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Martírio

"...Ya no hay vuelta atrás
No puedes escapar del fuego a tus pies
Y en la oscuridad te perderás..."

The Warning


"A escuridão pairava sobre Lashbury, e a cidade antes ensolarada, estava alertando a vinda de uma tempestade carregada e tormentosa.

Lembrei-me de Elizabeth, do seu abraço acolhedor e tão seguro.

Lembranças tortuosas, que insistiam em colidir com meus pensamentos atuais, ligando uma volta a outra e me fazendo refletir sobre a vida em questão.

Desde a morte do meu pai, me sinto vazia, desmerecedora da felicidade terrena e um para raio de martírios, no sentido figurado.

Preferi acatar as ordens de Roman, dessa vez. Não queria ter que dar mais choques em ninguém.

Eu tinha um plano melhor em mente, e precisava estar sozinha no apartamento para conseguir ter êxito na execução dele.

Sentei-me em frente ao quadro de cortiça em posição de meditação com um caderno e canetas de cores diferentes, fechei os olhos e respirei fundo três vezes antes de finalmente entrar em um estado de mente vazia e tranquila.

Ariah Becker, auge da carreira, morte no dia do aniversário, meu nome, mulher, colega de quarto problemática que sumiu.

Tália Urdiales, mãe e dançarina, morte no dia do aniversário, contato comigo, mulher, fugindo de gangue mexicana por causa do ex-marido.

Gália e Gamma Hahn, gêmeas, filhas da ex-prefeita Florence Hahn que foi assassinada, eu escrevi a matéria, mulheres.

Com a caneta preta escrevi as informações presentes no quadro, sublinhei as que se assemelhavam com a caneta vermelha, e com uma verde circulei as relações estranhas que cercavam as vítimas, e as possíveis também.

Com um pouco de paciência e cautela, organizei cada situação no caderno, e consequentemente surgiam perguntas não respondidas. O caso estava raso e carente de tais informações, não cabia a mim respondê-las, mas cabia a mim explorá-las.

Sei que está se perguntando por que não fiz isso antes, e é totalmente provável que esteja achando Roman um desprovido de tamanha inteligência, mas não o julgue tão precipitadamente, um delegado só para uma cidade inteira tomada por destruição não é fácil, ainda mais com um caso desse porte.

As perguntas que não queriam calar eram, por onde anda Sybil desde o interrogatório? Tália estava ou não envolvida com a gangue? Qual a ligação das gêmeas com o assassinato da mãe? E, por que, de todas essas, eu acabo estando envolvida?

E dessas perguntas, iam surgindo mais e mais.

Sybil foi uma isca ou uma cúmplice? Como era a relação de ambas? Se Tália não tinha envolvimento, por que fugiu? O que a motivou a vir sozinha, e justamente, para Lashbury? As gêmeas não tiveram contato direto comigo na época, já que eu não quis entrevistá-las, então, por que estão envolvidas nisso agora, indiretamente falando? O que motivou ambas a continuarem aqui?

Das perguntas básicas, às mais complexas, e todas sem exceção, sem respostas.

Respirei fundo três vezes novamente, e com uma caneta azul, escrevi as minhas hipóteses e possíveis teorias.

Sybil pode ter fugido por estar envolvida, ou foi morta por saber ou ter visto algo. Mas por que iriam matar uma drogada? Se ela estivesse sob os efeitos dos alucinógenos, provavelmente não lembraria de algumas coisas.

Tália não era envolvida, mas algo externo fez com que ela precisasse abandonar seus familiares e vim se esconder aqui em Lashbury. Como ela escolheu este lugar? Provavelmente ela deveria saber que envolvendo dinheiro, a gangue iria atrás dela em qualquer lugar. E como ela morreu tão repentinamente se ela estava estável enquanto estava a caminho da delegacia?

As gêmeas foram escolhidas por já terem tido contato indireto comigo, ou por já terem histórico de vítima de homicídio na família. Será que descobriram algo acerca da morte da mãe? Provavelmente imaginavam que foi um crime por política, mas seria apenas isso?

Espera só mais um pouco, logo, eu e você teremos todas essas perguntas respondidas, ou sua maioria. É uma promessa que te faço.

Possivelmente você pensou em utilizarmos o SSI-CP para encontrarmos Sybil, mas Roman o levou de volta para a delegacia. É um instrumento de extremo perigo em mãos erradas, se é que me entende.

Levantei-me do chão, e tranquei o caderno na gaveta da mesinha do abajur, a famosa mesinha de mogno escuro que está entre o sofá e a poltrona.

Olhei o relógio de parede que ficava acima da porta de entrada, e vi que já passava das seis da tarde.

Não comi nada o dia inteiro e malmente senti fome, realmente, fiquei extremamente focada em resolver o caso, apesar dos apesares.

Eu precisava de algo para me dar energia, então, por que não uma música? Fiquei dividida entre The Warning, Metallica, Gun's e Queen.

Peguei um disco aleatoriamente e coloquei para rodar, seja qual fosse a música, hoje o dia ia ser meu."


*


— Sua maluca, abaixa isso! — Jasper disse colocando a cabeça na porta.

— Que chato você.

— Anda logo, abaixa. — Ele ordenou.

— Ou o que?

— Não me faça ir aí, Stella.

— Ah, acho que você vai ter que vir aqui sim... — Provoquei o meu amigo.

— Não acredito nisso. — Ele entrou, e tirou o disco.

— Qual é, ruivo!

— Assim você não contribui com a minha evolução espiritual, caralho. — O tenente resmungou e voltou para o posto.


*


"Que chato ele, mas tinha razão. Enfim, aproveitar não deu muito certo, então a única coisa que eu pude fazer, eu fiz.

Eram quase onze da noite quando Roman chegou em casa, e eu estava assistindo um filme de terror na tv da sala."


*


— Que susto da porra! — Esbravejei quando o rapaz colocou a cabeça sobre o sofá.

— Então não devia assistir à essas merdas uma hora dessa, né.

— Ei, calma aí bonitão. Por que está tão neurótico? — Questionei, me sentando.

— Hoje foi um dia dos infernos!

— Café?

— Sim, por favor. — Ele se jogou na poltrona, enquanto fui buscar a xícara de café.

— Obrigada.

— Tranquilo, agora me diz, o que houve na delegacia?

— Três chamadas de assalto, cinco de falso testemunho...

— É, realmente, foi um dia dos infernos.

— Sybil foi encontrada morta, em Sparkles.

— O que?! Sybil da Ariah?

— Isso. — Afirmou enquanto dava um breve gole no café.

— Mas que... merda!

— Overdose acidental, sem possível sinal do Astrólogo, até então.

— Isso está muito estranho. Aconteceu algo mais?

— Susan foi até lá novamente, ela me falou sobre um bilhete que a Ariah recebeu horas antes, e de um rapaz, Andreas Draviar. Esse era um dos pupilos novos da senhorita Becker, e ele foi um dos últimos a vê-la ainda com vida. O interessante, é que na perícia não foi descoberto nenhum bilhete.

— E por que ela não disse isso meses atrás?

— Ela disse que tinha medo do que poderia acontecer se ela abrisse a boca, alguma coisa assim.

— O que mais? — Disse abrindo o meu caderno.

— O que é isso?

— Apenas continue, Roman.

— Não existe nenhum Andreas Draviar, seja quem foi, inventou um nome falso. Ele é quem estamos procurando.

— Puta que pariu! — Murmurei.

— A mãe da Tália levou um bilhete deixado pela filha antes de vir pra Lashbury, e interroguei as gêmeas Hahn.

— O que dizia o bilhete?

— "Mãe, queria poder trazê-la comigo, mas a gangue Vanguejo está atrás de mim desde que Carlos Manuel começou a fazer dívidas. Meu pequeno Javier ficara mais seguro com a senhora, e longe de mim. Apareceu uma casa disponível em um lugar chamado Lashbury, é longe daqui. Se eu morrer, não venha atrás de mim, e fuja para longe, de preferência, vá para a Rússia que é um lugar improvável de encontrarem vocês. Queria poder ter dito isso pessoalmente, mas as chances de nos encontrarem seriam maiores". Foi algo assim, mais ou menos.

— Já foi dois coelhos em uma cajadada.

— O quê? — Indagou com curiosidade.

— Continue, depois te explicarei.

— As gêmeas ficaram bastante confusas, e estão bem diferentes.

— Como assim?

— Desde a morte de Florence, elas ficaram estranhas, os olhares mudaram. Como se fossem até o inferno e voltassem.

— Hum, será que estão com algum problema? É normal que depois de um evento traumático algumas pessoas passem a se afogar em vícios.

— É, pode ser. A ex-prefeita estava envolvida com lavagem de dinheiro, e parece que ela tentou sair por cima de um dos sócios, foi descoberta e mandaram assassinar. As gêmeas podem ter começado a usar alguma substância ilícita.

— Vocês prenderam um deles, não foi? Digo, um dos sócios.

— O governador mandou liberar. — Seu tom de voz saiu com uma pitada de raiva.

— Jura?

— É, ele veio até aqui pessoalmente ordenar que liberássemos o suspeito.

— Então, possivelmente também estaria envolvido?

— Não sei, Stella. Suponhamos que sim, o que eu poderia fazer? Não tínhamos provas concretas, e ele poderia me exonerar do meu cargo.

— E onde estão as gêmeas agora?

— Prédio C7, Sticklehaven. Ordenei que o Tenente Mako cuidasse disso, achei melhor prevenir.

— Preciso organizar o quadro com as informações novas. — Disse me levantando e indo até a parede da sala.


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Ariah Becker, primeira vítima, vinte e cinco anos, supervisora de finanças

-Causa da morte: Esquartejamento

-Possível suspeito: Suposto 'Andreas Draviar'

-Data de falecimento: Sete de abril

-Observações: Sybil foi encontrada morta em Sparkles, overdose "acidental".

=

Tália Urdiales, segunda vítima, vinte e oito anos, dançarina

-Causa da morte: Envenenamento

-Possível suspeito: Não identificado

-Data de falecimento: Quinze de maio

-Observações: Envenenamento suspeito, traidor na delegacia?

=

Gália e Gamma Hahn, possíveis vítimas, vinte e dois anos, relações internacionais

-Observações: Mãe assassinada, Stella cobriu parte da matéria.


<>


— Por enquanto é só.

— O que quis dizer com traidor na delegacia, Stone? — O tom frio e rouco ecoou na sala escura.

— É uma teoria que desenvolvi hoje. Pense comigo, Roman, se ela estava estável quando vocês a resgataram, e não tinha sinal algum de nenhum sintoma tipo febre, ou sudorese excessiva, como foi que ela faleceu? A não ser que o veneno tivesse sido aplicado quando ela já estivesse na delegacia!

— Essa é uma teoria arriscada, muito arriscada!

— Eu sei, mas, se o Astrólogo tivesse se disfarçado? — Indaguei com confiança.

— Não, só a minha equipe e a médica especializada do departamento teve acesso a ela, e eu conheço-os bem, seria impossível! É um ultraje! Meu Deus.

— Não dá para confiar em mais ninguém, delegado.

— Por que me irrita você estar certa? — Sentindo a derrota, ele se sentou novamente na poltrona.

— Ego ferido ou você saber que estou certa, talvez. Agora, me diga quem faz parte da sua equipe, por favor.

— Sargento Smith, Aspirante Cruz, Tenente Mako, Tenente Miller, Capitão Casey e Capitã Reston. — Apoiando a cabeça nas mãos, ele continuou — Todos trabalham comigo há anos.

— Você sabe se eles têm álibis?

— Todos estavam na minha sala, apenas Jasper que foi ao banheiro.

— Tem como provar?

— Claro que sim, por toda delegacia tem câmeras de segurança. Então, se ele realmente foi ao banheiro, temos como saber.

— Ótimo, confirme isso.

— Está mesmo desconfiando de que Jasper é o traidor? Puta que pariu, só estou fazendo isso porque tem um mínimo de lógica, mas não pense que não sei fazer o meu trabalho.

— Como eu já disse, não podemos confiar em ninguém. E eu sei muito bem que sabe fazer o seu trabalho, só me deixe ter esse momento. — Disse a última parte em um tom mais brincalhão para quebrar a tensão.

— Vocês não se conhecem a maior parte da vida? Acha mesmo que ele pôde ter feito isso?

— Tenho que ser imparcial.

— Pode confirmar o que eu disse com o Tenente Mako, a essa altura, ele já deve ter trocado de turno com o Miller.

— Não preciso confirmar nada.

— Pensei que tinha sido você que disse que não devíamos confiar em ninguém.

— É diferente. — Nossos olhos se encontram, e ambos pudemos sentir uma faísca percorrer seus corpos.


*


"Encerramos a discussão e fui para meu quarto. Naquela noite, algo me incomodou profundamente, e eu sabia que no momento mais inoportuno, a bomba iria estourar, e eu iria explodir com ela."










Notas da Autora

Revisão Concluída

Olá, tudo bem? Espero que sim.

Não se esqueça de comentar e curtir!

Obrigado se leu até aqui, sucesso e beijinhos! 🖤✨

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