9 - O ASSASSINO DOS DEDOS
Eduardo acorda todo amarrado.
Suspenso pelos braços e com as pernas presas no chão.
O local está escuro e abandonado.
É uma antiga fabrica no bairro de Areias, no Grande Recife.
Sua última lembrança foi saindo do Shopping Rio Mar às oito da noite.
A sua boca está estuprada por um pano dentro dela.
Enfiado goela a baixo.
Câimbras bombardeiam seu queixo.
Ele olha para os lados, tudo está confuso, e escuro à sua volta.
Sua cabeça está latejando, como se tivesse levado uma porrada.
Há um janelão de vidro, que dá para ele ver uma parede medonhamente suja.
Eduardo tenta se soltar, é em vão.
O silêncio é quebrado com uma musica dos Anos 70.
"Rock and Roll", do Led Zeppelin.
O Vulto sai da sombra, como se passasse por uma cortina num show de Calouros.
Vai na direção de Eduardo dançando sensualmente a música... Lembrando mais o Liv tayler, do que o vocalista Robert Plant.
O homem tem estatura mediana, está sem camisa. Moreno. Olhos claros. Cabeça raspada. Musculoso, mas não atrofiado.
Usa uma calça legue preta e está descalço.
— Bom dia! — Continua dançando a música. — Sua voz é grossa, mas, desafina no final da frase. Soa estranha. De longe mostra uma foto de jornal.
Eduardo olha para a foto no jornal, mas, não entende nada.
Pelo menos não ainda.
— Ela fica muito bem na foto! — O assassino olha à foto, depois de mostrar para o rapaz.
Medeiros estampada na primeira página do jornal, no dia que ela agrediu o Sargento.
Eduardo frange a testa. E olha para o estranho.
— Você não a reconhece? Ela estava com você ontem!
Ele balança a cabeça negativamente.
— Você... Ontem... Estava num consultório. — Fala em pausas, parecendo um índio.
Eduardo abre os olhos mais que o normal.
— Eu sei que você estava lá e essa moça linda, estava também. Mas, a pergunta de um milhão de dólares, — O assassino fita dentro dos olhos do rapaz. -
— Você não se lembra quem é essa agente chamada Medeiros?
Eduardo balança a cabeça negativamente e observa, o homem se aproximando cada vez mais.
Um calafrio passa pela sua nuca e espinha.
O desconhecido continua se aproximando e solando uma guitarra invisivel.
Chega mais perto, espreitando, parecendo um leão, que está cercando sua presa.
— Bom. Mas, se eu disser que ela estudou no Ginásio Pernambucano há, vejamos, doze anos atrás, acho que é isso! Você ainda não a reconheceria — Mostra a foto de novo.
Eduardo olha a foto aterrorizado.
— E se ela fosse mais gordinha, e se chamasse Rafaelle?
Eduardo arregala os olhos!
"Rafaelle é a Agente?"
— Sim! Vejo que já entendeu que nós três somos amigos!
Eduardo balança a cabeça como quem pede socorro.
— Essa sua cara foi ótima. Mas, sim, somos amigos! Você não acha o mundo engraçado? — O estranho muda o assunto — Até chega ser interessante... Sempre colocarmos apelidos jocosos ou até infantis, para os nossos assassinos. vejamos, — Eles estão frente a frente e o assassino vai se apoiando com suas mãos nos braços pendurados de Eduardo e continua:
— "Biu do olho verde", "Veio do saco", "O papa Figo", desse eu tinha medo. Veja quento nome tosco! — Ele sorrir olhando para Eduardo e agora estão com os rostos quase colados. Parecendo dois namorados e o estranho continua dançando lentamente.
— Você ainda não está lembrando de mim né "Gute-Gute"?
Eduardo é tomado de um pavor inexplicável.
— Sim, meu amor, sou o John Lennon!
Eduardo tenta falar qualquer coisa, mas, o pano não deixa.
Os olhos de Eduardo gritam: "Impossível!", por que a pessoa na sua frente deveria está morta!
Seu pavor aumenta ao ver o fantasma vivo.
Sim! Um fantasma que os amigos prometeram deixar enterrado na memória.
— Mas, — Continua JL — Para os pernambucanos sou o Assassino dos Dedos. Isso por que, até agora, só apareceu um dedinho, mas, esse nome encheu minha cabeça de ideias.
John Lennon coloca as duas mãos no rosto de Eduardo, com o ápice da música acontecendo, ele vai levantando sua cabeça para cima, o quadril e pernas vão dançando, lentamente, fora até do compasso, mas esta viajando na melodia e dançando juntos com o final da musica.
Ele sente as vibrações do rock.
Eduardo pressente algo ruim, o som aumenta o volume, uma junção da guitarra com batidas secas nos pratos da bateria soam, os levando à um cena medonha, de um final horrendo.
Jonh Lennon, olha para Eduardo de volta, que está com seus olhos quase fora da órbita com o terror avassalador que percorre seu ser.
Ele tenta falar, justificar, mas...
RECEBE UM VIOLENTO BEIJO QUE LHE ARRANCA O LÁBIO INFERIOR FORA!
Eduardo urra de dor, e vai se mexendo como um pião preso no chão.
Ainda mastigando o lábio, e com a boca cheia de sangue o assassino sorri loucamente para a vítima, retornando para o escuro.
Depois, John Lennon coloca a música "Stairway to heaven"
https://youtu.be/D9ioyEvdggk
— Gute-Gute, sua pele continua macia, — John, vai falando da escuridão, que está atrás de Eduardo.
A vítima se desespera e continua gritando com sua voz tampada pelo pano.
O Sangue jorra da boca para seu corpo.
O assassino sai da escuridão segurando um martelo, pinça cirúrgica, bisturi e um prego grande para madeira, que são usadas nos barcos.
A linda musica continua soando com uma valsa tenebrosa e mortal.
— Calma Gute-gute. — John Lennon puxa do escuro um banco de madeira e calmamente coloca as ferramentas em cima dele.
— Você sabe o que fez e como usou sua língua para ferir.
Eduardo está chorando.
Implorando.
— Calma, shhh! — John Lennon tira o pano a força, e com a pinça cirúrgica, segura a lingua de Eduardo a puxando para fora.
Depois com uma habilidade magistral, coloca o prego sobre a lingua em cima do queixo e bate!
Eduardo se urina com a dor!
O golpe perfura a língua, mas, ainda não passou pelo osso do queixo.
Outra porrada de martelo no prego!
Eduardo morde sua propria lingua com dor.
Mais outra, agora com mais força!
O prego entra até a metade do queixo, John Lennon, segura Eduardo pela cintura, imobilizando todo o corpo e continua a bater até o prego entrar totalmente no queixo.
John Lennon, joga o martelo no chão e limpa seu rosto banhado com o sangue de Eduardo.
Depois ele pega um saco plástico pequeno, e o enfia goela a baixo, com Eduardo ainda se contorcendo de dor.
A vítima tenta fecha a boca, bloquear o plástico de lhe sufocar, mas, John Lennon pega o cabo do martelo e bate na boca, quebrando-lhe os dentes da frente, forçando o rapaz a engolir plástico, dentes e a saliva.
Depois ele pega o bisturi e faz uma seta começando pela ponta da língua até dentro da boca.
Eduardo se defeca de dor!
Está jorrando muito sangue pela sua boca, e ele, inutilmente, fica procurando ar para respirar.
O rapaz é socado na altura no estômago engolindo ainda mais seu sangue, saliva, dentes e antes de morrer sufocado, escuta Jonh Lennon dizer:
— Gute–gute, você vai levar a mensagem de John Lennon para nossa amiga.
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