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ao trabalho, Cinderela

Jogo a cabeça para trás e me pergunto até quando vou aguentar essa tortura.

Recosto-me na cadeira giratória e brinco de girá-la pelos próximos dez minutos, fincando os pés no chão vez ou outra para repetir o processo com mais intensidade e girar mais rápido enquanto espero Natália decidir a roupa que ela quer.

— Você quer parar com isso? — ela pergunta irritada.

Ela está estressada? E não eu? Que estou a meia hora esperando que ela escolha a maldita roupa para que possa engomá-la perfeitamente e não deixar nenhuma dobra para usá-la hoje?

No fim, não é uma tarde com uma ou duas amigas, é uma pequena social. O que significa mais trabalho.

Reviro os olhos para ela, que volta a me ignorar e se olhar de diferentes ângulos no espelho. Meu celular vibra com uma mensagem no bolso traseiro do short, que agradeço o inverno não ser tão rigoroso e me deixar usar roupas do tipo em alguns dias não tão frios, porque é um saco precisar usar agasalhos o tempo todo nessa época do ano, por enquanto, uma blusa de moletom me conforta bem.

Hanna: Eu vou matar vc

Deslizo rapidamente nos dedos pela tela em uma resposta.

Eu: O que eu fiz??
Hanna: Qnd ia me contar sobre Alec Dickson?
Eu: Como vc sabe?
Hanna: Holly
Eu: Claro...
Hanna: Não muda o assunto Cass
Hanna: Pq não me contou?
Hanna: ...
Hanna: Eu tô esperando a história
Eu: Qr se acalmar?
Eu: N sei pq não contei antes
Eu: Talvez pq vc surtou pq olhou a Karoline e dps eu tava cansada dms p falar qlqr coisa
Hanna: Tá. Agr n tá mais. Me conta

— Cassandra! — Natália grita na minha frente, estalando os dedos no meu rosto. — Não vê que estou falando com você?

Tiro os olhos do celular, levantando o olhar a ela sem mover a cabeça.

— Desculpa, o que disse? — pergunto.

— Perguntei qual desses acha que combina mais com uma tarde na piscina com Ryan Holt. — ela posiciona na frente do corpo dois vestidos, um branco e o outro rosé, idênticos se não fosse pela cor e um pequeno detalhe na manga, Natália revira os olhos quando não respondo de imediato, fazendo o lapso de loucura momentânea ir embora. — Não sei porque pergunto a você, não tem senso algum de moda. — o olhar dela desce por minha roupa, o que gera a típica cara de nojo da loira.

— Pode escolher logo? Por favor. — eu me limito na resposta.

Soltando um grunhido, ela joga o branco em cima de mim, me dando as costas para fazer Deus sabe o que. Saio quase aos tropeços pela velocidade que fujo desse quarto temendo que ela mude de opinião e me faça esperar mais meia hora escolhendo outro.

Passo o vestido dela na ala de lava roupas, aproveito que estou aqui para pegar o uniforme que Diana tem separado para mim toda vez que preciso servi-las em algum evento. Eu o mantenho debaixo do braço enquanto seguro a roupa de Natália num cabide na outra mão.

Estou subindo a escada para deixar o vestido quando encontro minha madrasta descendo elas.

— Era com você que queria falar, — ela me para, ficando a minha frente e bem mais alta, tanto pelos saltos quanto por estar degraus acima. — não vai usar o uniforme hoje, e nem passará que está nos servindo como algo cotidiano. Há colegas da sua escola vindo, podem desconfiar de algo ou comentar com alguém sobre nosso... Sistema.

— Sistema? — indago, querendo saber se toda essa merda vai mesmo ser resumida a essa palavra.

— É.

— E o que espera que eu faça então? — pergunto um pouco confusa sobre como explicarei ou farei parecer que não temos um sistema que mancharia a imagem dos Hays ou mesmo que seja um tanto ilegal, considerando os fatos.

— Para todo caso, é um castigo porque aprontou com sua irmã, como punição servirá ela e seus amigos.

Anuo com a cabeça.

Por volta das duas, os primeiros amigos de Natália estão chegando, e estou pronta para servi-los por que peguei um vestido único e sem permissão da minha adorada irmã e roubei as chaves da limousine da minha querida madrasta para curtir uma noitada num bar qualquer. Ao menos é essa a história.

Não são nem três horas e eu já estou pirando. Como adolescentes podem ser tão porcos, asquerosos e sem noção?

— É. Parece que o cara tava trepando com ela para ganhar notas altas em história. — ouço a conversa entre um garoto e o resto do grupo de Natália. No total, seis garotas e quatro caras.

— Queria eu ter pensado nisso. — comenta o outro, um loiro.

Eu não controlo a vontade de revirar os olhos e é inevitável soltar um "nojento" em murmúrio.

Sairia ilesa se não estivesse curvada entre Natália e o tal Ryan, que a mantém em seu colo, e o moreno que fez o primeiro comentário, por estar perto demais, ao menos eles sei que ouviram o que disse. Ao perceber isso, endireito a coluna e pressiono os olhos me arrependo instantaneamente, prestes a sair de lá.

— Você não tem que dá pitaco. — Natália responde, impedindo a minha fuga. — Mamãe te pôs nesse castigo exatamente por essa sua língua grande, quer que eu diga para ela o que está fazendo aqui?

Continuo calada, porque nada que eu fale melhorará esse momento, para os olhos a fora, Diana pode até se passar por uma boa madrasta, mostrar que não tem nada de errado entre nós, Natália também passa essa impressão, que somos só irmãs que não se gostam e nada a mais, só que nada, nem mesmo sua mãe, consegue impedi-la de ser tão malvada, e para evitar qualquer humilhação, mantenho-me quieta.

Aprendi na marra como lidar com os problemas como o de agora. Depois de tanto tempo pisada, eu prefiro manter a cabeça baixa e o orgulho ferido do que ouvir o que quer que essa garota tenha a dizer.

Eu ia sair ilesa. Sei que ia. Mas algum amigo do projeto de cobra decidiu pela primeira vez na vida usar o coração e fazer um breve comentário ao meu favor.

— Qual é? Não precisa disso, Natália. — quando ouço suas palavras, eu apresso o passo o máximo que posso para me distanciar daquela roda.

Funciona, por hora. Mas um tempo depois a Hays mirim vem aonde estou. No início, coisas como "você está sozinha", "ninguém te ama, nem seus pais te aguentaram" ou "nunca vai se livrar de mim porque não vai conseguir entrar para universidade" me afetavam. Mas depois de tanto tempo absorvendo essas coisas eu aprendi da pior forma um truque infalível. Infelizmente, hoje eu eu só uso depois dela dizer tanta coisa fútil e desnecessária que me dá até mesmo dor de cabeça.

O estopim é quando engata no papo de ameaças, "vou contar para mamãe e blá blá blá" meu cérebro parece entrar em pane e tudo o que eu faço é sorrir condescendente e anuir em concordância, seja lá para o que mais ela está dizendo.

No fim da noite, acho uma pausa para respirar novamente. Oito horas e ainda tenho um terço dos adolescentes pela sala da Diana. Fala sério, essa galera não tem casa?

Estou na cozinha enquanto tenho um descanso de cinco minutos, a testa usando meu antebraço de suporte enquanto ele está apoiado na ilha. Se eu continuasse com os olhos fechados por mais alguns minutos posso jurar que dormiria aqui mesmo, em pé.

Mas o som da porta vai e vem que divide a sala da cozinha acaba chamando minha atenção e me obriga a olhar o que está acontecendo, mesmo que de forma desleixada e desinteressada.

— Ahn... Natália disse para falar com você para me dar um copo com água. — ele fala enquanto aponta com o polegar acima dos ombros na direção da sala, é o mesmo cara que fez minha pseudodefesa mais cedo.

— Claro. — murmuro, desencosto-me da ilha e vou quase me arrastando a geladeira e armário onde fica os copos.

— Valeu! — ele diz após eu entregar a água, olha para mim de forma estranha e não evito franzir o cenho para o cara.

Ao deixar o copo ao meu lado, na bancada da pia, ele me dá as costas para sair. Mas para já na porta e se vira outra vez.

— Desculpa se trouxe mais problemas.

Levo meu olhar na sua direção, não entendendo o que ele queria dizer.

— Do que você tá falando?

— De mais cedo, meio que soubemos que se deu mal. Natália detalhou o show que deu com você na hora que se afastou.

Suspiro, entendendo agora a quê ele se refere.

— Relaxa. Não é sua culpa que temos um relacionamento de irmãs não tão saudável.

— Foram as palavras dela. Mas Lia disse que isso é porque sente inveja dela. — ele usa o apelido da minha meia irmã ao se referir a ela.

A risada breve que me escapa não é proposital. Aquilo sempre é a justificativa que ela e a mãe usam para algum comportamento inadequado que eu possa ter, porque sou a órfã invejosa, e coitadinha delas que precisam me aturar, são pessoas maravilhosas, minhas heroínas, deveria ser grata a elas em vez de dar esse desgosto. A risada não veio nem como surpresa, é só que mesmo após todos esses anos eu ainda não consegui me acostumar com essa.

— Claro que disse. — penso alto.

— Bom... — ele chama minha atenção outra vez. — Preciso voltar. Mas foi bom te conhecer...

— Cassandra. — completo.

— Gustavo. — ele se apresenta.

Não há aperto de mão ou troca de abraços, seria demais para nós. Mas eu retribuo o meio sorriso que se forma no rosto moreno dele.

As onze horas eu dou graças para o fim dessa ridícula social. Eu caio na cama de uma vez e durmo em menos de cinco minutos.

O toque do meu celular e o vibra bem na minha mão me faz acordar aos poucos. Abro os olhos me deparando com o brilho máximo do celular bem no meu rosto. Volto a fechá-los, pressionando-os, ao abri-los novamente a primeira coisa que faço é deixar a luminosidade no mais fraco. Depois checo que ainda são três da manhã, e por fim, o motivo de tudo isso, é uma ligação de Hanna.

Reviro os olhos antes de atender e por o celular na orelha, enterrando a cabeça na cama enquanto procuro entender o porquê de me ligar a essa hora.

— Você não vai acreditar no que eu consegui. — ela diz eufórica.

— O que? — murmuro, sem ter certeza que ela entendeu algo.

— Coloquei a gente na festa do Chuck, no Club Easton.

— Me ligou as três da manhã porque não podia esperar mais algumas horas e me contar isso pessoalmente?

— Você tem noção do trabalho que eu tive? Consegui uma identidade falsa pra gente. Entrar lá vai ser moleza.

— Amanhã tem aula.

— E sexta a noite tem festa.

— Eu quero dormir.

— Alec Dickson também vai.

Eu abro a boca para falar algo mais, só que no mesmo instante me calo e obrigo meu cérebro a funcionar só um pouquinho.

— Amanhã você me conta sobre isso.

Ouço sua risada do outro lado da linha.

— Sabia que ia mudar de ideia. Boa noite, amo você!

— Também te amo.

Desligo a chamada, mas recebo uma notificação no mesmo instante, era Hanna com uma foto que Chuck estava espalhando de como seria a sua festa, não tenho condições alguma de olhar agora, então favorito a mensagem para ler pela manhã.

Ficar esse tempo a mais no celular me fez notar uma outra notificação. Uma solicitação de amizade de Alec.D.

Eu aceito sem nem pensar duas vezes, bloqueio o celular e volto a dormir com um sorriso enorme no rosto.

***

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