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❙❘ Vinte ❘❙

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Quando duas massas giram em torno de uma estrela,
elas podem algum dia se chocar em uma colisão cataclísmica

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Depois de um longo dia devido ao sucesso da inauguração da Casa de Surf Santa Clara por causa do movimento na loja, o grupo de amigos só queriam beber para se anestesiar o cansaço e curtir a festa. Rodrigo fechou a loja ao anoitecer e cada um pegou uma função diferente a fim de preparar o ambiente para a comemoração.

Em frente à loja e casa de Rodrigo, um convite irresistível tomava forma pelas mãos do anfitrião. Uma fogueira crepitava, lançando sua luz aconchegante sobre a noite serena. O ar era perfumado com a doce fragrância da madeira queimada e a expectativa pairava no ar.

A noite se enfeitava com a beleza do luar. A luz prateada banhava a paisagem, criando uma atmosfera etérea e encantadora. As estrelas, como diamantes espalhados pelo veludo do céu, testemunhavam a magia que estava por se desenrolar.

Na tenda onde mais cedo as meninas faziam seu trabalho, agora tudo foi guardado de volta às suas bolsas e deixado em um canto no quarto de Rodrigo; o espaço de trabalho durante o dia deu lugar a três mesas de plástico onde foram postos pratos para os aperitivos, saladas em conserva para petisco, bebidas, copos e talheres.

Clara levantou a sacola de plástico pela alça e despejou os itens na mesa para que elas pudessem organizar dando seu toque feminino. Com seus dedinhos ágeis Clara rasgou as embalagens plásticas revelando seu conteúdo: uma pilha de pratinhos brancos aguardavam pacientemente para receberem as delícias da noite. Sem perder tempo, outro pacote foi aberto, revelando guardanapos macios e absorventes. Com a destreza de um maestro Clara os intercalou criando uma torre colorida e convidativa.

Do outro lado da mesa em uma sincronia perfeita, Aurora e Pandora partiram limões ao meio com casca e sem semente, separando em copos descartáveis que foram posicionados um ao lado do outro que encheu duas mesas, parecia ser suficiente para embebedar a cidade inteira! Em seguida adicionaram os outros ingredientes que seriam usados na caipirinha como açúcar e uma rodela da mesma gruta para decorar , os líquidos e o gelo seriam adicionados no momento de servir.

- Uaau, vocês são boas nisso - Clara ficou chocada com as habilidades das irmãs.

- Estamos acostumadas - Aurora deu de ombros com um sorriso amigável enquanto tentava tirar com o dorso da mão uma mexa de cabelo que caiu em seus olhos.

- Nosso irmão dá muitas festas e pegamos um pouco de prática com o tempo - Pandora acrescentou explicando para Clara.

Depois de terminado de cortar a fruta empilharam um copo dentro do outro para ganhar espaço e guardaram em uma caixa de isopor de bebidas já preenchido o fundo com gelo roliço.

Desde pequena, Amélia demonstrava um talento nato para a culinária. Seus dedos dançavam sobre os ingredientes, combinando-os com uma precisão instintiva transformando pratos simples em obras de arte culinária e por isso ela ficou responsável por preparar os aperitivos.

Nos fundos do terreno, atrás das tendas onde as meninas trabalharam durante o dia, Henrique pegou o saco de carvão que estava ao lado da churrasqueira no chão e rasgou a borda afim de despejar os blocos negros dentro da estrutura de tijolos vermelhos para acender. Ele seria o responsável por assar a carne, linguicinha e outros petiscos na brasa.

Assim que chegou, Vinícius levou sua encomenda direto ao amigo assador, ele tinha saído direto da loja e passado em casa para buscar duas caixas de isopor, pois elas passaram o dia todo marinando em um tempero especial da Dona Marta, sua mãe, que era de lamber os dedos de tão delicioso! O tempero de dona Marta combinado com as habilidades de Henrique na grelha era de comer rezando, dizia ela.

Ao mesmo tempo que Vinícius estava fora, Eduardo terminou de instalar os aparelhos de som na garagem atrás da casa de Rodrigo. Desde pequeno, a música fluía pelas veias de Eduardo como um rio caudaloso. A paixão por melodias e batidas o acompanhava em cada passo, colorindo sua vida com ritmo e alegria. Esse sentimento o impulsionou a explorar o universo da discotecagem, mergulhando de corpo e alma na arte de mixar sons e criar experiências sonoras únicas. Ele devorava livros, assistia a tutoriais e praticava incansavelmente, horas a fio, aperfeiçoando suas habilidades e refinando seu estilo próprio.

Sua dedicação não passou despercebida. Logo, Eduardo conquistou o reconhecimento e a admiração de seus amigos, que o convidavam para animar suas festas e eventos. A cada apresentação sua fama se espalhava e ele se consolidava como o DJ oficial das festas de Henrique, o rei das baladas entre a turma.

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Passava das dez da noite e o som pulsava melodias estridentes pelos auto falantes, batidas que energizavam a galera e ninguém ficava parado. As luzes de canhão coloridas refletiam no globo de espelho no centro da pista deixando um desenho geométrico no chão e nas paredes esse conjunto trazia um misto de euforia e mistério devido a falta de luz direta. O strobo fazia com que tudo parecesse estar em câmera lenta.

Naquela hora, todos que foram convidados e puderam ir se faziam presentes e se deliciavam ora ou outra com os aperitivos, entretanto a maioria já estava bêbada trupicando pelo caminho.

As festas de Henrique eram assim, primeiro barriga cheia e depois muita bebedeira até o último que aguentar em pé e a farra se estendia por horas. Clara e Amélia não eram acostumadas a esse ritmo acelerado, mas perceberam que era rotina para os demais, então as amigas se serviram de refrigerante e dançavam em um canto menos tumultuado.

- Estão gostando da festa? - Rodrigo se aproximou tentando falar por cima da música em um tom quase ao berro.

No momento em que as amigas tomaram fôlego para responder, foram interrompidas por um grupo que se uniu em coro para cantar um trecho de uma música muito alegre que havia começado:

"Go Johnny go, go Johnny go, go Johnny go.

Go Johnny go, go Johnny go, go Johnny go, go, go".

As amigas se entreolharam e começaram a rir, mas responderam juntas da mesma maneira e sem sair do ritmo da dança.

- Siim!

E era verdade, elas estavam se divertindo a maneira delas. Rodrigo já estava bastante bêbado e dava para perceber por vários sinais como o jeito que ele elevava o tom de voz, ele parecia mais alegre que o normal também e algo que Clara achava fofo eram suas bochechas rosadas. Ele havia começado seu ritual desde quando terminou de ascender a fogueira e ainda não tinha parado, o fato de mal ter comido acelerava o processo de embriaguez.

Diego estava trabalhando até o momento e se sentia um pouco cansado, mas queria prestigiar a conquista do irmão, já que pouco ajudou devido estar ocupado com o próprio emprego. Estacionou sua moto na estrada e deu a volta no terreno para chegar na festa, de mansinho se esgueirou entre a pequena multidão desviando de dançarinos espaventados para chegar até as amigas, abraçando Amélia pela cintura.

Sua namorada distraída deu um gritinho ao sentir as mãos gélidas na barriga devido a brisa gelada que o atingia enquanto pilotava sua moto até ali, mas abriu um sorriso largo ao olhar por cima do ombro e ver o rosto de Diego quem a abraçava por trás.

- Diego! - inalou seu perfume e o abraçou apertado antes de o puxar para um beijo apaixonado e cheio de saudade. Ela bem sabia o que estava acontecendo embaixo do seu nariz, mas resolveu que esperaria até que algum dos dois confessassem, e sendo fiel aos próprios sentimentos ela decidiu aproveitar Diego o quanto podia.

Clara bebericou seu refri, e aproveitou a deixa para sair sem ser vista, Rodrigo já havia escapado do seu lado e o encontrou falando animadamente com Henrique lá trás, perto da churrasqueira.Aurora atacava alguns petiscos na mesa principal quando avistou Clara com o olhar perdido dançando sozinha e foi ao seu auxilio, pegou a garota pelo braço e a levou para dançar na sua roda de amigos.

- Gente, essa é a Clara, a namorada do Rodrigo - ela apresentou ao grupo falando sorridente.

- Ah que linda! Eu te vi por aí, mas não sabia quem era! - Marcela, a magricela do grupo disse na mesma hora, como não gostava de Luana, torcia para que Rodrigo encontrasse outra garota para se relacionar e simpatizou rapidamente com Clara. Ela era animada e muito extrovertida e suas roupas sempre refletiam sua personalidade espaventada.

- Ai, não olha agora - Pandora disse olhando em direção a Rodrigo lá no portão, sua visão para essas coisas era como um imã e passando o olhar rapidamente ao seu redor logo foi fisgado pela cena.

Alguém apareceu se esgueirando pela sombra do luar e chamou a atenção de Rodrigo, ele que estava próximo do portão frontal correu para ver quem era: Luana. Fazia um tempo que eles não se viam e ficou surpreso quando percebeu que ela chamava por ele.

A embriaguez tomou conta de Rodrigo, nublando seu discernimento. Em um lapso de juízo, ele permitiu a presença da ex-namorada no mesmo ambiente que Clara, sua atual companheira e grande apoiadora no negócio da loja.

Clara, alheia à situação constrangedora, observava a cena com estranheza. Sem conhecer a mulher que se aproximava, ela recorreu às amigas em busca de esclarecimento.

- Luana é a nossa amiga, vamos mana falar com ela? - Aurora tentou desconversar e chamou a irmã para a ajudar se afastando rapidamente.

- Não podemos deixar essas duas no mesmo lugar, o que o Rodrigo tem na cabeça? - perguntou retoricamente para Pandora enquanto desviavam das pessoas até chegar no portão.

- Isso vai dar ruim, vamos logo!

Os primeiros meses da gravidez estavam sendo difíceis para Luana, ela parecia mais magra e cálida, mas sua pele e cabelos estavam ótimos a primeira vista com um brilho único. Luana sorriu amigavelmente ao ver as melhores amigas.

- Ah, que saudade meninas! - disse ao se abraçarem ao mesmo tempo.

- Sim, você sumiu dizendo que precisava de um tempo e aparece aqui do nada sem avisar ninguém? - Pandora parecia chateada e não escondeu seu tom de voz bruto.

- Eu sei, me desculpem, mas eu queria prestigiar o Ro.

- Legal, mas não parece ser o momento certo - parou para dar uma olhada rápida para a festa e constatar que Clara ainda os encarava de longe - a namorada do Rodrigo está aqui.

- Ótimo, vou entrar para conhecer ela - deu um passo a frente e logo foi barrada pelas amigas.

- Claro que não! Essa situação não vai ser boa para o seu bebê - tentou convencer.

- Não vai ter problema, o que vocês disseram para a Clara? - Rodrigo perguntou sem nem piscar.

- Que a Luana é nossa amiga.

- Então entra e curte a festa, Luana. Sem perigo! - fez um sinal para Luana ir na frente e a seguiu para dentro da festa quando outro amigo o chamou e ele foi ao seu encontro.

- Que cara de pau! - Aurora bufava de raiva por Rodrigo tomar tal decisão, então ela mesma ia resolver as coisas. - Você cuida da Clara e não deixa elas chegarem muito perto, nem se falarem, nem nada, e eu fico com a Luana, o Henrique já terminou de assar a carne e a gente pede para ele levar ela em casa.

- Mas ele bebeu também - respondeu a irmã deixando Aurora pensativa por alguns segundos.

- A gente da um jeito de levar a Luana pra casa, só não vamos deixar que elas se encontrem, tem bastante gente e vai ser fácil.

- Tudo bem então, vamos lá!

Clara achou estranhou o comportamento do quarteto enquanto os observava de longe, mas ela precisava desviar hora ou outra das pessoas que cruzavam o seu campo de visão e perdeu o entendimento, decidindo esperar. Algo parecia errado, mas se sentia impotente sem respostas. Afinal, quem era essa tal de Luana? E porque estavam agindo desconfortáveis assim diante da presença repentina dela?

Clara já estava evitando a amiga sentindo seu coração apertado por ver ela e Diego juntos, e agora ficou com um pé atrás com a chegada de Luana. Tentando esquecer, continuou dançando com Marcela, mas como todos ali conheciam Rodrigo a bastante tempo, não demorou alguém soltar sem querer e Clara ouvir "o que a ex do Rodrigo está fazendo aqui?". A moça logo fisgou de quem estavam falando e a revelação a atingiu como um raio, trazendo consigo uma mistura de confusão, mágoa e decepção.

Na tentativa de acalmar seus pensamentos tomou o copo de caipirinha da mão de Marcela em bebeu tudo em um gole só fazendo uma careta engraçada no final. Decidida a espairecer, caminhou até a fogueira do lual e sentou no tronco seco em plena escuridão tentando acalmar seu coração que batia acelerado, mas por um motivo totalmente oposto ao grupo que ria e bebia ao seu lado.

- Está tudo bem? - Diego perguntou para a namorada que parou de dançar e sentou-se em um banquinho próximo.

- Está sim, só cansada e não encontro Clara em lugar algum.Amélia olhou ao seu redor mais uma vez tentando encontrar a amiga, buscou pelas madeixas loiras e as roupas que estava vestindo entre as luzes da discoteca, mas não ajudaram muito. Além de cansada se sentia desconectada mesmo Diego estando ali com ela e por isso decidiu que era hora de ir embora.

- Quer que eu te leve pra casa? - Amélia balançou a cabeça positivamente - Então pegue suas coisas que eu te levo.

Diego também não conseguiu encontrar Clara e esperava que a moça estivesse em segurança em casa, e queria checar isso. Sem sucesso.

Pouco a pouco os convidados haviam ido embora ficando apenas alguns que dormiram onde estavam, um embaixo da mesa, outro sentado no chão ao lado da porta, um adormeceu estirado na areia gelada. Perto da meia noite, quando Diego retornou, não havia mais som, ele chamou, chamou, mas não havia sinal de alguém acordado. Rodrigo estava jogado em sua cama totalmente bêbado, assim como a maioria que dormiu ali.


Deu de ombros, buscou uma uma bala halls do bolso da jaqueta de couro e lançou para dentro da boca. No momento em que ele girou o corpo para buscar sua moto, pronto para partir, uma silhueta familiar se delineou contra o crepúsculo, banhada pela luz tênue da fogueira quase extinta na areia da praia. Um vento leve e gélido agitava as folhas das árvores, e, nesse instante, ele reconheceu os cabelos dourados de Clara, reluzentes sob a luz fraca. Sem hesitar, buscou uma mantinha aconchegante no sofá e a drapeou sobre seus ombros, juntando-se a ela naquela noite fresca fazendo o tronco da fogueira estalar sob o peso de seu corpo.

- Porque está aqui sozinha? É perigoso - ele sabia que o irmão estava fora de si, mas queria ouvir o que ela tinha a dizer, sua expressão era nítida de desapontamento e tristeza.Clara pensou antes de responder enquanto isso podia ser ouvido alguns grilos. Uma leve brisa fez farfalhar algumas folhas levando seu perfume floral até as narinas do rapaz fazendo-o inspirar forte. Outra rajada um pouco mais forte brincou com alguns fios do cabelo da moça, que Diego fez questão de por no seu lugar. O rapaz sentiu quando seu dedo encostou na bochecha de Clara e recuou corado.

- Só esvaziando a mente, quero ficar sozinha, mas não quero ir para casa agora - respondeu ela depois de um longo suspiro.

Diego ponderou se ficava ou ia embora, mas a resposta veio sem a sua pergunta.

- Fica aqui comigo e me faz companhia? - Diego imediatamente balançou a cabeça positivamente.

A moça se viu encurralada, pois o motivo que a impulsionava a buscar a solidão agora se encontrava bem ali, ao seu lado. Mas, ao mesmo tempo, sua presença a envolvia em um calor reconfortante.

Diego fixou seus olhos no rosto de Clara, banhado pela penumbra da noite, iluminado apenas por alguns pontos de luz bruxuleante da fogueira quase extinta. A face angelical da moça, antes serena, agora se mostrava séria e carregada de uma sombra melancólica sob a quietude da noite. Ouviu-se um crepitar.

- Que bom a gente se encontrar, eu estava querendo falar com você já faz um tempo, mas não estava conseguindo. - Diego enterrou os dedos de um é na areia, a moça ficou surpresa, mas mirando em direção ao oceano conseguiu esconder.

- Eu tenho até o amanhecer, ou até seu irmão acordar - brincou ela com um sorriso, mudando seu humor completamente.

Eles fluíram em uma conversa descontraída, pulando de um assunto para outro com a naturalidade de quem se conhece visceralmente. A sintonia era inegável, um reflexo da profunda conexão que os unia. Diego era um bálsamo para sua alma.

Com Rodrigo, a comunicação era um desafio. Seus pensamentos, presos em uma caixa, limitavam a expressão de suas opiniões. Em debates, ele se perdia, incapaz de articular seus argumentos de forma saudável. O que era para ser uma troca de ideias se transformava em discussões acaloradas, sempre terminando em brigas.

Diego, por outro lado, era a personificação da gentileza. Sua voz aveludada tinha o poder de suavizar até as palavras mais ásperas, transformando-as em melodia para os ouvidos de Clara. Com ela, ele se sentia livre para ser quem realmente era, sem máscaras ou pretensões.

Em cada nota de sua voz, em cada expressão facial ou gesto, transbordava o amor que ele nutria por sua cunhada. Clara, apesar da pouca idade, era perspicaz o suficiente para captar esses sinais com nitidez. Seu instinto feminino não falhava: Diego a amava, e esse sentimento era evidente em cada fibra do seu ser.

De repente, a conversa se dissolveu no ar, as risadas se silenciaram, dando lugar a um clima carregado de seriedade. Diego sentia um turbilhão de emoções dentro de si, a necessidade avassaladora de confessar seus sentimentos por Clara se entrelaçava com o medo de perdê-la. Ele jurava para si mesmo que esconderia a verdade, mas cada segundo se tornava uma tortura.

Clara, por sua vez, com seus olhos sempre atentos decifravam o que ele tentava esconder, enquanto ela mesma travava uma batalha interna contra seus próprios sentimentos.Em um ato de coragem impensada, Diego soltou um suspiro profundo, carregado de angústia. "Não consigo mais aguentar", confessou ele, antes de se inclinar e selar seus lábios com um beijo inesperado.

A boca de Clara era um porto quente e macio, convidando Diego a um mergulho em suas profundezas. O sabor levemente alcoólico de seu beijo se entrelaçava com o frescor da menta em sua boca, criando uma sinfonia de sensações que os envolvia em um turbilhão de desejo.

Clara sentia seu coração bater descompassado, ameaçando romper as costelas. A cada toque, cada roçar de lábios, ela se afundava mais naquele êxtase fugaz, ciente de que cada segundo era precioso e cada toque, irrepetível. Agarrou-se a Diego com força, buscando eternizar aquele momento em seus braços, congelar o tempo e as emoções que os consumiam

Diego, por outro lado, ansiava por esse beijo desde o primeiro instante em que seus olhares se encontraram. No entanto, em meio à paixão avassaladora, a racionalidade ainda lutava para se fazer ouvir. Ele sabia que ficar com Clara era uma bomba-relógio prestes a explodir, e que alguém, inevitavelmente, sairia ferido.

O calor do beijo se intensificava, mas era como se uma sombra pairasse sobre eles, um lembrete constante das consequências que seus atos poderiam ter. Clara, dividida entre o desejo e o medo do futuro incerto, se entregava cada vez mais àquele momento, buscando saciar sua sede de amor e afeto, mesmo que por um breve instante.

Diego, por sua vez, lutava contra seus próprios demônios. A cada toque de Clara, seu corpo clamava por mais, mas sua mente o advertia dos perigos que os cercavam. Ele se via dividido entre a paixão que o consumia e a responsabilidade de proteger a mulher que amava, mesmo que isso significasse abrir mão de seus próprios desejos.

O beijo era mais do que um simples encontro de lábios. Era um turbilhão de emoções contraditórias: paixão e medo, desejo e razão, esperança e desespero. Era a representação da luta interna de dois corações que se amavam, mas que se viam presos em uma teia de circunstâncias que os impediam de ficar juntos.

Ao se separarem, finalmente, seus olhares se encontraram. Nos olhos de Clara, havia uma mistura de êxtase e melancolia, enquanto nos de Diego, transbordavam angústia e incerteza. Diego então a abraçou forte sentindo o lábio arder, prova do que acabara de acontecer. O beijo havia sido um portal para um mundo de desejos inconfessáveis e promessas impossíveis, deixando um gosto amargo na boca de ambos, um lembrete de que o amor, por vezes, vem acompanhado de sacrifícios e dores.

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