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52. Para sempe seu,

#CodinomeFlamingo

Jeongguk girou a maçaneta, segurando várias sacolas em uma única mão. Ao entrar dentro do apartamento, ouviu o chiado de comida na panela, o cheiro de alho e de gochujang invadiu as suas narinas. Os ouvidos apreciavam a voz animada de Jimin conversando em coreano com alguém como se fosse música.

Deixou as sacolas na sala, retirou o casaco e parou no arco que levava até a cozinha, apreciando a cena que imaginou assim que todos os elementos invadiram algo dentro do seu cérebro lhe dizendo que um lar era assim, apesar de não ter muitas referências. Incrivelmente, imaginou Jimin com o mesmo corte de cabelo de quando se conheceram e para a sua surpresa, era exatamente assim que ele estava. Ele, de fato, havia cortado o último resquício do passado.

Jimin apenas o percebeu quando se virou de volta para a bancada, pegando os cogumelos previamente fatiados. Jeongguk parecia observar a realidade do que parecia irreal.

— Estou conversando com os meus pais — sussurrou, para que eles não o ouvissem e Jeongguk decidisse o que fazer.

Jeongguk respirou fundo e cruzou a bancada, olhando para eles fora do enquadramento da câmera do celular. Ainda se lembrava do rosto da mãe de Jimin, eles tinham os mesmos olhos e a semelhança entre eles plantou um sorriso em seus lábios. O pai estava ao lado, sorvendo chá em uma xícara que embaçava as lentes dos seus óculos, arqueando as sobrancelhas para a fala do filho.

— O quê?! — perguntou, olhando para a tela.

Jeongguk acenou em afirmativa para Jimin, que o introduziu sem jeito, fazendo o coração do namorado disparar sem desejar que as pernas seguissem o mesmo caminho. Jeongguk estava apavorado, mas ele sabia que precisava enfrentar aquela situação, agir como o homem que o tirou de casa e o levou para longe da família.

— Tem alguém aqui que quer falar com vocês. — E pegou Jeongguk pela mão, trazendo-o para perto, mostrando toda a sua timidez na forma como o seu corpo se encolheu. Inclinou o tronco para se apresentar, perdendo os sorrisos sinceros exibidos na tela.

— Ah, a primavera finalmente chegou — Jiyoon disse, apoiando o rosto em uma das mãos.

— Não, ainda faltam algumas semanas, não é? — Kwan completou o trocadilho com o novo nome de Jeongguk, olhando para o relógio imaginário em seu pulso.

— É um prazer conhecê-los, Sr. e Sr.ª Park, mesmo que não seja o melhor dos cenários. — Engoliu em seco, dando um passo à frente. — E gostaria de pedir mil desculpas por tudo o que aconteceu com o filho dos senhores, juro que se eu pudesse ter evitado...

— Isso já é passado, querido — Jiyoon o interrompeu, negando com a cabeça. — Sabemos que vocês tentaram se manter afastados pela segurança dele, mas o meu filho não é tão inocente assim. — E sorriu brincalhona com a reação de Jimin. — Ele sabia exatamente onde estava se metendo. Eu que sinto muito pela relação de vocês precisar seguir caminhos tão difíceis.

Kwan e Jiyoon não queriam jogar aquele fardo nos ombros de Jeongguk. O que aconteceu estava feito, não havia mais conserto, seria apenas uma rachadura naquela história, emendada com compreensão e apoio para seguirem em frente.

— A gente tenta evitar tanta coisa, caro Haru, mas não temos controle de absolutamente nada. — A voz grossa e firme de Kwan ecoou pelo alto falante, deixando Jeongguk em estado de alerta. — Se você pudesse controlar algo, não teria entrado nessa vida, não é?

— Com toda a certeza não, Sr. — Jeongguk negou veementemente com a cabeça e Jimin pegou em sua mão, apertando-a para conceder algum conforto.

— Aposto que teria virado artista — Kwan continuou, dando mais um gole em seu chá. — Natsu deixou um retrato que você fez aqui, dá para ver que você leva jeito.

— É, eu gosto bastante de desenhar e de desenhos... — Passou a mão pelo braço sem perceber, a palma sentiu a pele desnuda, coberta somente pelas tatuagens e pela camiseta. Não deveria ter tirado o casaco.

— Dá para perceber. — Ergueu uma das sobrancelhas, deixando de olhar nos olhos de Jeongguk para observar os desenhos da pele.

— Haru — Jiyoon o chamou, mudando de assunto. — Eu me pergunto sobre a sua família. Como eles estão? Eles sabem de alguma coisa?

— Eu só tenho a minha mãe, Sr.ª Park. Se ela souber de alguma coisa, foi porque Yoongi-hyung contou a ela.

— Você não quer ter contato com ela?

— Não sei se a senhora entenderia, mas a nossa relação sempre foi cercada de muita mágoa e arrependimento, tanto da minha parte, quanto da dela. Nos vimos quando eu ainda estava preso e acho que, por agora, é o bastante.

— Você me permite ir ao encontro dela?

Omma, por favor... A senhora não precisa resolver tudo. — Jimin negou com a cabeça e franziu o cenho.

— Desculpa, mas eu fiquei muito pensativa sobre isso. — Ergueu as mãos, em sinal de rendição.

— Eu não me importaria, Sr.ª Park. — Jeongguk deu de ombros. — Mas eu realmente não quero contato com ela, pelo menos não por agora. Já estou com bastante coisa na cabeça no momento. — Apertou os lábios, em um quase sorriso.

— Bom, vamos ver o que conseguimos fazer por aqui e te avisamos — disse Kwan, escondendo um bocejo com a palma da mão. — Anotou todo o passo a passo do kimchi, filho?

— Sim, appa. Já está quase dando o horário de lavar o repolho — Jimin confirmou, afastando-se para olhar em seu caderno.

— Então essa noite vocês conseguem sobreviver com comida de verdade feita em casa. — Começou a se despedir, pois já era bem tarde da noite na Coréia. — Já vamos dormir, tá bom?

— Espera! — Jiyoon exclamou. — Tem uma coisa que eu preciso te mostrar, Haru. — E saiu do enquadramento, passando atrás de Kwan e deixando um silêncio desconfortável entre os dois.

— O quê ela foi fazer? — Jimin perguntou, lembrando-se de mexer o que havia deixado no fogo.

— Espere e verá. — Kwan sorriu, dando o último gole no chá, só restando ele e Jeongguk um de frente para o outro.

Por sorte, Jiyoon não demorou e logo Jimin estava ao seu lado novamente, a tempo de ver Nanquim surgir na tela, segurado confortavelmente no colo dela.

— Oi, Nanquim... — A voz de Jeongguk foi sumindo aos poucos com o nó repentino na garganta ao ver o gato, mais gordo do que a sua última lembrança. — Eu estou aqui — falava com ele sem qualquer vergonha do que os sogros iriam pensar, acenando como se ele pudesse reconhecê-lo.

— Ele está enorme — Jimin comentou, apoiando o queixo no ombro de Jeongguk.

— Sua mãe adora vê-lo comer, fica colocando ração toda hora. — Kwan balançou a cabeça, revirando os olhos.

— Ah, mas ele merece por ser o gato mais lindo do mundo — respondeu às críticas, apertando-o ainda mais e balançando-o como um bebê de colo.

— E olha que ela me jurou que não iria se apegar. — Jimin riu, voltando para o fogão apenas para desligar o fogo.

— Muito obrigado, Sr. e Sr.ª Park por cuidarem tão bem dele. — Jeongguk juntou as palmas e inclinou o tronco em agradecimento, permitindo-se olhar mais um pouco para o gato.

— A gente cuida do Nanquim daqui e você cuida do meu filho daí — respondeu ela, enfiando o nariz no pelo espesso e enchendo-o de beijinhos antes de soltá-lo, descarregando um pouco daquele amor guardado para quem ainda estava muito longe.

— Com toda a certeza, Sr.ª Park. — Jeongguk inclinou-se novamente e Jimin despediu-se, encerrando a ligação.

— Viu? Não foi tão ruim assim — disse, dando tapinhas nas costas do namorado, que parecia estar segurando todo o ar dentro dos pulmões durante a ligação e agora o soltava, respirando profundamente.

— Seu pai ficou me olhando muito feio — comentou, encostando-se na bancada enquanto observava Jimin fritar alguns ovos para compor o lámen que estava se arriscando a fazer.

— Isso do filho dele estar morando com um homem todo tatuado ainda é muito novo. — Jimin deu de ombros. — Estou surpreso que ele não disse nada desagradável.

— Ah, mas eu consegui ler a mente dele...

— De tudo o que ouviu, você está focando unicamente nessa parte tão pequena. Por quê? — Jimin perguntou, erguendo uma das sobrancelhas em uma expressão de clara dúvida e descontentamento. Jeongguk engoliu em seco, repensando os próprios atos.

— Eu não sei...

— Poxa, minha mãe foi super legal, se ofereceu para ir até Busan para falar com Eunbi e ainda estão cuidando de Nanquim porque realmente gostam dele. — Negou com a cabeça, olhando para a frigideira, tentando esconder a chateação perceptível, fazendo Jeongguk ir ao seu encontro, abraçando-o por trás e deixando um beijo na sua nuca. — Por que você acha que foi atacado de alguma forma?

— Desculpa... Acho que não estou conseguindo enxergar a minha vida como ela é agora. — Jeongguk inalou o cheiro da pele de Jimin, apertando-o ainda mais entre os seus braços. — Você ficaria surpreso com as atrocidades que não saem da minha mente.

— Eu entendo parte disso, sabe? — Jimin ponderou, sabendo que essa era a forma com que Jeongguk estava acostumado a ser tratado e era o que esperava dos outros. — Mas acho que você precisa cuidar do que se passa dentro da sua cabeça.

Ouviu o suspiro de Jeongguk, a respiração profunda ricocheteando em seu couro cabeludo. A forma como ele procurava conforto em si era nítida, mas Jimin não conseguia lidar com tudo. Havia partes do coração de Jeongguk que eram tão obscuras que ele nunca poderia acessar, seja por autopreservação, ou pela segurança de Jimin.

— Acho que você precisa conversar com alguém que vai desbloquear algo dentro da sua cabeça e quem sabe, você consiga mudar a forma como os seus ouvidos escutam e como os seus olhos te enxergam. Talvez seja cedo demais e você ainda esteja se acostumando, mas talvez seja bom começar com a terapia desde agora.

Jimin desligou o fogo, encarando os dois ovos com claras brancas e perfeitas, as gemas amarelas aparentavam estar no ponto cremoso que gostava. As mãos de Jeongguk desafrouxaram-se da sua cintura e pensativo, ele sentou-se à bancada, sentindo que algo dentro de si estava desencaixado, mas ele não sabia o que era para colocar no lugar. Não podia fazer promessas de que cuidaria bem de Jimin se não estava conseguindo cuidar de si mesmo e no que habitava a sua cabeça.

— O quê acha? — voltou a perguntar depois do silêncio contemplativo de Jeongguk invadir a conversa.

— Eu vou falar com Yoongi-hyung, ele deve saber o que posso fazer para conversar com algum psicólogo autorizado pela polícia.

Jimin concordou em silêncio, servindo-lhe o lámen e o colocando na bancada, sentando-se ao lado dele para começarem a comer.

— O quê você foi fazer em Amsterdã? — Jimin perguntou, querendo deixar a conversa anterior de lado, colocando a primeira porção na boca.

— Comprei tudo o que preciso para começar a tatuar. — Sugou o macarrão, percebendo que as suas palavras davam a ideia de um passo a mais e se corrigiu. — Ou pelo menos treinar para isso.

— Do nada? — Jimin perguntou, curioso, pois até antes de sair de casa naquela manhã, não sabia que esse era o grande plano do dia.

— Não, conversei com o pessoal depois que você saiu... Eles começaram a pesquisar, me deram o endereço e pronto. — Jeongguk parou, pensativo. — Acho que eu não teria ido se não fosse por eles.

— Isso quer dizer que o Sr. Park terá motivos para surtar quando ver a minha futura tatuagem — disse, em um tom divertido, olhando para Jeongguk com o canto dos olhos.

— Até lá, a minha terapia vai estar em dia. — Riu, acompanhado de Jimin, que cobria a boca cheia de macarrão quente. — Mas é bom saber que você não se esqueceu do desenho que fiz em você.

— Como eu poderia me esquecer? — Entreolharam-se, lembrando-se do passado com um brilho diferente nos olhos e era daquilo que Jimin se referia quando disse que a mente de Jeongguk deveria estar no momento presente, pois foi o amor dos dois que os trouxeram até ali e não a promessa de uma vida perfeita em outro país.

O desenho foi feito em uma noite trágica, mas eles conseguiam olhar para aquela memória com um gosto doce na boca. As promessas feitas seriam cumpridas e a dor seria apenas um lembrete do motivo de tamanha felicidade.

— Você sabe que eu te amo na mesma medida que você me ama, não é? — Jimin continuou, encarando-o. — As suas memórias favoritas sobre nós dois também são as minhas, assim como as ruins. Tudo que te impacta, mexe comigo também. A sua angústia se torna a minha angústia não porque somos um só, mas porque estamos juntos nessa e eu quero te ver bem.

As mãos se encontraram, enlaçando-se como se fosse impossível dizer todas aquelas coisas sem se tocarem. Jeongguk não era o único que cuidava, a comida sobre a mesa era uma prova disso, assim como a forma de esperar pelas promessas que ele tinha certeza que iriam se concretizar. Jimin confiava porque sabia que podia acreditar.

— No fundo eu sei de tudo isso, mas algo mais forte dentro de mim diz que eu preciso dar conta de tudo, te fazer a pessoa mais feliz do mundo, suprir todas as suas necessidades porque te ter aqui parece demais — disse Jeongguk, sentindo o aperto no peito se afrouxar ao falar sobre suas agonias. Não era Jimin quem as causava, a sua mente podia ser um lugar perigoso de vez em quando. — Eu preciso fazer com que o seu sacríficio valha a pena. Entende?

— Entendo... — Jimin confirmou com a cabeça. — E você precisa entender que sacrifício teria sido ficar em Seul longe de você. — Deu uma piscadela, fazendo Jeongguk rir e Jimin completar entre risos. — É sério!

Jimin não precisava de muito e ali Jeongguk entendeu.

— Só viva e me deixe viver ao seu lado. É só isso que eu quero. — Jimin pegou a mão de Jeongguk e a beijou antes de encostá-la em seu rosto, derretendo-se sem jeito ao ouvir o elogio.

— Você ficou lindo com esse cabelo. — Jeongguk observou as bochechas alheias ficarem rubras, mas Jimin não desviou o olhar, apreciava o desconforto da paixão tomar conta do seu corpo na troca de olhares prolongado.

— Achei que não tivesse reparado — respondeu, manhoso, voltando a comer, fingindo indiferença.

— Foi a primeira coisa que eu notei, mas não ia te encher de beijo na frente dos seus pais.

— E você não fez isso até agora por que? — Olhou para Jeongguk, esperando com um sorriso sapeca nos lábios. Logo, a banqueta do qual estava sentado foi puxado, deixando-o entre as pernas do namorado que atacou o seu pescoço com beijos estalados que mais faziam cócegas do que arrepiavam.

E entre gargalhadas e beijos no pescoço, terminaram o jantar. Jeongguk lavava a louça enquanto Jimin lavava o repolho desidratado. Misturou todos os ingredientes junto à pasta apimentada e ofereceu uma porção a Jeongguk, que ainda tinha as mãos ocupadas cheias de sabão. Murmurou algo animado e incompreensível, talvez só aquilo fizesse jus ao sabor que sentia.

Talvez fosse a sensação de que as coisas estavam se ajeitando aos poucos, que a comida que costumavam comer poderia ser feita em uma forma de não se esquecerem de onde vieram, ou quem sabe, eram os rituais banais de uma casa que ajudavam a compor a cena, de fazer com que o coração de Jeongguk começasse a acreditar que os seus dias poderiam seguir aquela rotina sem qualquer significado oculto.

O kimchi foi dividido em potes e deixado em cima da mesa para fermentar mais rápido. Jimin mexia nas suas sacolas, curioso com todo aquele universo desconhecido que o namorado parecia conhecer tão bem enquanto ele digitava uma mensagem para Yoongi, em busca de alguém que pudesse ajudá-lo.

— O que é isso? — Jimin segurava placas circulares brancas, balançando-as para checar a maleabilidade.

— Pele artificial — respondeu, olhando rapidamente para o que ele segurava antes de clicar em enviar. — Eu vou tomar banho, você vem?

— Eu vou depois. — Distraído, não viu o bico de desânimo que Jeongguk fez antes de sumir quarto adentro.

Apenas o som do chuveiro ligado o acompanhou junto ao farfalhar das sacolas no sofá. Quando o silêncio tomou conta do apartamento novamente, Jimin entrou para o quarto, vendo Jeongguk com a toalha enrolada na cintura, gotas d'água escapavam da cabeça raspada e percorriam o torso nu. Jimin não conseguiu evitar de tocá-lo no abdômen ao passar por ele rapidamente.

Para a sua surpresa, depois do seu banho, Jimin abriu a porta do banheiro e encontrou Jeongguk deitado de bruços na cama, completamente nu. Imitou os seus passos, pendurando a toalha perto do aquecedor e deitou-se sobre ele, sentindo a maciez da pele cheirando à lavanda do sabonete. A hannya estava exposta, na mira dos seus lábios, que captavam cada gota d'água restante com a língua. Conseguia sentir na palma da mão os pelos eriçados quando lhe tocou a nuca, mordendo-a gentilmente, fazendo-o enterrar o rosto no travesseiro, apreciando o peso do seu corpo sobre o dele, pele com pele, a calidez sendo transmitida porque era bom estar junto, necessário.

Sem pressa, o corpo de Jeongguk girou em sua direção, suas bocas se encontraram afoitas, como se fosse um ultraje ter de viverem todo o dia para chegarem até aquele momento em que a sua língua se encontrava com a dele e podia finalmente fugir dos paradoxos que a sua mente criava com a sua nova realidade. Jeongguk não sentia nada além das coxas prendendo o seu corpo ao colchão e da mão firme em seu pescoço.

Deliciar-se com o beijo e com o corpo sobre o seu parecia o melhor dos cenários. Suas mãos deleitavam-se com a pele macia, a curva tênue entre a cintura e o quadril e em como a carne da bunda parecia se encaixar perfeitamente em sua palma cheia, escapando entre os dedos. Entre os corpos, as ereções encontravam-se maliciosamente, tornando o beijo mais erótico à medida que elas cresciam e Jimin esfregava-se tão lentamente que, aos poucos, aquilo foi se tornando uma tortura.

O prazer pulsante guiou os seus próximos passos. Jeongguk levou as mãos até a cintura alheia, deixando que os dedos escorregassem e apertassem com firmeza a carne da bunda de Jimin, abrindo-a para brincar com a entrada, esfregando o pau melado, deixou que a glande entrasse superficialmente para senti-lo tremer tamanha a lascívia. O beijo perdia o ritmo com a expectativa, o gemido que saía sem querer e o sorriso que apareceu quando Jimin moveu os quadris para fazer parte da brincadeira. Ganhou um tapa forte na bunda e o gemido ouvido pareceu safado demais, suplicante demais.

Dois dedos foram colocados em sua boca, os quais foram lambidos e chupados como se fossem o pau de Jeongguk antes da mão voltar ao seu lugar de origem, pedindo passagem para penetrá-lo. Ao entrar lentamente, Jimin deitou a cabeça sobre o peito de Jeongguk, ouvindo os batimentos cardíacos no mesmo ritmo da cabeça do seu pau, choramingando enquanto sugava o mamilo alheio, lambendo-o e beijando-o até o pescoço, perdendo o total controle do que saía do fundo da sua garganta quando os dedos começaram a estocá-lo e ele apenas desejava ser capaz de abrir ainda mais as pernas.

— Você gosta assim? — Jeongguk perguntou, a voz igualmente manhosa, vendo-o balançar a cabeça sem que nenhuma resposta coerente fosse ouvida, além dos seus olhos perdidos e os lábios bonitos clamando por um beijo que só ele poderia dar.

Completamente bagunçado, Jimin tentava manter o ritmo do beijo gostoso, incapaz de parar e sentir prazer em apenas um ponto, ele precisava de tudo.

— Eu quero o seu pau — pediu, com a respiração se misturando com a de Jeongguk, que suspirou afetado pelas palavras e precisou de alguns segundos para raciocinar os movimentos seguintes de Jimin.

Logo a bunda dele estava próxima demais do seu rosto e o seu pau dentro da boca dele, restando-lhe apenas a incrível opção de se deliciar com a entrada avermelhada, sensível pelo trabalho anterior dos seus dedos. A língua penetrava delicadamente apenas para deixá-lo mole e as pernas perderem o pouco da força que o sustentava. Os gemidos de Jimin começaram a ser abafados pela glande em sua garganta e aquilo o fazia gemer ainda mais pois Jeongguk revirava os olhos e o chupava com mais afinco, agarrando a carne e se enfiando ainda mais entre as pernas dele, quase em uma competição em quem deixava o outro mais louco.

Não demorou para que Jimin se visse completamente perdido, rebolando na face de Jeongguk, lambendo e chupando a glande como se fosse um doce, deixando uma linha de saliva e de pré gozo toda vez que afastava a boca porque os movimentos começaram a ficar limitados devido ao prazer que o deixava sem controle. Logo, os dedos de Jeongguk começaram a tocá-lo e ele se viu sentando sobre eles, olhando para o caralho à sua frente e desejando que fosse ele a estar lhe fodendo.

Quando se levantou em busca da camisinha e do lubrificante, Jeongguk ficou deitado, olhando-o movimentar-se pelo quarto, sentando-se sobre as suas coxas, rasgando a embalagem com destreza e desenrolando-a em seu comprimento. Sentiu o gel gelado sendo espalhado e sentou-se em expectativa, seus ombros foram usados como apoio para que Jimin se encaixasse, a respiração pesada ricocheteando em sua boca enquanto ele fechava os olhos e deixava-se ser guiado pelas mãos firmes em sua cintura.

Jimin suspirou audivelmente quando sentiu todo o caralho entrar, fazendo Jeongguk apoiar as mãos no colchão, admirando os lábios entredentes e o jogar da cabeça para o lado quando sentiu a glande pulsar dentro de si. Beijou-lhe a boca apenas para saciar os pensamentos sujos que invadiam a sua cabeça quando o flagrava olhando-o daquele jeito. Sua existência ganhava novos sentidos por querer ser tudo o que ele quisesse: o seu amor, a inspiração para a resposta de uma carta, uma pintura feita de aquarela e nanquim, ou o filho da puta que gemia manhoso pedindo para foder-lhe forte enquanto puxava-o pelo cabelo.

Do beijo bem ensaiado, Jimin começou a se movimentar, prendendo o lábio inferior de Jeongguk entre os dentes, soltando-o lentamente antes de abraçá-lo pelos ombros e quicar com mais afinco. Jeongguk beijou o queixo dele, lambendo-o e chupando-o, seguindo para o pescoço e sugando-o sem marcar, a pressão gostosa fazia Jimin apertar as unhas contra a sua pele, segurando-o pela nuca ao que sentia o suor acumulando entre os dois e os sons dos corpos se chocando compondo a música erótica que só tocava dentro da sua cabeça.

O apoio das mãos no colchão cedeu e Jeongguk deitou-se, restando apenas Jimin jogando a franja para trás enquanto sentia o prazer crescendo, gemendo sem voz. As pernas sem forças procuraram apoio, deitou o tronco sobre o corpo de Jeongguk e o quadril desesperado fazia os olhos parecerem perdidos, à expectativa do que fazia a boca se abrir, emitindo um murmúrio grave que desregulou algumas centenas de neurônios de Jeongguk, não lhe restando escolhas se não o beijar em meio as lufadas de ar.

As mãos que tentavam acariciar o corpo de Jimin foram seguradas, os dedos entrelaçados movidos para cima da sua cabeça. Jeongguk estava sem escapatória, a não ser deixar Jimin perseguir o próprio orgasmo enquanto as suas línguas tentavam se encontrar em uma bagunça prazerosa porque era ele ali. É ele aqui, pensou sozinho, apertando com firmeza as mãos dele, movendo o pescoço para aprofundar o beijo e então, foi como se não ouvisse o encontro dos corpos, a porra quente de Jimin sujou o seu abdômen e ele não pararia até que Jeongguk gozasse dentro de si.

— Me fode, vai — Jimin pediu. — Me fode bem gostoso, amor.

As posições foram invertidas e Jeongguk o colocou de quatro, puxando o quadril para se encaixar em seu pau ainda duro. O choque dos corpos tornou-se ainda mais alto, fazendo Jimin não se conter e tentar olhar para trás, vendo Jeongguk observar o caralho sendo engolido, deixando que lufadas de ar se transformassem em gemidos roucos a medida que a sua vez estava chegando.

Os olhos de Jimin fixos em si chamaram a sua atenção, masturbando-se com a visão do namorado o fodendo. Puxou-o para ficar colado ao seu corpo, os fios recém cortados entre os seus dedos, virando a sua cabeça para que um beijo bagunçado fosse a causa da sua súplica incompreensível. Suas costas sentiam a respiração acelerada de Jeongguk, mordendo a sua nuca e chupando-a, apreciando o sabor do suor misturado com a saliva.

Arrepios percorreram a linha da sua coluna ao sentir a cabeça ser puxada para trás enquanto o lóbulo da sua orelha perdia-se entre os dentes de Jeongguk, e enfim, sentiu a camisinha encher-se dentro de si e um choramingo prolongado invadir os seus ouvidos. Jimin perdeu a força das pernas, deitando-se na cama enquanto ainda se masturbava, o corpo de Jeongguk o seguiu, mas concentrou-se no pau em sua mão e o colocou inteiro na boca, fazendo Jimin sorrir daquele jeito safado que o tatuado amava, prendendo a falange do indicador entre os dentes ao sentir o interior molhado encaixado em seu caralho, chupando-o tão gostoso que não lhe restou escolhas a não ser gozar na boca alheia. No entanto, o gemido emitido foi devido a visão de Jeongguk engolindo a sua porra, olhando ardentemente em seus olhos.

Jeongguk limpou o canto dos lábios com o dorso da mão e deitou-se no peito de Jimin, ouvindo os batimentos cardíacos acelerados começarem a perder a velocidade. A respiração profunda movia a sua cabeça para cima e para baixo, mas algo naquilo tudo era tão confortável que o fazia colocar uma das pernas sobre as dele e as mãos quentes de Jimin o abraçaram, puxando-o para mais perto.

— Realmente, a gente não tinha tempo para isso hoje de manhã — Jeongguk comentou, sentindo o peito de Jimin chacoalhar com a risada.

— Bobo... — Jimin sorriu, beijando-lhe a testa e esperando pacientemente que Jeongguk levantasse a cabeça e lhe beijasse na boca. — Te amo — sussurrou, contra os lábios dele, beijando-lhe os dentes quando ele sorriu.

— Eu sei... — sussurrou em resposta. — O seu amor rebate em mim e eu te amo de volta.

— E na ida também. — Riu com o próprio trocadilho, beijando a bochecha dele e todo o rosto ao que ouvia a resposta.

— No caminho inteiro.

— Em outras vidas.

— Com outros nomes. — Jeongguk sentiu Jimin paralisar, com a mão firme em sua mandíbula, olhando tão profundamente em seus olhos que nunca conseguiria duvidar.

— Para sempre, meu amor. Em qualquer lugar do mundo tu serás meu. — Não queria, mas quando percebeu uma lágrima travessa manchar o seu rosto e Jeongguk depositar um beijo sobre ela, impedindo-a de trilhar o restante do caminho, Jimin sentiu o peito se encher da antiga certeza que aparecia enquanto escrevia suas cartas. A certeza do amor que parecia soprar vida só para continuar amando-o.

Suavemente, os lábios de Jeongguk beijaram todo o caminho que o levava até o ouvido de Jimin e, sussurrando, pediu:

— Vamos tomar banho.

Jimin riu, sendo guiado até o banheiro pela mão, entrando debaixo do chuveiro e sentindo a água forte massagear sua pele. Jogou os fios de cabelo para trás e sentiu a presença de Jeongguk em suas costas, cantarolando a mesma música da última vez que se viram, do último encontro antes de toda a dor da separação ser plantada em seu peito. No seu colo, estava desenhado a concha em meio a espinhos e no seu coração, o desejo de fazer aquela noite perdurar uma vida inteira.

I used to get on my knees and I'd pray for love to come find me someday, for love to come meet me my way.

Naquela noite, Jeongguk esfregava a esponja com rispidez contra a sua pele, numa vã tentativa de limpá-lo do que havia feito. Agora, xampu era depositado em sua cabeça, o couro cabeludo era massageado com paciência e, a voz de Jeongguk cantava sobre o amor que viviam e não pelo amor que seria interrompido.

I used to find things about me that were wrong to me, but then you came along and showed me. Showed me where I was wrong, so thank you, 'cause now I'm where I belong, in a world where I finally feel strong...

Peças voltavam a se encaixar, fazendo-os vislumbrar a redenção daquela história. Músicas podiam ser cantaroladas com lembranças que apenas o lembravam da gratidão de terem um ao outro, tatuagens seriam feitas devido a promessas antigas e as cartas seriam guardadas como parte da vontade de continuarem em contato, de terem uma parte do outro por perto, mesmo que tudo ao redor dissesse que era impossível.

E foi assim que Jimin adormeceu, com o peso do corpo de Jeongguk sobre o seu peito e a certeza daquele amor ressignificando as suas barreiras. E foi assim que Jeongguk acordou durante a madrugada, com um pesadelo diferente fazendo-o arregalar os olhos assustados e abraçar Jimin para ter certeza de que tudo o que o seu inconsciente havia o mostrado era mentira.

Jimin virou para o lado e resmungou, completamente alheio ao que se passava dentro da mente de Jeongguk, que o envolveu pelos ombros e enterrou o rosto na curva da nuca dele, embriagando-se da fragrância natural da pele e esperando que aquele vazio passasse, mas nem mesmo a sensação de senti-lo por inteiro grudado a si o tranquilizou. Levantou-se da cama calmamente, vestindo a calça moletom abandonada em uma cadeira e revirou as gavetas da mesa de cabeceira em busca da última carta recebida, sentindo a necessidade súbita de escrever uma resposta.

Andou até a sala, revirando algumas sacolas porque sabia que existia uma caneta entre as inúmeras coisas que havia comprado e sentou-se no sofá com o caderno apoiado na perna. Respirou fundo ao escrever a nova localização, como se percebesse as mudanças da sua vida naquele exato momento. Jeongguk não estava no passado à espera de ser tomado pela dor da ausência de Jimin. Jeongguk vivia o presente, pois o futuro havia finalmente chegado e o depois daquele ponto não havia como saber, o que era incrivelmente aterrorizante e excitante.

"Leiden, 08 de fevereiro de 2020

Meu amado Natsu,

É madrugada agora, você está dormindo serenamente no quarto ao lado e eu estou aqui na sala, me perguntando os motivos dos pesadelos que me fazem pensar que vou perdê-lo. Não se assuste se, no meio da noite, eu virar para o lado à sua procura, é que a minha pele clama pela sensação de ter por perto, de saber que o meu final feliz é este e que eu não poderia esperar por nada melhor.

Também não se assuste quando encontrar esta carta sobre o meu travesseiro, no lugar que eu deveria estar ocupando ao seu lado. Eu não tenho plano algum de ir embora, mas por que deveríamos parar com as nossas cartas de amor só porque, agora, posso te amar com a mão cheia da tua carne e com os meus ouvidos implorando por mais um suspiro teu?

Algo na ideia de te escrever me fascina ainda mais no momento, pois anteriormente nossas cartas eram como sinais de fumaça, vistas de longe. Sua letra me acalentava em minhas noites mais difíceis e agora, sinto que preciso me declarar de forma mais adequada. Parece que só o que sai da minha boca não é o suficiente, existe algo em meu âmago que necessita de mais paciência para ser expressado e confessado.

E confesso que tenho medo de muita coisa: se os meus vazios podem começar a me preencher, se os meus sonhos podem se tornar realidade ou se eles eram apenas projeções que a minha mente criava para tentar me tirar do lugar ruim que ela anteriormente habitava. No entanto, eu nunca tive medo que você deixasse de me amar, ou que preferisse seguir a vida sem mim. Algo na certeza com que você me ama me faz acreditar que eu posso ser bom, não só para você, mas para mim também.

Ah, Natsu... Eu poderia tatuar o seu rosto na minha pele e eu não acharia se tratar de um erro brega. Acho que consigo entender o que leva as outras pessoas a fazerem isso.

Algo na forma como você se interessa pelas minhas coisas e cuida de mim, me faz acreditar que sejamos perfeitos um para o outro e eu queria acreditar em alguma divindade apenas para ajoelhar e agradecer, pois às vezes eu me questiono se a existência cética aqui na Terra seria capaz de colocar alguém como você em minha vida.

Da verdade que nunca poderia ser dita, agora sou a primavera que espera encher os seus dias do mais puro amor que brota entre as minhas rachaduras, pois é assim que entra luz dentro de mim.

Seu para sempre,

Haru"


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