Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capitulo Dezessete

Pedro cantarolava uma música do Coldplay. Eu comecei a rir daquilo até ele parar e rir de mim também.

_ Estava com saudades disso. De rir com você. - ele disse me cutucando com o cotovelo.

_ Eu também. Senti muito sua falta. -fui sincero. Ele era o meu amigo mais próximo e eu não tinha noção de quanta ele fazia.

Ele se levantou, pegou mais uma cerveja e se sentou do lado oposto da piscina. De frente pra mim.

_ Como foi ficar aqui sem seu melhor amigo?

_ No começo foi muito difícil. Eu estava com raiva de você.

_ Eu disse que a gente precisava desse tempo. E realmente precisava. Eu voltei apaixonado por você e você por outra pessoa. -ele disse me fazendo gelar.

_ Não sei o que dizer.

_ Não precisa dizer nada. Está estampado bem aí, na sua cara. Você gosta daquele cara, não gosta? -ele me indagava sem tirar o sorriso do rosto.

_ Eu não entendo. -cortei. _ Quando foi que tudo mudou pra você? Você estava sem falar comigo, começou a namorar uma menina lá e depois parou de falar comigo. Agora está apaixonado por mim. Eu juro que tô tentando entender essa cronologia, mas está complicado.

_ Cronologia? -ele riu. _ Eu sai daqui confuso, Léo. Meu melhor amigo, aquele me sempre me viu pelado, que já me viu transar com meninas. Como aquele cara estava afim de mim? Eu sai daqui com o gosto do beijo do cara que viveu comigo a vida toda. Você tem noção disso? Sabe como minha cabeça ficou?

_ Não sei. De fato é a primeira vez que estamos conversando sobre isso. Eu imagino que não deve ter sido fácil pra você. Pra mim não foi. Ainda mais ter que aceitar ver você partir e me deixar sozinho. Literalmente. Eu merecia mais. Eu merecia pelo menos um "me espera". Era o sinal que eu queria ouvir de você. -eu dizia com toda sinceridade do universo. Era o melhor momento pra desabafar.

Ele estava nervoso. Mexia a perna, fazendo a água da piscina balançar. Isso me fazia ficar nervoso também. Eu queria falar tudo que sentia. Queria falar o quando ele havia me machucado.

_ Eu sei disso. Só que naquele momento eu só tinha aquilo pra oferecer. Eu não sabia que voltaria querendo ficar com você. Se voltaria querendo distância. Eu não sabia. Mas quanto mais o tempo passava, mais eu via que você não saia da minha cabeça. Nosso beijo me despertou o que eu nunca havia sentido ainda. E nem a Samantha conseguia me fazer esquecer aquilo. E sim, eu comecei a namorar ela pra tentar esquecer você.

Nossa conversa estava transparente demais. Ele parecia estar sendo claro o bastante, o que me deixava ainda mais confuso sobre tudo que havia acontecido.

_ Eu tentei seguir em frente.

_ E conseguiu. Você agora tá com um cara bonitão, tá feliz. Deu pra ver no churrasco. Ele também era um tapa buraco? Também ficou com ele pra me esquecer?

Foi aí que eu percebi que não era a mesma coisa. Eu não conheci o Henrique com aquela finalidade. Na verdade o flerte rolava mentalmente, mas não pensava em ficar com ele. Nem sabia se ele realmente era gay ou se queria alguma coisa comigo.

_ Não... não é a mesma coisa. Henrique era meu amigo. As coisas foram acontecendo sozinhas... quando vi a gente estava afim um do outro.

_ E hoje vocês estão namorando? -ele questionou parando a perna.

_ Não. Estamos apenas nos conhecendo...

_ Não... vocês estão apaixonados. Só não rolou o pedido ainda. Sei bem como é estar apaixonado e da pra ver que você sorri quando fala dele. Você não sabe disfarçar muito. -ele riu me fazendo sorrir também.

_ Eu não fazia ideia daqueles e-mails, Pedro. Juro pra você. Foi na mesma época que começou a rolar alguma coisa com Henrique. Se eu tivesse lido aquilo, talvez hoje tudo seria diferente.

_ Você teria me esperado?

_ Acho que sim. Quando terminei de ler todos aqueles e-mails eu fiquei um pouco desnorteado. Não sabia o que pensar. Você era exatamente tudo que eu sempre quis. E era meu melhor amigo. A gente se dava bem. A única diferença era que agora você teria que sossegar esse seu jeito galinha de ser e poderia ficar comigo.

Ele riu quando falei que ele era galinha. Não estava mentindo nenhum pouco. Quando Renan me disse que eu tinha me apaixonado pelo cara mais galinha do Rio de Janeiro, eu tive que concordar. Ele era atraente, era bonito, simpático, tinha uma lábia, uma conversa que fazia qualquer um cair no papo dele. Tinha um corpo muito bonito. Pernas grossas, peitoral largo... jogador de futebol, né?

_ Vocês chegaram a...

_ Transar? -eu o interrompi. _ Não, ainda não. Se bem que... não. Ainda não transamos de fato.

_ Bom, não quero saber dos detalhes. Mas entendi que já conheceram o corpo um do outro.

_ Isso.

_ Sabia que mesmo a gente sempre trocando de roupa um perto do outro, eu nunca tinha reparado no quanto seu corpo é bonito? Tá... eu sempre reparei no seu corpo, mas era pra saber se estava mais forte que eu.

_ E eu sempre estava. -respondi rindo.

_ Você me olhava com outros olhos já ou...

_ Não, por favor. Não olhava. Na verdade comecei a reparar em você na semana que me contou que sua mãe queria que fosse pro intercâmbio. Eu achei que só estava assim porque iria perder meu melhor amigo, mas vi que não. Vi que eu realmente me sentia atraído por você.

_ Sexualmente também? -ele disse sem graça.

_ Acho que sim. -confirmei sem graça também.

_ Ainda me acham sexualmente atraente?

_ Seria mentira se dissesse que não, mas agora ...

_ Agora você tá em outra e digamos que bem melhor que isso aqui.

_ Para de bobeira que eu sei você é a pessoa que mais se acha aqui.

Começamos a rir novamente e ele pegou uma cerveja pra mim e uma pra ele.

_ E o que pretende fazer amanhã? Vai realmente passar com a gente lá em casa ou vai atravessar a rua e ganhar o peru de natal. -ele mais uma vez brincou comigo e eu fiz careta.

_ Vou pra casa de vocês. Prometi para os meus pais que não passaria sozinho.

_ Mas você não vai estar sozinho.

_ Pra eles, eu estarei sim. Fora que ele vai passar com os pais numa fazenda há três horas daqui.

_ E porque você não vai pra lá?

_ Eu acho que não seria a coisa certa.

_ Vamos fazer o seguinte, vou dizer para os meus pais que temos um reencontro da galera da turma e que vamos passar todos juntos o natal.

_ Que ideia mais maluca.

_ Tem alguma melhor, sabichão? -ele questionou tocando meu meu braço com o cotovelo.

_ Podemos dizer que eu vou passar natal na casa do namorado da Celeste.

_ E se seus pais ligarem pra Celeste? Vai por mim. As minhas ideias sempre foram as melhores. Fora que eu volto a tempo de comer a rabanada.

_ Pera aí. Você não tá pensando...

_ É obvio que eu vou com você. Você já está dirigindo?

_ Sim.

_ Mas já dirigiu assim pra longe? Melhor uma companhia. Vamos no meu carro. Eu te deixo lá e depois volto.

_ Não acho uma boa ideia. Henrique não vai gostar de saber que você vai me levar.

_ Ele tem ciúmes de mim? Calma, você contou pra ele?

_ Contei. Eu não escondo nada do meu passado. Fica tranquilo que ele não vai contar nada pra ninguém.

_ Tudo bem... então eu te levo e ele nem precisa saber que fui eu que te levei.

_ E como você vai estar com isso tudo?

_ Relaxa. Como você disse, sou o maior galinha da cidade. Vou superar. A não ser que você desista dele e queira ficar comigo. -ele brincou, mas algo me dizia que tinha um fundo de verdade.

_ Vamos deixar as coisas como estão. Amigos? -estendi a mão.

_ Ah, vá se foder, Leonel. -ele disse me puxando para um abraço apertado.

Senti meu corpo se arrepiar por completo com aquele abraço. Suas mãos deslizavam nas minhas costas e eu me sentia tão bem ali. Não queria parar de abraçá-lo. Mas quando senti ele cheirando meu pescoço eu soltei o abraço.

_ Acho melhor eu ir. -ele disse meio sem jeito.

_ Também quero.

_ Quer o que?

_ Vou subir...

_ Vai dormir sozinho? -ele disse consertando o short e percebi que ele estava excitado. Desviei o olhar para que não pensasse besteira.

_ Não acho que vai ser uma boa ideia você me levar amanhã pra fazenda.

_ Fica tranquilo, não vou mais encostar em você. Assim nada disso acontece mais. -ele disse tapando a parte da frente do short.

_ Vai pra casa. -pedi.

Não nos despedimos. Eu entrei, tomei banho e fui deitar na cama. Liguei o ar-condicionado e fui checar se Henrique havia me mandado mensagem. O que não havia acontecido. Então resolvi ligar e averiguar se ele estava bem.

Liguei umas dez vezes e nada. Comecei a ficar preocupado. Entrei nas redes sociais dele e também não tinha nada. Foi aí que tive a ideia de procurar a mãe dele nas redes sociais e encontrei. E sim, ele havia chegado. E estava bebendo com a família.

Fiquei um pouco chateado, por não ter me mandando uma mensagem, mas fiquei aliviado dele estar com a família dele.

Não demorei a pegar no sono. As cervejas haviam me deixado bem relaxado. Então dormi bem rápido aquela noite.

Pela manhã, fiz café, comi um pedaço de bolo e fui assistir um pouco de TV na sala. Não demorou muito para meu telefone não parar de tocar. Ele estava no segundo andar e eu estava cheio de preguiça, mas no fundo poderia ser Henrique. Então fui lá rapidamente e peguei.

Havia sim uma mensagem dele.

"Cheguei."

Apenas isso. Aquele cheguei havia mexido de uma forma negativa comigo. Ele havia me mandado há alguns minutos atrás. Todas as ligações perdidas eram dos meus pais, Renan e Pedro. Haviam mensagem de ambos no meu celular.

Estava com um pouco de raiva. Então não respondi ninguém. Voltei pra sala e fiquei vendo TV a manhã toda. Na hora do almoço, pedi comida da rua e algumas cervejas.

Pouco tempo depois, escutei alguém batendo na porta dos fundos? Logo depois das batidas, veio as voz me chamando. Pedro estava lá, batendo na porta como se quisesse espanca-la.

_ Calma, já vou. -respondi.

Quando abri a porta ele estava com a cara fechada. Umas das mãos na cintura e parecendo estar ofegante.

_ O que foi que deu em você pra não atender ligações ou simplesmente responder uma mensagem? - eu me vi perguntando aquilo pro Henrique.

_ Desculpa. Meu celular estava lá em cima carregando. Eu estava almoçando. Já iria pegar. -falei sorrindo.

_ Quer comer? Pedi comida japonesa.

_ Não, obrigado. Só queria saber se estava bem. -ele disse dando as costas pra mim.

_ Ei, não vai embora. Desculpa. -eu disse sem graça.

_ Fica tranquilo, Leonel. Ainda tá de pé eu te levar. Já falei com meus pais. Eles entenderam numa boa. -ele disse. 

Mesmo não muito satisfeito, pela tarde, Pedro buzinou para que eu descesse. Entrei no carro e ele continuou com uma cara ainda desanimadora.

Viajamos ao som de Coldplay, Radiohead e Creed, suas bandas favoritas. Conversamos e aos poucos ele foi tirando aquela cara feia e voltou a rir.

_ O que vai fazer no ano novo? Aliás o que vocês vão fazer no ano novo? - ele perguntou enquanto dirigia.

_ Estávamos querendo ir pra região dos Lagos.

_ Sério? Lá vai estar um caos. Você sabe. Final de ano todo mundo entope aquelas cidadezinhas.

_ Verdade, mas ele queria me levar pra lá.

_ Vão passar dor de cabeça. A não ser que vão de helicóptero, mas vão gastar uma grana só pra alugar um.

_ Mas e você? O que vai fazer? -tentei mudar o assunto.

_ Acho que vou passar numa balada GLS por aí. Preciso me arrumar agora que eu decidi mudar de time. -ele disse me fazendo soltar uma gargalhada.

_ Você? Numa balada GLS? Duvido.

_ Não é só você que pode ser dar bem não, Leonel. Eu também quero.

_ Sabia que você é a única pessoa que eu não implico de me chamar pelo meu nome?

_ É porque você sabe que te encho o saco. Não tem como me levar a sério.

_ Obrigado. -falei tocando sua perna.

_ Pelo que?

_ Por estar fazendo isso por mim. Está sendo um grande amigo.

_ É pra isso que os amigos servem, não é?

Chegamos na fazenda por volta das sete da noite. Eu realmente estava nervoso. Estava com o presente de natal do Henrique na mão e com a outra levava uma
caixa com uma torta que havia encomendado.

_ Está tudo bem? -ele me perguntou.

_ Estou nervoso. Não sei se é uma boa entrar sem ser convidado. A gente nem se falou...

_ Para de palhaçada. -ele me cortou. -Desce do carro. Eu vou assim que me mandar mensagem avisando que está tudo bem.

_ Ok. Me deseje sorte. -eu disse saindo do carro.

Passei direto pela parte oposta da festa. Queria ver Henrique antes de todos. Caminhei sem fazer muito barulho e segui pelas mangueiras que estavam repletas aquela época. Minhas mãos tremiam, eu parecia pressentir que algo não estava certo.

Peguei meu celular e liguei para Henrique. Escutei o celular tocar. Ele estava por perto. Segui andando e liguei novamente até chegar o mais perto que pude do som.

Ele estava debaixo de uma árvore. Não estava sozinho. Liguei mais uma vez e vi nitidamente ele desligando a ligação.

_ Quem era? -escutei a voz.

_ Não importa. Depois eu resolvo. -ele disse me fazendo tremer de raiva.

Me aproximei o bastante para ver que ele estava abraçando alguém. Não conseguia ver quem era. Ele estava de costas para mim. Foi aí que liguei pela última vez e quase que há metros dos dois eu fiz questão de fazer barulho. Queria ser notado.

_ Léo? -Henrique disse soltando o rapaz o mais rápido possível.

_ Feliz natal. -eu disse com meus olhos cheios d'água.

_ Leozinho... - o rapaz que estava intacto se virou e a decepção impregnou minha face. Era Danilo.

_ Achei que ele não viesse. -Danilo disse me fazendo olhar pra Henrique, enfurecido.

_ Léo... se acalma. Não é nada do que você está pensando. -ele disse tentando se aproximar.

_ Obrigado. -eu disse com os olhos cheio d'água.

_ Léo... vamos conversar.

Eu o olhei nos olhos mais uma vez. Deixei a torta cair junto com o presente. Não tive outra reação a não ser correr. Comecei a correr muito. Precisava sair dali o mais rápido possível.

_ Léo. Por favor. Léo... -escutava Henrique gritar.

Eu corri o máximo que pude. Cheguei até a frente do carro. Henrique veio atrás de mim ofegante também.
Ele gritava meu nome e sua voz me deixava ainda mais nervoso.

Quando ele viu Pedro no volante, começou a gritar desesperado meu nome até que eu me virei.

_ Você veio com esse cara? -ele questionou chegando perto de mim.

_ Você não atendeu minhas ligações, você não respondeu minhas mensagens... você sequer teve a preocupação de me mandar um recado. Pra que? Ficar com seu ex namorado? Ok. Eu já entendi porque não fez questão que eu viesse...

_ Não fiz questão? Eu quase implorei pra você não ficar. Queria você do meu lado. Você não quis vir.

_ E isso te deu o direto de ser um completo idiota comigo? Ótimo. -eu disse abrindo a porta do carro.

_ Espera. Fica, vamos conversar. Não vai embora com ele. -ele disse abaixando o tom de voz, mas seus olhos desesperados não se acalmaram tanto.

_ É como você mesmo disse, não importa. -falei entrando no carro. _ Pedro, liga esse carro e vamos embora.

_ Léo, o que aconteceu?

_ Liga a droga do carro e vamo! -eu praticamente ordenei.
.
.
.
.
Bom, gente. Esse foi o capítulo de hoje. Espero que gostem. Se gostou deixe uma ⭐️ e comente o que achou. Até a próxima.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro