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11- O Dia

CAPÍTULO ONZE

"O Dia"

♦ ♦ ♦

"O DIA"

O serviço daquele sábado parecia que ia começar tranquilo como sempre. O 1º Tenente Smith grifou, na Parada Diária, todas as recomendações necessárias para os soldados-recrutas, dizendo a eles tudo o que aconteceria.

Nada além do que todos já sabiam: não pode dormir na hora errada, não pode tirar nenhuma peça do fardamento, deve prestar bastante atenção no seu posto, entre outras regras já conhecidas. Ele também mandou a Sargento Kelvin recolher todos os celulares dos soldados, para que não houvesse risco de distração da parte deles.

Após as orientações, era a hora de o oficial e os sargentos fazerem uma inspeção no uniforme de cada soldado e cabo presente. Era primordial que todos estivessem com a melhor farda. Afinal, o pessoal de serviço é sempre o primeiro a ser visto por alguém de fora. Era importante, para zelar a imagem do Exército, que todos estivessem bem apresentáveis.

O Soldado Vitor estava lá. Suas vestimentas não eram as melhores. Seu coturno não havia sido polido recentemente, sua barba estava por fazer e nem sinal de seu cabelo ter sido cortado. No entanto, mesmo não fazendo muito esforço para ser bem visto, sua aparência parecia muito melhor que a de dias atrás, em que só andava curvado, com olheiras fundas e péssima postura.

Quando a Terceiro-Sargento Kelvin se aproximou dele, para revista-lo, ele estufou o peito, fez uma expressão séria e tomou a posição de "Sentido".

Ela o observava lentamente de cima para baixo, com as mãos nas costas. Em seguida, encarou o rapaz. Estreitou os olhos e apanhou, de seu bolso, um pequeno bloco de anotações.

— Número, Soldado! — Ela disse, autoritária.

— 140, Sargento! — Ele exclamou, olhando de relance a mulher fazendo a sua anotação.

— Você acha que eu tenho pena dessa tua cara de derrotado? — Ela falava em um volume baixo, aproximando-se vagarosamente dele, não deixando de ser hostil — Acha que não notei sua "moralzinha" lixo antes de eu chegar perto? Acha que sua apresentação individual passaria batida?

Ela franzia o cenho para falar. Ao redor dos dois, os cabos e soldados, que precisavam ficar em forma, imóveis, ouviam com o coração apertado a cena. O oficial e os sargentos podiam observar a advertência que Kelvin dava a seu subordinado.

— S-Sargento, eu... — Vitor gaguejava, com o coração apertado, mordendo os lábios com as lágrimas querendo sair.

— Não te dei permissão para falar, soldado! Cale-se! — Ela disse, em um tom duro e firme. Olhou novamente para suas anotações — Além da postura lixo, está com: coturno sujo, cabelos grandes, equipamento mulambo, farda do campo, cara ralada, barba de Papai Noel... E olha só! Observado negativamente seis vezes! Você quer ser preso, é? Porque já pode esquecer de ser engajado!

Ele respirou fundo. Não queria chorar. Não podia chorar.

— Sim, senhora! — Ele falou, e tomou a posição de "Descansar".

— Você tome jeito, soldado! Tome jeito...

♦♦♦

— O que deu em você? — Dizia o Tenente Smith, no alojamento próprio do Oficial-de-Dia, à Terceiro-Sargento Kelvin, que ouvia na posição de "Descansar" — Por que fez aquilo?

— Só fiz o meu trabalho, tenente! — Ela disse, arregalando os olhos — Ele realmente estava mal fardado. Todos estão de prova. Eu apenas o anotei e lhe chamei atenção. Se ele se sentiu ofendido com isso, imagine, senhor, ele estando em uma guerra?

O homem bufava de raiva com as palavras da mulher. Ele cruzou seus braços e a ouvia em pé, com o cenho franzido e a cabeça inclinada. Seus olhos verdes fuzilavam os castanhos dela. O homem engoliu a seco, tentando lembrar de algo que ela falou que, realmente, configurasse uma ofensa grave.

Realmente, ela parecia estar certa. Mas algo ainda o incomodava. As palavras que ela usou não foram nocivas o suficiente para que ela pudesse ser punida. No entanto, o fato de serem proferidas pela boca dela, da forma que foram ditas, deixaram-nas muito mais pesadas e carregadas de negatividade para o soldado.

— Fiquei sabendo que vocês terminaram há pouco tempo...

— Sim, senhor. Mas adoto uma postura profissional em meu ambiente de trabalho. Posso separar isso. Creio que ele deveria fazer o mesmo...

— Sei — ele disse, estreitando os olhos — Mas eu te deixo esta ordem: hoje eu não quero você troque palavra alguma com o Vitor que não seja extremamente indispensável. Alguma dúvida?

Ela engoliu a seco, mordendo os lábios.

— Sim, senhor. Mais alguma coisa?

— Não. É só isso.

— Permissão então, tenente! — Ela fez sua continência e ele assentiu. A mulher girou seu corpo e rompeu marcha, retirando-se do local.

Dantas foi o próximo a entrar.

— Aluno — Ele chamou-lhe a atenção — Viu como estava o soldado?

Vinícius suspirou, retirando seu gorro e o colocando sobre a escrivaninha que existia ao lado da cama do beliche.

— Sim, senhor — Fez uma pausa — Ele estava no alojamento da Guarda chorando muito. De soluçar. Tentei acalmá-lo, dei-lhe um pouco de água. Ele parece estar melhor. A Sargento Jéssica sugeriu trocarem ele de serviço com alguém, mas ele disse que estava em condições de continuar. Ele vai ser o segundo a entrar no posto, vai ficar das dez ao meio dia. Até lá eu acho que já vai estar tranquilo.

Jean respirou fundo.

— Mais essa agora... — Ele bufou, pondo a mão na testa — Olha só como este garoto está! Só espero que meu serviço acabe logo e sem alterações.

♦♦♦

Após o pequeno estresse da manhã, tudo correu bem até o final da tarde. O dia não possuía expediente, então, estava mais tranquilo do que eventualmente, já que não existia um intenso trânsito de pessoas no quartel.

Às dezenove horas, os militares de serviço se reuniriam novamente para o Pernoite, comandado pelo Oficial-de-Dia, obviamente. Nada de muito interessante havia acontecido. Cada soldado que estava em seu posto alegou que tudo estava em suas perfeitas condições.

Era a hora de falar sobre as rondas.

Cada Sargento-de-Dia tinha um horário para realizar a sua ronda. No momento determinado, ele, portando sua pistola, andaria por todo o Batalhão, para saber como estavam os soldados em seus postos e verificar alguma irregularidade.

Já eram vinte e duas horas da noite. A Sargento Jéssica, Comandante da Guarda, ficou o dia inteiro no Corpo da Guarda do Batalhão, mantendo o controle de tudo que saía e entrava no quartel e verificando se cada soldado estava verdadeiramente empenhado na sua função. Fez um bom trabalho. Então, ela poderia ter seu momento de descanso.

Um outro sargento veio no lugar dela, para substituí-la até a manhã seguinte.

Feita a troca, a mulher abriu a porta do alojamento da própria Guarda e se deitou na cama. Suspirou. Abriu a gaveta de uma escrivaninha que existia ao lado e pegou seu celular.

Vinte minutos depois, a Sargento Kelvin chegou até a Guarda. Era a hora de ela realizar a primeira ronda.

— Soldado — Ela chamou um militar qualquer que estava sentado no banco — sabe do Vitor?

— Está no posto, Sargento. Na frente da Vila dos Oficiais — Respondeu. Ela assentiu e deu um suspiro.

— Está bem — A mulher disse e, sacando seu bloco de notas, saiu de perto deles, seguindo o seu percurso no sentido horário

Às vinte e duas horas e vinte e cinco minutos, a porta do Alojamento do Comandante da Guarda se abre. Jéssica saiu de lá mordendo os lábios e ligeiramente trêmula.

Ela se posicionou em frente ao banco onde os soldados estavam e pôs as mãos na cintura.

— É... Eu esqueci do meu material lá na Enfermaria. Se precisarem de mim, estarei lá. Ok?

Todos assentiram, e ela saiu, em direção a sua Seção.

A noite estava fria, apesar de quase nenhum vento soprar na região. As ruas tinham um certo movimento de carros e pessoas, mas nada que fosse muito descontrolado.

Às vinte e três horas, em ponto, ouviu-se um tiro.

O Sargento Alvim, que substituía Jéssica, engoliu em seco e arregalou os olhos. Imediatamente, mandou dois Soldados armados correrem até o alojamento do Oficial-de-Dia e assim fizeram prontamente.

Cerca de dois minutos depois, outro estouro, próximo à Vila dos Oficiais, é sentido.

O Tenente Jean Smith possuía um sono leve. Quando ouviu o primeiro barulho, já se levantou, confuso. Quando os soldados chegaram a sua porta, soube que aquilo era real e acordou Vinícius, que estava ao seu lado.

— Tenente, tenente! — Os militares gritavam do lado de fora. O oficial, prontamente, abriu-a já sabendo do que se tratava.

Mas quando estes iriam falar, houve o terceiro estrondo.

— Acorda todo mundo que estiver descansando! — Ele ordenou, aflito — Acionem o alarme! Já!

Eles assentiram e retornaram rapidamente de volta para a Guarda. Imediatamente, os recrutas armados que estavam no banco correram em direção aos postos de sentinelas, para reforçá-los.

♦♦♦

Kelvin andava cambaleando. Quando o primeiro soldado se aproximou, para checar o que havia acontecido, notou o estado deprimente da Sargento.

Estava com respiração ofegante, a testa suada, a farda suja de sangue, a pistola em sua mão esquerda e bastante sangue sujando a direita.

— Soldado! — Ela gritava, em um choro — Sou eu! A Kelvin! É PDA!

Ele se aproximava cuidadosamente, ao notar a identidade da mulher, aliviou-se.

— Sargento? O que houve?

— Soldado! Chame a ambulância e o Oficial-de-Dia! Aconteceu uma tragédia!

— O que houve, Sargento? — Ele perguntou e a mulher apenas apontou para trás. Não precisou dizer mais nada.

O corpo de Vitor estava caído, de barriga para baixo. Sua cabeça estava virada para a esquerda e, pouco acima da orelha, havia uma marca de tiro. E em volta, bastante sangue cercando o corpo sem vida do garoto.

♦♦♦

Uma hora depois, a Sargento Kelvin já estava no Corpo da Guarda. Felizmente, o Tenente Smith parecia ter tomado o controle da situação.

— Kelvin, você tem certeza que tem condições de me contar tudo? — O oficial questionava a mulher sentada no banco da Guarda, ao lado de soldados e rodeado com alguns integrantes do serviço. Ela ainda estava inquieta, embolando as palavras e extremamente assustada. Sua mão direita estava enrolada com ataduras esterilizadas conseguidas por Jéssica.

— Sim, senhor — Ela disse, bebendo mais um gole do chá que foi preparado justamente para que ela se acalmasse e explicasse a situação — Eu estava fazendo minha ronda, quando cheguei no posto do Vitor. O V1, em frente à Vila dos Oficiais. Pouco antes de me aproximar dele, eu ouvi o primeiro tiro. Fiquei espantada, é claro. Me abriguei numa árvore e, quando saí para ver o que estava acontecendo, notei a silhueta do criminoso! Não pude ver o rosto. Estava todo vestido de preto e com uma balaclava na cabeça. Ele parecia estar examinando o corpo morto do Vitor... Não entendo isso! Talvez tenha sido uma queima-roupa. Ele não tinha me notado e, então, saquei minha pistola, carreguei, desengatilhei, mas antes de apertar o gatilho, ele atirou em mim. Na minha mão! Deixei minha pistola cair e, então, me abriguei de novo atrás da árvore. Então ele correu até mim e, com a mão esquerda, eu peguei a arma de novo e dei um tiro. Infelizmente, não pegou nele! Mas pelo menos, ele se assustou, foi até o muro da Vila dos Oficiais e o pulou. Depois, fui até o Vitor... Ele estava morto. Morto! Não consegui ver a cena. A gente chegou a namorar. Eu terminei com ele, mas... Foi tão triste ver aquilo que, nossa! Só consegui chorar.

Jean respirou fundo, assimilando cada palavra que foi dita pela Sargento.

— Imagino o quão doloroso deve ter sido — Jéssica comentou, ironicamente, revirando os olhos. O discurso de Kelvin não a convencia.

— E você, Jéssica? O que fazia na hora do assassinato? Não estava no alojamento do Comandante da Guarda como deveria — Ele disse, franzindo o cenho para ela, que engoliu a seco.

— É... Bem... — Ela gaguejou um pouco, erguendo as sobrancelhas — Eu avisei a todos aqui que eu fui à enfermaria. Precisava pegar um medicamento meu que havia esquecido.

— Sei — Ele disse, bufando.

— Não acredito que isso está acontecendo de novo! — Vinícius exclamou, fechando os olhos e se sentando, em uma tentativa de manter a calma.

— Como assim, Aluno? — Um sargento o questionou.

— Ano passado aconteceu um assassinato na minha comemoração de formatura, na casa do governador Rodrigo Drummond. Eu ajudei na investigação.

— Hum, então está decidido, Dantas — Smith cruzou os braços e se virou para o garoto — Vou deixar o Comandante ciente do ocorrido o quanto antes. E vou me voluntariar para investigar o caso. Você será meu auxiliar devido a sua experiência. Beleza?

— Brasil, tenente! — Ele assentiu, pondo a mão no queixo.

Na primeira hora após a morte do Soldado, Jean Smith havia tomado todos os procedimentos corretos para aquela situação. Ordenou dois Cabos de sua Guarnição patrulharem, cada um com três soldados, ao redor do Batalhão em busca do tal assassino. Enquanto isso, mandou um motorista, acompanhado de um Sargento, fazer uma ronda motorizada na área externa do quartel.

Outro Sargento ficou responsável por isolar o local e capturar o máximo de imagens que podia da cena do crime e coletar os dados sem tocar em nada.

Paralelo a isso, outro Cabo foi designado para buscar o contato da família da vítima para anunciar o ocorrido e informar à Polícia e ao Instituto Médico-Legal.

Outro Soldado, que tirava seu Serviço na Companhia, substituiu o papel de Vitor na Guarda.

Todas as medidas cabidas ao Oficial-de-Dia, naquele momento, foram feitas pelo Tenente Smith.

— Tudo isso é muito estranho... Por que matariam um soldado assim? A troco de nada? — Vinícius pensou alto, arqueando as sobrancelhas.

— Isso é o que vamos descobrir — o oficial fez uma pausa, colocou a mão na cintura e se virou para o seu auxiliar — Dantas, venha comigo. Vamos voltar para a cena do crime e investigá-la.

O rapaz assentiu. Jean chamou mais um soldado armado com fuzil para acompanhá-los, para fazer a segurança.

Levou cerca de cinco minutos para chegarem até o posto, que já estava ocupado por outro militar. Eles perguntaram se houve alguma alteração antes de eles chegarem e ele disse que não. O rapaz parecia estar bem atento, falando a verdade.

Enquanto as Instituições Civis não chegavam, Vinícius e Jean observavam o local, juntos com o Sargento Alvim, o Adjunto, que tirava fotos da cena. Estava bastante escuro, mesmo com o poste que iluminava parcialmente o local. Precisaram de uma lanterna potente para realizar o trabalho.

Vitor ainda estava caído, deitado de barriga para baixo sobre o asfalto. Estava há cerca de dez metros do muro que dava para a Vila dos Oficiais. Bem perto dele existia um meio-fio que dividia a parte pavimentada da grama e, mais a frente, erguia-se um Ipê. Ele havia morrido em frente ao Banco.

— Algo de relevante para a investigação, Alvim? — Jean perguntou para o homem que, agachado, observava o cadáver.

— Senhor, não posso afirmar muita coisa. Não tenho especialidade em perícia, mas veja... — Ele disse, apontando para a marca do tiro no lado esquerdo do garoto — Está em formato de estrela, isso acontece quando toda a fumaça do disparo penetra a lesão. Em outras palavras, isso configura uma queima-roupa.

— É. Possivelmente...

— Será mesmo? — Vinícius questionou — O senhor pretende confiar completamente na palavra da Sargento Kelvin?

— Por enquanto, não sei. Por quê? Algum motivo para suspeitas?

— Ela é uma grande suspeita, sim. Afinal, é a ex-namorada da vítima. Mas não posso afirmar nada...

— Se não foi com o armamento do Exército... Será que foi um civil? — Jean se perguntava.

— Um civil vir aqui, matar um soldado, e ir embora? Sem mais nem menos? Não sei, tenente... — Vinícius comentava, enquanto seus pensamentos vinham — Essa história ainda é muito estranha. Até porque, se ele foi para a Vila dos Oficiais e ninguém o encontrou, ou ele foi muito sagaz em se esconder e fugir, sem ninguém notá-lo, ou...

— Ou o assassino está na Vila dos Oficiais — O oficial disse, percebendo a gravidade da situação.

— Outra coisa que estou pensando — O aluno continuava — estranho é que ele estava tão depressivo... Será que ele não havia pensado em se matar? E se sim, será que alguém sabia disso?

— Não! Se ele se matou, a arma não poderia estar longe. Se Kelvin não estiver mentindo, não haveria tempo para que alguém roubasse a pistola antes de ele se matar. Não! Isso não pode ter acontecido.

— É hoje o dia em que eu fico maluco! — Ele desabafou e respirou fundo — Ok, vamos se acalmar. Afinal, o pior já passou.

O tempo fluiu muito rápido. Quando viram o relógio, já era uma hora da manhã e o Instituto Médico-Legal ainda não tinha chegado. Era difícil procurar alguma coisa naquele breu, então a investigação não foi muito proveitosa, o que seria diferente na parte da manhã.

De repente, o celular de Jean tocou.

Ele trincou os dentes quando o pegou, mas suspirou aliviado de ser o Tenente Alan Nunes.

— Alan?

♦♦♦

— Smith, você é o Oficial-de-Dia? — O homem respirava fundo, na esperança de se acalmar e não deixar seu colega de trabalho em pânico. Passou as mãos no cabelo loiro, nervoso. Jean assentiu — Cara, você precisa vir aqui na Vila!

Alan batia os pés no chão constantemente. Com uma mão, segurava o celular. Com a outra, debruçava-se na janela do quarto de seu tio, Magno, no segundo andar da casa. Com seu olhar, tentava encontrar alguém do Batalhão.

O militar temporário inclinou a cabeça, sem entender.

— Como assim? Você está na sua casa? Aconteceu alguma coisa aí?

— Estou na casa do Comandante! E aconteceu sim, Smith! O meu tio... Ele, bem...

Alan apresentava dificuldade para pronunciar as palavras, com um frio angustiante na barriga.

— Conseguiu falar com ele, Alan? — Carmen entrou no quarto repentinamente. Seus batimentos cardíacos estavam muito acelerados e os olhos marejados. Ao notar o militar falando no celular, ficou em silêncio e respirou fundo, ainda aflita.

Atrás dela, fora do recinto, logo descia uma escada que ficava apoiada na parede. Nessa escada, os respingos de sangue nos degraus indicavam a tragédia que acontecera um tempo antes.

    Quando cessaram os degraus, sobre o piso demadeira polida, estava deitado o corpo inerte e sem vida de Leandro Magno,vestindo apenas sua roupa íntima. Em sua pele extremamente pálida,apresentavam-se alguns hematomas e pequenos cortes. Em sua cabeça, havia umalesão grave devido a queda que teve. E sobre ela, uma poça de sangue sujava olocal.    

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