Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

29 - MEMÓRIAS QUE MATAM

O silêncio na sala que fora usada para torturar Caetano é sepulcral.

Um desanimo e falta de fé misturados com desespero toma conta de todos ali dentro.

Caetano está desmaiado e as meninas choram em silêncio.

John Lennon chega no local.

Entra na sala e ver Caetano desmaiado.

Aproxima-se dele como um leopardo que espreita sua vítima, ele abaixa, para logo em seguida fazer um afago em seu rosto e ver que lhe fora tirado o dedo.

As três meninas se mexem sentindo uma presença maligna no recinto.

Sem fazer esforço, John ergue-se elegantemente e sai da sala, da mesma forma como entrou: Em silêncio. 

Ele olha em volta e ver o objeto que procurava... O dedo que está sobre um pano.

Perto de um furador... Pega-o e faz um carinho, depois o beija. Suspira. Coloca-o de volta no pano. E o guarda.

Suas memórias viajam para um passado recente... Lembra-se da primeira vez que se encontrou com Caetano, logo depois que voltou a Recife, para colocar em ação seu plano de vingança.

Ele já havia seguido Caetano vários dias e nessa noite, aconteceu o inesperado depois de muita espera: O namorado dele não foi ao encontro, aconteceu alguma coisa e não apareceu mais.

John viu Caetano desolado. Puxou conversa, ofereceu um drinque e conversaram bastante, trocaram telefone e depois cada um seguiu para um lado.

Uns dois dias depois conversaram por WhatsApp, que para surpresa de John, foi Caetano quem entrou em contato com ele.

— Carlos é o Caetano! Lembra-se de mim?

— Caetano?! Como poderia esquecer? Ainda hoje estou rindo! Você não existe! — Responde surpreso Carlos/John.

— Lógico que existo e estou ligando por que tenho dois ingressos para uma apresentação no Teatro Santa Isabel, da Orquestra Filarmônica do Recife!

— Sério? Que maravilha, mas e seu namorado? — Pergunta Carlos/John.

— Trabalhando! Ele está fazendo uma peça jurídica para defender um cliente e não vai poder ir! Não queria ir sozinho!

— Você não vai! E ele não se importa que vá acompanhado?

— Claro que não! Confiamos um no outro! Você disse que era de São Paulo, e não sei se conhece o Teatro Santa Isabel.

— Isso mesmo não conheço! Morei um período na Itália, mas, mau marido morreu, então escolhi o Recife para recomeçar minha vida.

—Trabalha com que mesmo?

— Com a arte! Sou um "Marchand"!

— Então você vai amar conhecer o Teatro Santa Isabel! — Anima-se Caetano.

— Ele é tão importante assim? — John Lennon conhece a história do teatro.

— O Teatro de Santa Isabel é um teatro com um genuína arquitetura neoclássica, da primeira metade do século Vinte brasileiro. Foi uma homenagem à Princesa Isabel.

— Interessante, comecei a gostar... E o que mais? — John realmente começa a ficar interessado pela inteligência de Caetano e a forma empolgada dele conversar.

— Bem, o Teatro recebeu visitantes ilustres como o imperador Dom Pedro II ou Joaquim Nabuco em suas campanhas pró abolicionista.

— Hum, aposto que o Teatro Santa Isabel já cantou o amor.

— Sim! Foi nele que Castro Alves conheceu o seu grande amor: Eugénia Câmara.

— Será que vou conhecer também meu grande amor nesse Teatro? — John sorri para Caetano que desconversa e rir timidamente.

Estava tudo indo conforme o combinado, Caetano estava mordendo a isca ou será que foi John que havia sido fisgado?

A noite chegou, Caetano já estava o aguardando na entrada do Teatro.

Na verdade, John nunca havia entrado nele, logo, ficou ainda mais fácil de se impressionar com a belíssima estrutura.

A Orquestra Filarmônica do Recife, única apresentação, estava como sempre inspirada.

Terminada a apresentação foram ao Recife Antigo, no Bairro do Bom Jesus,

Caetano ainda falava empolgado sobre a apresentação.

John escutava admirado, e fazia questão de ouvir Caetano falar mais coisa sobre o Teatro de Santa Isabel.

O quanto amava aquele local.

Era onde ele viajava no tempo e nos acordes.

Numa tarefa árdua, até por que o Brasil não tinha profissionais qualificados, como engenheiros e arquitetos ou mesmo os pedreiros e carpinteiros não tinham condições de executarem a obra.

— O Teatro Santa Isabel foi o primeiro Teatro a ser construído por civis.— fala Caetano, olhando os artesanatos sangria do Bom Jesus.

Os dois procuraram um bar e entraram pra conversar mais à vontade.

Eles sentaram e logo chegou um garçom.

— E sempre foi chamado de Teatro Santa Isabel? — John perguntou fomentando ainda mais a aula gratuita de história, e pediu ao garçom, um Dry Martine para Caetano e uma dose de uísque 21 anos para ele!

— Não! Começou a ser chamado do Teatro de Pernambuco, porém um pouco antes da sua inauguração, mudaram o nome para Teatro Santa Isabel. — Caetano provou o "Dry Martini", John achou um tempo no decorrer da explicação, para pedir um brinde.

— Um brinde à nossa amizade!— Comemora John.

— Sim! Não tenha dúvidas. — Eles brindam — Sei que o assunto está chato, parei.

— Estou adorando a conversa. Gosto de aprender! — John galanteia a sabedoria de Caetano.

— Você está gostando dessa conversa? Você é mais cara de pau que imaginava! — Caetano pergunta rindo.

— Lógico que estou! Não estou mentindo! — John Lennon sorrir.

— Sei que não está, mas vou parando por aqui..

John Lennon escuta Douglas chegando e volta, sai das lembranças, olhar o dedo de Caetano na sua frente, e recebe de Douglas, um abraço pelas costas.

— Amor, chegou faz muito tempo? — Pergunta Douglas apertando o abraço.

— Há uns vinte minutos. — Douglas, ao tentar dar um beijo em John, ele vira o rosto.

— O que está acontecendo? — Pergunta Douglas olhando para John Lennon.

— Você se lembra da primeira vez que me viu nu?

Douglas deixa de abraçá-lo.

— Isso de novo?! Não acredito que vamos voltar nesse assunto!

— Você,quando me viu nu, deixou-me na cama e saiu. Mas, poupei a sua vida, sabia que nunca foi fácil, nem pra mim, quanto mais para uma pessoa que iria me ver pelado pela primeira vez.

— Você quer, eu peço desculpas de novo.— Replica Douglas.

— Caetano, — Prossegue John — Foi o único que olhou para mim nu e não vomitou ou saiu de perto de mim, como se tivesse uma doença contagiosa ou fosse uma aberração, igual você fez! Ele foi o único que me entendeu e me enxergou!

Douglas fica em silêncio, ele sabia que John não gostava de ser interrompido quando estava falando, e parecia que estava absorto em seus pensamentos, viajando em cada frase que pensava.

— O que eu pedi a você? — John vira-se tão calmo quanto faz a pergunta e olha para Douglas que continua em pé por trás dele.

— Meu amor, você está tão perto de conseguir sua vingança com todos que te prejudicaram. — Douglas fala apontando para dentro do quarto. — Estamos próximos... E tenha certeza que faria tudo de novo por você... Até ser quebrado novamente por Medeiros.

John olha incrédulo para Douglas.

— Ele viu você!

— Oi?! Como é?

John Lennon suspira, e olha dentro dos olhos de Douglas.

— Agora, por sua causa, vou ter que matar Caetano! Não tenho como levá-lo vivo, seria muito arriscado dar errado e ele te identificar. — John aproxima-se de Douglas enquanto fala. Beija-o e pega a faca de caça presa na sua cintura e dar as costas.

— Você quer que eu...

A faca entra na carne macia do pescoço de Douglas, abaixo do "Pomo de Adão, e depois John, rasga-lhe os músculos do pescoço para fora.

— Eu detesto quando não fazem o que mando! — Grita John gesticulando com a faca e continua: — Eu detesto quando respondem com outra pergunta. — Douglas começa a se sufocar com próprio sangue. Bolhas de ar, são formadas enquanto balbucia o que não se pode entender, nem John queria saber o que ele falava.

Eu avisei que ele seria o último, te disse para não tocar nele. Mas, você com esse ciúmes de merda, não me escutou.—  John Lennon está ensandecido. Louco — Só, quem poderia tocar nele era eu! Somente eu! — Douglas vai ruindo. Desmoronando aos poucos.

Seus olhos com derrame, vermelhos, inundados com sangue, não param de fitar John Lennon e vão se fechando.

— E você, — Como se o estupor da ira estivesse passado, ele volta a falar polido e baixo. — Ainda  revelou sua identidade. O que deu em você? — Ele ajoelha-se a poucos centímetros de Douglas pegando no seu queixo. — Seu idiota ciumento. — O namorado cai sem resistência... Morto sufocado pelo seu próprio líquido vital.

John Lennon levanta e observa o mar de sangue envolta de Douglas.

Ele não aceitava insubordinação, principalmente por algo tão mesquinho igual ao ciúmes.

A morte era sublime demais para ser relegada a esse sentimento.

– Você assinou seu atestado de óbito quando tocou nele... Isso não fazia parte do nosso acordo. — John Lennon limpa a faca na perna e faz uma ligação.

— O que você quer irmão? — Questiona a voz do outro lado.

— Matei o Douglas!

— Como é?! Por que? Você esta louco?— Surpreende-se o irmão de John Lennon.

— Não me chame de louco novamente. Não sou. Ele tirou a máscara e mostrou o rosto para Caetano.

— É ser muito idiota. Filho da...

— Vou precisar de você aqui para darmos continuidade no plano.

— O que você vai fazer agora? Estou sabendo que Aloísio liberou Medeiros para dormir em casa.

— Ótimo! Vou deixar um presente para ela! E irmão... Obrigado!

— Ainda não me agradeça, ainda não concluímos o que vamos fazer!

— Mesmo assim... obrigado! — John termina de agradecer o irmão, pega o dedo, procura o furador e calmamente vai tornando-os uma só peça de arte, uma escultura grotesca e de horror.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro