Um tratamento comum para homens
Um balde de água fria em seu rosto foi o suficiente para acordar Lelouch que estava acorrentado com seus braços para cima, pendurado no local. O garoto tosse, quase se afogando enquanto começa a lentamente abrir seus olhos, vendo o grupo das garotas que anteriormente o cercaram no beco.
— Acorda, vamos! — A morena de cabelos amarrados se aproxima de Lelouch e desfere um forte tapa no rosto do garoto, tapa esse que o fez sentir.
— Mas que merda... — Lelouch diz rangendo os dentes.
— Olha a boca. — A mesma garota desfere outra tapa com as costas da mão virando o rosto de Lelouch para o outro lado. — A senhorita Zengrey quer mais informações de você e seu pai, o que estão planejando? — A morena deu espaço para uma garota loira que se aproximava.
— E eu lá sei o que meu velho está planejando... — Lelouch deu um fino sorriso. — Eu ia saber quando voltasse para casa, mas encontrei algumas piranhas no caminho e não cheguei a tempo. — Ele disse e loira deu um forte chute entre suas pernas, acertando suas partes íntimas.
— É bom você medir esse tom para falar comigo garoto. — Disse a mulher enquanto Lelouch fechava seus olhos de dor.
— Porra de nível força bruta... — Disse o garoto entre gemidos.
— Vou perguntar mais uma vez, o que seu pai está planejando? — Perguntou a loira e Lelouch abriu um de seus olhos.
— Eu já disse, caralho, não faço ideia! E mesmo se eu soubesse, não iria contar. — Falou o garoto e a mulher suspirou, fechando seus olhos.
— Mia, você pode trazer as ferramentas para mim? — Perguntou a loira, a morena a olhou e acenou com a cabeça, indo até uma porta que havia a alguns metros atrás de Lelouch. — Uma hora você vai falar, isso eu tenho certeza. — Disse a loira.
— Queremos nomes, idades, se tem alguém próximo a você... — Quando ela disse isso, Lelouch acabou se sentindo desconfortável, isso foi notório na sua expressão.
— Opa... Temos um ponto garotas. — Disse a loira enquanto Mia trazia uma mesa móvel pequena, repleta de equipamentos de tortura.
— Eu já disse, eu não sei de porra nenhuma. — Lelouch tentava resistir se mexendo, mas até mesmo aquelas correntes estavam embutidas com energia do nível força bruta, o que impedia o garoto de quebrá-las.
— Falar do seu pai não adiantou, pelo visto você não se importa com ele. Então, quem é a outra pessoa próxima a você? Algum familiar? — A loira pegou uma faca, começando a andar lentamente em volta de Lelouch, o qual não respondeu. — Talvez um amigo? — Mais uma vez Lelouch não respondeu. — Ah! Já sei... Que tal um amor? — A loira sorriu de forma maldosa.
— Se vocês... — Antes de dizer algo, a loira fez um corte grande e profundo nas costas de Lelouch, o qual começou a sangrar muito.
— Cala a boca, quero apenas respostas das minhas perguntas, você não está em condições de ameaçar aqui. — Falou a garota e a morena se aproximou com o celular de Lelouch.
— Estava analisando os contatos dele, essa daqui é a namorada dele. — Disse Mia, mostrando uma foto de Diana para a loira.
— Essa garota aqui te quis? Deve ser uma vadiazinha mesmo. — A loira dizia dando risada olhando para a cara de Lelouch.
— Sua... — Antes de Lelouch dizer algo, a loira cravou a faca nas costas do garoto, do lado da ferida que tinha acabado de abrir, arrancando um forte grito de dor de Lelouch.
— Não me faça repetir minhas falas. — Disse ela e deixou a faca ali. — Não se preocupe com ela, após extrairmos suas informações e matarmos você, ela terá a oportunidade de se juntar a nós. Caso ela não queira, vai acabar te visitando no inferno. — Disse a loira dando risadas.
— Meu Deus! Falam para caralho... — A voz de Draken é ouvida. — Grita mais baixo aí, Lelouch, tava tentando dormir... — Draken dizia, estava do outro lado daquela sala de pouca iluminação, sentado nas sombras, também com seus braços acorrentados.
— Tinha até me esquecido desse daí. — A loira disse e abriu um fraco sorriso. — Vão lá garotas, se divirtam com ele, eu cuido desse moleque. — Disse ela e olhou para Lelouch.
— Se eu disser alguma coisa, você promete que não vão atrás de Diana? — Perguntou Lelouch e a Loira afirmou com a cabeça.
— Tudo que queremos são apenas informações, os Raybocks fizeram uma aposta entre eles de quem vai conseguir matar Nill Yagami e todos os seus aliados primeiro, aquele que ganhar vai ter poder sobre os outros. Estelar, sendo a superior diante todos os Raybocks, fará desse mundo um lugar muito melhor de se viver. — Disse a garota sorrindo de forma sádica.
— Eu ia contar algumas coisas, mas aí lembrei que tô falando com uma SF, então prefiro mandar ela tomar no cu mesmo. — Disse o garoto, esboçando um fraco sorriso debochadamente.
Aquilo nitidamente havia irritado a garota, ela segurou no cabo da faca cravada nas costas de Lelouch e começou a virar ela, abrindo lentamente outra ferida e arrancando gritos de dor do garoto.
— Ah! Você vai me contar! Pode apostar! — Disse ela e, simultaneamente com Lelouch, Draken também começa a gritar de dor, as outras garotas estavam o torturando com as ferramentas que havia naquela mesa.
Enquanto isso, no local onde Nill estava, ele mexia em seu notebook ainda em pé, acessando uma página que tinha ali. Nela, estava mostrando um ponto fixo no mapa, com imagens e toda a localização do local.
— Um rastreador? — Rebecca perguntava arqueando uma de suas sobrancelhas. — Esse local... Eu o conheço... — Disse ela, se aproximando de Nill.
— Faz um tempo que Lelouch não mandou mensagem, nem ele para mim e nem Draken para você. — Disse Nill analisando a imagem. — Claro que tenho um rastreador no celular de Lelouch assim como ele tem no meu, justamente para evitar esse tipo de situação. — Após dizer isso, o Yagami se vira e vai até o guarda-roupa, já retirando sua camisa.
— Vocês têm bastante preparo, parecem o Batman. — Disse Rebecca, olhando as costas de Nill.
— Não sou assassino a anos para agir como um amador. — Disse Nill e começou a retirar suas calças.
— Ah! — Rebecca, envergonhada, se vira e começa a olhar o notebook. — Esse local se parece bastante com um barraco abandonado, mas não se engane, ele tem o terreno bem grande com várias áreas de treino das SFs que não estão na ilha. Não vai ser difícil você achar esse lugar, ele tem um portão vermelho bem grande e chamativo. — A garota dizia, colocando a foto de tal portão na tela do Notebook. — Se você planeja entrar em um confronto direto, vá bem-preparado, elas não são fáceis de derrotar. Agora, se você pretende ir silenciosamente, boa sorte, elas são boas detectando. — Falou Rebecca, olhando para trás e vendo que Nill já tinha vestido uma calça preta e elegante. — O que está fazendo? — Ela pergunta, curiosa.
— Me vestindo bem para o encontro com várias mulheres, claro. — Disse o rapaz, vestindo uma camisa social vermelha, seguida de uma jaqueta de couro preta com detalhes em amarelo.
— É sério isso? — A garota dizia, semicerrando seus olhos.
— Sim, baixinha, eu estou falando sério. — Nill se senta na cama e começa a colocar seu sapato.
— Quem você pensa que está chamando de baixinha seu puto!? — Pergunta a garota, ficando irritada.
— Começou... — Nill suspirou enquanto terminava de colocar seus sapatos.
— Meu Deus do céu, a vontade que eu tenho é de enfiar esse notebook todinho no seu rabo, te achatar na porrada enquanto digo "vai, fala quem é a baixinha agora" te arregaçando com uma marreta. — Rebecca dizia fazendo sinais com as duas mãos fingindo bater com uma marreta várias vezes, mordendo seus lábios de raiva.
— Tá, tá, para de chorar. — Nill disse e foi até sua mala, abrindo a mesma.
— Chorar? Aaaah! Eu vou te rebocar no chute Sr. Yagami! — Rebecca dizia e Nill dava de ombros.
— Bom, eu vou indo. — Ele colocou uma luva amarela em sua mão direita, a mesma não continha os dedos, se aproximando se Rebecca. — Eu vou conversar direitinho com essas SFs, vê se não destrói o lugar aqui com essa sua TPM incompreensível. — Disse Nill e bagunçou o cabelo da menor, indo até à porta.
— TPM? TPM!? Você vai ver a TPM que eu vou dar na sua cara e... — Enquanto ela falava, Nill fechou a porta, ignorando-a. — Aaaaah! Que ódio! — Disse ela, se jogando na cama e se esperneando.
— Vamos, garoto, fale tudo de uma vez. — A loira continuava a torturar Lelouch, dando chicotadas em suas feridas nas costas e abrindo ainda mais elas.
Muito tempo havia se passado desde que aquela tortura começou, Lelouch estava muito ferido assim como Draken, ambos estavam ficando fracos com a perda de sangue. Nos olhos de Lelouch, dava para notar sua dor, poucas horas ali foram o suficiente para abalar seu psicológico.
— Eu já disse que não sei! — Lelouch disse em um grito desesperado.
— Parece que aquele machão de antes sumiu, o que aconteceu? — A mulher foi a frente do garoto, dando uma forte chicotada em seu peitoral que também estava cheio de feridas. — Até o final do dia você estará implorando pela sua vida. — Disse a garota, acertando chicotadas atrás de chicotadas, arrancando gritos altos de Lelouch.
Poucos minutos depois, uma mulher de vestido azul adentrou a sala com uma taça de vinho. Estava com um batom fraco azul em seus lábios, luvas longas até seu ante-braço da mesma cor, usando um salto alto e um colar de pérolas. Uma mulher ruiva e madura dava um fino sorriso sádico em direção a Lelouch.
— Mai? — A loira se vira e dá espaço para a mesma. — Minha senhora, eu tentei arrancar informações desse macho escroto, mas nada do que eu tento dá certo, parece que ele não sabe de nada mesmo. — Disse a mulher, Lelouch mantinha uma expressão desesperada diante a situação.
— Oh! Querido, colabore com a gente. — Mei se aproximou e começou a passar lentamente sua mão sobre o rosto do garoto. — Se você não colaborar, alguém pode acabar se irritando. — Disse a mulher apertando a bochecha de Lelouch. — É isso o que você quer? Ver essas belas moças irritadas, é isso? — Mei manteve calma em sua voz, esse tom apenas desesperava ainda mais o garoto.
— Descobrimos que ele tem uma namorada, ela não está no país, mas podemos ir buscá-la se a senhora permitir. — Disse a loira e Mei levou a taça de vinho até seus lábios.
— Por favor, eu imploro... Não mexam com ela. — Disse Lelouch hesitante, com medo do que podia vir a acontecer.
— Criança... — Mei deu um fraco sorriso e aproximou seu rosto ao de Lelouch. — Por acaso você está dando ordem para uma dama? Acha que manda nas mulheres só por ser homem? — Enquanto ela dizia, Lelouch arregalou os olhos.
— Não! Não! Não foi o que eu quis dizer, eu... — Ele tentava se explicar, mas Mei o interrompe colocando o dedo indicador nos lábios do garoto.
— Shh! Por mais que você tenha que dar desculpas as garotas pelo tumulto que causou na cidade, você ainda não tem permissão para falar, entendeu? — Disse a mulher olhando friamente para o garoto.
— Mas eu... — Antes de dizer algo, Mei quebra a taça de vinho no lado esquerdo do rosto de Lelouch, abrindo feridas e deixando um pedaço de caco de vidro cravado em sua bochecha.
— Eu dei permissão para falar? Agora você tem, peça desculpas imediatamente para as garotas. — A mulher dizia com raiva em seu tom de voz.
— Desculpa! Desculpa! — O garoto dizia em meio a gemidos de dor, fechando seus olhos.
— Olhe para as garotas enquanto pede desculpas! Seja cavaleiro! — Disse ela e apertou o caco de vidro na ferida de Lelouch.
— Ah! Desculpa! Desculpa! — Lelouch dizia em meio a gritos de dores e olhando para a loira, revezando seu olhar para as outras garotas que pararam de torturar Draken apenas para rir da cena.
— Isso, está aprendendo. — Disse Mai dando um fraco sorriso debochador.
Alguns comentários maldosos eram feitos ao garoto, muitos o desprezando por ser homem e muitas das vezes o obrigavam a se humilhar para as mulheres, implorando pela sua vida e pela piedade de cada garota ali. Draken havia desmaiado durante a tortura, o que fez as mulheres perderem o interesse nele e todas passaram a torturar Lelouch, foram alguns minutos a mais de tortura antes que o telefone tocasse com o contato "pai" ligando para ele.
— Ah! Parece que finalmente vão entrar em negociação pela sua vida. — Mei disse, pegando o telefone e atendendo. — Alô? — A mulher cruzava um de seus braços enquanto mantinha um fino sorriso confiante no rosto.
— Será que podem abrir o portão? — Nill pergunta na ligação.
— Espera, o quê? — A mulher arqueia a sobrancelha.
— Deixa quieto, eu dou meu jeito. — Ele respondeu e desligou a ligação.
Poucos segundos após tal ligação, um estouro é ouvido do lado de fora de onde estavam e o barulho estrondoso do portão caindo pode ser ouvido. As garotas no local arregalaram seus olhos.
— Iremos verificar! — Disse Mia fazendo uma breve reverência a Mai e se retirou daquele local, junto com as outras SFs.
Quando chegaram ao local de fora, várias SFs que estavam treinando haviam parado seus treinamentos para olhar o Yagami, o homem estava parado bem na entrada diante os portões derrubados, estava alongando um de seus braços enquanto era alvo de olhares surpresos e sanguinários.
— Vou perguntar apenas uma vez. — Nill para de alongar o braço, colocando uma mão no bolso de sua calça. — Onde está meu filho? — Seu tom sério era intimidador, sua expressão fria inquietava as mulheres ali, mas o Yagami manteve a postura olhando diretamente para as SFs que acabaram de sair daquele barraco que ele tinha visto nas imagens.
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