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03 | Acervo (uma mentira supostamente convincente)

Iseul realmente concentrou seus esforços nisso. A garota passou o resto da noite comentando sobre suas ideias e dizendo que estava tão inspirada que somente a ausência do seu computador profissional na minha casa a impedia de fazer tudo agora mesmo. Quando foi embora no dia seguinte, Iseul estava com pressa, como se eu tivesse dado um prazo relâmpago para cumprir com o acordo feito, sendo que eu já estava me aproveitando da sua boa vontade.

Ela já havia escolhido as fotos e passara a noite escolhendo alguém para fingir ser meu namorado nas fotos, mas disse que não havia chegado a um ganhador.

Honestamente, me sinto tão envergonhada do que estou fazendo que sequer quis olhar para o rosto da pessoa que ela achou. Quero tornar isso o mais impessoal possível, só assim posso manter o pouco de orgulho que ainda me resta. Então, irei apenas olhar o resultado. Não me importo com quem ela escolha, o rosto da pessoa não irá aparecer de qualquer forma.

Paro a minha corrida quando o relógio marca uma hora de tempo percorrido, mas Kojo continua puxando a corrente e balançando seu rabo felpudo em minhas pernas como um espanador louro. O cãozinho pode até ter perna curta e corpo roliço, mas sua energia é implacável. Vovó não cansa de reclamar que é velha demais para cuidar de uma criança traquina como ele.

— Calma, garotão — faço carinho em seu pelo, me abaixando em meio ao sol escaldante da manhã. Normalmente caminhamos no parque do bairro, é arborizado e o clima até que é agradável nessa época do ano. Além disso, é bom para descansarmos um pouco antes de voltar para casa, já que a subida é íngreme até chegarmos em casa.

Vou até uma lojinha de sorvete ali perto e compro um picolé de frutas e uma garrafa d'água. Sento em um dos bancos, sob uma sombra agradável e fresca, e despejo a água num copo de plástico para Kojo se refrescar também. Ao dar a primeira mordida no picolé de uva, meu celular toca.

— Oi, prima — falo, prendendo a corrente de Kojo com o pé para conseguir segurar o aparelho.

— Por que você está ofegante? Está fugindo de alguém? Devo usar a minha arma de choque?

Solto uma gargalhada. Após assistir a um filme alguns meses atrás, Iseul botou na cabeça que precisava ter uma arma de choque para se defender de possíveis ataques, mesmo que vovó Miran tenha dito que tal aquisição não era necessária, já que ela já tinha feito aulas de defesa pessoal e o bairro onde moramos é muito tranquilo. Desde então, ela parece ávida para mostrar que sua compra não foi totalmente em vão e que ela tomou a decisão certa ao seguir os conselhos do filme.

— Estava correndo com Kojo. Aconteceu alguma coisa?

— Eu só queria dizer que você tem realmente a melhor prima do mundo — vangloria-se. — E que já pode checar todas as fotos na nossa conversa. Criei uma pasta aonde vou adicionando novas edições, mas as que já fiz devem ser o suficiente para afastar aquele encosto da sua vida. Depois me diz o que achou! Já aviso que o seu namorado é bem bonitão e musculoso — ela ri alto do outro lado da linha. — Enfim, tenho que ir agora. O dever me chama.

— Espera, eu...

Antes que eu possa agradecer, ela encerra a chamada. Suspiro e fico encarando a tela do celular, com a nossa conversa aberta e um monte de mensagens que não quero ver. Estou subitamente nervosa e com medo. O quão convincente essas fotos precisam ser para as pessoas acreditarem em mim? Seria essa a melhor saída mesmo?

Suspiro mais uma vez e olho para as pessoas no parque, sinto as palmas das mãos suarem.

O irrigador automático acaba de molhar uma mulher que passava próximo a grama verde; um homem avança apressado em direção a um ponto de ônibus aqui perto, batendo de suas roupas as pétalas de cerejeira que caem lentamente das árvores; e, em outro canto, uma senhora alimenta os pássaros que se amontoam ao seu redor. Não há muitas pessoas, apesar de ser um sábado ensolarado. Daqui a pouco é a hora do almoço, então também devo ir embora logo.

— Não deve ser uma coisa tão grotesca — falo comigo mesma, ao sentir as batidas do meu coração se acalmarem. — Ninguém irá notar que é tudo falso, certo? Eu posso sustentar um namoro reservado por um tempo e depois dizer que terminamos. Estou terminando o colegial mesmo, então muitas das pessoas com quem estudo não estarão mais em minha vida no próximo ano e...

Paro de falar ao ver que a senhora alimentando os pássaros está me observando como se eu fosse louca.

Aigoo! O que estou fazendo? — Coço a cabeça. — O que você acha, garotão? Devo olhá-las agora? Qual seria o melhor momento para postá-las?

Abaixo a cabeça procurando os olhos brilhantes de Kojo e o encontro lambendo meu picolé como se tivesse encontrado um oásis em meio ao deserto. Sequer tinha reparado que me distraí e abaixei o braço a ponto de ofertar a comida gelada e refrescante ao meu cachorro espertinho.

Chio em reclamação.

— Está gostando? Você não deveria comer isso, sabia? — Faço carinho atrás da sua orelha grande. — Vou tomar como um sim a sua resposta às minhas perguntas, ok?

Desbloqueio a tela do celular e o seguro na altura do rosto. Abro os olhos lentamente, em uma careta, enquanto vou lendo aos poucos as mensagens de Iseul, tentando enxergar em meio à claridade. Olho as fotos e elas realmente parecem sutis e verdadeiras — pelo menos de acordo com meus conhecimentos —, o que chega a me impressionar. Dou zoom para olhar os detalhes e nada me parece identificável a primeira vista. Iseul conseguiu fazer mágica com as opções que eu tinha a disposição. Ela até mesmo ajustou a iluminação para não parecer que um menino havia sido inserido ali.

Em uma foto que tirei no espelho, ela pôs uma figura masculina mais alta ao meu lado, com a mão em meu ombro e o rosto virado na minha direção, mas sem mostrar seu rosto — apenas até o seu maxilar. Em outra, pareço estar segurando a mão de uma pessoa quando fui à praia em Busan nas últimas férias. Além de várias outras opções, inclusive fotos apenas do perfil do modelo que ela encontrou, onde parece que eu mesma as tirei.

"Já viu as fotos? O que achou?", A mensagem de Iseul saltou na tela.

"Estão ótimas! Eu não reconheceria as edições de forma alguma. Muito obrigada!", respondo.

"Estou aqui para isso", bota uma carinha piscando. "Agora, posta logo alguma dessas fotos e cala a boca do Do Yoon de uma vez por todas".

Sorrio para tela e jogo o palito de picolé na lixeira ao meu lado, ao perceber que Kojo terminou seu lanche proibido. Espero que ele não nos presenteie com uma bela de uma diarreia mais tarde. Vovó me mataria se ele sujasse o carpete novamente.

"Estou nervosa. O que eu deveria escrever na legenda?"

"Nada de mais. Você pode apenas botar um emoji ou algo do tipo."

"Isso é convincente o suficiente?"

"Mais convincente do que a foto de um cara com a mão na sua cintura, Jae? A legenda é o mínimo comparado ao que eles vão ver! As pessoas só vão se importar com as fotos, acredite."

"Estou sendo uma chata, né? Mas é que eu não sou muito boa lidando com isso, sequer posto fotos com frequência."

"É, eu sei", ela põe um emoji de tédio. "Você só posta foto do Kojo."

Fotografo o meu cachorro rechonchudo e mando para ela.

"Cuidado com as palavras, ele está ouvindo tudo."

"A língua dele está roxa. Alguém tentou envenená-lo enquanto conversávamos? Devo..."

Reviro os olhos e digito sem sequer terminar de ler mensagem.

"Foi o picolé de uva que ele roubou de mim."

"Entendo. Mas, voltando ao assunto, apenas poste logo as fotos! Se estiver muito insegura, pode deixar que eu faço isso por você."

Não deveria depender tanto da ajuda da minha prima, mas a pergunta escapa pelos meus dedos.

"Sério?", Iseul saberia lidar melhor com os ânimos agitados dos meus poucos seguidores. Seria o meu primeiro namorado depois do Do Yoon, o antigo rei da escola, acho que as pessoas ainda estão um pouco interessadas em saber como anda a minha vida depois desse acontecimento.

"Sim. Quer que eu faça isso?"

Mordo o lábio e escrevo que sim rapidamente.

"Estarei ocupada o dia inteiro, mas prometo olhar o que você fez mais tarde. Só... não exagere."

"Sem problemas! Se brincar, o Do Yoon já terá desistido de encontrar com seu suposto namorado antes mesmo do fim do dia. Confia em mim."

"Você é a melhor."

Sorrio e guardo o celular no bolso, pegando Kojo e marchando de volta para casa com a autoestima um pouco melhor.

🐕🍦

Chego em casa por volta das 22h30min e sou recebida por Kojo abanando o rabo em minhas pernas. Faço carinho em seu corpo rechonchudo e tranco a porta atrás de mim. Vovó Miran está na cozinha preparando o jantar e, após lavar as mãos, eu me junto a ela. Os acompanhamentos já estão separados, minha contribuição é apenas montar a mesa.

— Como foi o seu dia, querida? — Pergunta enquanto separa o arroz em porções individuais. Ela dedica uma atenção especial a flor que deixo sobre a mesa, mas não estranha as roupas que uso — ainda estou usando o hanbok rosa e amarelo bebê, com detalhes dourados, e maquiagem pesada no rosto.

— Dessa vez, fui uma respeitada princesa herdeira da Era Joseon — explico, com um sorriso de lado. — Contracenei com um belo príncipe, porém, não tivemos um final feliz no final das contas.

Eu não sou modelo, estou muito longe disso para falar a verdade, mas Young Chul adora praticar suas habilidades com fotografia comigo. Ele era amigo próximo do Do Yoon, o conheci na época em que começamos a namorar. Após o término da escola e caminhos diferentes que os dois tomaram, eles se afastaram um pouco, mas ainda continuei mantendo contato com Young Chul. Ele tinha um projeto da universidade para entregar em alguns meses e pediu para que eu fosse sua modelo, algo envolvendo a primavera no Palácio Gyeongbokgung. Ou pelo menos foi esse o tema que ele nos explicou ao chegarmos lá. Era difícil acompanhar o processo criativo do Young Chul.

— E quem foi esse belo príncipe? — Vovó provoca, sorrindo por cima dos ombros curvados.

Reviro os olhos e beijo o topo da sua cabeça.

— Pode esquecer, dona Miran. Não é nada do que você está pensando.

— A Iseul comentou que o Do Yoon estava de volta e que está com uma nova namorada... Só quero saber como anda o coração da minha neta favorita — sorri, olhando para a figura baixa ao meu lado. — Talvez seja a hora de seguir em frente...

— Não precisa se preocupar. Eu estou bem.

Se ela soubesse que estou criando uma mentira para provar que sou superior...

Suspiro e mudo de assunto antes que ela faça mais perguntas:

— Não precisavam ter me esperado para o jantar. Vocês devem estar cansados.

Vovó estala a língua, em desaprovação.

— Eu não sou uma inválida. E seu avô está muito entretido com o jogo de futebol.

— Ele já desistiu dessa ideia de procurar um novo emprego? — Sutilmente, toco naquele assunto.

— Não podemos ser um fardo em sua vida, querida. Pode deixar que eu e seu avô nos viramos da forma que conseguirmos e não vamos desistir tão cedo.

— Mas...

— Isso não está aberto a discussões, princesa herdeira — ela me repreende rapidamente, brincalhona. — Agora vá se trocar antes que o jantar esfrie.

— Não quer ter a presença ilustre de uma princesa herdeira na sua mesa? — Faço uma reverência exagerada.

Vovó bate o cabo da colher em minha cabeça, fazendo um som oco ecoar na cozinha.

— Prefiro que não suje de poeira da rua a nossa comida. Vá, vá rápido, menina.

Faço uma careta desgostosa, massageando a região dolorida, e vou até o meu quarto logo depois. Trancada lá dentro, pego meu celular e olho as coisas que Iseul postou em minhas redes sociais. Ela escolheu uma foto em que estamos no espelho e o estranho está com o braço supostamente em meu ombro. Há várias curtidas, inclusive a do Do Yoon e da Hye Won, assim como minhas amigas da escola, Ji-a e Hee-Jin, perguntaram quem era a pessoa misteriosa.

Um sorriso enorme brota em meu rosto.

— Eles viram! Yes! — Comemoro, jogando o celular na cama e rumando ao banheiro com sensação de missão cumprida.

Eu deveria presentear a Iseul por ter uma ideia tão genial e por fazer um trabalho impecável. Na segunda, após a escola, farei questão de comprar algo para ela.

📸🤳

Quem é vivo sempre aparece, né? 

Confesso que ponderei muito sobre dar continuidade a essa história e, felizmente, a ideia continua viva na minha mente. Então, estou passando para reafirmar que, sim, Até a última pétala de cerejeira vive! hahahah. Podem ficar tranquilos que essa história será concluída por aqui, cedo ou tarde.

Além disso, peço o apoio de vocês lendo, curtindo e comentando nos capítulos, por favor. Vocês não sabem o quanto isso me motiva!

Beijos da Blue e até o próximo capitulo 💙

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