• 4 • : "Demonstração bem sucedida"
- Você pode escolher a pergunta que você quer fazer, filha. Pense bem. - Meu pai diz.
Hoseok se afasta, se juntando aos outros meninos. Eu dou alguns passos à frente. Tiro o meu casaco e deixo ele cair no chão ao meu lado.
- Eu já decidi o que eu quero saber. - Eu digo.
O olhar do Jimin sobre mim sobe conforme me aproximo dele, até ele estar de fato olhando pra cima pra poder alcançar os meus olhos.
Inclino meu corpo na direção dele e apoio meu peso em cima das suas duas coxas, com as minhas mãos uma em cada. Chego bem perto do rosto dele pra que só ele saiba o que eu quero que ele me conte.
- Parece que vamos poder alimentar a sua imaginação. - Eu digo, num tom baixo.
- Do que você tá falando? - Ele devolve no mesmo tom.
- Você não disse hoje mais cedo que não conseguia me imaginar torturando alguém? A partir de hoje você vai conseguir. - Eu respondo.
- O que você quer? - Ele pergunta, cortando o assunto.
- Hm, o que eu quero? - Viajo meus olhos por cada feição do rosto dele. - Pensar em como eu tiraria a resposta de você me ajudou a decidir a pergunta. E acabei ficando curiosa sobre isso. - Olho pra ele por alguns segundos enquanto subo as minhas mãos pelas suas coxas e me aproximo do ouvido dele. - Essa pergunta pode ser respondida durante a nossa sessão sem mesmo você falar, mas eu quero ouvir você dizendo. Que tipo de mulher você gosta, Jimin?
Ele dá uma risada abafada.
- Eu não vou te responder isso nessa situação. - Ele diz.
- É claro que diz isso agora. Faz parte do roteiro. - Me afasto dele e caminho ao seu redor, minha mão direita deslizando pelo seu peito, fazendo com que minhas unhas se arrastassem pela sua pele.
Ele move sua cabeça tentando me acompanhar. Eu paro atrás dele, e me abaixo na altura do seu ouvido.
- Eu me pergunto quanto tempo você vai durar.
- Não vai conseguir me intimidar facilmente com dor, caso te interesse saber.
Sou quem dá a risada abafada dessa vez.
- Quem foi que te disse que eu vou te bater? - Encosto meus lábios na cartilagem da sua orelha. - A única coisa que vai sair machucada daqui é o seu orgulho. Principalmente se você demorar muito pra me responder.
Ouço um suspiro vindo dele. Estendo minhas mãos até o meu rabo de cavalo e desamarro o laço dele, deixando meus cabelos caírem sobre os meus ombros e segurando a fita preta nas minhas mãos.
- O que você tá fazendo? - Assim que ele questiona, passo a fita preta na frente dos seus olhos, cobrindo a sua visão. Amarro a fita atrás da sua cabeça. - Ah, ótimo. - Ele diz.
Seu sarcasmo me inspira fortemente a continuar. Então, caminho novamente até a sua frente, ouvindo risadinhas baixas dos garotos ao redor. Em um movimento único, passo uma das pernas por cima das suas e sento em seu colo, mais próxima dos joelhos. Seus lábios se partem e seu rosto tomba levemente pro lado ao perceber o que eu tinha feito.
Levo minhas duas mãos até o cinto da sua calça e ao toque, Jimin se agita um pouco na cadeira. Elas sobem pela sua barriga e pelo seu peito lentamente até chegar aos seus ombros. Depois, dos seus ombros ao seu pescoço da mesma forma que aproximo meus lábios do mesmo.
- Sua pele é tão clarinha. - Passo minhas unhas pela sua nuca e sinto sua pele ficando levemente arrepiada ao toque. Deixo minha respiração entrar em contato com ele. - Seria uma pena se alguém enchesse ela de marcas.
- Você não vai realmente levar esse teste tão a sério, vai? - Ele pergunta, eu já sentindo um certo nervosismo na sua voz.
- Por que? Não quer que seus amigos te vejam numa situação tão constrangedora?
- Só não faz isso, por fa... - Antes que ele o diga, encosto meus lábios no seu pescoço e deixo beijos úmidos e pequenas mordidas. Ele engasga com suas palavras antes que possa terminar. Enrosco meus dedos nos seus cabelos e por eles o puxo pra mais perto, começando a chupar sua pele.
Meu corpo automaticamente vai se aproximando mais do dele, saindo da posição encostada mais nos seus joelhos e de fato chegando mais meu quadril pra perto do dele. Sinto seu corpo se mexendo entre as voltas da corda, tentando se desvencilhar sem sucesso.
Tiro meus lábios do seu pescoço, deixando uma leve distância apenas, para voltar ao meu serviço depois, e vejo a primeira marca vermelha arroxeada que deixei.
- Você escutou alguma coisa do que eu disse? - Ele diz com uma voz arrastada.
- Escutei, meu amor. Escutei perfeitamente. - Volto a dar atenção às marcas que eu queria deixar por toda aquela pele branca, escutando bem no pé do meu ouvido o Jimin grunhindo baixinho, segurando qualquer som errado que quisesse escapar.
Começo a ficar realmente animada com o que estava fazendo, e logo meu quadril toca o dele totalmente, tornando o contato maior e encostando meu tronco no dele. É quando sinto seu coração batendo rápido e seu peito inflando e desinflando numa respiração já bem descontrolada.
- Que ódio...de você. Eu juro por Deus. - Ele diz.
- Ódio? Isso que estou sentindo não parece ódio, Jimin.
Subo com os chupões até abaixo do seu maxilar, e começo a mover meu quadril ligeiramente. De forma lenta e calma. Sinto ele engolir saliva e imagino o quanto ele está se segurando. Uma suave sensação de pena passa pela minha mente, uma vez que sabia que todos os parceiros de trabalho dele estavam vendo isso acontecer. Mas, lembrando do meu objetivo e de como ele achou engraçado a minha posição como torturadora hoje cedo, me sinto rapidamente motivada de novo. E me puxo mais contra ele, intensificando o contato, ao prender as minhas pernas nas pernas da cadeira.
Um som de deleite se estreita pelos seus lábios e um sorriso se forma no meu rosto enquanto eu continuo.
- Margot... - Meu nome é chamado mais como um gemido.
- Hm?
- Chega...por favor. Para. Eu...eu falo. - Ele parava quase entre cada palavra pra respirar. E quando ele diz que vai realmente responder, paro de deixar marcas em seu pescoço e viro meu rosto na direção do seu.
- Vai desistir mesmo, anjinho? - Minha boca desliza pelo canto da dele enquanto eu sussurro.
- Qualquer coisa. Só...chega.
- Não aguenta mais? - Digo, fazendo uma vozinha de criança.
- Não... - Ele responde, com seu rosto procurando pelo meu na escuridão que ele ficou. - Me solta dessa cadeira.
- Claro. Primeiro você responde a minha pergunta... - Seguro o rosto dele e passo meus lábios levemente, quase nada, pelos seus. E, por um segundo, ele parece tentar me alcançar. Eu ponho um dedo entre a boca dele e a minha. - Olha só. É uma tortura, garotinho, não um prêmio. Nada de beijo.
Ele suspira.
- Autenticidade, honestidade...e...muita atitude. - Ele diz lentamente, hesitando na última parte. - É isso que eu gosto em uma mulher.
E nesse momento, deslizo minhas mãos por trás dele, desamarrando minha fita e liberando a sua visão. Ele rapidamente desvia os olhos do meu rosto, com o olhar preso agora no chão. Eu estalo um beijo na sua bochecha rapidamente e vou até o seu ouvido.
- Fofo.
Então, me levanto, prendendo o cabelo novamente. Hoseok, Namjoon e Jungkook batiam palmas, que logo levaram os outros garotos, que também cochichavam entre si, a aplaudirem também. Olho pra eles e sorrio, me abaixando pra pegar o meu casaco e o vestindo.
- Não por isso. - Digo.
- Margot, eu sou seu fã. - Um dos garotos que eu ainda não tinha conhecido, que vestia um jaleco, se aproxima e diz isso, colocando uma mão no meu ombro. Sorrio em resposta.
- Imagino que você seja o cara que fez a droga que injetaram em mim. - Digo. Ele apresenta um sorriso orgulhoso.
- Sim sou eu. Kim Seokjin, mas pode me chamar de Jin. Sou especialista em química no geral. Mas gosto muito de criar venenos. Prazer.
- Muito prazer. Me chamo Margot Burns. Mas você já sabia de qualquer forma. Me disseram que você queria me ver. - Lembro do que Namjoon disse.
- Ah, é verdade. Pode me acompanhar até o andar -6, por favor? - Ele pergunta.
- Ja posso ir, pai? - Olho pra ele e ele sorri.
- Pode, filha. Bom trabalho.
- Obrigada. - Viro para o Jin. - Vamos?
Seguimos os dois na direção do elevador, e quando olho para Jimin novamente, vejo que ele estava sendo solto pelo Hoseok, e olhava pra mim. Aceno de volta e ele desvia o olhar, escondendo um sorriso. A porta do elevador se fecha.
Rapidamente chegamos no andar -6, e a porta se abre, revelando um grande laboratório. Me impressiono com o contraste de como esse andar era no passado e como ele está agora. Provavelmente é uma das áreas que mais mudou. Se não for a que mais mudou de fato.
- Uau! Esse lugar mudou muito. - Digo, entrando no laboratório e passando perto de uma das mesas.
- É, quando eu cheguei aqui eu lembro dele ser bem diferente. - Jin diz. - Os outros dizem que eu sou muito viciado no trabalho e por isso que esse lugar mudou tanto. Porque eu não saio daqui nunca. E faço muita coisa. Chegaram a me chamar de topeira uma vez. Fiquei chocado. Esses ingratos. Depois de tudo que eu fiz. - Ele diz num tom irônico.
- Vocês são muito amigos, não são? - Pergunto. - Parecem se dar muito bem.
- É. - Ele diz, pegando algumas coisas em um armário, provavelmente pro exame. - A equipe se completa quando estamos todos juntos. Mas acredito que só vá mudar pra melhor com você por aqui. Seu pai falou muitas coisas boas. - Ele se aproxima.
- Que bom. Eu espero poder responder a expectativas de vocês. Vou dar tudo que eu puder.
- Agradecemos pelo esforço desde já. - Ele puxa uma cadeira. - Senta aqui, por favor.
Eu me sento, ele senta em uma outra cadeira e apoia meu braço na mesa.
- Perdão por todo o processo meio brusco de ter trazer pra cá. Já devem ter falado sobre isso. Mas eu me sinto especialmente culpado por ter feito uma droga muito forte. Me disseram que você ficou com o corpo fraco por muito tempo. - Ele limpa meu braço na parte onde entraria a agulha.
- Não se preocupe. De verdade. Foi incômodo sim. Mas ficou tudo bem. Eu fiquei sentada, ou no colo do Jimin ou na cama a maior parte do tempo. - Respondo.
- Bom saber. Não seria bom prejudicar a saúde da filha do senhor Burns. E nossa futura irmãzinha.
- Fico feliz em fazer parte dessa família de novo.
Ele sorri e segura meu braço, inserindo a agulha e iniciando a coleta de sangue.
- Tudo bem? - Ele pergunta enquanto eu olho o sangue enchendo o tubo.
- Sim. Tudo ótimo.
- Não tem problemas com agulha ou sangue?
- Agulhas, não. E sangue seria um problema se eu tivesse. - Respondo, rindo.
- É, isso é verdade. O serviço de vocês é bem pesado. Admiro muito isso. Sair em campo, confrontar pessoas diretamente. - Ele faz uma careta. - Não é muito comigo.
- O Namjoon também não deve sair muito, né? Ele trabalha hackeando. - Digo.
- Sim. Normalmente somos os dois que ficam pra trás aqui no Núcleo. Os outros saem. Mesmo que a operação não precise da especialidade deles, é só uma especialidade, afinal de contas. Eles sabem fazer o suficiente pra suceder uma missão. Namjoon que o diga. Ele assiste tudo pelas câmeras de segurança dos locais que a gente invade. Temos um time muito bom.
- Imagino que sim.
Ele retira o terceiro tubo de sangue e para. Então, ele põe um algodão enquanto pega o curativo.
- Eu vou... - Ele cola o curativo em cima de onde a agulha entrou. - ...pegar alguma coisa pra você comer. Espere aqui.
- Certo. - Mexo nos tubos de sangue que ele tirou de mim enquanto espero. - Quanto tempo que não vejo sangue. - Sussurro pra mim mesma.
Assim que ele retorna, dentro de alguns minutos, sorrio pro potinho de biscoitos de gotas de chocolate e o pro suco que ele estava trazendo uma bandeja.
- Nossa! - Exclamo.
- O suco é de maracujá. É da fruta então é bem efetivo. Pra poder dormir bem. - Ele diz. - Nada envenenado, é claro.
Quando eu ia morder um dos biscoitos, paro pra dar risada.
- E agora eu deveria comer em paz? - Pergunto. - Depois do seu comentário suspeito?
Jin sorri.
- Não envenenaria uma parceira de trabalho. Eu acho. - Ele diz, guardando as amostras de sangue numa caixinha.
- Hm. Vou confiar em você, Kim Seokjin. - Respondo, mordendo o biscoito.
- Não é como se eu fosse conseguir sair vivo daqui caso eu realmente considerasse envenenar você. O que eu realmente não quero fazer.
- Tudo bem. Mas se eu morrer, vou voltar pra assombrar você. Puxar seu pé. - Bebo um pouco do suco.
- Depois daquilo que eu assisti lá em cima hoje, prefiro permanecer salvo. - Ele diz, de repente parecendo tentar segurar o riso, como todos estavam fazendo lá em cima. - Deixou uma forte primeira impressão em todos nós. Principalmente no Jimin
- Ah, não foi tudo isso, foi? Ele vai ficar bem.
- Não, Margot. Conhecendo bem o Jimin, acho que ele não vai dormir hoje. - Jin se levanta e guarda a caixinha de amostras numa gaveta antes de sentar novamente. - Posso?
Ele aponta pros biscoitos e afirmo.
- Ótimo. Fico muito feliz com o impacto que deixei nele. - Respondo, realmente sorrindo internamente e externamente.
- Ele disse alguma coisa errada? Porque aquela votação me pareceu muito suspeita e você parecia muito satisfeita por ser ele a cobaia. Além de ter pegado bem pesado com o coitadinho.
- Eu não peguei pesado. Aquilo era tudo que eu podia fazer na ocasião e não foi tão ruim. E...sim. Ele me carregou até o meu quarto hoje cedo quando saí daquele cativeiro no andar -10 e ficou comigo lá até o Namjoon aparecer pra explicar as coisas. Nesse meio tempo nós comentamos sobre as nossas especialidades e o menino bomba achou engraçado eu trabalhar com tortura e disse que não conseguia me imaginar torturando alguém. Foi só isso mas eu não achei muito gentil da parte dele. - Explico.
- Realmente, caçoar da especialidade de alguém por aqui é um tanto demais. Mas...ele é assim. O Jimin é muito honesto com as coisas que ele fala. Então, se puder, o perdoe. Ele realmente não deve ter visto compatibilidade com o seu semblante tranquilo e um trabalho tão pesado quanto torturar alguém. - Ele diz. - Com todo respeito, se eu tivesse te visto como agora, antes de ver aquilo, eu não assumiria que você faz isso, também. Mas por pura surpresa. E acho que eu não iria rir, pra ser sincero.
- Aí que está, né? Mas tudo bem. Acho que ele pode ser perdoado. Foi um bom menino. - Digo, bebendo o último gole do suco.
- Acho que ter você por aqui, vai ser muito divertido, sinceramente. Se as coisas entre vocês dois ficarem assim, eu vou adorar ver como que o Jimin vai reagir aos próximos dias. - Jin diz.
- Vocês não pretendem parar de falar disso, não é?
- Algo legendário como isso não pode ser esquecido tão rápido, senhorita Burns. Vai virar a marca da sua chegada.
- Hm, então não me soa mal. - Respondo. - Posso levar esses pro meu quarto? - Me refiro aos biscoitos. - Queria subir, mas não terminei de comer.
- Claro, claro. Pode levar. - Me levanto e levo o pote junto comigo. - Bom descanso e boa noite.
- Obrigada, Jin. O mesmo pra você. - Chamo o elevador e enquanto espero, vejo Jin sumindo mais pro fundo do laboratório, entrando em algum corredor que faz ele se perder do meu campo de visão.
Depois de alguns minutos esperando, a porta se abre, e me junto ao ocupante atual. Descanso as costas na parede do elevador e cruzo os braços, depois da porta fechar e eu pressionar o botão do meu andar. Outro botão, pro andar 8, também estava pressionado. Imaginei ser outro andar de dormitórios, já que era perto do meu e do meu pai.
Mordo minha boca, tentando me manter séria e não rir. Mas com ele aqui do meu lado, é quase impossível.
- Pode dar risada, Burns. - Ele diz, aparentemente ciente da minha tentativa de ser singela.
- Awn, agora ele me chama de Burns. - Me viro pra ele. - Não consegue mais falar o meu nome da mesma forma depois de hoje?
Jimin olha pro chão e respira bem fundo. Dou risada.
- Não seja tão explosivo, Jimin. Toma um banho que esse fogo apaga. - Ele olha pra mim.
- Quem disse que eu preciso de... - Olhamos um pro outro por um segundo. Eu sorrindo, ainda de braços cruzados, vejo o rosto dele mudar quando ele percebe a situação. Olhamos os dois pra baixo, na direção do seu corpo, e ele vira pro outro lado. - ...esquece.
- Ai, perdão, Jimin. Me deixei levar pela situação. Acho que fui muito má e as coisas foram muito longe. - Encosto nas costas dele, fazendo um carinho. - Quer ajuda pra resolver isso? - Digo num tom baixo repentinamente, descendo as mãos até o seu quadril.
Ele se vira rapidamente e dá de costas com uma das paredes do elevador, e saindo do seu quadril, minhas mãos param na sua barriga.
- Não se comprometa com coisas que você não vai fazer só pra foder com a minha sanidade, Burns. - Ele diz, me olhando nos olhos.
- Ah, mas eu posso fazer. Por isso eu perguntei se o meu garotinho quer ajuda. - Eu subo as mãos pela sua blusa e puxo ele devagar pela gola da blusa. - Se você quer a minha ajuda...basta falar.
- A sua ajuda me assusta. - Ele ri.
- Mas você a quer, não quer? - Dou um beijo leve como uma pena no seu lábio inferior.
- Você quer muito que eu diga isso, não quer? - Ele me pergunta, sorrindo com os olhos quase fechados.
- Pra ser sincera, eu quero sim. - Ouço um barulhinho agudo no fundo. Hm... - Mas chegamos no seu andar.
Ele me olha confuso e depois vira o rosto levemente, vendo a porta do elevador aberta no andar 8, com um corredor se estendendo na nossa frente.
Afasto meu rosto um pouco do dele e ele abaixa a cabeça, respirando em clara frustração. Vou para o outro lado do elevador e ele olha pra mim por um último segundo, e eu pisco.
- Boa sorte no banho. - Eu digo.
- Vai se fuder, Burns. - Ouço ele dizendo com uma voz de quem quer rir.
A porta do elevador se fecha e segue para o próximo andar.
- Muito cedo, Jimin. Muito cedo... - Falo comigo mesma.
Logo a porta do elevador se abre no andar 9 e eu entro no meu quarto, me sentindo cansada.
- Bem-vinda de volta, Margot. - Maia me recebe.
- Obrigada, Maia.
- Deve estar cansada do treinamento. - Ela diz.
Eu penso no dia de hoje e me jogo na cama.
- Você não sabe o quanto. - Respondo.
- Quer que eu prepare um banho quente pra você?
- Seria melhor se fosse um banho frio. - Digo, sorrindo pro teto do quarto, envolvida nos meus pensamentos.
É ótimo estar de volta.
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