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• 5 • : "Treino"

- Bom dia, Margot. São 5:00 da manhã, como você solicitou que eu te acordasse. - Ouço a voz da Maia depois de rolar na cama ouvindo a música do despertador. - Disse que queria treinar, não disse?

- Sim...ainda estou muito enferrujada por causa do tempo que eu fiquei longe. - Me sento na cama, me espreguiçando. Ainda era escuro do lado de fora. O sol só nasceria dentro de uma hora, provavelmente. Mas gosto muito de me levantar antes do sol aparecer.

- Quer que eu chame uma IA pra preparar o café da manhã pra você? Nenhum dos meninos apareceu no refeitório ainda. Não vejo razões pra descer se acabaria sozinha de qualquer forma. - Maia explica.

- Não, tudo bem. Eu preparo meu café. Gosto de fazer as coisas às vezes da forma antiga. - Respondo e me levanto finalmente.

- Como desejar, Margot.

Me levanto e vou direto pro banheiro tomar um banho. A água morna me ajuda a despertar totalmente de forma mais lenta e confortável. Não demoro e saio com uma toalha ao redor do pescoço e de roupão. Vou até a cozinha e abrindo a geladeira, escolho o que vou comer e começo a preparar o café da manhã. Algo leve, mas nutritivo.

Me sento com a comida na mesa, na frente das grandes janelas do quarto.

- Previsão do tempo? - Pergunto para Maia.

- Sem previsão de chuva, céu limpo e ensolarado. Estamos tendo dias até bem quentes nessa primavera. Do lado de fora do prédio temos a sensação de 18 graus, mas é possível chegar em 20 graus lá pela tarde. - Maia explica.

(N/A: Fiquei pasma com o "calor" da Irlanda. Nunca fui lá, mas fui pesquisar algumas coisas sobre tempo e estações e fiquei pensando no nosso calor de 40 graus no Brasil. Chocada.)

- Acho que vou caminhar pelo terreno depois de treinar. Dar uma corrida e passar na estufa. - Digo.

- Parece um bom plano. - Maia responde.

Depois eu termino de comer, lavo minha louça e vou pôr uma roupa de ginástica. Uma calça e um top preto de academia simples, além de um tênis decente. Passo do lado da penteadeira antes de descer e vejo a fita preta que usei no cabelo ontem na demonstração. Sorrio e a prendo o cabelo num rabo de cavalo novamente com ela.

- Tenha um bom dia, Maia. - Digo, quando o elevador chega pra mim.

- O mesmo pra você, Margot.

Entro no elevador e espero pra chegar no andar -3.
Eu costumo acorda muito cedo pra fazer as coisas, mas nada se compara aos dias que eu acordo 5 da manhã. São dias que eu realmente quero ser muito produtiva. E depois de ter chegado ontem, quero poder pôr as coisas no eixos o mais rápido possível. Então decidi acordar bem, bem cedinho. E ainda tinha considerado acordar às 4. Mas quis me dar um pouco de mais tempo pra descansar de ontem.

Finalmente as portas se abrem no andar -3 e encontro a sala novamente vazia. Hoje vou primeiro para a academia da sala de treino e começo meus aquecimentos e exercícios. Faço meu yoga de todos os dias e me sinto relaxada o suficiente pra começar o treino mais pesado.

Vou até os armários de pertences pessoais, querendo testar o quanto meu pai tinha se preparado pra minha chegada. Vou até o armário que lembro que eu usava, o 7. E tento a mesma senha. Ele destranca. E por incrível que pareça, encontro minhas coisas dentro dele. Provavelmente apenas iguais as antigas e não as mesmas, mas ainda assim.

- Impressionante, pai. - Pego minhas luvas de meio dedo e o medidor de batimentos cardíacos. Quero testar o quanto eu perdi de resistência nos ataques seguidos e calmaria no arremesso de facas.

Coloco as luvas e vou até os sacos de pancada que nem ontem.  Respiro fundo, trazendo concentração e calma. Penso nas futuras missões que eu vou participar. Preciso me dedicar.

Começo o treino intensivo de chutes e socos. No meio da prática, tento imaginar um cenário real.

Dou um chute alto, acertando onde seria o rosto de alguém, seguido de um chute no centro, imaginando acertar a barriga. Os ataques rápidos e fortes me fazem sentir o corpo suar quase que instantaneamente a cada golpe. Mas a sensação de poder que a visão de quem acerta me proporciona traz uma grande satisfação que me move.

Gasto algum tempo nesses golpes, até sentir que deveria passar pro próximo estágio do treino. Pra terminar o combate contra o inimigo imaginário, uso a perna posicionada atrás de mim. Me apoio na da frente e, num impulso, dou um giro, chutando com a que estava servindo de apoio antes. E esse chute final me alivia o último desejo por uma luta, e deixo o saco de pancadas pra trás, sacudindo de um lado para o outro.

Vou numa parte da sala mais próxima do elevador, a linha de arremesso de facas. No trajeto, me encontro com dois dos garotos. Observo o relógio na parede da sala e vejo o horário. Já são quase sete horas. Estão vindo treinar.

- Bom dia. - Digo, com um leve sorriso, secando meu suor no top que eu usava.

- Bom dia, Margot. - Jungkook diz, sorrindo animado.

- Bom dia. - O último garoto com quem ainda não falei se dirige a mim também.

- Estávamos vendo você daqui. - Jungkook afirma.

- Estavam? Fiquei muito entretida treinando. Não notei. - Respondo.

- É bom se concentrar mesmo. Você está em ótima forma.

- É. Fiquei feliz que não decaí tanto. Mas ainda preciso praticar. - Digo, pegando algumas facas em cima de uma mesa.

- Boa sorte. Pra você também, Yoongi. - Jungkook se despede e entra em outra ala do andar de treinamento. Uma ala que costuma ser unicamente pra treinamento com robôs. Brigas com armas brancas, armas de fogo, ou pra cair na mão mesmo, como eu estava fazendo. Preciso passar lá ainda essa semana, inclusive.

O outro garoto que veio com ele, entretanto, continuou onde estávamos os três antes. E, na pista ao meu lado, pegou uma maleta de dentro de um pequeno armário. Logo ele tira de lá um arco e flecha bem moderno, que pensei ser muito bonito. Nunca tinha visto um igual. As pontas, em discrepância, pareciam ser feitas para estar em chamas. Um daqueles suportes para flechas vai nas suas costas. Então, ele põe um flecha atrás, no suporte, e assim que a tira, mira no alvo e acerta bem no centro. Sua postura e precisão chegam a ser bonitas de ver.

- Essa equipe é realmente fantástica. - Digo.

O rapaz olha pra mim e me dá um singelo sorriso.

- Eu que o diga. - Ele responde. - Quanto mais gente entrava aqui desde a minha chegada, mais dificuldade eu tinha pra pensar se alguém era melhor do que outro alguém. Concluí que somos um excelente time. E agora temos alguém especialmente pra cuidar dos bastardos no cativeiro.

- Taí uma coisa da qual me orgulharei. - Respondo.

Ele vira pra mim depois de disparar outra flecha.

- Meu nome é Min Yoongi. Prazer. - Ele estende a mão.

- Margot Burns. - Aperto sua mão de volta.

- Você foi muito bem ontem. - Penso no que ele estava falando e me recordo da experiência de demonstração ontem. Volto a dar atenção ao alvo e me preparo com as facas.

Continuamos a conversa quando ele faz o mesmo com suas flechas.

- Estou começando a achar que não fui a única pessoa má da história. - Respondo. - Vocês ficaram tão satisfeitos, que me assusta.

- Eu achei ótimo pela habilidade. O Jimin costuma ser uma pessoa muito resistente psicologicamente e ele é forte fisicamente também. Além de ser competitivo às vezes. Então estava me perguntando como você faria pra tirar algo dele. Mas acho que ninguém esperava aquilo. - Ele ri. - Acho que com você aqui vamos conseguir sempre as informações que precisarmos. - Ele diz.

- Eu admito que eu me diverti ontem também. Não que eu estivesse escondendo isso.

Enquanto falo, seguro uma faca entre os dedos e miro no alvo. Paro o diálogo por um momento, tentando me concentrar e focar. Tomo impulso com a faca e arremesso. E pega ainda um tanto distante do centro. Faço uma cara de insatisfação.

- E como você conseguiu melhorar nisso? - Ele pega mais flechas no armário. - Soube que você saiu daqui com 17 anos. Não deve ter tido muito tempo pra treinar esse tipo de coisa aqui.

- Felizmente. - Pego outra faca. - Eu tenho contatos. Com o tipo de pessoa que não ligaria de me ajudar a treinar. Contatos que consegui com o meu pai. Não foram as experiências mais ricas, mas serviu.

Tento me concentrar mais do que da última vez e respiro fundo antes. Ao arremessar a faca dessa vez, ela acerta quase no centro.

- E você, Yoongi? - Pergunto.

- O que?

- Eu imagino que vocês tenham chegado aqui aos poucos. Com a procura do meu pai.

- Ah, eu fui um dos primeiros. Acho que o terceiro. Foi uma experiência única, o teste. - Sorrio.

- Então ele realmente criou esse teste. - Digo.

- Sim. Considerando que essa corporação é grande assim, se ele quisesse formar o que somos hoje, menos do que ele fez não daria. Muitas pessoas se interessaram em entrar, mas nas primeiras classificações ficou claro que boa parte dos que estavam ali só queria o melhor pra si. Alguns foram pegos como espiões depois. Acho que morreram. Os testes foram bem tensos. Mas ele não nos obrigou a nada. Pelo contrário. Perguntava o tempo todo se era aquilo que queríamos, porque ele não pararia o estágio depois. Fazia isso a cada etapa. E avaliava minuciosamente. Foi o que fez essa equipe surgir. Ninguém aqui se arrepende de nada.

Imagino na minha mente as lutas que esses garotos devem ter passado pra chegar aqui. Físicas e psicológicas. Lembro que enquanto eu ainda estava aqui e eu e meu pai pensamos nesse plano, dei a maior parte das ideias dos testes, enquanto ele pensava em alguns outros e detalhes. Além de como faria pra funcionar. Consigo criar na mente a imagem de como isso tudo pode ter sido pra eles, porque foram planos meus. Eu estava apar de tudo. Mesmo estando muito longe.

- Quero muito sair em missão com vocês. - Ele olha pra mim antes de disparar uma flecha. - Não sei. Sinto falta de estar em campo. Mas me sinto mais ansiosa ainda ao pensar que agora a equipe tem muito mais gente. E todo mundo é tão legal, me receberam tão bem e vocês parecem muito habilidosos. Acho que vai ser ótimo. - Explico.

- Quero poder te ver em campo, também. Sei que a sua especialidade é tortura, mas senhor Burns disse que você era fantástica em campo também. Arremesso de facas, brigas. - Ele narra o que lembra ter ouvido.

- Sim. Eu me divirto muito em campo. É quase calmante. - Rio ao lembrar de uma das missões que saí com o meu pai. - Teve uma vez que fomos invadir uma festa luxuosa de um babaca e ficamos com pena de entrar na festa com a equipe porque a música clássica lá dentro estava sendo tocada muito belamente. Quando entramos e a música parou, mandamos os músicos continuarem. Foi uma situação muito tensa pra eles, mas tentamos deixar claro que não íamos fazer nada com eles. E assim, matamos um monte de mafiosos ao som de Mozart e Beethoven. Foi uma das melhores noites. - Digo ao me lembrar daquela noite. - Hoje em dia aqueles músicos tocam nas nossas festas. Uma das violinista virou até minha amiga. Vou tentar contato com ela mais tarde. Gosto muito dela.

- Ah, isso é ótimo. Não sabia que você gostava de música clássica. - Yoongi diz.

- Música no geral me deixa muito feliz. Mas eu acho que isso é algo que quase todo mundo tem. Mas com tipos diferentes de música. - Respondo, pegando outra faca.

- Qualquer dia, se você quiser e tiver tempo, podemos subir pro salão de festas, pra eu poder te mostrar algo. Tem a ver com música. Mas não vou me aprofundar muito. Quero poder fazer uma surpresa legal. - Ele diz. Me sinto já curiosa.

- Tudo bem, então. Assim que pudermos. - Respondo.

Continuamos treinando por bastante tempo. Fico muito tempo praticando com as facas, porque percebi que pra quem era muito boa em campo na época, eu decaí bastante. Mas com o tempo isso melhora. No fim do treino hoje, ao menos já senti minha mão mais leve. E vamos praticar isso sempre. Não quero continuar com esse medo de tentar atirar uma faca e ela cair no meu pé porque eu perdi o jeito. Preciso melhorar.

Mais pessoas foram chegando depois. E quase todos os meninos se juntaram a nós. Jimin e Taehyung foram os únicos que não apareceram até agora. E depois de horas treinando, até a hora do almoço, eles realmente não apareceram. Mesmo o Jin veio, mas eles não.

Assim que tomei banho na banheiro da sala de treino, saí e fui até a sala que o Namjoon estava. A mesma que tinha mencionado antes, dos robôs de treino. Chegando lá, vejo ele praticando lutando com um dos robôs. A pele do seu rosto brilhava de suor, então julgo que deve estar ali direto faz bastante tempo.

- Namjoon! - Grito seu nome. Ele olha pra mim assim que toma distância do robô. Ele olha pra mim e novamente pro robô, desviando nele e vindo na minha direção. Ao sair da arena, o robô para de se mover.

- Oi. Pode falar. - Ele diz, bebendo água de uma garrafinha que tinha num murinho baixo que separava a entrada da sala das arenas.

- Sabe por que o Jimin e o Taehyung não apareceram no treino hoje? Eu não os vi a manhã toda. - Pergunto.

- Ah, isso. Não se preocupe. O Taehyung sempre faz isso. Ele costuma treinar em outro horário porque gosta de acordar e ir pro bar direto de vez em quando. Diz que é o momento dele de se preparar pro dia. Isso quando não vira a noite lá. E às vezes ele convence alguém de ir junto. O Jimin deve estar com ele. - Ele diz, secando o suor com as costas da mão.

- Entendo. Então temos um bêbado na equipe. - Dou risada.

- É. Não tem como ser perfeito, não é? - Namjoon sorri.

- Acho que não. Bom, eu acho que vou encerrar por agora. Vou pro refeitório almoçar. O bar fica lá mesmo, mais pro canto, certo? - Pergunto.

- Sim. No refeitório. - Ele diz, se aproximando da arena novamente.

- Certo. Obrigada. Vou lá, então. Tchau! - Me despeço dele e vou diretamente ao elevador, subindo para o andar 6.

Agora oficialmente conheço todos os meninos. Mesmo que tenha conversar mais com uns do que com outros, ainda fico feliz de ter finalmente trocado palavras com toda a equipe.

A porta do elevador se abre no andar 6, e nos primeiro passos que dou adentrando o refeitório, ouço risadas vindo de um canto.

- Ei, Taehyung! Não tem graça! - Olho na direção do som. - Já é a quarta vez desde a madrugada que você toca nesse assunto. E já estava bem ruim comigo lidando sozinho!

Vejo Jimin e Taehyung sentados no bar. Jimin com um copo de shot cheio de alguma bebida na mão gritando com Taehyung, enquanto este segurava uma garrafa vazia e ria muito alto. Conforme termino de caminhar na direção deles, sinto um leve cheiro de álcool. Que sinto estar bem mais forte quando paro ao lado dos dois.

- Uau! - Olho pro balcão do bar cheio de garrafas diferentes abertas. - Vocês misturaram isso tudo?

Jimin olha pra mim com uma expressão de meia surpresa e meia indignação.

- E acabou de ficar pior. - Ele apoia a cabeça pela testa no balcão e não diz mais nada.

- Aah! Olha quem temos aqui. Senhorita Burns! - Taehyung diz, abrindo os braços na minha direção e ainda segurando a garrafa de bebida. - Estávamos falando de você.

- Pela quarta vez, assumo. - Digo, olhando pro Jimin.

- O Jimin estava contando, eu não. - Ele responde, depois de aparentemente pensar sem sucesso se realmente era esse tanto de vezes, apesar do Jimin já ter dito que era a quarta vez.

- Cala a boca. - Ele responde.

- Estamos bêbados! - Taehyung afirma e eu sorrio.

- Tô vendo. - Respondo. - Vocês não acham que já está de bom tamanho, não? Estão com um cheiro muito forte e já amanheceu. Todos estão treinando. Falta vocês. Apesar de que...se realmente tiverem misturado isso tudo, seria melhor tirar o dia pra descansar.

- Não se preocupe comigo. Eu estou ótimo. Acontece sempre. - Taehyung se levanta. - Vou tomar um banho e descerei pro treino.

- Tem certeza que é uma boa ideia? - Pergunto, vendo ele andar até o elevador.

- Tenho certeza, senhorita Margot Burns! Consigo fazer tudo melhor quando estou bêbado. Agora, não deixe o Jimin fazer nada, por gentileza. Ele não está acostumado com tanta bebida. Ele sim deveria repousar. - Ele diz enquanto aperta o botão pra abrir o elevador, que já estava no nosso andar.

- Entendo. Tudo bem. Vou fazer o possível! - Respondo, sorrindo levemente e ainda me sentindo preocupada com ele.

Ele acena com uma expressão muito alegre no rosto e some dentro do elevador. Respiro fundo e Olho pro corpo jogado no balcão do meu lado.

- Olá? - Cutuco as costas dele. Sem resposta. - Ah, dormiu.

Vou até o outro lado dele, pra onde vi que ele tinha virado o rosto e adormecido, e balanço ele ligeiramente pelo ombro.

- Jimin. - Ouço um grunhido em resposta. - Eu sei que sou forte, mas não garanto que consigo te carregar até o quarto. Acabei de treinar, também. Estou um pouco cansada.

- Hm......não...só me...deixa. - Ele diz, num tom muito baixo.

- Te deixar aqui? Taehyung não me recomendou fazer isso. Não costuma beber assim, costuma? É melhor eu tomar conta de ti. - Ele não fala nada e reviro os olhos. - Assim fica difícil.

Vou até a outra parte do refeitório e peço água para a IA que nos serviu outro dia. Volto com um copo cheio de água fria e parando ao lado dele, despejo devagar cada gota na sua nuca. Ele parece levar um susto e se agita no banco. Seus olhos finalmente se abrem e ele franze as sobrancelhas, parecendo bravo.

- Ai...ficou maluca? - Ele diz, erguendo um pouco a cabeça e tocando a nuca com a mão direita.

- Se consegue levantar a cabeça, consegue erguer o corpo. Vamos, eu te ajudo. Vou te levar pro seu quarto. - Seguro ele e ponho um dos seus braços ao redor do meu pescoço. Quando ele consegue apoio, começamos a andar devagar até o elevador. Eu o chamo, e ficamos esperando de pé.

- Você está suada...que nojo. - Ele diz, com a voz alterada.

- E você cheira a quem não tomou banho antes de passar a madrugada no bar. Eu que sou nojenta?

Dou risada da situação. A última vez que eu tive que ajudar um bêbado...foi uns dois meses atrás com a minha mãe. Quando ela teve um daqueles dias ruins, pensando no meu pai. E sentindo sua falta. Me pergunto o quanto isso deve ter acontecido por aqui também, sabendo que meu pai também costuma beber.

O elevador chega e nós dois entramos. Continuo segurando o Jimin. Esperamos até o elevador chegar no andar 8, em silêncio. Olho pra direita, vendo que ele estava com os olhos semicerrados, olhando pro chão. Parecia estar incomodado com a luz. Seu semblante num todo parecia péssimo, contando com sua camisa abotoada até a metade, e ainda por cima abotoada errado. Com a grande parte de pele que estava exposta, vi as marcas que foram deixadas ontem. Realmente ficaram bem fortes.

Saímos no andar 8, e ao entrar no corredor, me lembro que não sei qual o quarto dele. Aqui também temos o quarto do Hoseok, Taehyung e do Namjoon.

- Jimin. Qual deles é o seu quarto? - Pergunto.

- É...vai pela esquerda...vão ter dois. O meu é...o 905.

Sigo o que ele disse, e encontro o tal quarto 905.

- Jimin, seu cartão de acesso. - Peço.

- Ah...não saí com ele. - Ele diz.

- Boa! - Digo, sarcasticamente. - Então faça o reconhecimento por voz.

Ele demora um pouco pra fazê-lo, mas aproxima o rosto do auto falante em seguida. Jimin limpa a garganta antes e finalmente fala.

- Park Jimin solicitando entrada. - Ele fala com um pouco de dificuldade, mas a porta se abre.

Nós dois finalmente entramos e deixo ele sentado no primeiro sofá que encontro. Ele se remexe enquanto olho ao redor. O quarto estava escuro e até arrumado, com exceção da cama que tinha os lençóis, edredom e travesseiros jogados. Além disso, tudo que eu vi fora do lugar foram algumas camisetas numa cadeira e o armário aberto.

- Como você consegue largar o armário aberto? - Digo ao fechá-lo. - É, literalmente, só fechar.

- Eu...tava com pressa... - Ele olha pra janela do quarto, puxando uma almofada. Vou até os interruptores e ligo apenas umas luzes pequenas amarelas e mais fracas.

- Onde fica o banheiro? - Pergunto. - É ali?

Aponto pra uma porta branca do outro lado do quarto e ele assente. Vou até lá rapidamente e deixo a banheira enchendo com água quente. Assim que eu volto, seguro a mão dele e o puxo pra levantar.

- Vamos pro banheiro. - Digo.

- Eu vou vomitar. - Ele diz, ficando de pé e se apoiando em mim novamente.

- Se vomitar em mim agora eu te largo aqui. Estamos indo pro banheiro, calma. - Digo, segurando uma leve vontade de rir de nervoso. Em que situação eu me enfiei?

- Eu não tenho culpa. Estou enjoado.

- Eu também não tenho. E eu sei que você está. É ressaca. Já vi que não estava aguentando com as luzes do elevador. Por isso liguei só a luzes fracas aqui. - Entramos no banheiro e eu ligo uma lâmpada ao lado do espelho que também era fraca.

Ele se solta de mim e vai direto no vaso, abrindo a tampa e pondo tudo pra fora. Cenas desse tipo sempre me fizeram sentir na presença de um momento muito decadente. Isso é horrível. Só de ouvir ele vomitando já era nojento. Sorte que não vi nada, já que ele estava com o rosto bem na entrada do vaso.

Assim que ele para, encosta na parede, sentado no chão, e olha pra cima na minha direção.

- Tudo bem? - Pergunto.

- O quão recorrente esse ângulo vai se tornar na minha vida? - Dou risada, de braços cruzados e apoiada na pia do banheiro.

- Não sei. - Respondo. Olho pra banheira quase cheia e retomo com o que fazia. - Tira a roupa.

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