22- Estamos indo bem
CAPÍTULO VINTE E DOIS
"Estamos indo bem"
♦ ♦ ♦
Após receber o papel do Sargento Alvim, Jean pediu que ele se retirasse, e assim o fez, continuando a realizar suas investigações do caso. Com o testamento em mãos, o homem deu um suspiro ao encarar para aqueles quatro pares de olhos aflitos e ansiosos.
— Bem — ele começou a falar, examinando primeiro as palavras escritas naquele documento — esse é um testamento particular, mas não é oficial. Falta aqui o espaço para as testemunhas, que não foi preenchida por algum motivo.
— Mas não diz o que ele pretende deixar para cada um? — William questionou, curioso.
— Diz, sim — respirou fundo e começou a ler o testamento, que continha os seguintes escritos. Sua voz era alta e firme. Sem manifestar qualquer tipo de reação com seu conteúdo:
"Eu, Leandro Magno Nunes, livre de qualquer induzimento ou coação, resolvo lavrar o presente testamento particular no qual exaro minha última vontade, pela forma e maneira seguinte:
PRIMEIRO: Deixo para Alan Ricarte Nunes e Isaque Vidal Nunes, uma casa situada na rua Patrício Moraes, incluindo toda a sua mobília, em Cabo Frio-RJ. Por ocasião de minha morte.
SEGUNDO: Deixo para Joyce Pereira Freitas, um carro da marca Honda Civic FLEX, cuja placa é CTX 7889.
TERCEIRO: Deixo para meu filho, Natan Steinberg Muniz, todo o restante que compõe a minha parte disponível, por ocasião da minha morte. De modo a tentar reparar a minha ausência durante todo esse tempo"
— Quê? — William foi o primeiro a exclamar, com os olhos arregalados — Ele vai deixar todo o resto pro Natan?
— Mas o que significa todo o restante que compõe a minha parte disponível? — A mulher questionou para o militar a sua frente.
— Com exceção da casa em Cabo Frio e o Honda Civic, tudo o que antes pertencia a Leandro Magno, agora, passaria para Natan — Foi Vinícius que respondeu, respirando fundo.
— Mãe — o garoto falou, finalmente, sem piscar — além da casa de Cabo Frio, ele também aluga uma em Salvador e outra em Blumenau. E em Ouro Preto, possui um sítio avaliado em quinhentos mil reais!
— Faz sentido — Estela admitiu — A família dele tinha algumas posses. Deve ter herdado uma quantia boa.
— Mas, se eu não me engano, esse documento não vale de muita coisa. Apesar de conter a assinatura do Comandante, o espaço para as testemunhas está em branco. Não foi devidamente validado.
— Ora, mas se quiser, temos as testemunhas aqui! — William falou, eufórico.
— Isso devia ter acontecido com ele em vida — O Aluno informou — Mas ainda assim, não vale de tanta coisa. Pela lei, é obrigatório que os herdeiros naturais, como cônjuge e filhos, recebam, pelo menos, cinquenta por cento dos bens. Isso significa que a Carmen deveria estar incluída. Esse documento não vale de nada! Nem oficializado está!
— Mas, se ele diz que deixa uma boa parte de seu patrimônio pro Natan — o homem negro argumentava, pegando o papel e o examinando — algo pode ser feito!
— Espera aí! — O tenente exclamou, com os olhos estreitos. Virou-se imediatamente para Estela e lhe apontou com o dedo indicador — Lembro bem quando disse que não queria o dinheiro de Leandro!
A mulher engoliu a própria saliva imediatamente. Demorou alguns segundos para dizer alguma coisa. Estava desnorteada. De repente, recebeu uma informação inesperada demais e não se sentia pronta para manifestar qualquer opinião naquele momento. Mas Jean exigia uma resposta. Todos naquela sala exigiam.
Ela respirou fundo e se sentou. Sua cabeça começava a latejar de dor. Mordia os lábios e comprimia os dedos das mãos compulsivamente. Seu coração ainda batia acelerado.
— Eu não sabia que ele daria tanto dinheiro assim para Natan — Estela falou, com as sobrancelhas arqueadas — Achei que, se ele deixasse alguma coisa, seria por remorso, para mostrar pra mim e eu tentar me reconquistar, não sei... Mas se ele deixou tudo isso, então, talvez...
— Talvez ele estivesse realmente disposto a tentar recompensar, da forma que podia, a sua ausência durante o tempo que esteve ausente — Dantas completou, adivinhando o pensamento da mulher.
— Pois é! — Ela exclamou, sentando-se na poltrona atrás e levando a mão no rosto. De seus olhos, começavam a cair mais lágrimas — Se eu pegar todo esse dinheiro, meu filho vai poder realizar seu sonho de estudar no exterior!
— Como é? — Vinícius disse, voltando-se para seu colega — Nunca me disse isso.
— Nunca conversamos sobre isso — respondeu, com os braços cruzados — Eu já estava conformado com a ideia de continuar na faculdade que meu pai me conseguiu. Mas sempre sonhei em cursar Engenharia na Universidade de Toronto!
— Apesar de não compensar a falta que ele fez, isso já ajuda e muito! Se é direito do meu filho realizar esse sonho, por que não? — A mulher falou, exaltando um pouco a voz enquanto gesticulava com as mãos.
— Essa é uma questão que não cabe a mim — o tenente falou, bufando — mas a Senhora Carmen não é uma mulher divorciada, e sim viúva. O processo de divórcio ainda não havia chegado ao fim. Portanto, esse testamento não poderá ser seguido à risca.
— Ele tem razão, amor — William disse, passando a mão nos ombros de Estela, que suspirou.
— Bem, a gente pode ver isso — Ela disse, virando-se para o marido — Mas se não der certo, tentamos.
— Pois é — O jovem assentiu, jogando seu corpo no sofá do pequeno cômodo. Com o cenho franzido e um bico no rosto, Natan bufou, decepcionado.
— Oh, meu filho — a mulher juntou as sobrancelhas e se sentou ao lado do rapaz, segurando suas mãos ásperas — sabe que farei de tudo para lhe ajudar a alcançar esse seu objetivo. Nem que seja o mais perto disso.
— Quem faz a escola é o aluno — William declarou, com as mãos na cintura — Se você se dedicar nessa faculdade em que está, vai se destacar e conseguir um bom emprego.
— Ele tem razão, filho — a mulher disse com sua voz doce, mostrando um belo sorriso acolhedor para o garoto — Sei que é capaz de conseguir algo. Agora que sou diretora, vou poder pagar uma faculdade que lhe ofereça ainda mais recursos e oportunidades!
Jean Smith estreitou os olhos para os dois. Entendia perfeitamente a situação, mas não sabia dizer se eram sinceros naquilo ou Estela apenas utilizava suas habilidades de boa atriz.
— Obrigado, mãe! — Ele disse, parecendo um pouco mais feliz e os dois se envolveram em um abraço que logo foi desfeito — Mas você sabe que não é bem assim que as coisas funcionam. Nós, negros, precisamos nos esforçar mais para conseguir as coisas. Um cara branco, com o mesmo nível de educação que eu, continua tendo mais oportunidades.
— Bom, sendo assim, acho que já podem ir fazer o que bem desejarem — O oficial anunciou, em alto e bom som — Só permaneçam em condições de serem acionados.
— Oh, tenente! Só, por favor, deixe-me ciente de qualquer informação sobre o assassino de meu pai! — Natan pediu com os lábios comprimidos e uma expressão que remetia ao choro — O que mais quero é ver o culpado disso tudo na cadeia!
— Quero o mesmo, Steinberg! — Ele disse, por fim, dando as costas para o filho da atriz e indo em direção a porta. Girou a maçaneta e abriu, partindo dali. Vinícius o acompanhou logo em seguida.
Após ficar em uma distância considerável da sala de Relações Públicas, o tenente Smith parou de andar, permanecendo imóvel com as mãos na cintura. Jogou a cabeça para trás e deu um longo suspiro.
— Mais essa agora! — Ele exclamou, virando-se para o Aluno novamente, que o encarava erguendo uma das sobrancelhas — Ele preparou um testamento!
— O testamento não estava pronto, na verdade — ele corrigiu, mordendo os lábios.
— Quem prepara um testamento, normalmente, é quem acha que vai morrer em breve. Correto?
— Ele estava prestes a participar de uma operação bem perigosa — O Aluno rebateu — Aliás, ele sempre viveu cercado com os riscos de ser da Polícia do Exército. Ainda mais o Comandante de um Batalhão. Todo mundo sabe que o militar, aqui no Rio, não pode nem andar fardado para não correr o risco de ser vítima pelo ódio de algum marginal...
— Não sei... Ele apresentou sintomas de depressão! Será que...
— Ele mesmo injetou o veneno em si? Talvez. Mas não podemos nos esquecer daqueles remédios que ele usava. Nem desse testamento.
— Verdade! — Ele arregalou os olhos, dando um sorriso de canto — Vamos até lá, Dantas! Precisamos ver esses remédios. Pode ser que alguém tenha adulterado as substâncias!
— Brasil! — Exclamou, assentindo.
— Mas antes, estou com fome — ele disse e os dois riram logo em seguida, em um momento de descontração — Vamos tomar café porque o Rancho já vai fechar.
Os dois quase não discutiram nada durante a refeição. Estavam famintos e com sono. Afinal, não haviam dormido aquela noite. Antes de sair do refeitório, a figura da mais alta autoridade viva se fez presente.
Jean arregalou os olhos e logo se pôs de pé, mas o gesto do Tenente-Coronel César com as mãos indicava que não havia necessidade de tal formalidade. E então, o homem se sentou novamente. Ele vestia trajes civis.
O oficial superior se aproximou dos dois, puxou uma cadeira e se juntou naquela mesa.
— E então — falou, erguendo as sobrancelhas — Como está o caso?
— Estamos indo bem, subcomandante! — Respondeu-lhe rapidamente, quase tropeçando nas palavras — Falta interrogarmos algumas pessoas, mas ainda estamos em processo.
— Ótimo — ele disse, franzindo o cenho — daqui a pouco, a imprensa estará aqui. Quero que esse caso seja solucionado o quanto antes. Eu serei o responsável pela Operação da semana que vem e, se descobrirem que não temos o assassino, um caos ainda maior pode se instalar... Agilize isso!
— Sim, senhor comandante! — Ele disse, engolindo em seco.
— Tenente-Coronel — Dantas, com os olhos estreitos, resolver falar — o senhor pretende fazer alguma mudança no planejamento da Operação?
— Obviamente! — Ele disse, bufando. Pegou com a mão esquerda um copo plástico que existia na mesa e o encheu com a garrafa térmica — Aquilo lá não me parecia nada bom. Magno podia até ser um militar caxias, mas em conhecimentos estratégicos, ele é péssimo! E é bem cabeça-dura! Só não fez mais loucuras porque eu não deixei!
Jean se virou para o Aluno imediatamente e logo os dois fitaram com atenção o Oficial superior bebendo seu café. Ele era um homem grande, alto e muito musculoso. Parecia ser bem mais jovem do que realmente era.
— E o senhor não se lembra de nada suspeito que o Comandante falava? Se ele sofria alguma ameaça... Ou se passava alguma situação complicada na família...
— Magno não fazia questão de me contar nada que não fosse estritamente profissional. Mas eu cheguei a falar com ele em relação aquele Aluno... O Steinberg. Quase todo dia ele o levava pro seu escritório. Era estranho, até. Muito estranho! Eu já perguntei, mas ele sempre desconversava.
— O senhor se formou junto com ele, né?
— Isso. A gente fez AMAN juntos, mas nunca fomos amigos. Ele sempre teve mais pontos que eu e, por isso, é mais antigo. Depois que nos formamos, a gente só foi se ver quinze anos depois. Aqui mesmo, no Rio.
— E ele nunca falou pro senhor sobre o Steinberg?
— Ele nunca falou comigo sobre nada! — Disse, cruzando os braços — Mas aquele garoto... Ele me lembra muito o Magno. Se eu estiver certo, são pai e filho.
Os dois se entreolharam por um instante, deixando o homem falar enquanto se recordava dos momentos em que seu colega vivia.
— O senhor está certo. Eles são.
— Ah, eu sabia! — Ele disse, dando uma gargalhada vitoriosa que deixou Jean e Vinícius sem reação — Provavelmente, comeu alguma vagabunda na época que o cobrava pra não contar a esposa dele que tinha um filho!
— Na verdade, Comandante, ele não sabia da existência desse filho. Foi ela quem escondeu. Ser pai era o que o Tenente-Coronel mais almejava.
— Ah! — Ele exclamou, corando as bochechas, visivelmente envergonhado por aquela indelicadeza — Que tenso!
— É... — Vinícius dizia, tentando cortar o clima perturbador que se instalou naquele momento — Onde o senhor esteve ontem, Coronel? Em sua casa?
Ele se virou para o garoto encarando-o com um olhar reprovador. Franziu o cenho, uniu as sobrancelhas e trincou os dentes. Dantas logo se arrependeu do que havia dito. Seu coração bateu mais acelerado.
— Tá me achando suspeito, garoto? — Vociferou e a veia de sua testa sobressaiu — Era o que me faltava!
— Na verdade, senhor comandante — Jean falou, engolindo em seco, em uma tentativa de acalmar o homem furioso em sua frente — estamos perguntando pra todo mundo isso. Só pra controle. E também, quem sabe, o senhor não viu o assassino?
— Ah, entendi — Ele disse, parecendo mais calmo. Ergueu uma das sobrancelhas, voltando ao seu lugar. Dantas deu um longo suspiro — Mas não poderei ajudar. Afinal, nem estive aqui. Fui ao Teatro ArteShow assistir a um musical. "Serra Mágica" o nome. Cheguei tarde em casa.
Jean e Vinícius se entreolharam de novo, com os olhos arregalados. O mais novo sacou rapidamente seu celular e selecionou, na tela, uma foto de William e Estela.
— O senhor reconhece esses dois? — Ele perguntou, mostrando-lhe a imagem.
O homem afastou-se um pouco, para poder enxergar melhor. Estreitou os olhos e tentou pescar na memória a face de algum deles.
— Acho que eu os vi, sim. Foram lá na frente, no palco. Se não me engano, essa foi a mulher que se apresentou como diretora do espetáculo.
— Que horas, mais ou menos?
— Foi no final da peça. Meia noite, eu acho... Por quê?
— Ela é suspeita. É a mãe de Steinberg! — Ele disse, guardando seu aparelho.
Os olhos de César Foster arregalaram e ele deu um longo suspiro.
— Nossa! — Ele exclamou, por fim, levantando-se em retirada — Boa sorte pra vocês, então!
Quando o militar mais velho partiu, os outros dois puderam respirar aliviados daquela presença.
— Ele se incomodou demais — Dantas comentou, intrigado — Mas nada que não seja da personalidade dele.
Os dois deram um breve suspiro.
— Vamos. Bote o paisano! — O homem exclamou, lembrando-se do que planejavam fazer antes da conversa com a família Steinberg — Precisamos ter uma conversa com Joyce Freitas.
O rapaz assentiu e, de lá, os dois partiram para seus respectivos aposentos. Tiraram a farda que vestiam e colocaram o traje civil. Não demorou quinze minutos para estarem prontos na frente do Batalhão.
Antes de partirem, Jean Smith checou as anotações referentes aos suspeitos.
"Só mais três" pensou ele, guardando o aparelho no bolso da jaqueta novamente.
Ambos caminharam até a Vila pelo caminho normal.
No caminho, avistaram a Bandeira Nacional que fora hasteada enquanto faziam o interrogatório. Não estava no topo, como de costume, mas no meio do mastro, indicando que aquele quartel estava de luto.
Passaram pela Portaria e não perderam tempo. Foram direto para o apartamento onde residiam Alan e Isaque Nunes.
Ao chegar no andar correto, pode-se ouvir os ruídos provocados pelos moradores do apartamento que entrariam. Vinícius podia identificar todas aquelas vozes.
Jean bateu a porta cinco vezes até ser atendido pelo dono da casa. O homem alto de cabelos claros abriu, solicitando que os investigadores entrassem naquela moradia. Seu cenho estava franzido e a respiração estava pesada, enquanto as veias de sua testa saltavam.
Era evidente que estava em uma discussão moderada, e quando Dantas percebeu a presença de Carmen, Estela, Natan, William, Joyce e Vicente, deduziu corretamente sobre o que se tratava.
— Chegou na hora certa! — O anfitrião disse, usando palavras carregadas de sarcasmo, fechando a porta assim que o militar mais moderno adentrou.
— Não entendi a ironia! — William exclamou, com amargura — Achei que tivéssemos chegado em um acordo
— E chegamos — A sobrinha de Leandro falou, pondo as mãos na cintura — Primo, só precisamos de você para que a decisão seja unânime.
— É isso, é? Agora eu sou o vilão? — Ele disse, esticando os lábios e erguendo uma das sobrancelhas — Tudo bem. Não faço questão desse dinheiro mesmo. Foi a vontade do meu tio, né?
— Ei, calma aí! — Jean disse, entoando ainda mais a sua voz — O que está acontecendo aqui?
— Só estamos tendo uma discussão saudável sobre o testamento que Leandro fez — Carmen respondeu, com a feição ainda abatida.
— Mas já? O homem morreu faz o quê? Doze horas?
— Não nos entenda mal, tenente! — William se aproximou, pondo a mão esquerda no ombro do homem — Nós chegamos aqui para prestar nossas condolências, acabou que chegamos no assunto nesse exato momento. Nada demais!
— Pois eu acho um absurdo discutir qualquer coisa antes de descobrirem o culpado! — Natan vociferou, levantando-se do sofá.
— Eu pude ouvir a discussão do corredor — Vinícius ponderou, cruzando os braços.
— Dantas, pode acreditar. A gente começou a tocar nesse assunto agora — seu colega disse, encarando o Aluno no fundo dos olhos. Ninguém discordou.
— Ele tem razão — Alan admitiu, bufando — Primeiro a Joyce chegou com o Vicente — disse, apontando para o casal em um dos sofás — A gente ficou aqui trocando uma ideia, comentando sobre o ocorrido — depois, virou-se novamente para a Steinberg — Depois, chegaram eles. A gente tomou um café e começamos a conversar sobre tudo, lamentar as perdas, etc. E só agora que o assunto do testamento veio à tona. E eu confesso que me exaltei um pouco sim.
Imediatamente, Vinícius fitou a mesa. Os farelos de bolo, as marcas do líquido e as canecas sujas na pia indicavam que ele falava a verdade. Quase não percebeu a ausência de uma figura bastante importante.
— Espera! — Ele exclamou — Cadê o Zack?
— Oh! — Carmen falou, com os braços apoiados na mesa — Assim que vocês saíram, a Astrid chegou. E então, ela desceu com o Zack pra ficarem conversando. Ficaram uma hora e pouca batendo papo, até que ela foi embora e ele ficou aqui. Foi quando Joyce chegou. Ainda pouco ele voltou pro Batalhão. Achei que tinham visto ele...
— Espera! Como? — Jean indagou, franzindo o cenho — Isaque foi pro Batalhão? Por quê?
— Não sei. Ele só disse que ia pro Batalhão — ela falou, levantando as mãos, em redenção. Seus olhos se arregalaram.
— E outra: Por que Astrid foi embora? — Vinícius questionou, indignado.
— Ah, a gente disse pra ela que precisava ficar! — Foi o Tenente Alan que falou — Mas mesmo assim, ela pegou as coisas dela e foi embora.
Vinícius respirou fundo. Dois suspeitos sumiram de repente. Algo precisava ser feito. E ele não podia perder o controle da situação.
— Está bem — Smith se pronunciou — Joyce, acompanhe Vinícius. Ele vai te fazer algumas perguntas. Eu vou atrás do Isaque.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro