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Aaliyah

14 de Março de 1976

A dor de cabeça foi a primeira coisa que senti quando acordei e no momento que abri meus olhos, eu vi Bruno na varanda do quarto.

O sol já tinha nascido e eu fui até ele.

É um dia quente, então já sentia meu corpo um pouco suado. Estava precisando de um banho, mas gostaria de cumprimentar Bruno primeiro.

— Bom dia — digo e Herrera se vira olhando para mim.

Ele não sorri e nem me beija como costuma fazer. Imagino que seja a minha ressaca, isso sempre incomodou ele então acaricio a bochecha dele.

— Minha cabeça está me matando — falo.

— Você bebeu demais ontem — diz rude e mordo meus lábios.

— Mas não foi tão mal assim — ressalto e ele dá de ombros. Respiro fundo. — O que foi?

Pergunto olhando para ele. Os seus olhos me encaram e por um momento Bruno falou comigo me encarando mais do que dizendo. Não iria continuar ali.

— Eu vou tomar banho — falo e não espero respostas suas.

Apenas entro no banheiro e vou para debaixo do chuveiro. A pressão que vinha era boa e as gotas de água que caiam na nas minhas costas faziam uma massagem amigável em meus músculos.

Por um momento eu fecho meus olhos e deixo minha cabeça no azulejo da parede do banheiro.

Sinto apenas a água tocando em minha pele, refrescando meu corpo. Sinto o ar entrando em meus pulmões e saindo. Sei que meu coração está batendo porque a melancolia começa a tomar conta do meu corpo, fazendo o meu peito arder. Por isso permito que ela seja sentida com calor e dor.

Queimando minha veia, ardendo em minha pele e intoxicando meu sangue.

Sinto essa maldita melancolia despedaçando o meu coração e talvez os meninos tenham razão. Eu sou orgulhosa, por isso reservei esse momento para sentir tudo que não era capaz de admitir na frente das pessoas.

Contudo, tudo desaparece quando escuto a porta do banheiro se abrindo. Olhando para trás vejo Bruno, ele está sem roupa e eu fecho o chuveiro e pego o shampoo.

Sinto os dedos de Bruno em meu braço e respiro fundo sentindo ele segurar o meu cabelo.

Existe uma coisa interessante sobre isso, os sentimentos e todo o resto. Aqueles que ardem, ferem e quebram sem dar nenhuma gota de prazer. São os sentimentos que mais nos fazem sentir desesperados e para não sentirmos toda essa dor e angústia, nós procuramos uma válvula de escape.

Bruno sempre foi bom para não me fazer sentir toda essa dor. Ele é a minha válvula e juntos nós tivemos uma menina linda. Minha menina perfeita.

Portanto, ao lado de Bruno, eu conseguia enterrar todos os sentimentos mais dolorosos e intensos dentro do meu peito com ajuda daquilo que Bruno tinha para me oferecer e quando fiquei grávida de Isabel pensei que esses sentimentos foram levados para o mais profundo do meu interior. Na verdade, eles foram.

O mais extraordinário sobre colocar Harry e todos os sentimentos que guardo por ele no mais profundo do meu interior na intenção de esquecê-lo é que mais eu dificultava para tirar ele de mim. Aqueles sentimentos que guardo por ele se enroscaram na minha raiz e adormeceram lá.

Agora esses sentimentos despertaram e me incomodam. Por isso, temo que se eu retirá-los, vou acabar comigo também.

Eu caí na minha armadilha, mas Bruno é bom para mim ou costumava ser.

Ele me fazia esquecer desses sentimentos, ajudava eles a adormecerem. Entretanto, agora, enquanto eu estou sentindo Bruno em mim, me beijando intensamente e calorosamente eu não sei o que sinto e erroneamente eu não paro. Portanto, continuo, porque havia um traço superficial de prazer e continuo a beijá-lo, a deixar ele me tocar e o toco também. Porque torço que esse traço aumente e me invada.

Isso me deixa desesperada e me convenço de que é bom até se tornar.

E no momento que se torna bom, eu me entrego. É rápido e no fim, nós apenas nos deitamos na cama e aproveitamos que Isabel ainda está dormindo.

— Você não me ama, Aaliyah — Bruno fala enquanto estamos deitados na cama.

Olho para ele imediatamente e nego com a cabeça.

— Não é verdade. Eu te amo — respondo e ele sorri.

Fico confusa, mas não me afasto de Bruno. Ao invés disso eu seguro a mão dele, mas ele solta.

— Por que você terminou com Harry? — Pergunta e aquilo me deixa mais confusa ainda. Isso faz quase cinco anos, não existe motivo para falar sobre isso agora.

Tenho Bruno, minha filha, minha carreira e a vida perfeita.

As coisas podem continuar assim.

— Aaliyah, não me faça repetir essa pergunta.

— Ele me traiu, você viu.

— Cherry é lésbica — responde e olho para ele. — Todo mundos sabe, então como Harry te traiu com ela?

— O que isso tem haver sobre eu não te amar?

— Tudo, você não me contou como terminaram.

— Não importa, isso vai fazer cinco anos — me aproximo mais de Bruno e toco seu rosto. Porém, ele me afasta. — Bruno.

— Você não me ama — repete e nego com a cabeça.

— Não é verdade.

— Aaliyah, eu ouvi você cantando no piano e chorando. Aquela música é sobre você e Harry?

— Não importa, eu estava bêbada — digo e ele respira fundo.

— Então me conta porque vocês terminaram, eu sou seu marido e tenho esse direito. Você me deve a honestidade e a lealdade — ele segura minhas mãos e me puxa para mais perto dele. — Então me faz entender — diz desesperado.

— Eu te amo — digo e ele apenas suspira. — Por isso, eu vou te contar o que houve. Eu sou a sua esposa, Bruno Herrera — beijo o queixo dele e passo a mão no seu cabelo. — Sua esposa.

Me sento de frente de Bruno e então, conto para ele sobre tudo. Sobre como Harry parecia ser um homem disponível desde o início da banda sendo que ele estava comigo, conto sobre Brian, sobre a promessa que Harry quebrou, mas acabo contando para Bruno que Harry e Franklin já ficaram juntos. Ele sabe de Cherry e não parecia ser contra. Depois de contar sobre Harry e eu, talvez mais do que Bruno pediu. Escuto o homem suspirar e ficar em silêncio por minutos.

Aquilo me preocupou, estava sentindo a adrenalina por todo o meu corpo e a preocupação invadindo minha mente. Eu exagerei?

— Então Brian teria uns cinco anos agora — Bruno fala e aceno com a cabeça. — Eu sinto muito, Honey.

— Agora está menos pior — dou de ombros.

— Você já parou para pensar que talvez Harry tenha feito o que fez para redimir da culpa pelo o que houve com Franklin e ele? — Bruno pergunta e olho para ele.

Não respondo em voz alta, mas com toda certeza isso me veio à cabeça depois de um tempo e por esse motivo passei um tempo me sentindo envergonhada comigo mesma por ter sido tão dura com Harry. O britânico estava apenas lidando com um cenário do passado, onde queria que a tragédia não se repetisse. O beijo que Harry deu em Cherry foi para salvá-la. Ajudar uma amiga e isso me fez sentir envergonhada.

Eu fui egoísta e com o tempo foi passando e eu fui ficando cada dia mais sem coragem de voltar atrás. Eu realmente fui uma egoísta orgulhosa, porém eu também estava machucada e decepcionada.

Então, apenas continuei, fui indo no lado oposto do de Harry por mais doloroso que tenha sido.

Fui tola, mas estive com Bruno e não me arrependo disso em nenhum momento. Principalmente porque tivemos Isabel e com certeza ela não é um arrependimento. Ela é a minha menina perfeita e faria tudo de novo se fosse para tê-la em meus braços.

Inclusive, escuto o choro dela indicando que ela acordou ou que apenas quer a nossa atenção agora. No entanto, Bruno se levantou primeiro que eu e foi até a nossa filha me deixando sozinha no quarto e eu me deito na cama.

Algumas lágrimas caem no meu rosto, mas eu tinha que reagir e não poderia ficar parada. Então, eu me visto e me arrumo, em seguida vou até o quarto de Bel.

Lá eu observo Bruno sentado na poltrona dando mamadeira para nossa filha, não demorou muito para Isabel me encarar e sorrir animada.

— Mamãe, bom tarde fala e eu sorrio. Vou até ela e beijo sua testa e depois pego sua mamadeira para encher o seu rostinho de beijos até escutar sua gargalhada. Me afasto dela e sorrio.

Olho para Bruno e ele simplesmente joga a cabeça para trás e fecha os olhos.

Seguro a mão dele e ele não solta.

— Somos bons pais, Bruno — digo e ele me olha.

— Somos sim — diz e olha para Isabel. Ela está fazendo um som com a boca. Solto a mão de Bruno e volto a entregar a ela a mamadeira. — Aaliyah, eu te amo e sou grato por ter me dado Isabel.

— Não precisa falar agora.

— Preciso sim porque você está perdendo seu tempo comigo e isso é errado.

Prendo minha respiração e Bruno segura minha mão. Ele sorri.

— Aaliyah você é incrível e quando te conheci você era tão brilhante e tinha sonhos altos. Você ainda é assim. Construiu um império musical, mas você não compartilha nada disso comigo e eu estava tão apaixonado por você que eu pensei que um dia você fosse me deixar entrar no seu mundo completamente — ele suspira e uma lágrima cai do meu rosto. Entendo o que está acontecendo e Bruno continua a falar:

— Depois do que você me contou. Não é comigo que o seu coração quer compartilhar isso, mas eu te amo e sou grato pela menina linda que temos.

— Bruno me desculpa. Eu tentei, eu juro que tentei — as lágrimas caem dos meus olhos e o moreno sorri e deixa sua mão em minha bochecha.

— Eu acredito, mas o coração faz o que ele quer — fala e agora são seus olhos que derramam lágrimas. Me aproximo dele e beijo sua bochecha. — Eu te amo, isso não vai mudar.

— O meu amor por você também não — suspiro e chego minha boca perto do seu ouvido. — Apenas sinto muito por ele não ser da mesma forma.

— Mamãe, papai — Isabel nos chama e olho para ela. Bruno também olha e ela faz um barulho engraçado com a boca. Isso nos faz rir.

26 de Junho de 1976

Bruno e eu voltamos para Califórnia em Maio, mas ainda estamos resolvendo tudo sobre a nossa separação. Como vamos dividir a guarda da Isabel, decidimos que iremos morar na mesma rua e vamos anunciar a separação no próximo mês quando a turnê dele começar.

Somos bons pais e isso não poderá mudar. Estamos fazendo o possível para que essa separação seja a mais amigável possível.

Eu já machuquei Bruno e acabei me ferindo também. Além disso, eu não estou fazendo isso especificamente para correr atrás de Harry. Afinal, o moreno irá se casar.

Estou fazendo isso porque é o certo. É uma forma de deixar Bruno livre para amar quem o amará de verdade. É uma forma de eu superar Harry da forma certa e não apenas enterrando e engolindo sentimentos por medo de lidar com eles.

E isso será bom para Isabel, será melhor do que iludi-la fazendo ela pensar que os pais dela se amam, enquanto vivem em um relacionamento por ela para fazê-la acreditar que todos os contos de fadas são reais, não é assim e sinto que tudo que basta para ela é se sentir amada por mim e por Bruno e tenho certeza que nós dois vamos trabalhar por isso, bem, ao menos eu vou.

No entanto, nessa noite, estamos na casa de Zeke em Malibu. Enquanto Isabel está com a babá. É uma festa que começou de noite e por isso Bruno e eu achamos melhor deixá-la em casa. Além disso, não é o tipo de festa que as crianças podem ficar.

Ezekiel ainda faz parte da banda de Bruno e ele conheceu uma garota chamada Amélie Parker, ela é cantora e também é escritora. Eles estão fazendo uma festa para anunciar o noivado e por isso Bruno e eu viemos para sua casa. Estamos aqui para parabenizá-los.

Estamos aqui nesta noite fingindo ser um casal, ninguém sabe que logo vamos nos separar, mas ninguém precisa saber por hora. Ainda estamos acertando tudo e não estamos com pressa.

— Zeke, eu estou tão feliz por você — digo abraçando ele. O homem me abraça de volta.

O mais velho me ajudou muito na produção do meu primeiro álbum solo e até hoje ele me ajuda. É uma pessoa incrível que curte muita farra, mas felizmente ele não usa drogas pesadas, pelo menos não mais.

Agora ele encontrou Amélie Parker e eles curtem a farra juntos.

— Obrigada, Ally — responde e sorri para mim. — Não vejo a hora de encher a casa de crianças. Dessa forma, Isabel e Emilly terão com quem brincar — diz alegre e Amelie o olha.

— Uma casa cheia de crianças não — Parker protesta e solto uma risada.

— Entendo você, Amy — sorrio para a mulher e ela sorri para mim.

— Mas você e Bruno realmente não querem mais crianças? — Zeke pergunta e olho para Bruno e ele me olha.

— Isabel já é mais que suficiente — Bruno responde e deito minha cabeça em seu ombro. Ele segura minha mão e entrelaça nossos dedos.

— Fofos — Amélie sorri e isso me incomoda.

— Eu preciso ir ao banheiro, onde fica? — Pergunto mudando de assunto.

— Você entra logo aqui atrás e é a segunda porta do corredor — Parker explica apontando para a porta que dá entrada a casa atrás dela.

Agradeço a mulher e sigo até o banheiro.

Estava indo não porque eu estava apertada, mas porque eu não queria continuar com aquele assunto.

No momento que chego na porta do banheiro ela está fechada e eu espero.

Quando a porta se abre, sinto o cheiro do seu perfume. Vejo ele perto de mim e tudo parece estar caindo quando seus olhos verdes me encaram.

Parece que levou uma vida inteira para eu encontrá-lo novamente.

Parecemos almas gêmeas de vidas passadas se reencontrando.

E Harry parece tão surpreso quanto eu.

— Harry.

Minha voz saiu baixinha.

Só poderia ser uma brincadeira que a minha cabeça fez para mim.

Mas ele está na minha frente. Usando uma blusa e uma bermuda. A barba mal feita e bem diferente da última vez que o vi. Ele parece mais cansado, está um pouco mais velho, mas quem sou eu para falar sobre mudanças?

Eu também estou diferente.

— Você está linda, Aaliyah.

Continua...

Aaliyah fugindo para dar de cara com o Harry na porta do banheiro

Notas: Olá meus amores como vocês estão?

Harry e Aaliyah frente a frente depois de anos, como vocês estão se sentindo diante desse reencontro?

Espero que estejam gostando do capítulo. Vejo vocês em breve. Anna. Xx

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