Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

você é uma ótima amiga, Cinderela

Minha vista está cansada, se eu piscar e manter os olhos fechados por dois segundos a mais que o necessário, posso apostar que caio no sono. Mas esse é o único horário que tenho para editar o videoclipe da Dead End e, quando terminar, vou fazer questão de pôr o meu nome nos créditos com leta maiúscula e ocupando cada espacinho de tela.

Espero que conte muito mais pontos no currículo da faculdade do que penso que possa contar, porque o trabalho que estou levando para editar cada trechinho não dá para ser medido. Além do mais, só em controlar a raiva toda vez que olho para o rosto de Dominick nas filmagens já deveria garantir a minha entrada em Cambridge.

A biblioteca começa a encher, antes que pudesse desligar o monitor para que ninguém visse o que estou fazendo, Alec e Jude me assustam ao pararem um de cada lado meu e se curvarem para frente quase que ao mesmo tempo.

— Meu Deus! — Levo a mão ao peito pelo susto após dar um pequeno pulo na cadeira.

Alec dá um sorrisinho na minha direção pela reação que tenho, enquanto isso o baterista da banda analisa o processo do vídeo.

— Estava filmando esse show? — pergunta, demonstrando por alguns segundos surpresa antes de voltar a face impassível.

— Aham, achei que se avisasse não ficaria tão bom e natural quanto ficou. — Pondo a mão no mouse, levo a setinha branca para o vídeo daquela noite, mostrando para eles as imagens, mesmo que não pudessem ouvir porque estava usando fones de ouvido.

— Boa! — diz, limitando-se a apenas isso.

— Tá ficando foda, Cass — elogia Alec, o que me faz olhá-lo e sorrir enquanto ele mantém a concentração na tela do computador.

Sentindo-se observado, o guitarrista retribui o gesto e leva o indicador e o polegar as maçãs do meu rosto ao apertar de leve. Pela primeira vez na vida, eu não odeio tanto o fato delas ficarem extremamente destacadas quando sorrio, continuo não gostando delas, mas ao menos, momentaneamente, agradeço a sua existência por ter criado um momento entre mim e Alec.

O que para mim foi perfeito, não gerou nada a mais do que uma careta confusa com direito a sobrancelha erguida e tudo no rosto de Jude. O, provável, comentário sarcástico ou pergunta julgadora que viria do baterista é aplacado pela sirene desnecessariamente alta que diz para irmos para aula.

Enquanto junto as minhas coisas que antes estavam espalhadas e guardo na bolsa, ambos os garotos me esperam, eu estranho o companheirismo, mas não reclamo.

Antes que saíssemos, Alec segura de leve o meu pulso, fazendo com que pare de andar e vire na sua direção, apesar de já está próxima, o guitarrista não quebra o contato físico, fazendo com que a pele do lugar esquente automaticamente.

Pela visão periférica posso ver que Jude para na porta para nos esperar, isso é um incentivo para que o garoto a minha frente se apresse com o que quer que tenha para falar.

— Porque não passa no ensaio mais tarde? — Ele dá de ombros.

Eu não entendi errado, não é?

— Ahn... — balbucio, mordendo o lábio inferior para controlar o impulso de falar qualquer merda.

Por que meu cérebro simplesmente não me manda responder um "sim"?

— Se tiver outras coisas para fazer, não tem problema.

— Não. Não, eu posso ir sim. — O sorriso é estampado no meu rosto. — Vai ser... Vai ser ótimo.

— Podemos ir ou ainda vão tagarelar mais um pouco?

Sem nenhuma outra coisa a ser dita, nó vamos para aula. Alec usa um caminho diferente que Jude e eu, porque não estamos na mesma sala. Quando o cara esguio e de cabelos cacheados começa a puxar assunto, eu me surpreendo, porque não acho que Jude Asher seja um cara de muitas conversas quando se trata de desconhecidos, ou quase conhecidos.

Mas o papo é bem agradável e dura até depois que chegamos em sala, onde é interrompido quando meu celular vibra no bolso do casaco de moletom azul, a mensagem é de Hanna, e automaticamente eu me acalmo pelo primeiro sinal de vida da garota desde quando acordei.

Hanna:
Não vou a aula.
Mas não esquenta. Tô bem.

Meus dedos deslizam pela tela tirando toda a atenção que teria para andar a minha cadeira, jogo de qualquer jeito a mochila no chão e me debruço sobre a mesa.

Cassandra:
Pq vc não vem?

Hanna:
Colin precisa de ajuda para pendurar os cartazes do clube de dança.

Cassandra:
Desde quando vc colabora com alguma coisa do clube de dança?
E sabia que nosso primeiro horário é biologia?

A apelação pela aula é por essa ser a favorita de Hanna, e um grande peso no curso de ciências biologicas que ela quer seguir.

Hanna:
Não me lembra. Pfr!!!

Cassandra:
QR me explicar o pq de está fazendo isso?

Hanna:
Eu ajudo o Colin com os cartazes.
Colin fala de mim com a equipe.
Todos vêem o quanto sou prestativa.
E ganho votos de um clube inteiro.

Eu digito e apago um par de vezes. Porque Hanna está levando a um outro nível essa eleição. Solto um suspiro ao ler sua última mensagem.

Hanna:
Sei que n ta concordando com nem 1%.
Mas pode aliviar o sermão que deveria ser da minha mãe?

Reviro os olhos para a tela e digito um "ok", passando a prestar atenção na aula que começa e a copiar as anotações na lousa, que provavelmente Hanna pedirá depois.

***

Da sala de teatro vou direto me encontrar com Alec. Enquanto caminho, vou arrumando os papéis do roteiro na bolsa, estou bastante animada com o progresso que estamos tendo, o roteiro já está quase todo escrito e logo logo começaremos os testes para os papéis.

Ao entrar na sala de ensaio dos garotos, penso não ter ninguém, o sofá de frente para os instrumentos está vazio e, ao seu lado, onde há o armário de metal, também não há ninguém.

Só percebo que não estou sozinha pela movimentação nos fundos, Dominick, que antes estava agachado, se levanta e para de mexer nos fios e amplificadores, o cantor me encara surpreso pela aparição repentina mas não diz ou faz nada além de me encarar.

Abro a boca para uma resposta mal-educada, mas nada sai. O peso do silêncio cai sobre nós, é quase como se estivéssemos conversando sem a necessidade de dizer nenhuma palavra. Dominick vê como ninguém a mágoa presente nos meus olhos, e não me passa despercebido o estresse e arrependimento em toda a sua postura, as olheiras denunciam as noites mal dormidas, automaticamente sei que há algo errado.

Tanto a minha análise quanto o momento entre nós é quebrado após a entrada de Jude e Alec, que chegam entre risos e conversas, introduzindo ao lugar uma atmosfera totalmente diferente da que tinha segundos atrás.

— Ei, você veio! — Alec diz, deixando a mochila no pé da porta e se aproximando de mim para um abraço.

— É. — Sorrio, um pouco sem graça pela aproximação repentina.

— O que ela veio fazer aqui? Achei que íamos ensaiar. — Dominick volta a mexer no amplificador, enrolando alguns fios na mão.

— Chamei ela para o ensaio.

— Achei que eles fossem fechados ao público — murmura o cantor, como se aquilo não fosse um claro sinal de que não queria minha presença.

Acabo deixando escapar um riso nasalado, irritada pela maneira que ele finge que não estou bem aqui na sua frente.

— Não achei que teria problema. Jude concordou.

O olhar focado no celular é desviado para encarar o amigo com uma expressão cínica. O baterista não precisa de palavras para dizer que nunca concordou, ou discordou, daquilo, mostrando que por ele não faria diferença alguma.

Alec revira os olhos, voltando-se a Dominick.

— Por que tá agindo assim?

A resposta é um dar de ombros, seguido de uma desviada de assunto fajuta:

— Podemos ensaiar logo?

Voltando-me apenas para Alec, balanço a cabeça em negação ao dizer:

— Acho melhor eu ir.

— Não, pode ficar. Sério!

— Não me sinto à vontade onde claramente não querem a minha presença — Jude, já sentado atrás da bateria, usa suas baquetas para fazer o típico som usado em shows de comédia. — Vou indo, mas a gente se vê depois?

— Tá, claro.

Sorrio, arrumando a alça da bolsa no ombro, disfarçando o incômodo que o clima pesado daquela sala está me passando.

— Tchau, Jude.

Como resposta, há um outro toque na bateria, sorrio fraco e saio antes que possa piorar alguma coisa. Mas eu não chego a ir muito longe quando paro ao ouvir Alec me chamando, o garoto sorri consigo mesmo quando vê que conseguiu me alcançar e dá passos rápidos e largos até estarmos cara a cara. Pressiono os lábios em puro nervosismo sobre o que ele pode querer comigo e, denunciando ainda mais isso, brinco de me balançar para frente e para trás ao alternar o peso nos pés.

— O que foi? — pergunto, pondo as mãos no fim da alça da mochila e erguendo a cabeça para encarar o guitarrista de um perfeito cabelo dourado e pele bronzeada, mesmo que sequer estejamos no verão.

— Antes que eu esqueça, preciso de uma opinião sua — pontua — , minha mãe está na casa do meu avô e quer porque quer que use uma das gravatas dele no baile. — Arrastando o dedo pela tela do celular, logo Alec ergue o aparelho na minha direção.

Primeiro vejo uma gravata vermelha, logo depois o garoto desliza o dedo pela tela e vejo uma outra verde, seguida de uma azul-marinho.

— Qual você acha a melhor?

— Está mesmo me pedindo uma opinião sobre moda? — A surpresa pode ser percebida em cada palavra que sai da minha boca.

— Ah, não zoa, vai!

Sorrio com o tom leve e descontraído da sua voz, mas que ao mesmo tempo me instiga a responder a sua pergunta anterior.

— Tá. A verde acho que combina mais com você. Pelos olhos, sabe? E eu amei o tom.

— Valeu, Cass! É bom contar com alguém para coisas assim, quando perguntei a Dominick ele disse que ficaria ridículo com qualquer uma, e Jude fez um discurso sobre como bailes são fúteis, inúteis, agentes do capitalismo e sexistas.

Eu gargalho tanto que jogo minha cabeça para trás.

— Por isso ele não gosta de bailes?

— Não, ele só é estranho e antissocial, mas é essa a desculpa que usa quando alguém pergunta sobre, assim garante que a pessoa nunca mais perguntará novamente. E vai por mim, dá super certo.

— Não duvido mesmo disso. E sabe que pode contar comigo, não é?

— Sei, você tá se saindo uma ótima amiga, Cass. Daqui a pouco eu substituo os caras por você.

Mas, não achando suficiente cravar uma faca no meu peito, Alec a torce ao levar a mão aos meus cabelos e bagunçá-los, quase como se faz com um cachorrinho ou irmãzinha mais nova. Nesse momento, o sangue pinga no chão e é tanto que não demora a criar uma poça gosmenta e vermelha aos meus pés, com seu trabalho feito, o garoto me dá as costas e volta para sala de ensaio.

Eu, por outro lado, continuo estática sem conseguir sair do lugar, tendo os meus últimos momentos. E em vez de ter toda a minha vida passando pela minha cabeça por um milésimo de segundo, fico repetindo aquela maldita palavra um trilhão de vezes na minha mente.

Amiga.

***

— Amiga. Ele disse que sou uma ótima amiga — reclamo, gesticulando excessivamente com as mãos.

— Mas você é uma ótima amiga — Holly dá de ombros, dizendo com obviedade.

Eu a encaro o feio pela reação, sabendo que a ruiva notou o problema nessa situação toda. Ela também entende meu olhar no mesmo instante, e revirando os olhos de maneira teatral, solta um suspiro derrotado.

— Eu só queria animar.

— Você tá muito negativa. Não dá pra comemorar que ao menos saio da zona invisível para friendzone? — Hanna não esconde sua irritação e nem tira o foco que tem na sua mão grampeada.

— Como foi que fez isso? — pergunta a mais nova líder de torcida, que mantém o peso do corpo apoiado em uma das pernas e o braço descruzado apenas para apontar o ferimento da amiga com o dedo indicador, não escondendo uma careta feia, sendo transparente como sempre.

Holly ficou muito bem no uniforme da equipe de animadoras, a cor amarela e vermelha combinam com o tom do cabelo e o batom forte e vibrante que, em sua maioria, leva a mesma cor. A garota poderia ser a típica menina malvada que se vê em filmes clichês adolescentes, mas Holly consegue se dar bem com todo mundo e ser amiga de pessoas invisíveis como eu.

Na verdade, é estranho e engraçado como nós três, Hanna, eu e Holly, somos tão diferente e, ainda assim, conseguimos ser melhores amigas.

— Karoline. — A resposta é curta, dando espaço para inúmeras interpretações.

— Ela grampeou sua mão? — pergunto com espanto.

— O que? Não, não diretamente. Mas quando a vi, começamos a brigar, e eu comecei a ignorá-la e voltar ao trabalho dos panfletos no quadro de avisos, e bum! Mão grampeada.

Parecendo algo ensaiado, eu e Holly perguntamos ao mesmo tempo. Mas enquanto eu digo:

— E o que ela estava fazendo aqui? Não estuda em outra escola?

A ruiva diz:

— E porque estavam brigadas?

— Ela veio depois que passei a ignorar as chamadas e mensagens e brigamos porque não queremos compromisso agora mas não dá pra sair por aí achando que temos um!

— Se vocês agem como se tivessem um relacionamento e brigam por isso não seria mais fácil simplesmente... Ter um? — Holly arrisca perguntar o que está entalado na minha garganta.

— Não! Relacionamentos são complicados demais e não estamos prontas.

— Já não acha que está complicado? E estão nessa a mais de um ano — lembro ela.

— Você não tem uma friendzone para se preocupar, e você — os olhos castanhos da garota agora vão para a ruiva — não tem um treino para ir?

Eu e a líder de torcida rimos pela total falta de sutileza de Hanna em se esquivar do assunto, mas aquilo serve de lembrete que Holly precisa mesmo ir, então, a garota aproveita a deixa e nos manda dois beijos no ar enquanto desce os batentes da arquibancada saltitando.

Estamos no campo de futebol para assistirmos ao primeiro ensaio do furacão que é a ruiva. E apesar de não ser fã dessa galera, tanto eu quanto Hanna topamos na mesma hora, principalmente por saber que, mesmo disfarçando, Holly estava nervosa como nunca.

Ao vê-la de longe, sorrio ao perceber como ela está radiante com a nova experiência. Uma brisa forte tira minha atenção das torcedoras da Deware, tiro do rosto as mechas do cabelo castanho e ponho-as atrás da orelha.

A primavera é com toda certeza minha estação favorita, não é nada tão quente quanto o verão ou tão frio quanto o inverno, além do mais, é a época das flores e, apesar de alérgica a alguns tipos, acho que toda a paisagem fica muito bonita.

Assistir Holly nós leva a comentar sobre a organização do baile, que já está bem em cima. Desde esse momento, começo a trabalhar meu psicológico para as horas mais estressantes que terei em um bom tempo.

***

*Vocês foram PÉSSIMAS no joguinho, e por sinal a melhor parte foi ver vocês errando rs. Maaaaas, ainda assim eu trouxe um capítulo extra pra vocês.

*Por sinal, no Gif é a Holly.

*E eu tenho duas perguntas MUITO importante pra vcs (uma nem tanto):

1) O que vcs acham de tornar esse negócio de jogo fixo? Tipo, toda sexta. Mas seriam coisas diferentes, a ver com cenário, personagens, figurino e coisa assim. Também podem rolar prêmios individuais pra quem mais acertar. Isso a gente acerta depois.
Até o momento é só um rascunho de ideia, pra dá certo só precisa de vocês.

2) Essa foi minha amiga que pediu pra perguntar. Então, para quem chama o Dominick de “Dom”, ela quer saber se chamam assim porque veio de vocês ou porque viram comentários existentes ao longo do livro (os dela e de outras leitoras).

*Eu me alonguei demais hoje aqui então bjoss e até quarta/quinta

Obs: vcs acham mais bonitinho com essa fonte ou com a outra?

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro