Anões guerreiros
O exército inimigo vinha correndo na direção dos anões da mesma forma que eles iam na direção de seus oponentes com um grito de guerra sem hesitar.
Sem pensar duas vezes, Zumir tomou a frente com sua espada e escudo e deu um pulo. O impulso do pulo foi tão forte que o inimigo a frente nem teve tempo de ver Zumir chegando, apenas sentiu o escudo bater a sua face.
Enquanto o inimigo acertado por Zumir caía, Cleber passou ao lado com suas machadinhas e as arremessou em dois inimigos. Assim que cravadas e assassinando seus alvos, as machadinhas tomaram uma energia azulada e voltaram para as mãos de Cleber.
Zumer, por sua vez, pegou uma flecha de sua aljava e disparou em linha reta na direção do exército. A flecha começou a girar durante sua trajetória, do seu cabo de madeira pequenos furos surgiram e agulhas afiadas e altamente venenosas começaram a acertar os inimigos aleatoriamente.
Zumir se colocou a frente de Cleber e posicionou seu escudo para que as agulhas não os acertassem.
— Ei, lança aquela pedrada para nós entrarmos no clima. — Disse Zumer, puxando outra flecha para o seu arco.
— Já pensei no toque perfeito, hehe. — Disse Zumor, puxando uma palheta de seu bolso.
— É agora... — Disse Zumir com um sorriso no rosto e Cleber apenas acena com a cabeça.
Foi então que Zumor começou a tocar sua guitarra, tocando a intro de "Smoke on the water".
Assim que ele começa a tocar sua guitarra, todos os anões ali ficam energizados, uma áurea esverdeada cobre eles e um sorriso grande abre no rosto de Cleber.
— Oh! Agora sim eu sinto o poder em minhas mãos! — Disse Cleber e saiu correndo na frente com as machadinhas.
— Haha! Pode ter certeza que a diversão não é só sua. — Falou Zumir, acompanhando Cleber ao lado.
— Aqueles putos pensam que vão a.cabar com todos sozinhos. — Disse Zumer, dando um fraco riso mirando suas flechas e disparando.
Em poucos segundos, foi possível notar que Zumir e Cleber atingiram a velocidade do som e passaram por seus inimigos, matando quem estivesse na frente de forma rápida e brutal.
O exército inimigo não recuava de forma alguma, a expressão no rosto deles era neutra e apenas atacavam sem hesitar, como se não tivessem um motivo para lutar.
— Por que eles não falam? Eles nem mesmo estão reagindo à dor. — Lelouch parecia intrigado, não tirou os olhos da tela enquanto perguntava para Zumar.
— Não se engane braço forte, esses inimigos são apenas manequins, as pessoas de verdade estão aprisionadas na grande base de Marcian. — Zumar dizia de braços cruzados, afirmando com a cabeça.
— Como ele consegue controlar manequins? — Perguntou Nill, entretido com a batalha.
— Isso é culpa de outra Raybock, ela energizou esses manequins, parecem ter vida, mas não tem, apenas tem energia no corpo deles. Porém, assim que são feridos, a energia vaza para fora e eles morrem no mesmo instante. — Zumar dizia, afirmando com a cabeça várias vezes. — São apenas cascas vazias cheias de energia. — Zumar disse com um sorriso.
— Mas se tem energia dentro, não é uma casca vazia. — Disse Lelouch, arqueando uma sobrancelha.
— São cascas vazias cheias de energia! Zumar está certo disso! — Disse Zumar e Lelouch deu de ombros.
Foi uma batalha intensa e demorada, mas os anões finalmente estavam com a vitória e, impressionantemente, nenhum deles tinha sofrido um arranhão.
Restava apenas um inimigo, Abaddon. Ele estava no final de todo aquele exército, olhava para o chão de forma concentrada, com uma mão no rosto enquanto negava com a cabeça.
— Então Cleber... O que faremos? — Perguntou Zumir, ficando posicionado ao lado de Cleber com sua espada e escudo.
— Só temos uma opção. — Disse Cleber enquanto suas machadinhas voltavam para sua mão.
— Pobre alma. — Abaddon dizia, dando um fraco riso convincente.
— Esse é o vilão principal? — Zumer perguntava se aproximando com o Zumor.
— O cara parece casca-grossa — Disse Zumor, já havia parado de tocar sua guitarra.
— Eu tenho um único objetivo e vocês não podem me impedir de executa-lo. — Disse Abaddon, lentamente olhando com ódio para os anões presentes.
— Objetivo? Do que esse cara está falando? — Cleber pergunta olhando para seus irmãos que davam de ombros.
— Eu contarei a verdade para Nill Yagami, a verdade sobre como tudo começou. — Abaddon dizia levantando uma de suas mãos para o alto, olhando para o céu. — E também serei eu quem determinará o final da vida deste homem. — Dizia ele, convicto de suas palavras.
— Tá falando muito e lutando pouco. — Zumir dizia, avançando contra Abaddon.
— Vocês não podem enfrentar um demônio como eu. — Disse ele dando um fino sorriso confiante.
Assim que Zumir se aproximou para atacar Abaddon, com um golpe de cima para baixo, o demônio se esquivou para o lado e tocou no topo da cabeça do anão, paralisando ele.
— Lúcifer está morto, mas o poder dele agora corre em minhas veias. — Disse Abaddon com um sorriso confiante.
— Maldito! Largue ele. — Zumer dizia, preparando a flecha em seu arco e disparando.
Foi uma flecha bastante rápida, Abaddon levantou sua mão em direção a ela e uma barreira mágica apareceu, fazendo a flecha quebrar ao entrar em contato com a mesma.
— O mesmo vale para todos os outros pecados que foram mortos, seus poderes estão comigo agora. — Disse Abaddon e o chão começou a estremecer enquanto uma energia sombria percorria em volta do corpo do demônio.
— Droga! Precisamos deter ele logo! — Cleber disse e correu em direção ao demônio.
— Vai com tudo maninho! — Zumor disse e começou a tocar sua guitarra, deixando Cleber ainda mais rápido.
— Me considerem misericordioso por não mata-los, pois meu objetivo é com o Yagami. — Disse Abaddon.
Assim que Cleber se aproximou, a áurea que antes rodeava o corpo de Abaddon se expandiu e cobriu todo o campo de batalha, desligando a câmera que gravava a live para os outros assistirem no esconderijo.
— Pelas barbas dos anões raçudos! — Zumar dizia espantado. — Que poder foi esse? O que aconteceu com meus irmãos!? — Zumar dizia, descendo da cadeira e indo em direção a porta do esconderijo.
— Espera, aonde vai? — Perguntou Lelouch, levantando em seguida.
— Não é óbvio? Vou atrás deles. — Dizia Zumar, colocando a mão na maçaneta.
— Não podemos atacar sem um plano. — Nill dizia, mantendo a calma.
— Eu não tenho tempo para pensar, eles são tudo o que eu tenho e não vou perder mais nenhum segundo parado aqui, eu entendo seu ponto de vista pensa longe, mas quando amamos as pessoas a gente costuma a fazer coisas loucas por elas, e é o que eu farei agora. — Zumar disse, invocou sua picareta e abriu a porta, começando a abrir caminho até a saída do esconderijo.
— Pai, vamos atrás dele. — Disse Lelouch e Nill negou com a cabeça.
— Não posso agir dessa forma, seria previsível demais. — Disse o Yagami e Lelouch se aproximou de Nill preocupado.
— Mas pai, se não fizermos nada ele pode acabar tendo um fim trágico. — Disse Lelouch preocupado.
Nill ficou em silêncio, apenas virou seu rosto para o lado para manter a calma, definitivamente parecia estar pensando em algo, mas seu filho o desconcentrava.
— Não vai me dizer que realmente pretende deixar ele morrer sozinho após tentar nos ajudar? — Lelouch disse ainda espantado com a calma de Nill.
— Cale a boca Lelouch, estou tentando pensar! — Nill disse irritado, olhando para seu filho.
— Sério? Você quer mesmo pensar nesse momento? Quanto tempo vai demorar? Esperamos arrancarem a cabeça deles e depois agimos, esse é seu método de ação? — Perguntou Lelouch, confrontando seu pai.
— A última vez que você quis discutir comigo assim custou a vida da sua irmã. — Nill disse se levantando.
— Vai colocar essa história na mesa novamente para querer me calar? Vai dizer que a culpa dela ter morrido foi toda minha apenas? — Lelouch rangia os dentes. — Que se foda você com seus pensamentos, não estou aqui para ouvir você me julgando novamente, eu vou atrás de Zumar e você pode ficar aí pensando. — Disse Lelouch e se virou, correndo para a saída.
Após Lelouch sair do esconderijo, o silêncio se fez no local. Nill ficou parado olhando para a parede, em seus pensamentos apenas passava as palavras de Abaddon dizendo que ele queria lhe contar uma verdade, está verdade estava deixando o Yagami ansioso para descobrir.
— Não... Isso deve ser uma armadilha. — Nill colocou as duas mãos na cabeça e se sentou na cadeira novamente. — O que eu faço? — pergunta o Yagami fechando seus olhos e tentando se concentrar em seus pensamentos.
Demorou muito tempo para que Lelouch e Zumar chegasse ao campo de batalha que eles viram na live, Zumar conhecia o local, era o mesmo local onde tudo começou no Congo, onde Marcian havia forçado as pessoas a se tornarem do seu exército.
— Meus irmãos... — Zumar dizia arrasado, ele corre até o último local do campo de batalha em que eles apareceram.
— Zumar... — Lelouch diz com pena do que estava presenciando.
— Eu... Eu queria que tivesse sido eu... — Zumar dizia ajoelhado diante a espada e o escudo de Zumir.
A guitarra de Zumor, o arco e flecha de Zumer e as machadinhas de Cleber também estavam jogadas pelo chão sem nenhum sinal dos anões que portavam os equipamentos.
— Eu sinto muito, Zumar. — Lelouch dizia, se aproximando do anão.
— Tudo bem braço forte... Eles lutaram bravamente até o fim. — Disse Zumar, soltando um profundo suspiro triste. — Como verdadeiros anões guerreiros. — Dizia Zumar e Lelouch fica vendo aquela cena.
— Vamos pensar positivo Zumar, talvez eles não tenham partido dessa vida ainda. — Disse Lelouch e se aproximou, colocando a mão no ombro de Zumar. — Lembra que Marcian queria vocês vivos? Talvez eles tenham sido apenas capturados e estão esperando você para os resgatar. — Disse Lelouch, com um fino sorriso no rosto.
— Você está certo braço forte! — Zumar disse, mudando de humor de uma hora para a outra e mostrando esperança em seus olhos. — Vamos! Não temos tempo a perder. — ele pegou as armas de seus irmãos e as guardou com energia, da mesma forma que faz para invocar sua picareta ele fez as armas desaparecerem.
— Vamos? Tem idéia de onde eles foram? — Lelouch perguntou arqueando uma sobrancelha.
— Braço forte tem muitas perguntas e Zumar tem muitas respostas. — Disse o anão, colocando as mãos na cintura.
— E isso não responder a minha... Quer saber, apenas me mostre o caminho. — Disse Lelouch e Zumar afirmou com a cabeça.
— Por aqui! Vamos resgatar os valentes anões que desafiaram a todos em uma batalha épica! — Disse Zumar e foi caminhando na frente de Lelouch.
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