Capítulo 8
Óia eu aqui de novo.
Iai amores, como vocês estão? Bebendo muita água? Melhor uma pedra no caminho do que duas no rim eim.
Enfim, um capítulo prontinho para vocês.
Cometem bastante e votem pra ajudar essa Autora aqui, beijos.
Pode haver errinhos na escrita mesmo eu tendo revisado, então me perdoem desde já.
☪
Havíamos testado inúmeras técnicas sobre uma leitura rápida e fácil, mesmo com vários reajustes a fim de me dar um reconhecimento maior eu não consegui — com algumas noites em claro de prática —, sair das pequenas frases para uma leitura contínua e limpa.
Já estava cansado da primeira aula e ainda não eram nem nove horas, Jeongguk tentava me explicar o som de letras com acentos, a força que eu deveria colocar em cada uma dependendo de qual acento fosse e em qual posição ele estivesse.
Era a pior aula.
— Não quero mais aprender a ler. — falei, cansado mentalmente.
— Ainda não chegamos na parte das vírgulas.
— Eu as coloco onde meu coração pedir, pronto resolvido, posso ir? — jurei ver os cantos dos lábios dele se repuxarem levemente para cima.
— A técnica da leitura e da escrita exige paciência e tempo, se você não estiver disposto, levante-se e vá embora. — foi oque eu fiz assim que ele fechou a boca.
Levantei alegre da cadeira caminhei quase saltitante até a porta, no entanto, ela estava fechada e nem o meu mais forte dos puxões a fez se mover.
— Eu vou sair.
— Você não me deixou terminar, maaas... Já que no nosso caso é um acordo, então você não pode sair. — aquelas pessoas tinham sérios problemas com acordos.
Mostrei os dentes quase rugindo para ele que inabalável estava, inabalável permaneceu.
— Não lembro de ter concordado com isso. — sibilei voltando a me sentar contragosto na cadeira estofado em frente a mesa.
Jeongguk não era exatamente meu professor, vez ou outra me explicava o básico do que eu tinha mais dificuldade para entender, na maioria das vezes eu me virava sozinho com os livros e as informações que ele me lançava no ar.
Mas ele sempre estava ali monitorando e atento aos meus erros, aos meus acertos ele sorria e concordava com a cabeça com aquilo nos olhos que eu odiava confessar que me sentia satisfeito... Orgulho.
— Eu o obriguei, vale ressaltar. — ele disse irritantemente calmo.
Estúpido, queria joga-lo naquelas prateleiras.
— Me arremessar nas prateleiras, gracinha? Que excitante. — miou com um chiado sedutor na voz.
Coloquei as mãos nos ouvidos como se os receptores de mensagem saíssem por ali.
— Como faço para você deixar de invadir meus pensamentos? Isso é violação, sabia?
— Não posso evitar quando você praticamente expulsa-os para mim, você explode, seus pensamentos explodem junto, então eu simplesmente ousso não é uma violação quando você os lança na minha direção, gracinha. — ele se aproximou como uma brisa, deslizou o dedo indicador debaixo do meu queixo em uma carícia sensual.
Desviei no mesmo instante, quando percebi o flamejo neon me obrigando a dobrar os dedos dos pés.
Ele estava sorrindo, canalha.
— Como faço então? — questionei, o olhando de baixo.
— Controle-se.
Soltei uma risada embebida em escárnio.
— Perto de você é um pouco impossível.
— Eu sei que pode se um pouco difícil, mas não é impossível. — ele disse, com um sorriso estúpido de costumeiro no lábios, uma expressão completamente safada. — Mas garanto que existem piores que eu.
— Estou ferrado então, se todos os outros forem insuportavelmente narcisista como você, prefiro ser jogado em um vulcão á estar cercado por eles. — fora a primeira vez que Jeongguk não conteve o riso.
Um quase sincero que lhe deu um formato diferente nos lábios o qual eu não estava acostumado, uma vez que Jeongguk sorria como se nunca podesse soar verdadeiro e de repente havia algo tão quebrado na expressão de Jeongguk, algo muito antigo que o fazia derrubar todas as barreiras geladas e duras, então ele ficava frágil e melancólico, tão pequeno.
Mesmo assim, ele me apresentava um novo tipo de 'sorrir' para a coleção que ele me lançava, era... Fofo.
— Definitivamente. — murmurou. — Mas se servir de ajuda, imagine que seus pensamentos e sua imaginação estão dentro de uma bolha, um bolha elástica e flexível mas impenetrável, incapaz de estourar mas totalmente preparada a se adaptar aos seus pensamentos.
Pisquei para afastar a surpresa, mas concordei olhando para as inúmeras prateleiras de livros enfileirados por cores e ordem alfabética.
— Então... É só imaginar?
— Basicamente, parece fácil, mas continue tentando até a bolha parar de estourar. — Jeongguk disse com um sorriso que me irritava e ele parecia saber muito bem disso.
— Ela não vai estourar. — falei em um tom desmedido de desafio, logo imaginando a maldita bolha envolvendo todos os meus pensamentos.
— Veremos. — ele sussurrou com o tom de voz mansa e macia muito próximo aos meus ouvidos mesmo que estivesse considerávelmente distante.
E no segundo seguinte, a bolha estourou.
🌙
Eram pelo menos três da tarde, do lado de fora a neve explodia em milhões de pequenas gotas brilhantes e mesmo assim parecia final da tarde, noite.
A casa mantinha seu interior aquecida, até mesmo o chão era morno e confortável como um abraço, a lareira crepitando num som tranquilo e me encontrava sozinho na sala, entediado.
Odiava admitir que as melhores horas do dia eram as quais eu estava quebrando a cabeça estudando e sonhando em quebrar a cabeça de Jeongguk, e isso me deixava com raiva, o fato de me sentir entediado e enfastiado nas horas que não se decorriam aos estudos e consequentemente ele.
Eu estava a horas mantendo esses pensamentos na bolha para que ele não fosse capaz de ouvir, mesmo tendo me explicado que preferia manter sua magia que bloqueio em torno de si, caso contrário, ouvir pensamentos a todo instante e em qualquer distância o tornaria louco. "Mas eu posso querer ouvi-lo" ele me dissera mais cedo em tom provocativo enquanto olhava para as minhas coxas e me ouvia pensar inúmeros xingamentos por aquilo e por não estar conseguindo manter a merda da bolha intacta.
Um suspiro irrompeu meus lábios me fazendo deitar a cabeça na palma da mãos antes de ouvir passos que me deixaram questionavelmente ansioso.
Olhei naquela direção mais que rapidamente uma pontada de decepção cutucou meu ego quando vi Juwon atravessar a soleira.
E ele pareceu perceber.
— Nossa, sou tão indesejável assim? — mesmo assim ele estava rindo para mim, com aqueles lábios tentadores e bonitos, me perguntei se ele também era capaz de ler mentes.
— Claro que não. — sorri, o convidando para meu lado no sofá. Ele imediatamente se acomodou em um suspiro arrebentando as costelas. — Está cansado?
— Estou entendiado.
— Compartilhamos do mesmo sentimento então. — murmurei lhe direcionando um sorriso distorcido e cansado.
O segundos deslizaram como serpentes até que se tomassem minutos, e minutos se tornassem horas naquele silêncio desmedido e desfavorável.
Até Juwon falar, calmo e ávido.
— Tenho uma idéia. — Juwon murmurou.
— O que?
— Vamos brincar. — juntei as sombrancelhas e não consegui fazer com que o riso de deboche permanecesse apenas no fundo da garganta.
Juwon repuxou um dos cantos dos lábios para cima, um sorriso de deboche e provocação que não chegava a ser tão intenso ao de Jeongguk mas mesmo assim era sensual e convidativo.
— Que tipo de brincadeira você pretende? — questionei desconfiado, ele se ergueu puxando a gravata que usava.
Meu coração disparou em um comportamento ansioso e aflito.
— Eu chamo de "o beijo da noiva". — sibilou calmamente puxando uma de minhas mãos para me manter de pé diante a ele.
— O que pretende fazer com essa gravata? — ele riu.
— Faz parte da brincadeira.
— Hum, e como é?
— E tipo um esconde-esconde, mas vou por a gravata nos seus olhos e você irá me procurar. — ele disse virando meu corpo de costas para que colocasse a gravata impedindo a minha visão.
Tudo escureceu, meus receptores auditivos ampliados e o medo de não estar vendo um palmo a minha frente fez meus dedos tremer.
— E depois?
— E depois... Quando me achar. — ele amarrou a gravata, as mãos tocaram os meus ombros, senti sua respiração rente a minha orelha depois muito próximo a meu pescoço como se estivesse avaliando a área, coisa que me fez tensionar os músculos e engolir em seco. — ...você me beija.
Não tive tempo de questiona-lo e muito menos dizer que estava concordando com aquilo, tempos depois não senti mais a sua presença por perto, os únicos sons eram os da lareira e o vento forte do lado de fora. Alguma curiosidade fervilhou nos meus sentidos.
E então eu estava procurando e procurando, usando o pouco que me restava, evitando bater nos móveis, senti o cheiro de flores vindo de algum lugar, algo familiar que mesmo que eu quisesse não consegui ignorar quando me vi seguindo o cheiro, me lembrava dias quentes e confortáveis, me lembrava grama e mar, me lembrava o jardim que tínhamos no quintal.
Toquei na parede, tive a impressão de que a casa estava fazendo um trabalho sujo em me colocar no caminho movendo as próprias peças, caminhar me parecia muito fácil, sem qualquer obstáculo.
O cheiro me seduzindo pelo ar, clamando pelo meu nome.
Mal percebi o sorriso que surgiu nós lábios, a força brutal no qual senti meus dedos se contraindo quando toquei um corpo imóvel em encosto na parede, músculos, maciez, o peito subindo e descendo sob um coração descontrolado, aquela agilidade descomunal em desviar-se de mim, o nervosismo.
— Te achei. — toquei seu peito, deslizei a mão até que tocassem seu pescoço.
Na nuca cabelos lisos, no toque uma sensação quente.
Me vi tentado, querendo e desejando beija-lo, me aproximei lentamente até nossos lábios se encaixarem em um selinho morno e agradável.
Mas quando tirei a venda.
Talvez não fosse Juwon que eu estivesse esperando achar...
Senti a pontada de decepção uma segunda vez no dia.
— Você me achou. — disse Juwon sorrindo enquanto Jeongguk em pé ao lado da porta, nos olhava inexpressivo.
Nunca o vi tão indiferente.
E de repente, o quente estava frio e o interior da casa não era capaz de me aquecer.
Jeongguk sumiu quando pisquei pela segunda vez.
☪
O intuito era dar expetativa pra vocês e depois arrancar elas. Consegui? Ksksksksk
Não me matem.
Queria dizer que maioria dos meus capítulos carregam spoilers de acontecimentos no futuro, acho que deve ser sutil, então vcs só vão saber se ficarem bem atentos.
E em questão da bolha, em Acotar eles chamam isso de 'Muro' ou 'bloqueio' é muito legal.
Jeongguk pode sim ler mentes, mas isso se torna insuportável quando ele está em um local público com muitos cérebros para ouvir os pensamentos, então ele tem magia de bloqueio que impede dele ler tudo a todo momento, ele prefere não ouvir nada além dos próprios pensamentos, e como ele disse "posso querer ouvi-lo" ele pode ativar e desativar esse bloqueio como e quando quiser.
Imagina você ouvi o tempo inteiro pessoas pensando e pensando e pensando, eu iria odiar.
Isso permite que os poderes dele se tornem cada vez mais duradouros, cada magia tem um limite, a dele não é diferente, por isso ele treina. Entendido? Alguma dúvida?
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