c a p í t u l o - 1 8
Edith estava novamente na escuridão, mas agora o silêncio era maior e ela sentia-se caindo, como num pesadelo, sem saber quando o final vai chegar. Até ver dois olhos violetas que a fitavam com certo orgulho. Seu pai. Ariel. A visão estava nublada, contudo, Edith apenas sabia que era ele.
— Ainda não terminou, minha anjinha — disse suavemente, antes de sumir.
Edith abriu os olhos lentamente. Estava deitada de barriga para baixo em uma terra estranha e negra. Piscou algumas vezes antes de obter foco. Era impossível. Montanhas de rochas pontiagudas e negras, gritos de sofrimento e agonia que não se calavam sob rios de lava. Não era possível ver o céu, já que ele não existia em tal dimensão.
O cheiro pútrido que se espalhava por entre corpos deteriorando-se ainda vivos pelo chão. Edith percebeu, já com náuseas violentas, que boa parte das montanhas era feita de corpos simplesmente jogados à podridão eterna. Sem aguentar, a jovem liberou tudo o que havia em seu estômago, pensando apenas que foi parar no inferno.
(193 palavras)
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro