Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

» Bônus Aaliyah I


Aaliyah

15 de Junho de 1987

A primavera é uma estação brilhante na Califórnia, principalmente em Astromélia, no entanto, a primavera também pode ser bonita em outros lugares. Como por exemplo, Nova Iorque.

O Central Park fica maravilhoso. Onde uma grama verdinha se faz presente assim como os galhos das árvores ficam preenchidos com folhas vívidas e que balançam alegremente com o vento delicioso que percorre o espaço entre os cachorros que brincam. As crianças que se sujam com sorvetes deliciosos, casais apaixonados saindo juntos, sendo eles jovens ou não tão jovens assim.

Também tem as famílias iluminadas pelo sol ou pessoas sozinhas e agraciando a beleza de um pedaço louvável da natureza em uma cidade tão urbana quanto Nova Iorque.

Chega a parecer um conto de fadas, mas eu estou apenas apreciando as coisas bonitas, ás vezes é bom fazer isso nem que por um momento.

Porém, eu não estou no Central Park, na verdade, estou na janela de um apartamento que aluguei para passar o mês e nessa manhã eu estou apenas observando a vista belíssima do parque mais verde dessa cidade. É uma manhã ensolarada e isso me anima, por isso, considero fortemente trocar de roupas e ir até o parque. Tenho certeza de que Agnes e Isabel iriam adorar. Porém, minhas meninas estão dormindo e eu estou precisando de um banho.

Estou apenas esperando Harry sair do banheiro, nós acordamos de manhã e é estranho. Porque na primeira vez que estivemos aqui, foi no inverno, estava frio e nevando bastante e em quase todas as manhãs que nós acordávamos a primeira coisa que fizemos era amor.

Hoje foi a mesma coisa, nós fizemos amor, mas o cansaço veio mais rápido do que eu me lembro que veio na primeira vez.

Como desculpa, devo informar que ontem nós estivemos em uma festa da inauguração de uma marca de roupa pela qual eu tenho um contrato assinado. Os fotógrafos quiserem fotos nossas e alguns pediram autógrafos. Eles falaram que Harry e eu somos futuras lendas. Não acreditei, mas Styles disse para eu continuar sorrindo. Depois, entramos e curtimos aquele evento, conhecemos pessoas novas e alguns artistas novos. O mais curioso, é que muitos vinham para dizer que adorava escutar nossas músicas, foi uma boa noite e um jornalista do The New York Times conversou conosco e quis fazer uma entrevista comigo e com Harry.

Além disso, ano que vem vamos completar vinte anos de banda e vamos lançar mais um álbum, particularmente eu me sinto empolgada para esse lançamento. Até porque, uma das nossas músicas foi para um filme e ele está sendo sucesso de bilheteria. Dessa forma, nossa música voltou para as rádios como se estivesse sendo recém lançada, isso está sendo incrível.

No ano passado fomos ao Brasil, para um evento chamado Rock in Rio e foi surpreendente, porque cantamos para um público enorme, pessoas de perder de vista e todos que estavam ali presentes cantaram todas as nossas músicas em plenos pulmões, inclusive as mais antigas. Aquilo fez meu corpo inteiro arrepiar.

A minha música cruzou mares e alcançou países que eu nem poderia imaginar que seria capaz de alcançar.

De alguma forma, as pessoas continuam gostando das músicas de quase vinte anos atrás, gostam dos Silver Lupine, das nossas apresentações e canções. Dos nossos shows e brincadeiras e é engraçado, pois por um momento pensei que fosse ser diferente.

A minha carreira está estável, as críticas que recebo são boas e já ganhei mais estatuetas do Grammy. Inclusive com a banda e só de me lembrar disso, sinto meu corpo tremer e me sinto feliz e de algum modo satisfeita.

Eu lancei quatro álbuns solos até agora, considerando o álbum que produzi com a The Galaxies. E com a banda foram cinco. E com a banda, estamos planejando lançar o sexto álbum, mas estamos pensando bastante ele será o último por um tempo ou definitivo.

A verdade é que, Harry e eu adoramos estar no estúdio de música, adoramos criar canções, brincar com as letras e explorar melodias.

Inclusive, nós ajudamos bastante uma nova cantora na produção de seu novo álbum e ele vem sendo um sucesso.

No entanto, esse tipo de trabalho que exercemos não é algo integral, mas a produção musical não chega a ser algo que nos toma tanto tempo como estar em turnês longas e viagens desgastantes ao redor do país e do mundo.

As crianças estão crescendo e nos acompanhar na estrada torna-se algo impossível. Estamos em um momento diferente, onde nós temos nossas meninas e elas precisam de atenção.

Isabel está se tornando adolescente e Agnes está descobrindo o mundo na percepção infantil e me preocupo dela se sentir sozinha pela diferença de idade com a irmã.

E tem mais, eu estou tentando engravidar faz dois anos e não consegui nada até agora. Infelizmente, o meu tempo só está acabando e estou ficando cansada de tentar. Portanto, agora eu penso em desistir, estar tendo inúmeras tentativas feustradas é imensamente desgastante e eu já tenho minhas meninas perfeitas.

Não deveria me preocupar em colocar mais uma criança no mundo. Dessa forma, imagino que se o próximo resultado vier negativo, eu não vou tentar mais.

Além disso, venho ficando mais impaciente do que paciente com as pirraças de Agnes e elas são semelhantes com as pirraças de Isabel e na época eu fui mais paciente do que venho sendo agora. Nenhuma das duas merece minha impaciência, porque estou ficando exausta.

— Bom dia, amor — Harry me agarra pela cintura e beija minha bochecha. Solto um suspiro. — Que foi? Quando eu saí daqui você não estava tão séria

Fico olhando para o Central Park pela janela até respondê-lo:

— Estou com a menstruação atrasada.

— Sério? — Pergunta surpreso e olho para ele. Aceno com a cabeça e o moreno sorri, mas eu não.

— Vou fazer o teste, só vamos comemorar depois do resultado, ok? Pode ser outro negativo.

— Ok, mas você sabe que já está tudo perfeito. Não sabe? — Pergunta e passa o dedo na mexa do meu cabelo. Ele sorri me olhando e de maneira sutil meu coração acelera. O moreno continua a falar. — Eu amo as meninas e elas são perfeitas. Além disso, ontem Isabel me chamou de pai quando foi me dar boa noite.

— Chamou? — Levanto as sobrancelhas surpresa e um sorriso forma em meus lábios.

— Chamou sim, ela disse: Boa noite, pai. Virou na cama e foi dormir.

Isabel saiu ontem com Bruno, quer dizer, ela passou as últimas duas semanas com ele e voltou ontem. No entanto, ela me ligou ontem de manhã perguntando se Agnes poderia ir ao zoológico com eles e eu concordei. Isabel sabe que a irmã adora animais e apesar da diferença de idade, minha menina mais velha não fica totalmente distante da mais nova. Obviamente tem coisas que elas não fazem juntas e o que podem fazer, Isabel simplesmente faz. Como passear no zoológico.

Eles chegaram depois do jantar e Agnes já estava dormindo, ela foi para cama. Porém, Isabel foi tomar banho e estávamos prestes a sair para o evento. Eu me despedi dela e depois Harry. Parece que foi nesse momento que ela o chamou de pai.

Não é a primeira vez que ela faz isso e nós não forçamos ela a chamar Harry de pai. Afinal, ela tem o Bruno e ele é o pai dela. Porém, Harry também desempenha esse papel paterno. Quando Isabel estava chateada porque o menino que ela gosta na escola a dispensou, Harry quem a consolou. O moreno também ensinou ela a andar de patins e a tocar violão. Ele também colocou ela de castigo, porque ela brincou de bola sem poder brincar e quebrou o vidro da nossa casa.

Styles também desempenha a figura paterna sem Isabel se sentir chateada e ele é bom com isso. Sempre será bom. Mas Isabel ainda vai se tornar adolescente, pode ficar com raiva e dizer para ele: Saí daqui, você não é meu pai!

Harry quem me contou que tinha muito medo disso acontecer anos atrás, porém, agora ele não parece mais com medo disso. Um dia ele simplesmente falou:

Adolescentes sempre ficam aborrecidos, a gente tem que ser maduro para lidar com isso. Porque adolescentes também precisam do nosso apoio para suas decisões e eu vou apoiar Isabel e Agnes no que for.

Eu quis casar com ele de novo. Também quis outro filho com ele e estamos tentando tem dois anos, mas novamente eu estou encarando um teste de gravidez que deu negativo.

Algumas lágrimas escorrem do meu rosto. Jogo o teste fora e lavo minhas mãos e depois meu rosto.

Fico me olhando no espelho e respiro fundo várias vezes, mas as lágrimas teimosas apenas continuam caindo no meu rosto. Me sentia triste, mas também me sentia uma mesquinha. Eu tenho Isabel, eu tenho Agnes e eu amo minhas meninas mais que tudo. Eu as amo e elas me completam, mas a ideia de ter outra criança com o Harry havia me animado.

A expectativa nos quebra quando nós a tornamos nossa prioridade e ser mais uma vez, não será possível para mim.

Respiro fundo e fecho meus olhos. Respiro fundo de novo.

Por um momento lembro das minhas meninas e as coisas melhoram um pouco.

— Aaliyah! — Harry diz e bate na porta do banheiro. Isso me assusta.

— Eu estou ocupada — digo e eu limpo meu nariz. A toalha está em volta do meu corpo e eu acabei de tomar banho.

Fiz o xixi e enquanto esperava o resultado, tomei um banho para a ansiedade não me consumir.

— Aaliyah, é Isabel. Ela não está bem.

— Gripada?

— Ela está com dor e não quer levantar na cama. Ela gritou comigo e não quer sair do quarto.

Respiro fundo e abro a porta do banheiro. Harry me encara preocupado e Agnes está sentada na nossa cama com a roupa suja de mingau. Olho para o moreno e ele está lá apavorado na minha frente.

— E Agnes?

— Derramou o mingau, mas estou fazendo outro... — arregala os olhos. — Caramba! Estou fazendo outro — diz e sai correndo.

Agnes olha em direção a porta e aponta.

— Papai está ficando doido, mamãe?

— Não, meu amor. Só está preocupado.

— Vermelho mamãe — diz se referindo ao meu cabelo.

Sorrio e balanço ele. Agnes ri. O meu cabelo está vermelho, porque estava gravando um vídeo clipe e o roteiro exigia tal mudança, a questão é que eu meio que gostei do meu cabelo assim, então ainda vou continuar com esse tom de vermelho. 

— Vermelho é coração — Agnes fala e sorrio.

— Isso meu amor, mas o seu pai está fazendo mingau para você. O que acha de ir até ele e ajudar?

Sem fazer pirraça, minha garotinha desce da cama e vai atrás do pai andando e tropeçando. Agnes ainda é um pouco desajeitada, ela só quis andar mesmo com dois anos.

A minha menina, é parecida comigo, mas os olhos são claros e o cabelo é igual de Harry. Porém, a pele dela puxou a minha, assim como o formato do rosto e ela tem sardas como eu.

Agnes está bem, mas Isabel está com dor. Por isso, coloco um vestido e vou até o quarto da mais velha. Dou algumas batidas na porta e a resposta vem curta e grossa:

— Me deixa sozinha, Harry!

— Sou eu, Bel — digo e o silêncio vem. Tento abrir a porta, mas está trancada. — Abre a porta para mim?

Escuto seus passos. A porta é destrancada e lá está minha garotinha. Com os olhos castanhos inchados de chorar. Ela está usando uma calça moletom e um casaco longo. Imediatamente coloco a mão na testa dela.

— Está com febre? — Pergunto preocupada e minha filha se afasta e me encara aborrecida.

— Não, mãe! — Responde brava. Fico olhando para ela, na verdade, Isabel não está aborrecida e nem brava. Ela está assustada. — Mãe, eu acho que estou com aquilo que as mulheres tem. Talvez eu esteja grávida.

Fico olhando para Isabel. Ela tem omze anos, não pode estar fazendo sexo. Pode?

— Você fez sexo?

— Eu beijei o Douglas quando estava na casa do papai semana passada e deixei ele...

— Aí meu Deus não quero ouvir! — Grito e Isabel me olha apavorada.

— Eu estou grávida? — Ela pergunta e chora. — Desculpa, mãe.

Como grávida se ela ainda não me menstruou? Espera!

— Calma, você só beijou ele?

— É, beijei ele de biquíni, depois nós nadamos juntos e ele me abraçou na água e eu senti aquela coisa na minha coxa. Eu acho que exagerei. Passei todos os limites, mãe.

— Ele só te abraçou e beijou?

— Sim. Mas, agora eu estou sangrando e sentindo dor — ela começa a chorar. — Mamãe, eu estou mesmo grávida?

Respiro fundo e seguro a mão de Isabel.

— Querida, você não está grávida. Está menstruada — digo calma e sorrio para minha filha.

— Menstruada? Menstruada como? Mãe, eu nem sou mulher ainda. Não sou como você e nem tenho peitos. 

Sorrio e limpo o rosto de Isabel. Ela não é mesmo uma mulher ainda, é a minha garotinha, mas ela está se tornando uma mulher.

— Querida, vai ser um processo. Algumas coisas vem primeiro que outras — explico com calma. — Vai tomar um banho que eu vou preparar umas roupas para você. O que acha de um short e aquela camisa de morango com babado?

— Uhun — diz manhosa e eu beijo sua testa.

Sem demorar muito, Isabel vai até o banheiro para tomar banho e eu recolho o lençol da sua cama e a coberta que estavam sujas de sangue. Levo até a lavanderia do apartamento e logo, Maria, a mulher quem arruma o apartamento chegará logo.

Depois de colocar tudo sujo na lavanderia, eu peguei roupas limpas para minha filha e coloquei absorvente na sua calcinha. Também peguei um pacote e esperei Isabel terminar de tomar banho para poder explicar para ela como fazer e também peguei um medicamento para cólica.

Quando Isabel terminou seu banho eu expliquei para ela como colocar o absorvente e expliquei sobre o ciclo menstrual. Tentei explicar falando tudo que sei, mas não tenho certeza se tudo que eu sei é suficiente e minha menina parecia ter dúvidas ainda.

Talvez essas dúvidas sejam respondidas apenas com o tempo.

— Obrigada mãe — Bel me abraça e sorrio. Nesse momento, eu a agarro mais para sentir o cheiro do seu shampoo e hidratante. O cheiro da minha menininha que está crescida.

— De nada — digo e seguro seu rosto.

Fico olhando para seus olhos castanhos e apesar de não ter mais o mesmo tamanho de quando nasceu, na minha mente tudo que eu via era o meu bebê. Até me lembrar que ela beijou Douglas, o filho de Ezekiel, ele deve ter onze anos. Eles tem quase a mesma idade.

— Mas e essa história de estar beijando? — Digo mais séria e minha menina se afasta de mim. Cruzo meus braços. — Isabel — Chamo sua atenção e fico olhando para ela enquanto minha filha caminha em direção a sua cama.

— Não quero falar disso — volta a se deitar na cama e isso me deixa confusa.

Eu sou a mãe dela, ela tem que conversar comigo.

Vou até a cama e me sento na ponta. Fico olhando para Isabel, mas não a toco, apesar de sentir uma vontade enorme de fazer carinho no seu cabelo.

— Filha, eu não estou brava. Só quero entender — digo calma e minha filha suspira.

— Eu beijei Douglas — diz e me olha.

— Você gosta dele?

Ela não me responde, apenas joga seus ombros e fica em silêncio. Respiro fundo e então fico olhando para a janela do quarto da minha filha que está a nossa frente.

O papel de ser mãe nem sempre é fácil, acho que talvez nunca seja, muitas vezes eu me esqueço de como foi ter doze anos. E tem mais, quando eu tinha doze anos vem sendo diferente de ter doze anos agora. Minha primeira menstruação veio aos quinze anos, depois que minha mãe morreu e eu fiquei apavorada. Khalil disse que eu estava tendo coisas de mulher e então tia Denise me orientou e disse coisas sobre eu nunca deixar um homem tocar minha flor. Porque se ele tocasse, eu não poderia voltar atrás depois disso e perderia o que tinha de mais lindo em mim.

Fiquei apavorada com aquilo por alguns anos.

Com Isabel foi diferente e eu tentei explicar sem apavorá-la, mas agora a resposta que eu tenho da minha filha é o silêncio e tudo que eu gostaria é ser amiga dela também. Ajudar nas suas angústias e ser aquele tipo de mãe vigilante e presente. Agora penso que talvez isso não seja possível.

Eu apenas não quero ser uma mãe ruim, eu sei que meu trabalho exige muito tempo de mim e que faltei com Isabel em alguns momentos, mas eu quero ser uma boa mãe para ela. Estou tentando, mas o silêncio que me é respondido apenas me deixa apavorada. 

Minha mãe e eu tínhamos uma boa relação. Imaginei que poderia ter o mesmo com Isabel.

— Mãe, como você sabia que amava o Harry mais do que meu pai? — Pergunta de repente e olho imediatamente para ela. Seus olhos castanhos me olham com curiosidade e eu respiro fundo.

— Isso é complicado — digo e mordo meus lábios. 

— Eu já tenho doze anos, mãe! Se você me explicar eu vou entender, não sou mais uma criança igual a Agnes que não sabe nem falar direito — Responde impaciente e vira de costas para mim.

Suspiro e ela continua a falar:

— Você não quer me contar por que traiu o papai com o Harry? 

Havia insegurança na sua voz e aquilo fez meu coração acelerar. Me aproximo da minha filha e com cuidado toco seu cabelo.

— Isabel — chamo, mas ela se afasta.

— Me responde.

— Não — respondo curta e ela me olha. Havia lágrimas em seus olhos. — Alguém te disse isso?

— A vovó disse — suspiro e aceno com a cabeça. — Você sempre fala para gente dizer a verdade, você mentiu para o papai? Mentiu que o amava?

— Não menti Isabel, apenas — respiro fundo, pensando na melhor maneira de contar para Isabel. Não ligo se ela disse que não é mais criança, ela é uma criança sim. Porém, não tão pequena quanto Agnes e consegue perceber e entender as coisas melhor.

— Isabel, o seu pai e eu tivemos uma relação em um momento complicado para mim — falo e ela fica me olhando com atenção. — Harry e eu estamos juntos há mais tempo do que eu estive com seu pai, mas houve um momento em que eu e ele... — Meu coração se aperta me lembrando daquele momento que ainda parece uma outra vida. Mas foi a outra vida que me deu essa menina perfeita chamada Isabel. Então volto a olhar para ela e continuo a falar:

— Harry e eu brigamos e a gente se magoou. Aquilo me deixou perdida e foi quando eu encontrei o seu pai e Bruno foi incrível. O seu pai me mostrou que eu ainda poderia amar e sentir coisas boas. Ele me ajudou bastante.

— Mas não foi com ele que você ficou — responde rápido e aceno com a cabeça. — Por que você voltou com o Harry se ele te deixou magoada sendo que papai te ajudou?

— Você vai começar a entender que o amor se expressa de várias formas, não é um sentimento sólido e nem é feito para durar fisicamente para sempre. Digo, existem pessoas que sempre vamos amar, mas não quer dizer que a nossa relação será permanente. O seu pai esteve comigo, eu o amei, mas foi um momento. E o que sinto por Harry...

— É mais forte — me corta novamente e aceno com a cabeça. — Mãe, por que a vovó disse aquilo?

— Você entende que as pessoas sempre vão querer saber sobre a minha vida e a do seu pai porque somos famosos, não é? — Em silêncio minha filha concorda balançando a cabeça. — Eu e o seu pai tínhamos que ser cuidadosos em anunciar que estávamos nos separando para proteger você, então parecia que estávamos juntos mas não era verdade. Foi quando eu voltei para Harry.

— Por que você e Harry brigaram? — Pergunta e agora ela move seu corpo de forma a ficar de frente a mim.

— Isso é outra história, mocinha — digo e ela emburra a cara. Sorrio e toco a bochecha dela. — Eu amei sei pai Isabel, mas quem deu a ideia de separar foi ele. Bruno percebeu que o que eu tinha com Harry era mais forte e que por isso não iríamos funcionar. Estava cega em uma vida que não era — paro de falar porque Isabel olha nos meus olhos e eu não posso mais falar sem pensar. Então reformulo minha frase. — Vivia uma vida que não poderia existir, porque você não merecia crescer em um lar de pais casados que não se amavam de profundamente. 

O silêncio retorna para o quarto e não sei se falei mais do que deveria, mas Isabel não demora para me chamar e ela diz:

— Mãe, eu estou com fome — diz e sorrio.

Estendo minha mão para ela.

— Vem, vamos — digo e ela concorda com a cabeça.

Antes de irmos até a cozinha eu a abraço, mas não tão forte. Beijo sua bochecha e depois retorno a abraçá-la.

— Eu te amo muito — digo e ela agarra minhas costas com suas mãos que apesar de maiores ainda são menores que as minhas.

— Eu também te amo, mãe. Mas eu estou mesmo com fome.

Sem demorar mais nenhum segundo, Isabel e eu vamos para cozinha. Harry já estava na sala com Agnes e os dois estavam brincando. Ele me olha e depois para Isabel e eu sorrio para ele. Então, ele simplesmente percebe que as coisas estão bem, ou apenas melhores.

— Sabe o que podíamos fazer para comer mais tarde? —Digo enquanto vejo Isabel ir até o bolo de laranja. Minha filha me olha. — Aqueles biscoitos de natal que você ama.

— Mas mãe, estamos perto do verão — Isabel fala e sorrio.

— Digamos que hoje é o dia do pode, então vamos comer biscoitos de natal mais tarde. O que acha?

— E sorvete com donuts no almoço? — Pergunta e aceno com a cabeça.

— Eu e Harry vamos escolher o jantar com ajuda da Agnes, combinado?

— Sim — ela sorri e coloca o pedaço do bolo na boca.

Escuto os passos de Agnes, correndo apressada e me viro vendo ela correr até mim com um papel na mão. Ela agarra meu vestido e estica o bracinho.

— O que é isso, bebê? — Pergunto e pego o papel que é vermelho e tem formato de coração.

— Beijinho.

— É um coração, meu anjo — explico.

— Beijinho.

— Vale um beijinho, Ally — Harry chega na cozinha explicando e sorrio.

— Você quer um beijinho? — Olho para para Agnes sorridente. Minha filha sorri para mim.

— Vem mamãe, beijinho — acabo rindo e me agacho para ficar na altura dela. Agnes simplesmente pula na minha direção me dando um beijo molhado na bochecha e eu a agarro a enchendo de beijinhos também.

Depois a afasto de mim e ela fica me olhando com seus olhos grandes e brilhantes. Aquele rostinho arredondando de bebê que ainda não saiu dela com bochechas grandes e coradas repletas de sardas. 

— Eu também quero um beijinho, Agnes — Isabel fala e minha menina mais nova me olha e depois para o papel em minha mão.

— Mamãe, o beijinho — aponta para o coração de papel e eu entrego para ela. 

Dessa forma, Agnes corre até Isabel entregando para ela. Fico olhando para aquela cena por um instante até sentir as mãos de Harry agarrarem a minha cintura. Jogo minha cabeça para trás para olhá-lo e ele sorri para mim. O moreno me puxa para fora da cozinha e ficamos no corredor da casa. Consigo ver a cozinha quando viro meu rosto, mas não vejo mais Isabel nem Agnes.

— E você? Tem algum para mim? — Pergunto encostando as costas na parede. O moreno chega a boca perto do meu ouvido.

— Estou guardando para mais tarde — sussurra e mordisca meu ombro. 

— Gostei de como soa — sussurro de volta.

— E o teste?

Suspiro e viro meu rosto para cozinha, vendo apenas a pia, a maquina de lavar louças e parte da mesa de vidro e uma cadeira vazia. Escuto o barulho das meninas e elas parecem distraídas, o que é bom. Logo, escuto o som da rádio e uma música da Madona começa a tocar, o volume aumenta e Harry me puxa mais para ele e por um momento eu fecho meus olhos, mas logo retorno a abrir. Não estamos mais sozinhos.

— Está tudo bem — digo e me viro olhando para Harry. Seus olhos verdes ficam me encarando e sorrio para ele. — Você tem razão, as meninas são perfeitas. E Isabel está... Bem, ela está virando uma mulher.

— Sério?! — Ele quase grita e tampo a boca dele antes que isso se torne algo que Isabel possa ouvir e esse cenário se tornar constrangedor. Aceno com a cabeça e ele sorri. Harry me agarra pela cintura e me puxa para ele. Nossos peitos se chocam e eu deixo meu braço em volta do seu pescoço.

— Eu te amo, Aaliyah.

Ele me dá um selinho e logo escuto um grito de Agnes:

— Beijinho! 

Me afasto de Harry e olho para ela. Minha pequena está a frente de Isabel que pisca para mim. Sorrio para eles.

— Agnes, o que você quer jantar mais tarde?

Queca de molango! — Sorri animada. Ela vai querer panqueca de morango.

Eu me viro olhando para Harry. 

— Hoje é o dia do pode. O que você vai querer no jantar? Isabel escolheu o almoço.

— Por favor, não fala nada nojento perto de mim — Isabel faz careta e Harry ri.

— Eu ia falar: Coca-Cola com bolo de aniversário.

— Parece bom, já temos nosso cardápio — sorrio. — E agora? O que faremos?

— Podemos ir ao Central Park — Isabel sugere. Fico olhando para ela. — Estou melhor, mãe — garante sorrindo e aceno com a cabeça.

Agnes sorri animada e dá alguns pulinhos e é engraçado imaginar que esse dia está apenas começando. 

Continua... 

A Aaliyah quando a Isabel perguntou sobre a briga dela e do Harry

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro