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Capítulo 21 Abismo

Kim Kkoch-hee não fez questão de demorar a se decidir entre o que vestir, mas isso não desfez o fato de que suas irmãs e a futura esposa de seu irmão mais velho, a prenderam ali por duas horas. Felizmente, o pequeno gatinho branco que chamou de fuligem, a distraiu em boa parte desse tempo. Ela apegou-se ao animal com extrema rapidez e preocupou-se por seus pais não o aceitarem em casa, já que nenhum dos filhos tiveram animais domésticos. Claro que tinham nomeado os cães de caça, mas há quase seis anos, foram vendidos para um homem e nenhum dos filhos os viu por aí.

Apesar das festividades sempre atraírem a atenção da jovem dama, não estava muito empolgada com aquela comemoração em questão. As festividades de final de ano, desejadas por vários meses, desta vez, traziam consigo o vazio da incerteza, de que um dia seu coração receberia a resposta que procurava.

Chegaram ao Palácio, pouco depois das quatro da tarde. O sol começava a querer se despedir daquele dia. Lembrou-se de ouvir a mãe reclamar, ardentemente sobre o atraso delas, já que teriam de se arrumar, mas não deu importância a voz estridente gritando com ela. Olhava os lados pensativa, curiosa e até dividida. Não sabia exatamente qual a situação lhe preocupava, mas Kim Tae-hyung estava na metade de seus pensamentos.

— Irmã. — Kim Hye-ji entrou no quarto de Kim Kkoch-hee, pronta para a festa e com uma expressão de culpa, incriminadora. — Devo lhe confessar uma coisa, antes que descubra por outros e me arrependa.

— Hã? — deu atenção a garota e deixou seu olhar se direcionar a ela e não ao reflexo no espelho, que estava tão distante quanto seus pensamentos.

— Depois que seguiu a loja de especiarias, Kim Tae-hyung foi até nós e me perguntou o que tinha escrito na carta. — encolheu-se pensando que a irmã a esbofetearia. Kim Kkoch-hee fez isso durante a infância, na verdade, por mero ciúme da atenção exagerada que a irmã mais nova recebia da mãe.

— Ele sabe? — encarou a mais nova, com as bochechas rosadas por maquiagem, deslumbrante em um hanbok rosa, cuja seda fina não via a anos. — Ele sabe? — sorriu enquanto as lágrimas que escorriam pelo rosto se misturavam em seus lábios à saliva rodeando suas bochechas e correu ao encontro de Kim Hye-ji, assustando a menina.

Kim Kkoch-hee continuou atrás da irmã mais nova, até alcançá-la. Assim que o fez, apesar de bagunçar o penteado da irmã e borrar sua maquiagem, a mulher beijou suas bochechas e apertou-a fortemente em um abraço aliviado, afinal, de seus ombros um peso farto havia sido arrancado e a sensação de alivio trouxe-lhe felicidade.

Não se preocupou em saber se era correspondida. Apenas o fato de ter conhecimento que o senhor Yoon ouviu sobre seus sentimentos a fizeram imensamente bem. Logicamente aquela alegria repentina atraiu a atenção da matriarca, que não demorou a tirar as próprias conclusões.

Kim Mo-yeon estava pronta para começar a casar suas filhas. Pensava estar mais do que na hora das três saírem de casa e graças ao Dr. Choi Seo-joon, tinham dinheiro suficiente para casá-las com os lordes mais ricos dali. A dama desajustada de Koguryo, filha do meio, uma Kim cujo coração sonhador merecia o mundo, era amada por três homens. A mãe da menina pensou em deixá-la decidir, afinal, era sua felicidade que importava. Principalmente porque viveria bem com qualquer um deles.

— Você definitivamente não tem modos! — estapeou a moça tentando separá-la de Kim Hye-ji que gargalhava pelas cócegas que os beijos estalados e molhados da irmã, causavam nela. — Onde já se viu descer só com as roupas de baixo?

— Oh! — olhou-se por inteiro e viu as pessoas na sala, em sua maioria prontas para sair. O olhar se direcionou aos irmãos, por uma leve maldade, mas se acalmou ao ouvi-los rir descaradamente. Era um bom sinal, de que ainda se viam como meras crianças idiotas, que costumavam brincar na lama até nem se reconhecerem e depois, correndo pelo bosque, nadavam as margens de um rio que cortava a propriedade, para se lavar.

— Vá se vestir! — gritou com a moça que correu escadaria acima ainda ouvindo a risada dos irmãos e até do pai, que chegou a tossir por engasgar-se no meio do riso. Kim Mo-yeon estremeceu uns instantes, preocupada se os homens apaixonados por aquela mulher, ainda a amariam se soubessem tudo sobre ela e sua liberdade exagerada.

Apressada e tropeçando nos próprios pés, entrou no quarto atrás da caixa com o hanbok que Kim Ha-won escolheu para ela. Puxou as duas fitas completamente vidrada na excentricidade e glamour que tal peça lhe passava. Tal vestimenta não necessitava de apresentações, contentava-se sozinha de anunciar ao mundo qualquer mulher que o vestisse.

O longo hanbok vermelho ousava embelezar e destacar ainda mais a palidez que Kim Kkoch-hee exibia, junto de longos cabelos castanhos e olhos redondos como duas azeitonas. As bochechas sempre coradas eram uma característica peculiar e charmosa. Não esforçava-se para parecer bela e por isso, apenas se vestiu, deu um jeito de erguer algumas mechas do cabelo e o restante, o destino se encarregou, apesentando a família Kim uma outra pessoa, completamente diferente da que desceu agarrada ao pescoço de Kim Hye-ji.

— Ela está... — Yoon Seon-ok encarou-a descendo em passos lentos, como se fosse outra pessoa.

— Se não lhe conhecesse, diria que tem uma gêmea que só aparece em ocasiões como esta. — Kim Seok-jin se aproximou sorrindo para a irmã mais nova e viu-a sorrir de volta.

— Poderia simplesmente dizer que estou bonita.

— Você está. — estendeu a mão e ajudou-a a descer as escadas. — Vamos com a Yoon Seon-ok.

— Claro.

— Você às vezes parece uma égua xucra indomável.

— Sabe que odeio essas comparações com bichos. — empurrou Kim Nam-joon para o lado e ele tentou permanecer em pé enquanto saíam do Palácio Bunhong.

— Mas tem horas que acredito que é uma dama de verdade. Um dia se casará e sairá deste Palácio, talvez para desbravar o mundo, talvez para outro lugar onde possa sossegar e continuar com suas criações.

— Fala como se fosse sentir minha falta.

— Você sempre vai ser minha irmãzinha, nunca se esqueça disso.

— Nossa, como estão sentimentais. Ela não vai morrer só porque colocou um hanbok vermelho. — Kim Ha-won passou pelos dois, puxando o irmão e deixou Kim Kkoch-hee subir na carroça com a esposa de Kim Seok-jin.

— Permita-me dizer que está incrivelmente bonita, senhorita Kim Kkoch-hee.

— Obrigada, Yoon Seon-ok. Devo lhe elogiar de mesma maneira, azul é a sua cor, chama atenção para seus cabelos.

— Agradeço. — sorriu.

— Agora que as senhoritas já se elogiaram, pode dizer o motivo para ousar usar vermelho?

— Se quer saber, não escolhi essa roupa. — sorriu pensando o motivo pelo qual Kim Seok-jin se incomodava. Será que sentia-se preocupado com o fato de que ela seria cortejada e agora poderia ficar noiva? — Mas não se preocupe, devo resolver todos os meus problemas esta noite.

— É exatamente isso que me preocupa. — acompanhou o pai, que saiu na frente, e todos seguiram para o Palácio Real.

Pela primeira vez em muitos anos, as festividades de fim de ano não eram oferecidas pelo Conselheiro Kim, mas ele não se importou com isso, estava focado em encher o estômago e ir para casa. Nem passou pela sua mente que uma de suas filhas poderia acabar lhe causando problemas, mesmo que já esperasse tal atitude.

Chegaram ao Palácio Real bem próximo das nove horas da noite. O local estava cheio de convidados de todas as classes sociais, mas nenhum membro da família surpreendeu-se com isso. Costumeiramente convidavam toda Koguryo para suas festividades, afinal, se estavam na boca do povo, seriam falados por todos.

Kim Mo-yeon encarou o marido e viu-o sorrir cabisbaixo, como se percebesse a estratégia da família Jeon. Jeon Jung-kook tinha interesse desmedido por Kim Kkoch-hee e se aquela festa fosse uma maneira de conquistar o pai da moça, felizmente estava funcionando.

O jovem de olhos marcantes, recebia os convidados na entrada do salão, provavelmente esperando a presença ilustre da bela dama pelo qual se apaixonou. Trajava uma das roupas mais bonitas que já vestiu, com detalhes dourados que se destacavam ainda mais pela palidez de sua pele e o tom mais claro de seus cabelos. Em sua frente, também recepcionando os convidados, o irmão Jeon Ban-hae e a esposa Kim Jin-yi davam as boas vindas de maneira sincera e contente com a chegada de tais festividades e partida de um ano frio e conturbado.

A impaciência de Jeon Jung-kook começou a ser notada pelo irmão mais velho. Não demorou para Jeon Ban-hae perceber que o outro só estava ali esperando por Kim Kkoch-hee, na certeza de que a convidaria para dançar ou algo semelhante a isso.

— Jeon Jung-kook ... — Park Ji-min chegou acompanhado de Jung Ho-seok e o verdadeiro Min Yoongi.

— Senhor Min, felizmente o senhor está aqui.

— Felizmente?

— Está aqui para ver como dançarei divinamente com a senhorita Kim Kkoch-hee?

— Tsc... — baixou a cabeça e sorriu, irritando imediatamente o rival. — Kim Kkoch-hee não dançará com você, senhor Jeon. Não perca seu tempo tentando vencer algo assim, será incapaz.

— Ora seu! — tentou socá-lo, mas Jeon Ban-hae o segurou. — Solte-me, ele merece.

— Imagine se ela chegar exatamente neste momento, que tipo de exemplo quer dar a ela?

— Não sei o que os homens veem nessa garota, é só uma mulher desajustada da sociedade. Que tipo de esposa vai ser? — Jeon Bong-soon se meteu no assunto dos irmãos. — Não seria mais benéfico casar com alguém como eu? — encarou Park Ji-min, mas ele não retribuiu.

— Você está noiva do príncipe Park Ji-min, não se meta nisso, é conversa de homem. — Jeon Ban-hae apontou a mesa da família e fez a esposa tirar a irmã dali. Ele sabia que Jeon Bong-soon só estava aguardando o momento de engalfinhar a única pessoa que considerava sua adversária.

Quando o príncipe e o lorde Jeon avistaram Kim Chung-hee, todos mudaram suas expressões histéricas e fixaram seus olhares no conselheiro, que caminhava de braços entrelaçados com a esposa Kim Mo-yeon, que apesar da idade, ainda era uma das mulheres mais bonitas da cidade. Atrás dela, seguia Kim Seok-jin e a noiva Yoon Seon-ok, depois Kim Nam-joon e a irmã Kim Ha-won e por fim, deviam vir Kim Hye-ji e Kim Kkoch-hee, as duas mais novas, porém, a jovem de quatorze anos estava só.

Ambos os rapazes não se deram sequer o trabalho de cumprimentar a família ou mesmo mostrar respeito. Atropelaram as formalidades perguntando pela moça quando não a viram e ouviram uma risada longa e sarcástica de Kim Chung-hee que não lhes respondeu e seguiu para o salão onde a festa acontecia. O velho conselheiro amava a ideia de vê-los se remoendo de curiosidade, parecia-lhe um castigo ideal para todas as desavenças e má educação que ambos tiveram para com ele nos últimos dias.

Kim Kkoch-hee fazia-se presente no Palácio de sua majestade, mas para ela, havia alguém que merecia uma visita tanto quanto os convidados ilustres que decoravam o salão enquanto dançavam. Uma garota de dezesseis anos, com um rosto adorável e angelical, que foi sentenciada pela amargura do destino a permanecer presa a uma cadeira, sem nunca correr ou dançar, coisa que ela admirava veemente.

— Lembro-me da primeira vez que fui a um baile, não sabia dançar. — a moça entrou no quarto assustando Park Yoo-na, debruçada na janela vendo as pessoas entrando em sua casa.

— Kim Kkoch-hee! — virou-se sorridente e não conseguiu disfarçar o espanto ao vê-la tão bem vestida e arrumada. — Minha nossa, há coisa mais bonita que você? Parece uma pintura das que meu pai tem na biblioteca.

— Mal consigo respirar nesta roupa, mas nunca me senti tão bonita.

— Por que não está na festa, dançando com algum lorde rico que quer tomá-la como esposa?

— Nossa, é assim que me vê? Apenas como uma mulher que um dia casará com alguém?

— E você não vai?

— Talvez. — jogou-se na cama. — Imagine um mundo onde as mulheres são extremamente poderosas, imagine como elas se vestiram e como seriam seus cabelos, seus olhos...

— Ora, por quê?

— Não seria deslumbrante viver em um mundo onde nossas asas servem para alguma coisa? Eu poderia amar e ser o que quiser, sem ninguém me julgar.

— Acho que a única forma de ser quem realmente é, seria casando com alguém muito importante, como um rei. Meu irmão se tornará rei um dia.

— Seu irmão fugiu de muitas responsabilidades, Park Yoo-na. Até do casamento que prometeu a mim na infância. Se tivesse ficado, é provável que estivéssemos casados.

— Seria minha irmã.

— É, eu seria. Mas é provável que isso não aconteça. Seu irmão vai casar com Jeon Bong-soon e eu tenho outros planos.

— Queria ter tantas opções assim e claro, ser bonita como você.

— Você é bonita, Park Yoo-na.

— Mas o que faz aqui, não tem nenhuma dança lhe esperando?

— Provavelmente deve ter, mas não tenho pressa nenhuma. Vim visitar minha amiga, há algo errado nisso?

— É a única pessoa que conheço com tamanha audácia, senhorita Kim.

Kim Kkoch-hee adiava uma história que já viveu, em um momento em que se sentiu realmente viva, dançando com Kim Tae-hyung. Ela sabia que ele estaria lá e que a esperava, mas duvidava que desceria imediatamente ao salão. Talvez devesse dar a ele um pouco do sabor amargo da espera infindável que sempre preenchia o coração dela com incertezas.

— Pensei ter ouvido conversas. — alguém abriu a porta do quarto da princesa de Koguryo.

— Senhor Kim Tae-hyung? — a menina encarou o rapaz, que entrava no quarto sem reconhecer a mulher de costas para a porta.

— Vocês se conhecem? — Kim Kkoch-hee perguntou curiosa.

— Ele já veio me ver, algumas vezes, depois de examinar o meu pai. Kim Tae-hyung é um completo cavalheiro e sabe muitas histórias.

— Roubou minha amiga, senhor? — A moça levantou-se e se virou para ele, sorrindo.

— Kim Kkoch-hee! — encarou-a. — Nossa, você está...

— Já vi essa expressão, agradeço. Então, vamos todos descer?

— Não. Ficarei aqui. — Park Yoo-na voltou a fitar a janela.

— Nada disso. — a outra se aproximou e estendeu a mão. — Essa festa merece a presença da princesa, você não acha?

— Quem vai querer ver uma princesa aleijada? As pessoas estão bem sem mim.

— Nós vamos. — Kim Tae-hyung concordou com Kim Kkoch-hee e segurou a mão da menina. — Como princesa, devia achar sua presença importante para os outros.

— Tem certeza?

— Nós temos, sim. — A jovem Kim sorriu ao perceber que havia convencido a menina a descer.

Kim Tae-hyung tomou Park Yoo-na nos braços e os três seguiram para o salão de festas. A garota estava vestida a caráter, então, parecia certo que estivesse na comemoração, tanto quanto os demais.

Kim Kkoch-hee se anunciava mais do que as lanternas de papel. O ousado hanbok vermelho chamou a atenção de todos os presentes e deu a ela um destaque maior, como o mais belo enfeite decorativo daquele lugar. Certamente a moça não ligava para essas coisas, o sorriso em seu rosto tinha outros motivos e tudo que conseguia pensar, era em quão incrível a noite poderia ser.

— Vocês são muito gentis. — Oh Myeong-joo olhou para Park Yoo-na, que Kim Tae-hyung colocava no trono pertencente ao rei. — Tentei convencê-la a descer, mas falhei.

— É uma festa para todos, sua majestade. Sem distinções. — Kim Kkoch-hee curvou-se e encarou a rainha brevemente.

— Permita-me elogiá-la nesta noite, senhorita Kim. Está muito bonita.

— Agradeço o elogio, majestade. — continuou curvada.

— Como meu marido está, senhor Tae-hyung?

— Melhor, ele se alimentou, mas infelizmente não parece disposto o bastante para se fazer presente.

— Agradeço que tenha tirado um pouco do seu tempo para examiná-lo. Agora, faço questão que aproveitem a festa. É minha forma de agradecer.

— Então tenho sua permissão para algo? — o rapaz perguntou curioso enquanto olhava para a moça ao seu lado.

— Como lhe devo um favor, não vejo motivos para não lhe conceder minha permissão.

— Senhorita Kim, concede-me a próxima dança? — ele estendeu a mão a garota e a encarou sorrindo.

Kim Kkoch-hee primeiramente riu. Uma gargalhada saudosa cujo som parecia tão venturoso e reconfortante. Ela curvou-se em sinal de respeito e tomou a mão estendida de Kim Tae-hyung, que a conduziu ao salão. Das lembranças favoritas dos dois, apesar da verdade desgostosa por trás, dançarem juntos é a favorita de ambos.

No momento em que a música começou, as pessoas voltaram sua atenção a eles, mas não pararam de dançar. A maioria perguntava se Kim Chung-hee traria a filha de volta à mesa ou a deixaria dançar com o cavalheiro desconhecido, mas para a surpresa da maioria, o homem não mostrou atitude nenhuma.

— Você fica muito bonita quando sorri.

— Obrigada. — encarou-o. — Esteve treinando? Quando dançamos a primeira vez, quase pisou no meu pé umas três vezes.

— Mas não pisei. — aproximou-se bruscamente colando sua testa na dela. — Quero te mostrar o mundo, te ver sorrir ao acordar, quero que diga o que quer, que seja péssima em música e artes, mas que leia tudo que tiver vontade. Quero que estude medicina, que vá contra todos os preceitos pelo qual somos regidos. Eu quero que seja você.

— Por que está me dizendo isso? — perguntou sentindo os lábios dele tocando sua testa em um beijo reconfortante.

— Eu me apaixonei, senhorita Kim. — olhou-a novamente. — Quero me casar com você.

— É sério? Não pode mudar de ideia depois de vinte anos, senhor Kim Tae-hyung!

— Se há algo da qual não tenho dúvidas é o quanto serei feliz ao seu lado. O que me diz?

Kim Kkoch-hee não respondeu nada por um tempo. O encarava docemente enquanto sorria. A música estava muda no ouvido dos dois, ambos esperavam um do outro respostas para perguntas que talvez nunca tiveram sido feitas de tal maneira.

— Não há nada que eu queira mais, senhor Kim Tae-hyung.

— É? — abraçou-a tirando seus pés do chão, enquanto rodopiou pelo salão. Quando a desceu, tomou-a pelo braço e seguiram na direção da família dela, não demorando para Kim Chung-hee e Kim Mo-yeon perceberem do que se tratava.

— Pelo sorriso que minha filha demonstra, devo deduzir que suas intenções são respeitáveis, senhor Kim. — Kim Chung-hee largou a tigela e os encarou.

— Conselheiro Kim Chung-hee, Lady Kim Mo-yeon, gostaria de lhes pedir a permissão para casar com sua filha, Kim Kkoch-hee. — encarou a moça e depois voltou a olhar para os pais dela. — Eu a amo e desejo que seja imensamente feliz.

— Não vejo motivos para não acatar tal pedido. Você é bastante respeitado na cidade e como são donos da clínica, há motivos para que se casem.

— Donos? Você herdou a outra metade da clínica? — Kim Kkoch-hee perguntou, surpresa. — Dr. Choi Seo-joon era tão sábio.

— O senhor não pode aceitar isso! — Jeon Jung-kook aproximou-se um pouco embriagado e visivelmente irritado. Logo depois, contestando de mesma forma, Park Ji-min também aproximou-se, sendo seguido por Jung Ho-seok e Min Yoongi.

— O Jeon tem razão. Eu lhe fiz o pedido primeiro e irá entregar a mão de sua filha a este homem? Ele não tem nada a oferecer.

— Pelo menos Kim Tae-hyung foi cortês, você e o senhor Jeon trataram-me arrogantemente em minha própria casa, acha que é simples assim?

— O que estão fazendo? — Kim Kkoch-hee encarou os dois. — Eu aceitei ser noiva dele, parem com isso.

— As coisas não podem acabar assim, Kim Kkoch-hee. Tínhamos um vínculo tão especial.

— Não temos nada, senhor Jeon. Os sentimentos que compartilho com vocês, não são tão grandes quanto uma amizade longa. Conheço-o desde criança e por isso respeito o que sente, mas não é recíproco, para nenhum de vocês.

— Infelizmente ela não me deixou escolha. Terei de dizer.

— Não é adequado, pode acabar se machucando. — Jung Ho-seok tentou impedir o príncipe.

— Este homem. — apontou Kim Tae-hyung e tomou a atenção de todos. — Ele não é filho legítimo dos Yoon, é um bastardo.

— Ele não nasceu do ventre de minha esposa, mas o consideramos nosso filho. — Yoon Dong-yul se intrometeu. — Desrespeitoso de sua parte anunciar isso aos quatro cantos, senhor Min. Precisa ser tão baixo para roubar a mulher que meu filho ama?

— Se ele é um bastardo, ele um lorde de Silla e eu um Jeon, está claro, meus senhores, quem tem o direito de reivindicar a mão da senhorita Kim Kkoch-hee, o homem com o maior status, eu!

— Que baixaria ridícula. — Kim Tae-hyung reclamou. — Vocês não podem aceitar o fato de que ela me escolheu?

— Continuem, mas minha opinião só mudaria se o rei a quisesse. Vocês são todos iguais para mim. — Kim Chung-hee respondeu os jovens e por um momento Kim Kkoch-hee sentiu-se aliviada, na certeza de que seu amor estivesse seguro.

— Já que é assim. — Park Ji-min encarou o homem e puxou o braços que Jung Ho-seok segurava, na tentativa de impedi-lo e protegê-lo. — Reivindico a mão de sua filha, senhor Kim.

— Rapaz, o que acabei de dizer?

— Reivindico... — continuou de mesmo tom. — Como príncipe Park Ji-min, futuro herdeiro do trono de Koguryo.

— O quê? — Kim Kkoch-hee encarou o rapaz, perplexa. — Se você é Park Ji-min, quem é Min Yoongi?

— Ah, permita-me me apresentar. Verdadeiro Min Yoongi. — o outro ergueu a mão.

— E seu acordo de casar-se com minha irmã? — Jeon Jung-kook se meteu. — Estão prometidos um ao outro desde novos.

— Serei rei, posso mudar de ideia e no momento a única mulher que tenho intenção de fazer minha esposa, é Kim Kkoch-hee.

— Pai! — Kim Kkoch-hee olhou o homem, apavorada com a ideia de estar sendo entregue a alguém que não amava, como quem comprava uma cabeça de gado ou uma joia rara.

— Se o que o senhor diz é verdade, não vejo motivos para não acatar. — Kim Chung-hee baixou a cabeça sem coragem para encarar a filha.

— Confirme com a minha mãe, Oh Myeong-joo, ela lhe dirá.

— Esse tempo todo... — Kim Kkoch-hee soltou a mão de Kim Tae-hyung e aproximou-se do príncipe. — Viu as pessoas pedindo sua ajuda, viu que sua família corria perigo e continuou nas sombras. — limpou as lágrimas e continuou. — Você fugiu.

— Já me disse isso. — baixou um pouco a cabeça para encará-la. — Tem o direito de estar com raiva, mas quero que saiba que lhe amo.

— Me ama tanto assim que passará por cima da minha felicidade para conquistar a sua? Que tipo de amor doentio é esse em que sou insignificante? Está me tratando como um objeto de valor, majestade, e sou uma pessoa.

— Entenda que é o melhor para você.

— Melhor? — riu debochando de tal fala. — A coisa mais patética que ouvi essa noite. Quando se arrepender disso e vai... — empurrou o indicador contra o tórax do rapaz. — Saiba que será tarde demais. — virou-se para a família. — Deviam se envergonhar. — juntou o hanbok com as mãos e correu para fora.

— Kkoch-hee! — Kim Hye-ji chamou a irmã, sem sucesso, já que ela continuou correndo.

— Eu devia saber que faria algo incrivelmente estúpido, seu desgraçado metido! — Kim Tae-hyung socou o príncipe que cambaleou segurando o queixo.

— Kim Tae-hyung, pare com isso! — Kang Roo-hyang tentou impedir o filho, mas ele socou o príncipe uma outra vez.

— Os dois são uns desgraçados! — Jeon Jung-kook socou Kim Tae-hyung e ele caiu ao lado de Park Ji-min. — Se não tivesse voltado, eu teria conquistado a senhorita Kim. Ela é a minha dama, minha!

— Idiota! — Park Ji-min chutou o joelho de Jeon Jung-kook e o rapaz caiu sobre alguns convidados, que o empurraram de volta.

Os três rapazes travaram uma briga de socos e chutes no chão do salão e a festa que tinha tudo para ser incrível, tornou-se uma arena de luta. Uma disputa falha, já que mesmo que Kim Tae-hyung ou Jeon Jung-kook vencessem, Kim Kkoch-hee continuaria noiva do príncipe de Koguryo.

— Já chega! — Oh Myeong-joo gritou com os três que se encararam. — Guardas! Levem-nos para a prisão!

— Ótimo mãe, já estava na hora de alguém tomar uma atitude sensata.

— Você também, Park Ji-min. Um rei não deve tomar tais atitudes. — arqueou uma sobrancelha, depois assentiu com a cabeça para os guardas levarem os três, presos.

— Não pode prender meu filho! — Seo Ja-yeong tentou impedir. — É tudo culpa do príncipe e desse bastardo.

— Seu filho bateu no futuro rei de Koguryo. — Oh Myeong-joo encarou a mulher. — Da mesma forma que o senhor Kim o fez e que Park Ji-min resolveu revidar, coisa que devia ter evitado. — arqueou uma sobrancelha ao mirar o rapaz. O olhar de descontentamento o assustava, por isso, não disse nada. — Não se preocupe, Lady Jeon, um dia ou dois na prisão não os matará.

— Quebraram o acordo, desonraram minha querida filha e querem que fique tudo bem?

— Resolveremos isso na posteridade, eu garanto.

— Leve sua irmã para casa. — Kim Chung-hee encarou o filho mais velho. — Garanta que chegue em casa em segurança e não faça nenhuma besteira.

— Maior do que a que o senhor fez?

— Kim Seok-jin! — Kim Mo-yeon estapeou o ombro do filho, por tamanho desrespeito.

— Desculpa, mas eu precisava dizer. Custava deixá-la casar com o garoto do Yoon? Mataria o senhor se ela só fosse a esposa de um médico ao invés de princesa?

— Fiz o que era melhor para ela.

— Fez o que é conveniente ao senhor, pai.

— Não discuta comigo garoto, vá para casa e leve seus irmãos com você.

— Que seja.

Os outros quatro filhos do conselheiro Kim Chung-hee e da Lady Kim Mo-yeon seguiram para fora, mas nenhum deles avistou Kim Kkoch-hee. Apenas um par de pegadas desordenado que seguia na direção da praia que rodeava os muros do palácio.

— Está tão frio aqui, acha que foi longe? — Kim Hye-ji encarou os passos amassados na grama enquanto andavam na direção deles.

— Kim Kkoch-hee está bem, irmã. — Kim Nam-joon abraçou a menor para aquecê-la.

— Quem está tentando enganar, papai acabou com ela. Definitivamente não tem como consertar isso.

— Ha-won está certa, o pai foi longe demais. Se não fosse o maldito dinheiro, ele não teria feito isso.

— Do que está falando? — Kim Nam-joon encarou o mais velho.

— Estávamos falidos. Se não fosse pela herança deixada pelo médico avô adotivo da Kim Kkoch-hee, os outros não demorariam a saber.

— Vocês mentiram esse tempo todo escondendo dos demais que estão pobres? — Yoon Seon-ok questionou.

— É, bem, mais ou menos, não estamos mais. Que droga! A questão agora não é essa, precisamos achar a Kim Kkoch-hee!

— Não a acharíamos nem se quisesse ser achada. — Kim Ha-won parou antes de entrarem na floresta perto da praia. Nossa irmã se perdeu e não foi apenas nesta floresta, ela está totalmente perdida dentro de si.

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