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de volta aos velhos tempos, Cinderela

A trilha de mais cedo foi um pesadelo.

Quando concordei em ir não sabia que seria tããão longa, por causa disso passei a tarde inteira trancada no quarto vendo filmes pelo notebook. Hanna até tentou me arrastar para ir ao píer com ela e os meninos, até disse que me emprestava um dos livros que trouxe para que ficasse quieta e na minha, mas depois de quase três horas de pura caminhada, suor escorrendo na nuca e cabelo grudado na testa, só o que queria era ficar enfurnada no chalé.

Por conta disso, só volto para o mundo real perto das sete, quando a fogueira está sendo acessa, como em quase todas as noites que temos algum tipo de festa. Com um sorriso beirando na boca, Gustavo convida a me aproximar com um gesto de mão. Ele está com Samantha, Austin e Evan, nossos dois monitores e o experimento de um.

Eu me forço a prestar atenção na conversa deles, mas meu corpo morgado e minha mente mole acabam fugindo das palavras e me levam a qualquer pensamento longe dali, exibo um sorriso amarelo sempre que um deles se volta para mim esperando uma reação. Quando Evan, o qual não levou um segundinho da sua atenção até mim em todo esse tempo, pede licença para se afastar, aproveito a deixa e abandono a pequena roda para deslisar sobre um dos bancos improvisados de madeira em volta da fogueira, aproveitando enquanto dura o momento de paz.

— Por que está aqui sozinha? — Ergo meus olhos na direção da voz de Nick, tomando conta de todo meu campo de visão ao se pôr na minha frente.

Dou de ombros abaixando também o olhar.

— É bom ficar sozinha vez ou outra.

— Isso é um pedido sutil para eu te deixar em paz?

Sorrio, negando com um leve balançar de cabeça.

— Não, pode ficar.

Só quando ele se senta ao meu lado que reparo no que tem nas mãos, minhas sobrancelhas se erguem para ele quase implorando para que dê para mim mas, antes que possa mesmo verbalizar aquilo, ele solta uma risada nasalada pela minha reação e estende o palito cheio de morangos na minha direção. Não hesito em tomar de sua mão.

— Ainda são favoritos, não é?

— Uhum — murmuro com a boca cheia. — Onde você achou?

— Tem um prato na mesa cheia deles. Bem, tinha, trouxe a maioria pra você.

— Valeu — digo e estendo o palito na sua direção para que possa comer também.

Mas o garoto sequer usa as mãos quando leva a boca na direção dos morangos que seguro e toma um para si.

— O que acha que teremos amanhã? Vai ser nosso último dia aqui — pergunto numa tentativa de puxar assunto.

— Austin disse que teremos um piquenique pela manhã, então a tarde livre para o lago e a noite uma festa de despedida, saímos cedo no domingo.

— Não sei se quero ir embora — confesso.

— Por quê?

— Estou bem demais com uma semana longe de casa.

Ele entende o que quero dizer. Dominick pode não saber da história toda mas ao menos já descobriu que eu e minha madrasta nos damos pra lá de mal. Eu espero em silêncio o que parece querer sair da sua boca a um tempo, porque ele a abre e fecha vezes demais ponderando se deve dizer o que quer que seja ou não.

— Pode passar algumas tardes lá em casa se quiser. Meu pai com certeza adoraria, ele sente sua falta. Eu poderia fazer esse esforço de aguentar você. — Eu lhe dou uma cotovelada na costela por isso, o sorriso brincalhão diminui o suficiente para saber que o que ele diz é sério. — Mas... Você tem um lugar para ir. Sabe, quando ficar demais, tem lá em casa como refúgio sempre que quiser.

Meu coração se aperta diante disso, dele. Havia anos desde a última vez que o vi assim, desde que Nick parecera tão terno e preocupado e atencioso comigo, que me ofereceu metaforicamente ou não o seu ombro amigo.

Eu sabia que sentia falta de nós e da nossa amizade e que sentia falta de Dominick, mas com nós nos aproximando de novo, não parei para pensar no quanto isso cresceu e parece mais forte.

Não sei se agradeço ou não a garota que se senta ao lado do cantor e lhe estende um violão, apesar dela o chamar, sei que Dominick ainda espera minha resposta quando não tira os olhos de mim.

— Por favor! Canta uma música pra mim, me falaram que Nick Culler nunca recusa uma música— pede, ela ergue as sobrancelhas loiras e abre um sorriso bonito e doce.

— Mais tarde. Prometo. — O sorriso que ele lança não chega aos olhos, que outra vez fitam os meus em busca de uma resposta.

Desvio dele apenas para encontrar com a cara decepcionada da garota, estudamos juntas apesar de não saber seu nome, mas a diretora Winnie uma vez se referiu a ela como senhorita Quinn. Os cabelos são tão loiros que se aproximam do branco, e os olhos na cor âmbar trazem leveza e um brilho próprio.

Ela tenta entregar o violão como última tentativa, vejo a expressão de Dominick se fechar tanto que sei que o que quer saia da boca dele será algo grosseiro o suficiente para se arrepender depois. Evitando qualquer desastre, levanto-me e digo a ele:

— Depois conversamos, mas obrigada. — Sorrio, estendendo o sorriso a menina que agora me encara como se acabasse de lhe oferecer a oportunidade da sua vida ao deixá-la sozinha com Nick.

Caminho a mesa enquanto acabo com o resto dos morangos que faltam e deixo o palito por lá. Não encontro Hanna por lugar nenhum, ainda estou evitando Alec e Jude parece ocupado enquanto Natália parece forçar a barra com ele.

O lago a frente reflete bem o céu e as luzes ao fundo agora que não há aluno algum perambulando por seus limites ou pelo píer, o que acaba sendo o lugar perfeito para mim. Com as pernas pendurados para fora das tábuas de madeira, balanço os pés enquanto aproveito o vento frio que beija meu rosto e leva meus cabelos para longe.

Mesmo que negue para mim mesma, parte da minha concentração está na voz arrastada de Dominick a alguns metros de mim, que silencia o espaço por inteiro a medida que as pessoas percebem que ele está cantando. Eu conheço a música, é indie, e uma das que mais ouço por sinal.

Ele segue com mais uma ou duas músicas quando deixo de ouvir, não sei quanto se passa, mas aposto ser bem mais do que parece quando, pela segunda vez na noite, Dominick me encontra. Não preciso virar para trás para saber que é ele e, quando vê que não faço nenhuma objeção, ele se senta ao meu lado se apropriando da mesma posição que eu.

O vento traz seu cheiro diretamente para mim. Uma onda de nostalgia assume e me vejo controlando a vontade de não inspirar fundo para puxar mais o perfume amadeirado que Dominick usa. O silêncio é ocupado por burburinhos atrás de nós e uma música suave que alguém colocou. Quando tudo na minha cabeça fica pesado demais e eu misturo o passado e o presente com o alerta de Hanna sobre minha aproximação com Dominick, deixo as palavras escaparem.

— Não pode fazer isso.

Isso o quê exatamente?

— Isso, Nick! — Aponto com o indicador de mim para ele. — Não pode passar todos esses anos longe e se reaproximar como se nada tivesse acontecido, como se nada tivesse mudado, só para que eu me acostume com a sua presença de novo para me deixar para trás uma segunda vez.

A sinceridade e a insegurança e o medo que carrego quando penso em nós dois juntos o atinge em cheio, não gosto de deixar na mesa tudo o que se passa dentro de mim, mas com Dominick ao lado é sempre fácil demais fazer isso, natural demais para que eu sequer possa impedir.

— Eu tentei me aproximar antes. Alguns meses depois eu procurei por você, tentei reatar nossa amizade e voltar a ser como antes, mas tudo o que fez foi me afastar e despejar rios de grosseria em cima de mim.

— É! Porque, adivinha, as coisas não funcionam ao seu dispor, Dominick. Você não pode simplesmente me deixar quando mais precisava de você depois da recente morte do meu pai e voltar a querer tudo o que tínhamos quando bem entender.

— Desculpa — sopra. — Desculpa, Cassie. Não foi isso que eu quis dizer.

— Comecei a te tratar daquela forma porque era mais fácil. — Minhas palavras cortam o recém-silêncio entre nós. — Era bem mais fácil fingir que não me importava, porque desde o início eu só queria que você se tornasse indiferente na minha vida, e Deus sabe o quanto tentei, eu realmente tentei, mas não sei se um dia eu posso sentir isso por você. Então escolhi outro sentimento, raiva.

— Eu não sabia — sussurra, quase como se tivesse medo das palavras.

— Bem, você não tinha como.

E de novo, o único som são ruídos da natureza a nossa frente ou da festa atrás de nós.

— Não vou fazer isso — Dominick diz ao me olhar. — Já fui burro uma vez, não vou desperdiçar o que temos. Não de novo.

Sinto muita coisa se entalar na minha garganta, pressiono os lábios um contra o outro para evitar que qualquer coisa saia e mordisco o lábio inferior para me distrair com alguma coisa.

— Eu... Eu tenho medo — acabo confessando — de deixar que volte para minha vida só para que depois de alguns meses você saia como se eu não significasse nada para você.

Custo a lhe encarar nos olhos, mas quando faço após inspirar fundo em busca de coragem, quase me arrependo ao ser fisgada pelas orbes de um castanho tão intenso.

— Eu nunca, nunca, me afastei de você por não significar nada para mim.

— Então por que foi?

Não sei se quero ouvir a resposta, mas sei que preciso.

Vejo Dominick engolir em seco, nervoso como em poucas vezes na vida, seu pomo de Adão sobe e desce a medida que seus olhos desviam para a frente e voltam ainda mais profundos para os meus.

— Eu gostava de você. — A risada que acompanha sua revelação vem sem desprovido de qualquer humor. — Bem além da amizade, se quer saber.

Sei o que ouvi, mas ele está mesmo falando sério? Ainda preciso de alguns segundos para decidir se não é apenas uma brincadeira. Mas não, posso ver a verdade através dos seus olhos.

— Por que não me contou na época?

— Mudaria alguma coisa?

— Bom, não, mas... Mas se precisasse desse tempo eu ao menos não ficaria a cada segundo do meu dia pensando o que diabos tinha feito de errado para que sequer olhasse na minha cara pelos corredores.

— Sinto muito mesmo por isso, Cassie. Se eu pudesse, faria as coisas bem diferente do que elas são hoje. A começar por ser tão egoísta, sei que o momento não era sobre mim, tinha pouco tempo que seu pai havia falecido e sei que precisava estar ao seu lado, e nada justifica mas, eu me sentia sufocado sempre que estava por perto, e eu não sabia o que fazer ou falar, a sensação era de ser um idiota sempre que estava por perto. Pensei que se me afastasse por um tempo, aquela coisa sumiria e tudo poderia voltar a ser como antes.

Eu conheço o sentimento.

Era assim que me sentia com Alec. No passado, percebo.

Parte de mim se torna mais leve ao notar isso.

— Como isso aconteceu?

— Eu tinha treze anos, garotas não eram mais nojentas a um bom tempo e, coincidentemente, eu passava mais da metade do dia ao lado de uma que curtia as mesmas coisas que eu, que era engraçada, bonita e que conversava sobre qualquer coisa comigo. Lembro até quando me contou da sua primeira menstruação, Cassie.

A gargalhada escapa alto, porque eu também me lembro disso. Eu já era amiga de Hanna, então foi com ela que o assunto mais rendeu, mas como Nick mesmo disse, passávamos a maior parte dos dias juntos e falávamos sobre tudo, e eu não tinha a menor vergonha de falar sobre o sangue que jorrava de mim ou a dor insuportável que me fez ficar de cama. Meu pai ficou louco, mas contamos com uma grande ajuda da tia Eleonor. Ela passou a tarde comigo e me ensinou tudo o que eu sei hoje sobre como diminuir os incômodos insuportáveis que sinto, e claro que Dominick tinha ido com ela.

— E eu achava sexy a ideia de que você é mais velha que eu. — Um sorrisinho canalha brinca na sua boca e alivia a tensão que se instalou entre nós.

— Dois meses.

— Ainda assim é mais velha.

Reviro os olhos, empurrando-o com meu ombro. Nós rimos de tudo e de nada e, simples assim, é como se expurgássemos as coisas ruins que nos acompanhava e impedia de seguir em frente, como se abrisse um novo caminho, uma nova estrada, para que pudéssemos fazer uma nova trilha para o futuro, independente do passado.

Quando as risadas vão cessando, sinto como se não precisasse de palavras para firmar a retaliação da nossa amizade. De como éramos antes. Minha cabeça pende para o lado e se apoia na curvatura do pescoço e do ombro de Dominick, que apoia a sua bochecha nos meus cabelos.

— Senti sua falta — digo.

— Também senti a sua. — Seu tom é tão baixo quanto o meu, quase com medo de que se falássemos alto demais tudo isso se desmancharia e não passaria de um sonho.

— Mas não pode fazer isso de novo — repito as palavras do início da noite.

— Eu prometo.

* * *

Hanna e eu colocamos os biquínis para a tarde no lago, Durante o piquenique pela manhã, quando evitei Alec tempo o suficiente para ele se irritar e decidir me abordar uma outra hora, contei a Hanna sobre ontem a noite, não detalhado, porque parte de mim gosta de ter alguns momentos com Dominick apenas entre nós dois, mas ela sabe um pouco além do suficiente para estar ciente de como as coisas estão andando agora. Ela continua hesitante, mas disse que está feliz por mim. E por Nick.

Quase uma hora dentro do lago, eu saio para me sentar em uma das pedras ao leste da água, elas são altas o suficiente para alguém arriscar pular. Minha concentração está tão em buscar alguma comida além de frutas na bolsa que Holly trouxe que não percebo quando Alec se senta ao meu lado.

— Não vai fugir de mim pra sempre, Cass.

Suspiro, sabendo que ele está certo. Sei que uma hora ou outra essa conversa vai rolar, mas não tenho coragem nem de começar ela.

— Por que não me contou? — instiga.

— Não queria levar um pé na bunda — resmungo, jogando a bolsa ao lado ao me conformar com as uvas que a ruiva trouxe.

— Eu não daria um pé na sua bunda! — Ele parece quase indignado com minhas palavras.

— Ia sim — contesto olhando Jude e Nick e Hanna brincando de guerrinha de água.

— Eu só iria dizer que não estávamos no mesmo degrau.

— Ou seja...

Ele revira os olhos, se irritando comigo, o que acaba me fazendo soltar uma risadinha ao decidir parar de bancar a chata.

— No início, era isso. Nós nem nos falávamos direito, Alec! O único motivo de saber que existia era porque Nick tirava onda com a minha cara as vezes. Na maioria das vezes — acrescento.

Ele ri nasalado.

— Tudo bem, e depois?

— Depois, nós estávamos sempre próximos demais, acabei criando esperanças que pudesse gostar de mim da mesma forma.

— Não seria difícil, você é incrível, Cass...

— Mas... — completo com a palavra que sabia ser a próxima pelo tom de voz. — Eu sei, Alec. — Eu o impeço de se explicar, não querendo ouvir qualquer justificativa. Seria demais para mim. — Por isso fui para etapa de tentar te esquecer. Bom, é nela que eu estou agora. — Antes que a pergunta também surja, me adianto: — Sim, com certeza não com antes, mas eu ainda sinto alguma coisa por você, só não quero estragar nossa amizade por causa disso. E espero mesmo que você não comece a agir estranho comigo ao saber dessas coisas.

— Não faria isso. — Alec faz um gesto de ombros. — Não sei mais como é ter um dia sem ouvir uma piada sem graça de Cassandra Marrie e ter que fingir que é hilária para não ganhar um tapa.

Forço a risada e o encaro entediada, como se aquilo fosse o maior absurdo que já falara.

— Foi por isso — ele parece juntar todos os pontos agora — que decidiu não sair comigo quando a convidei.

Não é uma pergunta.

— É. Não vejo como ter a língua enfiada na sua boca possa ser uma ajuda em superar o que sinto por você.

Alec gargalha pela escolha de palavras, jogando a cabeça para trás antes de levar os olhos verdes e brilhantes de vida aos meus.

— Desculpa se não deixei nada claro. — Posso sentir o arrependimento e a verdade em cada palavra de Alec. — Se iludi você e deixei acreditar que poderíamos ter algo além da amizade e das vezes que ficamos. Não foi a minha intenção.

— Eu sei que não.

— Estamos bem? — pergunta.

Não hesito nem por um segundo em sorrir e concordar com um menear de cabeça.

— Claro que estamos.

Dali, apostamos uma corrida sobre quem desceria das pedras primeiro até o lago. Bom, Alec ganhou. Mas eu também ganhei algo muito melhor que essa vitória meia boca.

Ganhei a leveza que é não precisar ter segredos entre nós. Ganhei a oportunidade de pôr tudo na mesa e, melhor que qualquer outra coisa, ganhei minha amizade com Nick de volta. E eu estava bem feliz com essa última parte até ele decidir tentar me afogar ao empurrar minha cabeça para debaixo d'água.


*Eu tenho duas coisas p me desculpar com vcs. Uma é o atraso da postagem e a outra é que tem uns dois capítulos que eu não tô respondendo os comentários de vocês.
Eu prometo que esse eu vou tá tentando responder direitinho mas independente disso eu não deixo de ver nenhum sequer, então por favooor não deixem de dizer o que vocês tão achando porque eu amo ler cada coisinha que vocês escrevem.

*AMN já está um pouco além da metade e eu nem notei quando isso aconteceu, mas eu quero agradecer todo o carinho de vocês. Espero que estejam gostando dessa história tanto quando eu.

*Beijoooos
(e prometo tentar atualizar no dia certinho semana que vem).

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