também experimentassem.

Com o tempo, passei a me dedicar mais em casa. Comecei a ir para a cozinha quase todos os dias. Preparar pratos novos e sofisticados. Papai, mamãe e Celeste estavam amando minha criatividade. Eram as melhores cobaias do mundo.

Com estágio, a escola , academia, natação e aperfeiçoamento de técnicas em casa, mais eu me recusava a ter vida social. Renan até insistia, mas era em vão.

Eu já estava bem melhor com tudo. Eu não sentia atração por ninguém. Nem por homem nem por mulher. Só estava curtindo o meu momento sozinho. Estava naquela época que eu não era afim de ficar com ninguém. E por incrível que pareça era muito bom.

Por conta de tantas atividades, acabei trocando a natação para quartas e sábados. Em um desses sábados, quando eu acabado de chegar da natação, Renan veio até minha casa. Ele mais uma vez me convidava pra sair.

_ Não, amigo. Não estou afim. É sério. - eu já dizia desanimado só pensando no fato de sair.

_ Que merda, Léo. Você não sai já faz quanto tempo? Uns dois, três meses? - você vai acabar ficando um velho rabugento de 18 anos. Deixa de ser babaca e vamos! - ele quase implorava.

_ Estou sem ânimo pra suas baladinhas. - eu disse tentando colocar empecilho pra sair.

_ Eu não disse que a gente vai pra balada. - ele disse rápido. _ Leo, você ainda tá assim por causa do Pedro? - ele dizia como se estivesse lendo minha mente.

_ Não sei ao certo. Talvez eu realmente esteja ficando velho. -falei dando uma risada.

_ Cara, você precisa sair. Conhecer outras pessoas. Beijar na boca. Senão você vai acabar ficando assexuado. - ele disse rindo.

Depois de quase uma hora insistindo eu acabei sendo convencido pelo cansaço. Combinamos que ele me buscaria por volta de 22:30. Juntei toda a força que eu não tinha para tomar um banho e me arrumar.

Celeste também já tinha ido pra prima dela. Elas iam pra algum baile na periferia. Juro que fiquei uns 20 minutos olhando pro guarda roupa até que por fim acabei usando jeans e camiseta. Dei um jeito no cabelo e passei um perfume. Mandei mensagem para Renan, avisando que estava terminando de me arrumar e que já estava passando para buscá-lo.

Eu desci, disse pro meu pai que iria sair. Como mamãe estava de plantão em um hospital, acabou que só ele ficou em casa. Ao ouvir que eu iria sair, meu pai me olhou espantado. Chegou a brincar comigo, aferindo minha febre.

_ Você sabia que a maioria dos pais brigam pros filhos não sairem? E você aí quase soltando fogos porque eu vou passar a noite fora. - eu disse brincando com ele.

_ Você precisa se divertir um pouco. Namorar, beijar na boca, transar. Todo mundo faz isso, meu filho. Eu na sua idade já tinha comido metade da minha cidade. -ele dizia com o sotaque mais engraçado do mundo. Mesmo depois de anos ele não perdia o sotaque americano.

_ Na sua idade você era do time de futebol. Praticamente seu uniforme fazia tudo por você. -eu disse e ele riu.

_ Não é mentira, mas pelo menos eu não ficava o tempo todo em casa. -ele respondeu e eu fiz careta.

Me despedi e encontrei Renan. Em poucos minutos resolvemos que íamos de táxi. Assim poderíamos beber sem problema algum. Ficamos conversando sobre todo tipo de assunto.

Renan teve a ideia de irmos a um bar onde tocava Rock dos anos 80. Esperamos na calçada até que liberassem a entrada. Nesse meio tempo mais algumas pessoas do colégio acabaram chegando. E dentro desse meio chegou um rapaz que não tinha como não olhar. Ele parecia o tipo que gostava de praia, pois sua pele era bronzeada. Com meus olhos, medi sua altura. Com certeza ele tinha um pouco mais de 1,80. Não era muito forte, mas devia praticar musculação. Tinha um corpo normal, mas seus braços pareciam ser grandes e dava pra ver algumas veias saltando do braço dele. Nada exagerado. Seu cabelo preto levemente bagunçado contrastava com sua barba por fazer que era bem alinhada, quase que desenhada.

Eu fiquei atônito por alguns segundos. Ele era definitivamente o cara mais bonito que tinha visto na vida. Ele estava com uma calça jeans clara e camisa social preta com as mangas dobradas até o antebraço. Ele se aproximou e o Renan o cumprimentou.

Fiquei por alguns segundos tentando lembrar da fisionomia dele, até que lembrei de um dia que eu havia ido à praia com Renan, porém naquela época eu não havia prestado a atenção.

Ele educadamente se apresentou, com um sorriso bonito e largo disse que se chamava Henrique.

Ficamos um bom tempo na fila conversando até que surgiu a vaga e decidimos entrar. Pra variar os seguranças acharam eu era menor de idade. Fiquei constrangido quando os olhares se voltaram pra mim e tive que mostrar minha identidade. Pela primeira vez mostrei a verdadeira. Afinal apesar de passar desapercebido eu já era maior de idade.

Dentro do bar era tudo bem legal. Era todo decorado nos estilos anos 80. Tinha fliperamas, jogos antigos de tabuleiro, e mais pra dentro ficava o palco. Era um salão grande, que em pouco tempo estava lotado. O show era de uma banda que fazia covers. Eles cantavam de tudo, Cazuza, Titãs, Capital Inicial, Legião Urbana. Nós nos divertimos muito a cada música que tocava.

Renan e eu compramos umas cervejas e voltamos pra perto do palco. Ofereci uma para Henrique, que não aceitou. Ele disse que estava dirigindo aquela noite, mas agradeceu gentilmente. Não nos falamos muito, pra falar a verdade. Eu realmente estava ali só pra me divertir mesmo.

Eu já estava acreditando que tinha valido a pena o Renan ter insistido tanto pra eu ir, até que durante uma música, a fumaça que aqueles aparelhos soltavam começou a me dar falta de ar. Combinando com o fato do lugar estar muito cheio, e eu já meio tonto, decidi sair pra tomar um ar.

Sentei numa praça que tinha bem na frente. Estava concentrado em voltar a respirar melhor até que ouvi uma voz.

_ Sabia que te encontraria aqui.
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Bom, gente. Esse foi o capítulo de hoje. Espero que gostem. Se gostou deixe uma ⭐️ e comente o que achou. Até a próxima.

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