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c a p í t u l o - 1 5

Grendow guiava Edith por mais corredores. A mente de Edith apenas conseguia pensar em uma palavra vulgar para expressar a menção de mais corredores. Estes guiavam para um lugar subterrâneo. Como uma passagem secreta, Grendow puxou uma das tochas para baixo, e ela fez a parede se deslocar para a direita, revelando uma escada em espiral do mesmo material que as paredes, não havia tochas, porém a própria escadaria parecia emanar luz. E, conforme Edith descia as escadas, sentia um vento vindo de brechas inexistentes nas paredes.

— Chegamos — Grendow anunciou.

O lugar possuía uma beleza viva, literalmente. As pinturas de anjos guerreiros lutando contra demônios grandes, bizarros e poderosos que se exibiam nas paredes de pedra se moviam.

Altos e musculosos, definidos como desenhos anatômicos, lutavam com espadas e outros tipos de armas contra seres estreitos e brancos, de braços longos e dedos cadavéricos, vestiam longas capas negras que iam até os calcanhares e de suas mãos fluía névoa negra contra a qual os seres de luz lutavam. No teto abobadado, o céu estava pintado, e nele viam-se as estrelas piscando, outros astros em movimento. Edith estava admirada com a energia positiva que o lugar emanava.

— Não parece um centro de treino — Edith disse, com convicção.

Com o chão ladrilhado de mármore perolado e a luz que vinha de um lugar desconhecido, Edith realmente não acreditava que treinassem ali, pelo simples tamanho do local. Entretanto, Grendow tinha outros planos em vez de treinar ferro com ferro.

— Talvez por que você não precise.

— Como eu não precisaria? Eu ter me defendido de um deles não quer dizer que consiga fazer novamente... pode ter sido apenas sorte de principiante.

Grendow fez sinal para que ela parasse de falar. Ela cruzou os braços e bateu o pé nervosamente, esperando que o louro continuasse.

— Edith... Você teve dezenas de vidas, e em alguma delas você deve ter aprendido o básico de defesa — Edith arquejou. Seria realmente possível? Grendow realmente foi genial. Edith fitou os olhos azul-safira com a pergunta da qual mais se esperava uma resposta.

— E você quer que eu recupere essas memórias? — Ela questionou, seguindo a linha de raciocínio do anjo.

— É o que tentaremos fazer.

— Simples assim? — Grendow sorriu e meneou a cabeça com a frase da menina.

— Difícil assim — disse ele.

— E o que você precisa que eu faça? — perguntou Edith.

— Sente aqui no meio de modo que fique confortável.

Grendow indicou o centro do salão, bem abaixo de uma das estrelas brilhantes do teto. Edith sentou com calma, cruzando as pernas em sua frente. Edith estava nervosa, entretanto, como Grendow queria: confortável. O anjo louro sentou à sua frente do mesmo modo e fixou os olhos safira nos violetas da garota.

— Feche os olhos — pediu ele, e Edith o fez — E relaxe — Grendow via a tensão da garota sentada no chão liso e frio.

— Difícil — Edith riu, nervosa.

— Você consegue — Grendow a convencia — Agora imagine uma sala, ou qualquer lugar que queira...

— Qualquer lugar?

— Qualquer, deixe sua mente abrir e criar o que quiser.

Edith fechou os olhos e apenas deixou a imaginação fluir, deixou que sua mente fizesse o resto. O resultado foi algo parecido com um templo. Longas e decoradas colunas dóricas, que brilhavam como cristal, emitindo e refletindo as cores do arco-íris.

Enquanto o chão se cobria lentamente por emaranhados de roseiras brancas, com suas pétalas suaves voando e perfumando, uma leve brisa passava por ali, apenas o suficiente para ondular os cabelos e deliciar a pele.

— Agora precisamos criar algo para suas memórias, veja um fio, alguma conexão — Ela ouviu a voz distante de Grendow. Como se estivesse em outro cômodo de uma casa, atrás de uma porta.

E, para as memórias, Edith só conseguiu deixar a imaginação criar uma coisa: um gigantesco carvalho. Lembrou-se de quando encontrou o pai, percebeu somente agora que a árvore da qual esteve próxima era um carvalho. O tronco começou a crescer em espiral rapidamente, e as folhas que pontilharam cada pequeno galho eram de um verde intenso e logo começaram a arrastar-se aos montes pelo chão.

O perfume amadeirado tomou conta do olfato de Edith. Ela se aproximou da sua árvore. As folhas macias passavam em sua pele e, tocando o tronco áspero e grosso, tão grande que pelo menos cinco pessoas seriam necessárias para abraçá-lo, emitiu uma luz lilás. A árvore a reconhecia. E ela apenas sentia paz de espírito.

Edith ouviu um som de espanto e virou-se rapidamente. Grendow olhava a criação sem acreditar. Ela fez tudo aquilo. Ele continuava a examinar tudo com admirável incredulidade. Desde o chão ladrilhado brilhante até as colunas cristalizadas. E o carvalho. Grendow se aproximou e tocou as folhas mais próximas da árvore. Ela reagiu ao toque emanando uma luz anil.

— Nossa Edith... você... você criou... tudo isso.

Edith enrubesceu com o tom de voz que Grendow usou. Mas, sim, ela havia criado. Cada lajota, cada rosa branca, cada feixe de luz.

— O que você está fazendo aqui? Não é minha cabeça? — Edith perguntou, em meio a um sorriso.

— Calma, Edith — O louro sorriu brincalhão — Vou te guiar, lembra?

— Então o que faço agora? — Edith se rendeu.

— Agora você vem aqui — O anjo louro chamou Edith, acenando com a mão para perto do Grande Carvalho assim nomeado por Edith. Ela pensava que, se estava vivendo uma aventura como um bom livro, aquilo precisava de um nome. Grendow apenas continuou sua explicação — E toca na sua conexão — Edith fez o que Grendow pediu, e a árvore brilhou ao seu toque. Ela esperou mais instruções. Sua mão formigava levemente, como se ela e a árvore estivessem compartilhando uma carga elétrica — Agora você se conecta, tente procurar as partes mais escondidas da sua mente.

— Do jeito que você fala parece fácil — Ela retrucou.

— Você é incrível, conseguiu criar tudo isto aqui — Grendow girou as mãos, exibindo o templo —, mas não consegue criar um pequeno fio de conexão?

— Não sei.

— Deixe fluir. Liberte sua mente.

Edith franziu o cenho, irritada. Pôs a mão novamente sobre o tronco áspero da árvore. Grendow esperava tanto da jovem, porém ela viveu pouco para saber tanto quanto ele queria que soubesse. Confuso? Talvez. Realidade? Com certeza. O anjo da guarda de Edith olhava com atenção como ela brilhava quando tocava a árvore.

Talvez fosse apenas ilusionismo, entretanto, ele sabia da conexão entre elas. Uma conexão de vida. Algo que sempre existiu e nunca poderia ser quebrado. Entre ela e o carvalho, havia fios de luz. Como se cada célula da jovem houvesse realmente se conectado com a árvore.

Quem a visse, sentada na posição de lótus no chão regular da Catedral dos Anjos, com a respiração regulada e em silêncio perceberia como a sala estava clara. Uma luz oriunda da própria Edith emanava. Seus cachos flutuavam com um vento inexistente no cômodo fechado.

Em sua mente, Edith procurava um canto escondido, uma porta fechada, uma barreira. Exatamente o que Grendow queria. E ela também. E encontrou. E abriu.

Uma enxurrada de imagens atropelou Edith. Lembranças e memórias antigas. Dezenas de histórias e épocas diferentes, lugares e costumes distintos, dezenas de vidas.

Em uma delas, havia uma garota de estatura baixa, que exibia um longo cabelo louro e um par de olhos escuros como breu. Usava um pesado vestido rosa rodado, todo bordado e cheio de babados.

A moça seria dita como doce e delicada, de uma época antiga, se não fosse pela espada longa que segurava. Um soldado estava em sua frente, de armadura e, empunhando uma espada maior que a moça, ele lhe ensinava truques. Ela atacava com destreza e estratégia. Girava e defendia, mesmo com todo o peso do vestido rosado.

Havia grandes muralhas em volta dos dois, e Edith soube, sentiu como se ela fosse aquela bela loura, e que estavam escondidos para que ela pudesse treinar. Ela queria ser tão boa quanto os homens que a cortejavam, para que não ficasse sentindo-se submissa a qualquer pessoa. Edith sentiu que ela estava ali escondida, pois, a qualquer insinuação de movimento estranho, a menina ficava tensa. Era uma guerreira por sua liberdade.

Em outra memória, Edith viu uma mulher alta, morena, de olhos verdes amendoados e cabelo negro até a cintura em uma trança. Usava vestes indígenas de couro animal fervido e segurava fortemente um arco e flecha curvado. Ela parou em posição de ataque sob a árvore em que estava. O pé direito estava apoiado em um galho não tão grosso quanto o esquerdo equilibrava. Ela ouvia tudo, sentia tudo a à sua volta.

O silêncio estava no local, nem pássaros, nem animais, quieto demais. Ela segurou o arco firmemente, respirou fundo, e ouviu passos de seu alvo. Edith sentiu que a indígena estava caçando um mercenário que capturou sua família. Assim que ela atirou a flecha em seu alvo, o acertando em cheio, Edith soube que ela era uma guerreira por justiça.

A outra imagem era de uma ruiva de cabelos cacheados até os ombros, com um vestido leve de seda verde escorregando pelo corpo esguio até os joelhos. Ela segurava várias facas de arremesso, do tamanho de sua mão, um alvo pintado de vermelho e branco toscamente em uma madeira redonda, havia várias pessoas em volta.

Ela respirou, pensando que sempre quis fazer aquilo, então jogou todas as facas ao mesmo tempo, acertando o centro do alvo com facilidade. Seu instrutor meneou com a cabeça, sorrindo com satisfação. Edith sentiu sua felicidade ao receber um elogio tão grande de um instrutor tão rígido, um sorriso era o melhor presente, e soube que ela era uma guerreira por seus objetivos.

Ela viu até uma mulher alta, de detalhes fortes, grandes olhos azuis eram definidos pelos caracóis negros dos seus cabelos sedosos. Montada em um soberbo cavalo negro, a mulher usava uma armadura que se ajustava ao corpo definido, e, na cabeça, uma pesada coroa de ouro decorada com rubis e safiras.

Ela ergueu a grande espada, chamando a atenção de seu exército. E, com um grito de ordem, seu cavalo empinou e saiu em disparada ao inimigo, sendo seguido por outros milhares. Edith sentiu seu medo, sua fraqueza, a tristeza de ter de estar em um momento tão violento, entretanto, o que mais sentiu daquela rainha poderosa foi o quanto ela queria vencer tudo e conquistar a paz para seu reino. Ela era uma guerreira por seus sonhos.

E, assim, as imagens foram passando na mente de Edith. E ela tinha certeza: todas aquelas mulheres, jovens, guerreiras, todas eram ela. Ela foi tudo, ela era tudo aquilo que viu. Edith sabia que, se pegasse um arco e flecha, saberia exatamente como manuseá-lo. Se pegasse uma faca ou uma espada, saberia as melhores formas de ataque e defesa. Edith aprendeu tudo em menos de alguns minutos. Contudo, o que realmente aprendeu foi o que sentiu em cada uma das vidas, cada sentimento, cada desejo, cada meta, cada sonho.

Ela soltou a árvore com um som de espanto e um sorriso no rosto. Ela olhou para Grendow com incredulidade. Era incrível demais o que havia acontecido. O anjo da guarda sorriu para Edith, exibindo o melhor dos sorrisos. Ele arfava. Edith sabia que ele esteve com ela e viu tudo o que ela viu.

— Já falei que você é incrível? — Os olhos azuis dele cintilavam de emoção.

— Acho que sim... — Ela não pôde deixar de comentar — Mas pode dizer de novo.

E então ela abriu os olhos. Sua mente fechou-se novamente. Estavam de volta à sala. Edith havia se maravilhado com o que viu. Com tudo o que conseguiu aprender em pouco tempo. Era muita coisa. E tantas informações deixaram-na zonza e com uma grande dor de cabeça. Grendow parecia levemente atônito também, como se aquelas informações o deixassem cansado, entretanto, seu trabalho foi o de proteger as lembranças sombrias, ou seja, o modo como todas aquelas guerreiras deixaram este plano.

A dor de cabeça de Edith lhe chegava a latejar. Entretanto, o que viria em seguida lhe daria uma dor de cabeça maior ainda.

E que dor de cabeça.

(2028 palavras)

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