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25. Avisa quando chegar em casa

O gosto do café daquela casa era mais doce. Logo Jimin sentiu a diferença ao se lembrar do sabor forte que a típica garrafa térmica abrigava em sua cozinha, o tão preferido de seu pai, como se com o tempo a amargura tomasse conta da quantidade de pó na água fervente. Mas Hyejin e Namjoon ainda eram jovens, pareciam saber dosar muito bem o contraste de sabores.

Acordou antes de Jeongguk, como de costume, mas a falta de sono surgiu devido aos acontecimentos da noite anterior. Não conseguiu tirar da cabeça aquele último olhar direcionado a si dentro do carro. Leu a mistura de sentimentos presentes nos orbes escuros, mas a mágoa parecia tão latente que chegou a doer em si e talvez, ainda estivesse doendo um pouco naquele momento.

Queria cuidar dele. Pegar todas as suas dores e esmagá-las, enterrá-las em um lugar distante e deixá-las apodrecer até deixarem de existir. Mas o processo de decomposição é longo e o coração daquela mágoa ainda pulsava forte, vivo.

Olhando para todos sentados à mesa arredondada, xícaras cheias e torradas servidas à vontade, Jimin começava a entender que o mínimo que conseguia fazer, era o máximo que Jeongguk podia aceitar. Talvez a noite realmente houvesse acabado da forma como deveria, sem considerar a fala como um acalento, pois o sorriso de dentes avantajados era sincero ao estarem juntos fazendo piadas antes de dormir e agora ao acordar, com Hoseok ainda vestido com o kigurumi de coala até a cintura.

— Vê se tira esse pijama antes de fumar. — Namjoon disse enquanto o encarava tomar uma pequena dose de café puro, sabendo muito bem que o primeiro cigarro do dia logo viraria cinzas.

— Por que todo mundo diz isso? — Perguntou passando a língua sobre os lábios, se levantando e retirando o restante da peça, ficando apenas com o seu pijama de costume, uma blusa branca e uma calça cinza de moletom.

— Porque eu nunca vi um coala fumando e não quero ver agora. — O mais velho disse de cenho franzido, mas as risadas que surgiram com a sua fala conseguiram suavizar a carranca.

Balbuciando qualquer coisa em pura implicância, Hoseok seguiu rumo a varanda com o seu maço de cigarros e isqueiro em mãos, assim como a caneca de café.

Mais uma ironia na vida de Jeongguk: um de seus melhores amigos era um viciado, ao menos aquele tipo de droga era legalizada e ele não precisava se martirizar com o fato. Hoseok já fazia isso enquanto tragava forte e olhava para todos aqueles lembretes de doenças causadas pelo cigarro na embalagem de seus maços.

O clima lá fora era ameno, mas o vento mais frio conseguia eriçar seus pelos dos braços, nada que o calor do cilindro entre os seus lábios não pudesse resolver. Sabia exatamente quando começou a fumar, quando cada pequena dose de nicotina aliviava a ansiedade e pressão que sofria no colégio militar. E dali surgiu o seu primeiro gancho de memória, pois cada sentimento ruim valia um cigarro, além de toda a adrenalina do ato de fumar escondido com seus colegas de quarto. Foi bom no fim das contas, o ajudou a criar vínculos.

O tempo foi passando e seus costumes viciantes foram mudando. Agora, no auge de sua vida profissional, longe da família que o prendia como um pássaro, Hoseok tinha a liberdade de fumar quando queria, quantos cigarros quisesse. E o primeiro da manhã tinha um gosto especial, impossível não querer fumar com o sabor de café gostoso de Namjoon e seus amigos conversando ao fundo.

A fumaça espessa saía de sua boca quando olhou para trás e viu a mesma sala através da porta de vidro, cortinas abertas e sofá recheado de pessoas que amava, e, aqueles dois que estava começando a amar. Um deles era Taehyung e não pense que esse amor era apenas romântico, sentia uma amizade forte nascendo entre os dois após a conversa da última noite. Ele estava sentado no tão convidativo tapete macio, as pernas esticadas e seu tronco apoiado nas palmas atrás de seu corpo. Não conseguiu deixar de pensar que ele conseguia ser atraente de todos os ângulos, mas os olhos tão grandes deixavam o seu perfil ainda mais bonito. Bonito 'pra caralho.

Ok, talvez estivesse levando para o lado romântico, sim. A quem ele queria enganar?

— Preciso comprar mais cobertores. — Hyejin apontou, sentada relaxadamente no sofá. — Hobi vestido com kigurumi é muito fofo, mas logo, logo o inverno chega e não quero ter que expulsar minhas visitas.

— Taehyung pode me esquentar nas noites mais frias. — Hoseok falou mais alto de lá da varanda, piscando um de seus olhos em direção ao mais alto.

— Mais fácil você se enrolar nesse tapete. — Deitou-se de vez no chão, se espreguiçando e preferindo ficar ali, com os braços servindo de travesseiro. — Meus pés são muito frios. — Virou-se na direção da varanda, fitando a feição de quem teve seu flerte negado.

— Isso é verdade. Sabiam que ele tem um par de meias de lã? Parece um sapatinho de neném, só que gigante. — Jimin comentou e sorriu ao ver as sobrancelhas de Taehyung se comprimirem em pura indignação.

— Ei! Eu estou tentando manter um pouco de decoro por aqui. — E as gargalhadas dos outros foram música de fundo para a fala seguinte de Hoseok:

— Ah, essa cena deve ser adorável. Acho que vou ter que passar o inverno inteiro com você. — Os cotovelos estavam apoiados no parapeito e o indicador batia levemente no cilindro de nicotina, as cinzas voando para longe sem qualquer preocupação.

— E o que vocês fazem no inverno? — Taehyung deixou de olhá-lo por puro nervosismo e mudou de assunto.

— Assistimos filmes num projetor velho, a sala fica bem legal. — Namjoon disse e logo deu fim aos questionamentos dos dois amigos que se perguntavam o motivo de uma parede toda branca na casa de artistas.

— Mas antes do inverno temos algo muito mais importante que cobertores: — Hoseok ditou já abandonando o filtro no pequeno cinzeiro feito de garrafa pet e entrou na sala, se sentando ao lado de Taehyung, no chão. — A festa do estúdio.

— Festa do estúdio? — Jimin perguntou.

— Aniversário de inauguração, como se o Something fosse um pequeno bebê de 4 anos. — Hyejin completou e logo se assustou. — Meu Deus, quatro anos já?

— Não é uma festa muito grande, mas se vocês quiserem ajudar na organização seria bem legal. — Jeongguk deu a ideia e logo seus amigos concordaram, recebendo um sorriso de Jimin, que também gostou da proposta, queria passar mais tempo com todos.

E foi durante a troca de olhares que o moreno com seus olhos afiados observou a tela do celular do tatuado se acendendo, uma nova mensagem de um contato salvo com o símbolo de um beta pulando no visor. Não conseguiu ler o que havia ali e nem queria, mas pela feição tensa de Jeongguk logo soube que coisa boa não era. Ele destravou o aparelho com o polegar, se perdendo da conversa dos amigos enquanto lia as inúmeras mensagens e notificações de ligações perdidas que ignorou durante a noite.

Eram avisos de Baekhyun de que a polícia estava presente em Hongdae e não era aquela parte da corporação que ele podia confiar. A falta de respostas o deixou completamente transtornado ao pensar que havia perdido mais um dos seus, mas Jeongguk não sabia o que mandar de volta àquela hora da manhã, quando tudo estava bem porque ele não vendeu porra nenhuma ao longo da madrugada.

— É, não é tão grande... — Ouviu a voz de Namjoon o despertando de seus pensamentos involuntários, os olhos nervosos ao encarar a possibilidade de que poderia ter sido preso se não tivesse ido se divertir com os amigos. Engoliu em seco. — Convidamos alguns tatuadores amigos, clientes antigos, parece mais um evento de flash tattoo. Inclusive, os de Jeongguk sempre são vendidos muito rápido.

— Ah... Ja-á estou trabalhando em alguns. — Respondeu sorrindo. Um sorriso que não alcançava seus olhos, um universo de estrelas apagadas. E foi ali que Jimin soube que realmente não estava tudo bem, apesar de conseguir ver o esforço que Jeongguk fazia para parecer que sim.

— Por mim tudo certo. — Taehyung trocou olhares rápidos e nervosos com Hoseok, pois os encontros constantes os tornariam cada vez mais próximos e ele sabia o que aquilo significava. — Eu e Jimin podemos ir depois das aulas. — Não que ele se incomodasse com isso.

O moreno acenou com a cabeça, mas nada conseguiu dizer. A tela se acendeu novamente com o mesmo beta aparecendo no contato salvo e Jeongguk saiu do seu lado de repente, os olhos fixos no celular enquanto andava em direção a cozinha e os outros três acompanhavam a movimentação estranha do mais novo.

β:

Fui obrigado a ir atrás de informações suas e agora sei que está tudo bem, o que significa que você ignorou todas as minhas mensagens porque quis. Fico admirado que não dê a mínima para com todo o cuidado que tenho com você e com todos os meus meninos.

[10:32 a.m]

As mãos de Jeongguk tremiam e os dentes prendiam os lábios, maltratando a pele naturalmente rosada. Se continuasse com tais ações, não tardaria para que o tom escarlate assumisse de vez e o gosto de sangue surgisse na ponta da língua. Respirando fundo, conseguiu digitar mesmo que tivesse deixado algumas marcas de suor sobre a tela, digitando a primeira coisa que surgiu em sua cabeça, visto que Baekhyun estava esperando por uma resposta há horas:

a festa no campus da Yonsei estava pesada, não consegui nem olhar o celular

me desculpe

[10:36 a.m]

β:

Venha me ver o quanto antes, preciso lhe dar alguns avisos e parece que apenas pessoalmente você me leva a sério.

[10:36 a.m]

Odiava quando aquilo acontecia. Quando o Flamingo se esgueirava a força pela minúscula parte de sua vida que não deveria entrar; quando se via alheio às conversas e muito mais agora, com os olhos de Jimin sobre si, tentando ler o incompreensível e o puxando para perto quando não podia. Não conseguia.

— Eu tenho que ir. — Disse voltando para a sala, seu tom de voz era leve, mas a mão pressionava com força o aparelho telefônico. — Vocês querem ir agora? Podem ficar se quiserem. — Olhou de Jimin para Taehyung e logo seus amigos reforçaram a ideia, já que o papo estava tão bom.

— Na verdade, eu quero uma carona. — Taehyung respondeu se levantando do chão, já que Jimin apenas ficou olhando para Jeongguk com aquele velho semblante preocupado, o qual parecia criar morada em sua face.

— Eu vou também, acho que já fiquei bastante tempo fora de casa. — Sacudiu a cabeça e se levantou, se lembrando que passou o dia todo com Jeongguk e que foram para o apartamento dos tatuadores de caminhonete, fazendo uma parada para buscar Taehyung.

— E você, Hobi? Quer uma carona?

— Eu vou ficar para o almoço. — Respondeu se levantando para se despedir.

— Claro, como se vocês três não passassem tempo suficiente juntos. — Jeongguk implicou com uma falsa alegria no rosto. Jimin já sabia identificar quando ele só estava fingindo para não os preocupar, mas os outros três também.

— Certo... — Namjoon falou em tom sério, pegando em sua mão no que seria um cumprimento, mas segurando-a por tempo suficiente para perceber que seria uma despedida demorada. — Se cuida, moleque.

— Avisa quando chegar em casa. — Hyejin disse quando todos estavam prontos para partirem. Ele sabia muito bem que o aviso deveria vir quando a manhã do dia seguinte surgisse e estivesse seguro em seu apartamento mofado.

— Eu sempre aviso, hoje não vai ser diferente, noona. — Cochichou no ouvido da amiga fazendo uma promessa, mas esta não dependia apenas de si. Ela apertou seus ombros com mais força e suspirou pesado, o soltando e logo dizendo com o mesmo tom alegre de sempre:

— Foi um prazer passar a noite e a manhã com vocês. — Se referiu aos dois novos elementos do grupo, talvez já pudesse os considerar assim. — Espero poder repetir mais vezes.

E entre sorrisos e abraços calorosos, promessas de que voltariam, se despediram do casal anfitrião. Hoseok apertou Jimin em seus braços, quase o erguendo do chão, recebendo em troca uma risada gostosa e surpresa. Quando foi dizer tchau a Taehyung, a diferença de altura fez com que o seu beijo no rosto atingisse o pescoço ao invés da bochecha. Uma colisão que nenhum dos dois se importaria em repetir, quem sabe na próxima pudesse ser programada.

Seguiu até a caminhonete mal se atentando ao silêncio presente, seus pensamentos ainda estavam absortos na sensação dos lábios de Hoseok em contato com a sua pele. Parecia estar formigando.

Já dentro do automóvel em movimento, não conseguiu deixar de perceber o semblante vazio de Jeongguk ao olhar para as ruas movimentadas, ele nem ao menos se lembrou de afivelar o cinto de segurança e nenhum dos dois foi capaz de dizer qualquer coisa. O tatuado ligou o rádio numa tola tentativa de dissipar a tensão que aquele silêncio incômodo causava nos três, a música de letra e melodia contagiante não combinava com o desconforto das mãos pequenas de Jimin que brincava com seus anéis.

A lembrança daquela primeira vez em que Jeongguk dormiu em sua casa surgiu em sua mente. Naquele momento, ele carregava aquela mesma feição de quem precisava partir o quanto antes, preocupado com o que poderia acontecer e infelizmente em tal ocasião, foi levado até Busan, sumindo por alguns dias porque sua mente virou uma completa bagunça. O que seria agora?

Assistiu Taehyung passar em frente a caminhonete para atravessar a rua, bagunçando as ondas de seus fios de cabelo enquanto o fitava com um peso no olhar. Até ele tinha percebido e já nem conseguia esconder.

Não muito longe dali, pararam em frente à sua casa e Jimin desligou o rádio no instante em que Jeongguk fez o mesmo com o motor da caminhonete. Sem hesitar, buscou os olhos alheios, mas não foi correspondido de imediato. E só nessa fração de segundos em que o outro tentava fugir dos pensamentos ruins que cercavam a sua mente, Jimin não conseguiu deixar de perguntar:

— Tá tudo bem?

— Tá! — Se virou para ele, sorrindo pequeno e chegando mais perto de seu corpo. — É que depois de todo esse tempo juntos, vai ser difícil me despedir de você.

— Jeongguk... — Chamou após selar os lábios com carinho e sentir a textura áspera da pele, queria tanto que o motivo fosse esse. Se afastou minimamente e passou o polegar sobre a área machucada, a digital se confundindo com uma pena de tão delicada. — Eu não sou bobo, vi que você recebeu uma mensagem e ficou desse jeito.

— Você viu? — Perguntou passando a língua sobre os lábios e arqueando as sobrancelhas.

— Não li a mensagem porque não quis, mas eu leio você o tempo todo, meu bem. — Agarrou a mão alheia e acariciou o pulso com o polegar, sentindo o hálito de Jeongguk ser soprado em sua direção ao bufar cansado.

— Não é nada demais... — Olhou ao redor antes de conseguir fitar Jimin nos olhos mais uma vez. — Meu chefe só quer me passar alguns avisos, fico ansioso com essas coisas.

O moreno franziu os lábios pensativo e olhou para o próprio colo, onde as mãos permaneciam unidas. Gostava de apreciar a beleza das palmas de diferentes tamanhos, a sua tão pequena mergulhada na maior de Jeongguk. Acabou por perceber que o seu polegar passava por cima de um beta cravado à tinta preta, com certo relevo devido a má cicatrização, pois foi feito de qualquer jeito.

Reticências foram abertas em sua mente enquanto processava a informação do nome em que viu no contato salvo, a menção da pessoa ser seu chefe e de que Jeongguk não estava livre de uma tatuagem de gangue. "Só pode ser isso...", ele pensou. A realidade agora era uma rua sem saída, sem escapatórias para segundas interpretações.

— E não precisa se preocupar quando eu fico assim, não quero te envolver nessas coisas. — O tatuado continuou e desentrelaçou as mãos, pousando as palmas nas bochechas fartas de Jimin, que fechou os olhos para que impedisse Jeongguk de vê-los brilhar pela maresia que começava a lhes tomar. Selou os lábios de forma carinhosa, inocentemente, sendo pego de surpresa pelos braços que apertaram tão de repente os seus ombros, dentro de um abraço no qual o moreno se esqueceu de respirar.

— Me avisa quando chegar em casa. — Pediu com a voz sôfrega, os pulmões doendo devido ao peso que aquela realidade possuía. Não sabia que doía tanto assim.

— Ei... — Jeongguk acariciava as costas tensas de Jimin, vendo-o soltar o ar de pouco a pouco e afrouxar uma parcela daquele aperto. — Aviso sim, neném. Mas eu já disse... — Começou beijando a orelha que estava mais perto da boca e a medida que Jimin se afastava, seguiu com os lábios pelo pescoço, queixo e o restante de todo o rosto, chegando ao destino final que era nos lábios, provando do gosto de creme dental que ambos possuíam na ponta da língua.

Mas estranhamente, não gostou do sabor daquele beijo. Pois ao mesmo tempo que não queria soltá-lo, agarrando-lhe a nuca, as unhas se arrastando pela pele macia, o ar saindo pesado de suas narinas; também havia um sabor de último beijo. Este que não desgrudaria da boca tão cedo e que parecia tão vívido naquele momento.

Talvez se continuassem de olhos fechados; se aquele ósculo não encontrasse seu fim, Jeongguk nunca partisse e Jimin não precisaria conviver com a dor da incerteza. Sem saber se aquele fora realmente o último beijo.

Mas quebrando todas as expectativas dos seus pensamentos, Jeongguk selou os seus lábios demoradamente, segurando seu rosto de forma firme, impedindo-o de dar continuidade a tudo aquilo. E o fitando com os orbes parecendo cada vez maiores, disse a frase que fez o coração de Jimin se derreter por inteiro:

— Vai dar tudo certo, eu vou com o seu cheiro.

Balançou a cabeça dizendo que sim, mesmo com dificuldade em se mover por ainda estar com o rosto entre as mãos grandes tatuadas. — Eu preciso entrar. — Pegou os pulsos dele e segurando-os, olhou em direção ao caminho de pedras que levava em em direção a porta da sua casa, a lâmpada da cozinha acesa logo ao lado.

— Vai, neném. Eu vou me cuidar, mando mensagem quando chegar em casa e... — Jeongguk começou a citar todas as promessas que havia feito, mas foi interrompido antes que o moreno pudesse colocar as mãos na maçaneta para abrir a porta.

— Bebê, pra começar, coloca a porra do cinto de segurança.

— Eu vou colocar! — Disse com os lábios esmagados contra os de Jimin, selando-os uma última vez antes de deixá-lo na calçada, afivelando o cinto enquanto o olhava e dar a partida, vendo a figura de cabelo negro se tornar menor a cada casa por qual passava, virando a esquina e sumindo completamente de sua vista.

O silêncio da rua só não era tão gritante devido ao farfalhar das folhas que caíam das árvores, no mesmo tom dos filmes envelhecidos de câmeras analógicas já tão antigas. Sentiu um vazio de repente, pois o medo começava a surgir mais vez, mas aquele ele não conhecia. Até então, não sabia o que era ter medo de perder alguém.

Virou os calcanhares de maneira preguiçosa, adentrando a casa quente e com cheiro de frango no forno. Tirou os sapatos e logo andou em direção a cozinha, tirando a jaqueta jeans que vestia e sorrindo assim que viu sua mãe direcionar o olhar para si ao descascar batatas.

— Apareceu a Margarida... — Jiyoon não perdeu tempo em alfinetar o filho, ganhando um revirar de olhos divertidos em troca.

— Oi, mãe. — Disse rindo, se sentando relaxadamente à mesa, abraçando a jaqueta.

— Passou a noite bem? Tomou café da manhã? — Perguntou preocupada, mas também estava curiosa sobre as constantes ausências de Jimin. Ele costumava passar as noites fora, nisso ela não via problema por confiar muito nele, mas os dias durante a semana se arrastavam e ela nem via sinal do filho, somente aparecendo no dia seguinte, exatamente como naquele sábado.

— Sim, na verdade tô bem cheio. — Respondeu somente a última pergunta, obviamente querendo fugir da primeira.

— E a noite? Como foi? — Não que Jiyoon fosse facilitar a sua tão frustrada tentativa.

— Foi boa. Fui a um bar com os meus amigos escutar uma banda local. Eles são bem bons, depois procuro alguns vídeos pra te mostrar.

— Certo... — Semicerrou os olhos e largou as batatas de lado, enxugando as mãos no pano de prato. — Filho, você sabe que eu não sou de cobrar esse tipo de coisa, sei que é responsável, mas... Você anda dormindo fora ultimamente numa frequência que eu não estava acostumada, e aí fiquei pensando. — Enrolou os dedos no pano enquanto o olhava. Jimin a encarava com o coração batendo acelerado, não era a primeira vez que sua mãe fazia perguntas como aquela, mas agora ele tinha um motivo que o deixava nervoso daquele jeito. Ele tinha alguém. — Você tá... Como os jovens falam hoje em dia? "Fixo" com alguma pessoa? — Fez aspas com as mãos e aquele foi o fim de Jimin, rindo do jeito fofo de sua mãe perguntar se estava namorando.

— Sim, eu estou fixo com alguém, senhora Park. — Acenou que sim com a cabeça, encarando o chão sorrindo antes de voltar a olhar para ela, um tanto envergonhado.

— Ah é? E quando vou conhecê-lo? — E Jimin nunca se cansaria do sorriso bonito que sua mãe abriu com aquela pergunta que poderia não ser tão simples para tantos outros. Se pudesse, congelaria o tempo numa fotografia só para guardar a sensação de ser tão bem aceito.

— Na verdade... — Mordeu os lábios num nervosismo que já não era tão bom, se lembrando também do pai que tinha preconceitos enraizados tão profundamente quanto qualquer tinta na pele. — Você já o conhece e sabe que não é fácil trazê-lo aqui.

Jiyoon arregalou os olhos e logo virou o pescoço em direção ao arco da cozinha para checar se Kwan não aparecia por ali a qualquer momento. Colocou a mão na boca e se aproximou para cochichar, obviamente ela se lembrava de Jeongguk, não dava para esquecer das tatuagens e muito menos dos olhos tão grandes e ansiosos em vê-la.

— Nossa, mas ele é muito bonito, um pitel mesmo. Como os jovens falam? Gatinho?

— Um broto, um pãozinho. — Jimin brincou com os apelidos usados em outra era e logo levou alguns tapas de pano, as gargalhadas ecoando pelo pequeno espaço.

— Mas é sério agora. — Se recostou na mesa e continuou a dizer. — Se ele é um menino direito, não vejo motivo para não insistirmos um pouco com o seu pai.

E o sorriso de Jimin morreu no mesmo instante, porque Jeongguk não era um "menino direito" aos olhos dos outros. Ele possuía tatuagens por quase toda a pele e era traficante de drogas. Não queria, tinha outros sonhos e talentos, estudava para ser o melhor que pudesse no futuro, mas ainda vendia drogas, ainda desafiava a lei.

— Eu prefiro esperar um pouco, mãe. — A seguinte troca de olhares pedia compreensão da parte de Jimin e Jiyoon tentava entender o pedido do filho, com inúmeros questionamentos borbulhando em sua mente, mas se assim ele quisesse, não o pressionaria.

— O que vocês estão cochichando aí? — A voz divertida de Kwan reverberou na cozinha, andando em passos largos em direção a geladeira, chamando a atenção dos dois que já haviam esquecido do assunto anterior. — Ei Margarida. — Chamou por Jimin, que sorriu com o novo apelido, logo sabendo que foi motivo de conversas entre os dois. — Viu a sobremesa que eu fiz? — Perguntou de costas para si, ainda ocupado com a geladeira.

— Não, o que o senhor fez?

— Um pavê! — Se virou para os dois espectadores, orgulhoso com a travessa de vidro em mãos. — Mas esse aqui é só pra ver mesmo, porque o menino ficou bonito demais. Olha essas camadas!

— Se as suas sobremesas feias já eram gostosas, essa daí deve estar uma delícia, pai. — Disse carinhoso, o rosto apoiado sobre o punho enquanto os assistia voltarem a cozinhar, dando uma ajuda cortando alguns legumes aqui e ali.

Seu pai não era de todo ruim, alguns de seus ideais e ideias eram. Jimin confiava nele para tudo, tanto que não hesitou em contar quando beijou um menino pela primeira vez e não estranhou quando ele ficou ao seu lado ao que finalmente resolveu se assumir para Jiyoon.

Mas desde que conheceu Jeongguk, Jimin entrou em conflito para tentar entender a mente de seu pai, porque ele aceitava muito bem a sua homossexualidade, mas criticava de forma tão severa um simples desenho na pele de outra pessoa. Ele possuía uma balança com pesos diferentes para cada um, mas era só olhar para o passado e compreender que algumas cicatrizes em seu país tinham raízes mais profundas que outras. Para Kwan, era fácil olhar para o próprio filho e aceitar a forma como ele amava, mas querer se parecer com um marginal era uma escolha que todos deveriam evitar.

Jimin subiu as escadas para seu quarto depois do almoço, o gosto da sobremesa estrangeira ainda na boca e o clima leve reverberava em seu peito. Ainda sorrindo, fechou a porta após escutar os gritos divertidos de seu pai, que dizia: — Lá vai a Margarida!

E só foi dar alguns passos dentro de seu quarto para que sentisse o peso da sua nova realidade nas costas. A brisa de outono que entrava pelas janelas não fazia da sua bagunça mais bonita, no fundo, encontrava um quê de melancolia.

Enquanto escovava os dentes, não conseguiu deixar de pensar que Jeongguk não tivera um almoço como o seu e que muito provavelmente, ele nem havia comido coisa alguma depois do café da manhã. Se deitou na cama tentando fazer os pensamentos descansarem, fugir daquela ideia de que o roteiro do seu romance era um clichê entre estudante de literatura e traficante mal-encarado. Fechou os olhos desejando com toda a força que tudo fosse exatamente como eram nos filmes, pois os livros pareciam ser mais elaborados: Sem muitos dramas, preocupações merecedoras de toda atenção e o mais importante, sem qualquer medo fazendo morada novamente em seu peito.

Mas a realidade o puxava de volta com o celular vibrando sobre os lençóis, o nome de Taehyung brilhando na tela juntamente com uma foto de seu rosto bonito.

— Fala.

Ei, neném. — Jimin bufou com o apelido sendo pronunciado pela voz grossa do amigo e logo ouviu a risada gostosa ecoar do outro lado da linha. — Sei que você já deve estar cansado da minha cara, mas eu queria conversar.

— Sobre um tal de Jung Hoseok? — Seu tom de voz carregava malícia e arqueou as sobrancelhas duas vezes, mesmo que o outro não conseguisse ver.

Bem, também...

— Eu sabia! — Jimin disse animado, se ajoelhando no colchão, mas logo a sua onda foi cortada.

Calma, não é sobre isso que você está pensando. — Ouviu o muxoxo do amigo e continuou com a sua fala. — É que eu conversei com ele ontem sobre Jeongguk e depois de toda a tensão desta manhã, eu pensei que sei lá... — Jimin suspirou e se deitou novamente, mirando o teto enquanto o escutava. — Talvez seja mesmo uma boa ideia ajudarmos na festa e nos aproximarmos dos amigos dele, não só porque vocês namoram, mas por todo o resto, sabe?

— Como assim?

Taehyung permaneceu calado por longos segundos em busca das melhores palavras, seu forte suspiro chiou no ouvido de Jimin: — Hoseok-hyung disse que não acredita em deuses, mas que reza pedindo para Jeongguk voltar pra casa. — Silêncio mais uma vez e um nó surgiu na garganta de Jimin, que só conseguiu suspirar de volta, fazendo o telefone de Taehyung chiar também. — Sim, eu sei.

— Ele tem uma tatuagem de gangue. — O moreno falou mais baixo inconscientemente, talvez fosse um segredo, ou só não quisesse entregar a voz embargada. — Ele não me disse, mas eu liguei os pontos. E eu tenho medo, Tae.

Medo de que?

— De perdê-lo.

E assim surgia aquela velha e conhecida sensação de que algo deveria ser dito, mas o quê? As possibilidades podiam se tornar realidades duras demais para lidar e não havia consolo para aquilo. A única certeza presente era que Jimin havia se curado do medo de amar e agora se permitia sentir outros medos, e, infelizmente, esses pareciam doer muito mais do que fora apresentado nos livros.

(...)

Jeongguk já havia decorado cada mínimo detalhe daquela sala, não porque ela era atrativa e sua decoração o agradasse, mas costumava usar a observação dos ambientes para tentar fazer a ansiedade e mal-estar passarem. De todos os estojos de canetas caras que Baekhyun gostava de exibir, até mesmo uma sacola da loja Persona que um dia apareceu por ali; ele não deixava passar nada.

E não poderia ser diferente com o primor do ambiente, porque apesar de tratarem de assuntos sujos por ali, o lugar era extremamente limpo. Logo, estranhou a garrafa de whisky e o copo com gelo derretido repousado à frente de seu chefe, sem qualquer descanso, em contato com a madeira envernizada, manchando-a.

— Gostou das minhas olheiras? — Baekhyun apontou com o indicador para a área arroxeada de seus olhos, os fios do cabelo escuro caindo sobre a testa, completamente despenteado. — Eu achei que tivesse te perdido, garoto. — "Achei que fosse mais um sinal do meu império ruindo", completou dentro da própria cabeça porque aquilo Jeongguk não precisava saber.

— Me desculpe por isso. — Tentou dizer olhando-o nos olhos, mas não conseguiu sustentar o olhar por muito tempo.

— Espero que isso não se repita. Responda imediatamente assim que ver qualquer mensagem minha, ligação, sinal de fumaça, ou qualquer um dos meninos lhe avisando sobre algo. Não quero perder o sono por sua causa. — Baekhyun ainda possuía o tom de voz firme, apesar das doses de whisky que tomara para aliviar a raiva que sentiu assim que soube que não havia qualquer registro de Jeongguk no banco nacional de mandados de prisão. — Espero que a tranquilidade que você transmitiu nesta última noite suma, não sei como consegue sabendo que Bogum e Loco foram presos.

— Eu vou ficar mais atento, não repetirei o mesmo erro. — Engoliu em seco, a língua mais amarga do que o líquido cor de caramelo na garrafa a sua frente. — Creio que hoje eu não possa ir para Hongdae.

— Nem pensar, Yongsan também está com a patrulha pesada por causa da morte daquela viciada. — Riu soprado, erguendo apenas um canto dos lábios. Cruzou os braços se recostando na cadeira e de queixo erguido para o mais novo, verbalizou um pensamento que lhe surgiu de repente: — Você é esperto, né moleque? Fica controlando a dose dos outros, não vende quando vê que a pessoa já tá meio fora de si... No fim, você sempre esteve certo e eu errado. Mortes por overdose chamam a atenção da polícia.

O olhar de Jeongguk era duro e os lábios trêmulos foram fisgados pelos dentes, as mãos suadas apertavam os braços da cadeira da qual estava sentado e o nojo subiu-lhe a garganta. Era isso que Baekhyun era, nojento.

Não controlava as doses para evitar a polícia, nunca pensou assim. Temia mais pela vida de desconhecidos do que eles mesmos.

— Então não devo abandonar meus costumes humanitários? — Riu da ironia contida na própria fala, levando os dedos a boca, roendo as unhas. O que fazia era tudo, menos humanitário, não havia qualquer ética em suas ações. Talvez Jeongguk também fosse nojento. "Posso vender drogas para você, mas não quero que morra. Sua longa vida interrompida seria muito para o meu consciente já pesado", pensou na calada dos pensamentos.

— Quem não morre, compra no outro dia. — Ergueu as sobrancelhas e apoiou os cotovelos na mesa, seus lábios em linha reta, estranhamente sorrindo. Vai ver era efeito do álcool em sua corrente sanguínea. — Se mantenha assim que está dando certo, afinal, você ainda está aqui, só precisa ficar mais atento ao telefone. Agora você já pode ir.

Quando Jeongguk passou pela porta e Baekhyun se viu acompanhado somente das paranoias que nunca diziam adeus a sua cabeça, coçou a testa de forma tensa e sussurrou para si mesmo: — Esse moleque está mentindo para mim.

Cansado de insinuar que havia alguém lhe distraindo do que deveria fazer, as ameaças não deram certo, muito menos a ida a Busan. Jeongguk parecia cada vez mais distante, escapando de suas mãos e como posse, Baekhyun não poderia deixar que aquilo acontecesse. Não tardou em pegar o telefone e discar o número de Jay, sendo prontamente atendido, do jeito que gostava. — Park, preciso te perguntar uma coisa, espero que saiba responder.

Pode mandar, chefe.

— Houve alguma festa grande na Yonsei ontem?

Não que eu saiba, agora no outono o campus fica bem parado devido ao fim do semestre se aproximando. No verão é que as coisas são mais quentes, se é que me entende. — Park riu de modo sacana da própria piada, mas logo foi interrompido.

— Entendo sim, garoto. — Disse sem paciência com a metáfora ridícula e ainda com a confirmação de que Jeongguk estava mentindo para si. — Quero que fique de olho no Flamingo, sabe quem é?

Claro que sei, esqueceu que eu tô aqui desde quando o Grande Byun mandava você lavar as mãos antes de comer? — Disse se referindo ao seu pai falecido, fazendo-o fechar os olhos com a lembrança de si mesmo ainda adolescente, aborrecido com as regras idiotas de higiene. Hoje em dia, cultivava de uma limpeza invejável e se irritou quando percebeu a mancha da bebida na mesa, ele não gostaria nada de ver aquilo. — E além do mais, não é todo mundo que tem cabelo rosa nessa gangue. — Riu mais uma vez de forma irritante, tirando Baekhyun de seus devaneios.

— Certo. Descubra se ele está onde diz estar e principalmente... — Pausou, olhando para a fotografia bem conservada no porta-retrato. A honra de seu pai estava em jogo e ninguém poderia manchá-la, precisava ter as cartas na manga para usá-las se caso fosse necessário. — Se ele tem alguém.

De volta ao seu apartamento, Jeongguk estava sentado na cama olhando fixamente para o saco de pancadas tão judiado por ele e por Nanquim. Fazia tempo que não descontava o que sentia daquela forma e foi pego desprevenido ao pensar em voltar a agir sem qualquer pena dos nós de seus dedos.

A conversa com Baekhyun ainda era sussurrada em seus ouvidos. Apesar de toda a ausência de ameaças e perguntas das quais ele não poderia responder, ouvir da boca dele que o seu comportamento estava correto e até incentivado, fez surgir um bolo em seu estômago. Mesmo que os motivos fossem diferentes, ainda se sentia mal por estar em concordância com alguém tão sujo, porque as suas intenções não eram.

Bufando dolorosamente, apoiou os cotovelos nos joelhos e olhou para baixo, sendo pego de surpresa por Nanquim se enroscando pelas suas pernas, esfregando os pelos escuros e lhe arrancando um sorriso.

— Ei, companheiro. — Acariciou a cabeça do gato, ganhando um ronronar de presente. — O que vai ser de você quando o inverno chegar e as janelas ficarem fechadas, hein?

E enquanto Nanquim estava ali, Jeongguk se sentia menos só, seus passos sendo acompanhados por todo o apartamento. Durante o banho gelado, que fazia a espinha se contorcer e lufadas acompanhadas de pulos no banheiro, o gato estava ali, virando a cabeça de lado, observando. Mas logo corria apressado para não ser atingido pelos pingos d'água que saíam dos fios cor de cereja ao serem balançados, se aproximando assim que Jeongguk estava concentrado amarrando os cadarços dos seus sapatos e demorando mais do que o necessário porque o deixava brincar.

Antes de partir novamente, deixou ração suficiente para a noite e uma pequena fresta na janela se caso ele quisesse sair. Fechou a porta lentamente, encarando o gato o olhando de volta com aqueles olhos verdes arredondados. Não queria ir.

E assim que colocou os pés na calçada de seu prédio, soube que não estava na merda sozinho, ao menos era essa a cara de Hyunah ao fitar-lhe do outro lado da rua. Estava arrumada, o cabelo em cachos falsos e volumosos, a maquiagem escura nos olhos ainda intacta e o batom vermelho contornando com perfeição os lábios.

Mas não conseguiram iniciar uma conversa, um carro que ela conhecia bem se aproximava e o seu peito começou a subir e a descer com mais força. Trocou um olhar doloroso com Jeongguk, a boca muda emitindo as palavras "se cuida", recebendo de volta um "você também" antes que pudesse sumir dentro do automóvel, portando um sorriso cheio de simpatia fingida.

Sozinho, respirou fundo e entrou em sua caminhonete, nem se atentando ao longo percurso que o levava a uma festa mais afastada dos grandes centros conhecidos. Ao parar em frente ao endereço marcado no GPS, Jeongguk avistou uma viatura e um rosto conhecido, o corpo fardado escorado na lataria, braços cruzados enquanto o cumprimentava com um acenar de cabeça.

E assim Jeongguk soube que ao passar da noite, logo no início da manhã, conseguiria digitar a mensagem que quem tanto o amava, ansiosamente esperava:

Jeongguk:

ei neném, cheguei em casa

[06:14 a.m]

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