Nyrah respirou fundo três vezes antes de entrar no Dress Wings. A carta de demissão havia desaparecido misteriosamente de sua mesa. Mas, de qualquer maneira, Shadow Wings a convenceu a mudar de ideia. Realmente não era justo desistir de seu sonho por causa de Zyran Harris.

E com esse pensamento, ela entrou confiantemente na empresa. Nyrah procurou pelo chefe mas, ele não estava em sua sala. Então, ela dirigiu até a sua sala e comprimentou a todos.

"Você voltou!" Serena exclamou, animada. "Que alívio. Você é muito importante no nosso time, Nyrah. Falando nisso, precisamos discutir sobre o grande lançamento que vem ai."

Ela se sentou a frente de Nyrah e elas ficados horas discutindo. Algumas vezes, Serena perguntava sobre a batalha de forma velhada.

"Você viu os vilões no noticiário? Disseram que suas roupas poderiam até os curá-los." Ela disse, rolando um gole de café.

"Acho difícil." Nyrah contestou. "Mas, com um material que transfira para a pele, talvez seja possível. Mas, não podemos criar algo do tipo para pessoas comuns." Ela disse com um sorriso.

"Claro que não." Serena sorriu de volta. Desse modo, ambas sabiam que havia alguém que se curava facilmente e que deferia ser estudado.

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O dia passou e Nyrah não havia visto Zyran em nenhum lugar. O que era ótimo pois, ela não queria encrenca.

Após o almoço, Serena veio acompanhada de alguém que a fez sorrir.

"Não acredito que você está aqui." Ela exclamou um pouco alto, devido a sua felicidade.

Laurent era o seu melhor amigo das aulas e estudo de nanotecnologia, ele tinha um sorriso fofo e era muito divertido.

"Como é bom te ver, gata. Como você está e Rai? Ele está bem?"

Eles conversaram por alguns minutos e partiram para o trabalho. Com certeza, com a união dos dois, a nova coleção da Dress Wings será o novo sucesso não apenas da cidade mas, do país.

Os esboços estavam quase prontos e com certeza, tudo daria certo no lançamento.

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No almoço, Nyrah e Laurent conversavam sobre a sua vida atual.

"E você está com alguém?" Ela perguntou, tomando o seu copo de laranja.

"Infelizmente, meu namorado está distante. Estamos tendo alguns problemas." Ele respondeu triste, desviando o olhar, como se escondesse algo.

"E você?" O anjo mudou o assunto, rapidamente. "Como anda os relacionamentos? Principalmente com nosso chefe como seu, você sabe..."

Nyrah deu um suspiro cansado e se ajeitou na cadeira, terminando de tomar o seu suco. Ela contou tudo a Laurent, exceto o que envolvia o seu eu heroico, afinal, só Makima conhecia esse segredo.

Laurent tomou seu chá gelado, fazendo barulho.

" Bora para uma festa hoje a noite? Eu, você e Makima. Precisamos todos nós divertir e esquecer os problemas da vida. Afinal, não tem trabalho amanhã e estamos precisando."

Nyrah sorriu, fazia mesmo tempo que ela não se divertia com os amigos.

"Combinado. Vou ligar para a babá."

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De noite, a boate Vibe Lounge estava lotada e como um bom homem de negócios, Zyran estava no andar de cima, conversando com investidores.

Em meio ao barulho da boate, e das pessoas bêbadas, Zyran estava lá em cima, ele podia observar todos que chegavam na boate. E claro, que cabelos ruivos lhe chamavam a atenção. E o lado bom de ser um demônio, era a sua visão que ia além da das pessoas comuns.

Zyran conseguiu ver ela claramente lá em baixo, com uma mulher japonesa e um anjo de cabelos brancos. As sobrancelhas dele franziram sem intenção. Quem, era aquele? Uma irritação surgiu dentro dele, algo que não conseguia identificar.

Ele tentou se concentrar na conversa mas, como sempre, Nyrah Mires chamava a sua atenção. A ruiva vestia um vestido branco de alças naquele dia, ia até o meio de suas coxas que ficavam a mostra. Isso o irritou, porque poderia chamar a atenção de algum homem e um qualquer poderia substituí-lo como pai de Rai. E isso, ele não permitiria.

Zyran pensou em se levantar e ir até lá, porém, um dos executivos o chamou e ele tinha que continuar os negócios. Com um sorriso falso, ela voltou a conversa. E por mais que ele odiasse admitir, sabia que Nyrah não colocaria qualquer um dentro de sua casa. Ele só tinha que aprender a lidar com aquele sentimento irritante.

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O som da boate estava alto e Nyrah, Makima e Laurent correram para a pista de dança se divertir. A ruiva ria, era maravilhoso  se distrair das preocupações do dia a dia.

Eles dançaram e beberam e Nyrah pode sentir sua mente se esvair um pouco por causa da bebida.

"Olha quem encontrei por aqui. Parece que hoje é o dia de encontros." Disse uma voz conhecida.

Serena sorria para eles e ao lado dela havia um homem bem magro, um anjo, Nyrah podia sentir. Cabelos brancos e olhos azuis chamavam a atenção em sua aparência e ela sorriu ao notar que ele olhava para Makima.

A japonesa se escondeu atrás dela, envergonhada. Maki nunca foi alguém muito sociável e sempre ficava nervosa, principalmente perto de homens bonitos como aquele.

"Bem, acho que cabe apresentações. Afinal, logo vocês trabalharão juntos." Serena olhou para Makima.

Logo a japonesa se pôs em uma postura profissional e se colocou a frente, mesmo que as luzes a incomodasse e a vergonha estivesse a mostra em sua face.

"Nevan, essa é Makima Sato, ela é geneticista. Makima, esse é Nevan Ferrien, ele é biomédico toxiconologista. Agora vocês se conhecem. Trabalharão juntos a partir de segunda. E eu não preciso fazer essa coisa chata novamente." Disse Serena os olhando com tédio, tomando o seu champanhe com a taça bem próxima de seu vestido prateado.

" Prazer." Eles apertaram as mãos e Maki tentou não corar. E claro, Nyrah e Laurent pareciam dois idiotas torcendo pela amiga, como se ninguém estivesse vendo seus sorrisos bobos.

Dz repente, sem que estivessem esperando, uma fumaça foi jogada na pista. O que já era comum de acontecer em lugares assim. Porém, havia algo diferente dessa vez.

Nyrah sentiu uma leve tontura e ela sabia que não era devido à bebida. Havia algo naquela fumaça. Ela sentiu algo tentando mexer com as suas memórias e talvez, invadir sua mente mas, ela era forte e resistiu.

Porém, Makima era humana e não teve a mesma sorte. Algumas pessoas, assim como ela, começaram a passar mal.

Aflita, Nyrah a levou para longe da pista, a fumaça já havia passado mas, as pessoas ainda pareciam afetadas. Com certeza, era uma espécie de droga.

Todos seguiram Nyrah para verificar Makima.

"Tente mantê-la acordada. Eu vou trazer um mano molhado." Disse Nevan.

"Maki. Maki. Makima. Me responde, amiga." Nyrah a agitou levemente.

Makima abriu os olhos, ela parecia perdida, com um olhar meio turvo e vazio.

"Oi? Onde eu estou?" Ela perguntou, grogue, começando a tossir.

Nevan entregou a Nyrah uma toalha molhada para cobrir o nariz e boca da Maki para que ela respirasse.

"Respire fundo. Isso vai ajudar a limpar o veneno das vias aéreas. Não se preocupem, eu conheço substâncias e também já fui do exército. Podem confiar."

Nyrah olhou para Serena e ele afirmou. Se a mulher confiava nele, ela também confiava.

Alguns minutos depois, Maki pareceu estar melhor e Nyrah pode respirar de alívio.

" Obrigada." Nyrah agradeceu, acho melhor leva-lá até o hospital.

" Eu levo vocês. "disse Serena.

E quando ela, Nyrah e Laurent partiram, levando Makima.

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Nevan ficou sozinho observando todos irem embora, até alguém o abordar.

" É bom te encontrar aqui, Nevan. Faz quantos anos? 5?" Disse Zyran se aproximando dele com um sorriso.

Nevan também sorriu e o abraçou.

" Zy, o que faz aqui? Trabalho? "

Quando Zyran afirmou, o anjo respondeu:

"Eu imaginava."

"E você o que faz aqui?" Perguntou Zyran bebendo o seu corpo de uísque.

"Vim me divertir." ele sorriu como se fosse um jovem de 18 anos.

"O que aconteceu com a amiga da senhorita Mires? Você sabe?" Zyran perguntou casualmente.

"Algo na fumaça. Provavelmente uma toxina. Bem, vou indo cara. Até mais. A noite foi cansativa." Respondeu o anjo e se despediu.

Porém, a mente de Zyran não estava cansada. Ele ficou pensando o que poderia ter na tal fumaça. Fechou os olhos por alguns segundos e pôde ouvir barulhos e falar dos True Wings. Com certeza, fazia parte de algum plano deles.

Zyran saiu e se escondeu atrás de um beco para de transformar em Shadow Wings. E quando ele chegou até a sala de comando da boate, ele comprovou a sua teoria.

Os funcionários estavam desacordados, todos os papeis estavam revirados e havia algo escrito na tela de comando, com sangue.

"Nós temos mais."