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Capítulo 5

      

          Astra soltou um suspiro longo, batendo com a testa no tampo da mesa, numa clara demonstração de tédio. O seu caderno e livro de Matemática estavam abertos à sua frente, o espaço onde deveria estar a resolver o último exercício completamente vazio. Detestava Matemática. Na verdade, detestava a escola convencional, onde não havia disciplinas de artes, espetáculos, atividades interessantes para fazer. Em vez disso... matemática. Das mais diversas formas e feitios. Depois das escolas onde andara, enquanto vivia com o Tio Carl, aquela era uma grande mudança na sua vida.

- Não deveria ter vindo para Seabrook. - resmungou, irritada.

- Precisas de ajuda? - perguntou Bree, sentada ao seu lado.

- Não, obrigada. Eu consigo fazer só não... não gosto. Detesto.

Bree abriu a boca para responder, calando-se quando uma mão pousou na folha onde minutos antes estivera a escrever. Com unhas afiadas, a mão amarrotou-lhe a folha, levando-a à boca da lobisomem que se debruçara ameaçadora sobre Bree. A loba mastigou o trabalho de casa da humana, rosnando baixinho.

- Ei! Este rafeiro comeu o meu trabalho de casa! - exclamou Bree, dirigindo-se a Addison, que se aproximara depois de ir buscar um livro a uma das estantes.

- Que nojo. - disse Astra, com uma careta - Para que foi isso? - perguntou, dirigindo-se a Wynter, uma das lobisomens que andava sempre com Willa e Wyatt.

- Porque eu posso. Sou uma lobisomem raivosa e gosto de meter medo...

- Para mim só estás a ser irritante a mastigar de boca aberta à frente da minha cara. - respondeu a Wells, colocando a mão na testa da outra e afastando-a - Ao menos mastiga de boca fechada, não?

- Wynter, já chega. - repreendeu Wyatt, aproximando-se da mesa - Olá Desconhecida.

- Adeus.

- Mana! - exclamou Addison, detestando a rudez da irmã - Sê educada!

- Quem é a mais velha? - brincou Wyatt, a rir.

Astra resmungou, recusando-se a encará-lo. As memórias da noite anterior borbulhavam na sua mente, dificultando a sua vontade de não dar confianças aos lobisomens. A forma como Wyatt falara com ela, como não fugira, como a reconfortara de certa maneira...

       Remexeu-se na cadeira, desconfortável, os olhos púrpura semicerrados ao ver Wyatt observá-la, sorridente.

- Perdeste alguma coisa? - perguntou, mal humorada.

- Não, só estou a observar-te. És uma humana interessante.

- É suposto ser um elogio?

- Mentiras! - exclamou Willa, deixando um monte de livros caírem no tampo da mesa onde eles se encontravam, assustando as humanas - Não fomos nós que atacamos os colonos.

- Lamento, não sabia disso. - disse Addison, surpreendida.

     Astra franziu o sobrolho, puxando um dos livros que Willa trouxera para si. Folheou-os, embora conhecesse a história, como todos os habitantes de Seabrook. Ergueu a cabeça, os olhos violeta observando a lobisomem, cujos braços se tinham cruzado à frente do peito num gesto de desafio.

- Tens a certeza? - perguntou a loira, dando-lhe o benefício da dúvida.

- Claro que tenho. - rosnou Willa, irritada - Vocês atacaram primeiro e roubaram-nos a Pedra da Lua...

- Vocês? Eu não era nascida, se tu eras então estás muito conservada para a idade que tens. - retorquiu Astra, estalando a língua - Cuidado com a forma como falas. Os pecados de uns não são os pecados dos que vieram a seguir.

        A lobisomem soltou uma risada. Não era frequente ser desafiada daquela forma. Na alcateia, todos a respeitavam, não duvidando da sua capacidade de liderança. Nem mesmo os mais velhos sentiam necessidade de a confrontar.

      Aquela humana, por outro lado, confrontava-a sempre que se cruzavam. Era desafiador e Willa apreciava um bom desafio, principalmente vindo de uma humana que, ao contrário dos restantes, não parecia a receava.

- Estão muitas rainhas no mesmo sítio, não achas? - questionou Willa, aproximando-se de Astra, cujo sorriso irónico rapidamente se desenhou no seu rosto.

- Não sou nenhuma rainha, querida. Já não estou nessa fase, agora estou mais em modo deusa, percebes?

        Willa soltou uma risada, desconcertada com a resposta da rapariga à sua frente. Astra ergueu uma sobrancelha, observando a lobisomem recuar, divertida.

- És corajosa, loirinha. O que me dizes de fazermos umas tréguas? Eu não te arranco a cabeça... e tu também não.

- Achas mesmo que vou acreditar em ti?

- Se fosses sensata, era o que farias.

- Já se percebeu que não sou, não já?

- Vá lá. - disse Addison, aproximando-se da irmã- Ela está a falar contigo de boa fé...

- O que eu tenho a ver com isso? Ela está de boa fé, eu não. - Astra encolheu os ombros - Não somos todos iguais.

- De certeza que não és uma lobisomem? - perguntou Wynter, cheirando o cabelo de Astra - Tens o mau feitio de um.

- Afasta-te do meu cabelo, coisinha irritante. - grunhiu a mais velha, perdendo a paciência - Eu faço tréguas só para vocês nos deixarem em paz, que tal?

- Nós não podemos fazer isso. - respondeu Wynter, abanando a cabeça - Nós precisamos da...

- Vossa educação. - interrompeu Wyatt, dando uma cotovelada à outra lobisomem - Estamos ansiosos por recebermos alguma da vossa educação e experiência de vida.

- É isso mesmo. - concordou Willa, torcendo o nariz - Embora claramente vocês não saibam de nada.

A lobisomem agarrou nos livros que trouxera com brusquidão, os olhos faiscando à medida que se virava, afastando-se em direção à porta. Addison pigarreou, incerta:

- Eu sei que o alarme vai soar se não requisitares esses livros.

Willa sorriu. Com um movimento ágil, puxou o colar do seu pescoço e atirou-o em direção aos alarmes da biblioteca. A pedra que todos os lobisomens usavam ao pescoço colara-se à superfície de ferro, provocando uma descarga elétrica no alarme. Astra ergueu uma sobrancelha, genuinamente surpreendida. Balançando o cabelo, Willa saiu da biblioteca, agarrando no seu colar à saída.

- Os nossos colares têm um jeito com a electrónica. - explicou Wyatt, o rosto demasiado perto do rosto de Astra, cujas bochechas coraram - Vemo-nos por aí, Desconhecida.

Afastou-se, deixando Astra ligeiramente desconcertada. Ao seu lado, Addison e Bree trocaram um olhar significativo, um sorriso matreiro despontando no rosto da Wells mais nova.

- É impressão minha ou ele estava a flertar contigo?

        Astra bufou, abanando a cabeça.

- Se estava, só vai perder o seu tempo.

- Será mesmo? - Addison soltou uma risada perante o olhar semicerrado da irmã - Eu acho que tu achas-lhe graça.

- Nos sonhos dele. - resmungou a mais velha, empurrando a irmã- Estamos muito atrevidas, Dona Addison.

- Eu acho que tu gostas dele... - cantarolou Addison, pondo-se de pé.

- Repete isso novamente e eu não sei o que te faço.

- Eu acho que...

- ADDISON!

        A mais nova deitou-lhe a língua de fora, arregalando os olhos ao ver a irmã tentar agarrá-la. A rir, fugiu das suas mãos, correndo para fora da biblioteca.

- NÃO ME APANHAS!

- ADDISON WELLS, NÃO FUJAS!

           Astra dedilhava as teclas com suavidade, os dedos voando de umas teclas para as outras, a melodia do piano ecoando pela sala com harmonia. Cantarolava baixinho, parando de vez em quando para anotar uma nota na sua pauta, um rabisco, uma alteração. Apreciava as notas flutuarem à sua volta, as palavras correspondentes escapando-lhe pela boca, a música compondo-se com naturalidade.

          Para seu desgosto, a sala de música ficava demasiado perto do pavilhão, forçando-a a ouvir os gritos e saltos entusiásticos da claque, já que para além de perto era pouco insonorizada. Naquele dia, porém, ainda havia silêncio mas por pouco tempo. O treino iria começar em poucos minutos e não tinha muito tempo para aproveitar. Concentrou-se, trauteando a canção que escrevera poucos dias antes de regressar a Seabrook. Tinha isso a agradecer aos pais: se não tivesse ido viver com o tio Carl, não teria a oportunidade de frequentar escolas onde as artes eram valorizadas. Encontrara na música o seu porto de abrigo, a sua forma de expressão, de ser ela própria. Relaxou os dedos, sentindo-os moverem-se automaticamente pelo teclado, a sua voz acompanhando a melodia. O som propagou-se pela sala, a música entranhando-se nos seus poros e fazendo-a voar, tão leve, tão livre...

- FORÇA SEABROOK! - ouviu gritar, interrompendo-a.

         Soltou um suspiro, fechando a tampa do piano e pegando no seu caderno pautado, as notas musicais e as palavras soltas rabiscadas nas linhas. Estava ali há um bom par de horas e prometera a Addison ir vê-la dirigir o seu primeiro treino da claque, numa demonstração do seu potencial enquanto capitã de equipa. Pelos gritos que ouvira, o treino já começara por isso apressou-se, caminhando pelos corredores a passos largos.

Abriu as portas do pavilhão com brusquidão, os cabelos loiros presos na trança que habitualmente usava, os olhos roxos vasculhando o espaço à procura da irmã. Esta encontrava-se de frente para a claque, alheia aos olhares postos em si. Astra rangeu os dentes, irritada. Os olhos castanhos de Wyatt fitaram-na, um sorriso matreiro surgindo nos seus lábios enquanto ela se aproximava, os restantes lobos concentrados em Addison e nas suas colegas da claque. Astra sentiu-se na arquibancada da frente, ignorando a figura que se sentou ao seu lado com eficácia.

- Olá, Desconhecida. - brincou o lobisomem, acenando para ela.

- Adeus, Lobo.

- Sempre uma simpatia.

- Não nasci para ser simpática. - Astra franziu o sobrolho, olhando em volta - O que raio estão vocês aqui a fazer?

- Nós gostamos da claque. - respondeu Wyatt, apontando para os rapazes e raparigas vestidos de rosa e branco distribuídos à sua frente.

         Astra grunhiu, vendo os olhos do lobisomem fixos em Addison. A irmã continuava de costas, sem perceber a plateia que tinha. Os seus colegas, porém, estavam parados de olhos arregalados no ponto atrás dela, onde Astra e os lobisomens se encontravam.

- O que vocês querem com a minha irmã? - perguntou a Wells mais velha, lançando um olhar ameaçador a Wyatt - Prometeste que não lhe fariam mal mas não paras de a perseguir.

- Se eu soubesse o teu nome, talvez te contasse. - cantarolou o lobisomem, fazendo-a ranger os dentes.

- Nós não vamos ser amigos, se é isso que pretendes. Se eu quisesse um cachorro, iria ao canil buscar um.

- Tu és muito má.

- Sou terrível. Cuidado que te mordo.

- Afinal quem é o cachorro aqui?

- Vocês não podem estar aqui. - ouviu Addison dizer, fazendo-a virar-se para encarar a irmã - Este espaço está reservado para a claque.

- Vem cá tirar-nos se és capaz. - rosnou Wyntter, pondo-se de pé.

- Wyntter, mostra algum respeito. - repreendeu Wyatt, surpreendendo Astra.

- Tu és o único da tua alcateia com algum bom senso, não és? - questionou, fazendo-o sorrir.

- Já ganhei uns pontos?

Astra revirou os olhos, dando-lhe as costas.

- Eu não quero que vocês saiam. - Addison abanou a cabeça, abanando os pompons na sua mão - Quero que vocês se juntem a nós. Tu também, Asty. - disse, vendo a irmã pôr-se de pé, a mochila nas costas.

- Oh não, nem pensar...

- Asty? É esse o teu nome? - questionou Wyatt, erguendo-se - Ou diminutivo?

- O nome dela é...

- Está bem! - exclamou Astra, interrompendo Addison - Vamos lá fazer parte da claque... Só hoje! Sabes que me deixei disso há muitos anos. Nem sei pegar nos pompons como deve ser.

Não era verdade. A claque estava-lhe no sangue, como estava no de Addison. Não treinava desde que deixara Seabrook mas a sensação era a mesma: a vibração da dança, da música, das pessoas à sua volta... Era inebriante.

Addison era uma excelente capitã. Com mestria, conseguira unir humanos, zombies e lobisomens, ensinando aos recém-chegados os movimentos básicos e incentivando-os a libertarem-se. Astra pulava, sorria, abanava os braços, inclusive atrevera-se a fazer uma pirueta... O sorriso gigante no rosto da irmã mais nova fazia valer a pena voltar para a claque, nem que fosse por uns minutos.

- Tens um dom natural, Asty. - murmurou Wyatt ao seu ouvido, quando se cruzaram numa das sequências.

- Vocês também. - afirmou Astra, erguendo os braços e batendo palmas - Não sabia que os lobisomens gostavam destas coisas tão... comuns.

Wyatt sorriu, segurando-a pela cintura quando um dos movimentos era necessário ser aos pares.

- Há muita coisa sobre nós que não sabes.

Astra assentiu, girando sobre si mesma. Com uma respiração profunda, deixou-se levar, sentindo a mesma sensação que a música lhe proporcionava, libertando-a. Ao seu lado, Wyatt admirava-a, vendo-a descontraída pela primeira vez desde que a conhecera. A rapariga dos olhos violeta estacou, abanando a cabeça ao ver que o próximo movimento requeria que ela fosse atirada ao ar pelo seu par. Addison franziu o sobrolho, vendo a irmã congelada no mesmo sítio.

- O que...

- Eu não vou fazer isso. - Astra abanou a cabeça, vendo Bree cair, sendo apanhada com destreza pelo seu par - Gosto de brincar às claques mas não arrisco o meu pescoço por isso.

- Eu agarro-te. - assegurou Wyatt, estendendo-lhe a mão- Podes confiar em mim.

A loira pestanejou, recordando-se da noite anterior. Os olhos castanhos do lobisomem observavam-na, a voz soando firme e confiante como soara quando se tinham encontrado na floresta, quando ele lhe assegurara que podia confiar nele. Astra esboçou um sorriso triste, respondendo exatamente como lhe respondera.

- Eu não confio em ninguém.

O lobisomem baixou a mão, engolindo em seco.

- Talvez esteja na altura de confiares.

- O treino acabou! - anunciou Addison, olhando nervosamente na direção de Astra, cujo rosto empalidecera - Vocês foram excelentes!

Palmas ecoaram pelo pavilhão. Astra e Wyatt pestanejaram, afastando-se um do outro, recebendo abraços dos colegas que não se tinham apercebido do que acontecera. O lobisomem esboçou um sorriso quando Addison veio abraçá-lo, entusiasmada ao dizer:

- Vocês têm um jeito natural para a claque!

- Nós, lobisomens, trabalhamos bem juntos. - respondeu Wyatt.

- Mas eu não sou um lobisomem. - retorquiu Addison, confusa.

O rapaz ergueu uma sobrancelha, como se ele não tivesse tanta certeza disso. Astra permanecia estática, os olhos desviando-se da irmã para o lobisomem, ouvindo a conversa entre eles. Queria intervir. Queria afastar Wyatt de Addison... Mas não conseguia. Sentia-se tonta, a respiração acelerada, o corpo trémulo. Fechou os punhos, virando as costas para se afastar de todos eles, ciente do que se passava. Não tinha um daqueles há meses, tentando acalmar-se a cada passo que dava.

- Estás bem? - perguntou uma voz masculina, atrás de si.

- Sim. - respondeu, parando para encarar Wyatt - Só... Cansada.

- Parece que estás à beira de um ataque de pânico.

- Estou bem.

Uma tosse abrupta fez-se ouvir. Perto deles, Wynter parecia prestes a desfalecer, o corpo assolado por um ataque de tosse, os joelhos indo de encontro ao chão. Os braços de Bree apoiaram-na e Wyatt aproximou-se de imediato dela, seguido de Addison e Astra, cujos olhos púrpura se fixaram na pedra pousada no pescoço da lobisomem. Um tom esverdeado tomara conta da superfície polida da pedra, o mesmo tom que preenchia as íris habitualmente azuladas de Wynter.

         Um formigueiro surgira nas pontas dos dedos de Astra. Por instinto, a jovem segurou a mão da lobisomem com o intuito de suportar o peso do seu corpo cambaleante. Sentia aquela urgência, aquela necessidade, aquele impulso de permanecer ao lado da outra... A Wells ofegou, afastando-se abruptamente da loba, olhando preocupada para as pessoas mais próximas, escondendo as mãos atrás das costas com a sua melhor expressão neutra.

          O olhar de estranheza de Wyatt fê-la prensar os lábios, recuando um passo. As cores de Wynter tinham regressado segundos depois do toque de Astra e ela parecia visivelmente melhor, a tosse desaparecera por completo, o rubor no seu rosto dando-lhe um pouco de vida. Vendo a lobisomem melhor, lobisomens, humanos e zombies afastaram-se ligeiramente, o ocorrido desvanecendo-se rapidamente das suas mentes. Apenas Astra Wells se mostrava incomodada, o rosto pálido, as mãos escondidas atrás das costas trémulas.

Ninguém parecia ter notado... exceto ela. Cerrou os punhos, ouvindo as vozes à distância, o olhar fixo no vazio. Sentia-se entorpecida. Dormente. Cansada.

- Astra? Astra, EU VOU SER CAPITÃ!

Addison aproximara-se da irmã, saltando-lhe para o pescoço num abraço entusiasmado. Astra abraçou-a de volta, confusa. Quanto tempo estivera no seu torpor? Ao longe, viu Bucky tagarelar, a voz dele soando distante. Tinha sido ele a dizer a Addison que seria capitã se ele fosse presidente, Astra sabia disso... mas não dera por essa conversa. Quanto tempo estivera parada, pensativa, mergulhada na sua própria mente?

Viu Bucky dizer alguma coisa, Addison responder, a irritação presente na sua expressão... Pestanejou, concentrando-se. A respiração acalmara e Astra sentia-se mais presente, a sensação de cansaço extremo sendo substituída por algo mais natural.

- Tu nasceste para ser uma líder, Addison. - disse Wyatt, aproximando-se das duas, pousando a mão no ombro da loira - De algo que vai muito além da claque.

       Os olhos de Addison arregalaram-se, vendo o rapaz dar-lhe a mão, num gesto carinhoso. Astra prensou os lábios, sentindo a sua força regressar, puxando a irmã para junto de si ao dizer:

- Já paravas com os enigmas, Lobo.

       Wyatt não respondeu. Inclinou ligeiramente a cabeça, observando Astra com uma redobrada atenção. Esta recuou um passo, o coração batendo nervosamente no seu peito. Teria ele visto alguma coisa?

- ZED! - gritou Addison, olhando para um ponto distante - Zed, espera!

        E afastou-se, deixando Astra para trás. Os olhos violeta da jovem desviaram-se dos do rapaz à sua frente. Ele não insistiu.

- Foi ótimo estar mais um pouco contigo, Astra. - ouviu-o dizer, acenando num gesto de despedida, com um sorriso contido no rosto ao saber finalmente o nome da loira.

        Astra não respondeu, esfregando as mãos. Engoliu em seco, observando Wynter sorrir ao longe, a sua energia renovada. Não parecia que caíra momentos antes no chão, enfraquecida e doente. Sentia-se mais forte. Mais viva.

        Astra Wells esfregou as mãos, o formigueiro esmorecendo.

         Apenas ela vira o brilho estrelar nos seus dedos quando tocara na pele da lobisomem adoentada.

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