Capítulo 22
Oieee, cheguei outra vez.
Bom, como todos aqui sabem, essa fanfic é inspirada na saga Acotar e hoje eu resolvi trazer um tópico de bastante sucesso no livro, quero saber a reação de vocês.
Também queria dizer que esse capítulo tá babado e a partir daqui às coisas vão começar caminhar.
No mais, é isso, espero que gostem e comentem bastante.
Muitos comentários=uma autora feliz e cada vez mais motivada a continuar essa fic.
Me dêem comentários como presente.
☪
Com o festival de final de ano próximo e a chegada do inverno mais rigoroso de Hera, a Família havia decido comparecer a maioria das festas beneficentes, com o intuito de distribuir suprimentos para os moradores de rua e os mais necessitados, grande parte deles haviam ido se refugiar no abrigo de Jeongguk, era quente e havia alimento o suficiente para todos.
Mesmo assim, me sentia nervoso, era uma das primeiras vezes que iria me apresentar diante a uns dos grandes festivais de Hera como um membro humano na família real, eu não sabia como iriam reagir a isso.
Sohie havia me tranquilizado, mas não serviu de muita coisa.
— Você ficou com essa cara pálida o dia inteiro, o que aconteceu? — Sohie perguntou mesmo que ainda estivéssemos na primeira refeição da manhã, eu mal havia tocado no prato.
— Ah... — limpei a garganta constrangido. — V-vamos a um festival hoje...
— E..?
— Estou nervoso, sobre os moradores. — suspirei cutucando o bacon com o garfo.
— O que tem?
— Vocês não tem medo? Tipo... Do que eles podem pensar, sobre eu... Um humano, estar morando aqui? — Sohie mudou a postura, mordendo o lábio.
Ela pensou enquanto mastigava e foi o suficiente para me subir um frio na espinha, ela tinha olhos azuis afiados demais.
— Não pense tanto nisso sem motivos Taehyung, se não se incomodaram até agora, não irão mais. — e voltou a comer despreocupada.
Concordei lentamente finalmente dando atenção aos ovos fritos e bacon.
Juwon chegou na cozinha pouco tempo depois, tinha uma carranca no rosto e não se deu ao trabalho de nós cumprimentar enquanto praticamente se jogava na cadeira da mesa de jantar.
— O que foi, caiu da cama? — Sohie murmurou enfiando um punhado de alface na boca.
Juwon sequer respondeu.
Por algum motivo eu não conseguia olhar nos olhos de Juwon, sempre soube que ele e aquele sorriso robótico não eram nada sinceros, mas agora que envolvia algo a mais que uma simples rincha entre irmãos, o olhar dele... Parecia maléfico.
Só percebi que eu o encarava quando os olhos dele queimaram em mim, parecia saber os meus pensamentos, mas de acordo com Jeongguk ele era um dos únicos da família com poderes limitados, talvez fosse essa inferioridade que o irritasse, essa maldição que carregava sobre ser menos que o irmão mais velho.
Pisquei várias vezes antes de desviar meu olhar, mesmo depois ainda senti que ele me encarava, não consegui mais olhar de volta.
Mas segundos depois, um cheiro doce se alastrou pela sala, me envolvi nessa aura como um cobertor macio, olhos violetas brilhando mais que milhões de galáxias cintilavam para mim e mal percebi quando comecei a sorrir com a boca e o coração.
— Vamos chegar na temporada de chuva. — ele disse, um sorriso de canto e os olhos nunca saiam dos meus.
— Teremos que reunir trabalhadores para plantar arroz e trigo, essa é uma ótima época para germinar. — Sohie disse, alheia, a comida lhe parecia mais interessante.
— Muitos do abrigo se prontificaram, não teremos problemas com as próximas colheitas. — Jeongguk sorria.
Ele havia resolvido parte do ataque semanas atrás, havia ajudado com o trabalho braçal em erguer novas tendas, eu o observei carregar caixas pesadas pedras e troncos o dia inteiro até o final da tarde.
Lembrava bem daquele dia, estava colado na minha mente sem uma possibilidade de eu esquecer por acaso.
Eu havia me abrigado debaixo de uma árvore, Jeongguk tinha resolvido me trazer para as tendas porque eu poderia ajudar as mães com as crianças e os feridos, mesmo que o ataque tenha sido de grandes proporções, poucos ficaram feridos e no fim do dia eu já estava livre me abanando com uma folha debaixo das folhas da árvore.
Sendo bem sincero, ali estava um tédio e eu tinha fortes esperanças que algo acontecesse para aquela vontade de me enfiar no meu quarto sumisse, Jeongguk não podia ler meus pensamentos, mas certamente aprendeu a ler meu olhar.
Ele estava completamente suado, a camisa que já era ridiculamente colada estava ensopada no seu corpo, estávamos a dois metros de distância, ele parou na minha frente e arremessou o saco de cimento no chão como se não pesasse uma pena.
Foi aí que a luz da manhã pareceu mais forte, lentamente Jeongguk segurou nas abas da camisa a puxou até revelar os gomos atraentes e orvalhados de suor da barriga, então o peito musculoso e os braços grossos com um deles tatuado um dragão até nas costas.
Eu não piscava, a babinha acumuva no canto dos lábios e o leque de folha de bananeira não conseguia dissipar o calor insuportável que se dissolveu no meu peito quando passei a move-lo com mais força.
— Porra... — ele jogou a camisa na minha direção, caiu em um galho ali perto e então ele jogou o saco de cimento novamente sobre o ombro.
Foi assim que minha atenção conseguiu ser atraída.
Eu não sabia se estava com calor de ódio ou de tesão, eu jurei diversas vezes ver um sorriso canalha no canto daqueles lábios, porque eu o perseguia com os olhos feito um maníaco.
Mas agora todos já estavam seguros com a fortificação de segurança, era um dos alívios de Jeongguk.
— Já comprou sua rouba do festival, Taehyung? — pisquei, recobrando a consciência depois de imaginar aquela cena diversas vezes.
— Hum? Roupa? — ele riu.
— Vejo você no festival, docinho. — com uma piscadinha de um dos olhos ele saiu da sala.
🌙
O festival era ao ar livre, próximos a plantações e uma decoração que lembrava chuva, na esquerda um lago e a direta um litoral de jardim.
Naquela noite esperaríamos a primeira chuva do ano do lado de fora das casas, aguardando que ela ocorresse exatamente naquela noite, caso contrário, a ausência de chuva significaria tempos ruins na colheita.
Cada morador carregava uma plantinha nas mãos para molha-la com a primeira chuva e assim levá-la para casa como um amuleto da sorte, todos tinham a crença que a prosperidade reinaria durante os dias e por incrível que fosse, a plantinha nunca murchava.
Eu segurava um girassol e com muita receio me desloquei de um lugar para o outro prestando atenção na decoração excêntrica e em procura de Jeongguk.
Observei o lago ao lado das plantações, criaturas mágicas e reluzentes iluminavam o fundo do lago escuro, eram bailarinas sobre as águas e pulavam de um lado para o outro em uma brincadeira entre elas mesmas. Haviam peixes coloridos tão brilhosos quanto a própria lua e tão bonito quanto aquele lago mágico estava Jeongguk, me olhando com um sorriso diminuto no canto esquerdo dos lábios, o azul do lago era quase mágico refletindo em parte de seu rosto.
Era uma cena indescritívelmente linda, não percebi quando sorri de volta, mas não tive vontade de disfarçar esse sorriso.
Caminhei até ele enquanto ele vinha até mim, estava vestido em uma roupa inteira branca assim como eu, a flor na mão me dava a impressão que iríamos nos casar e eu ri com aquele pensamento.
— Do que está rindo? — Jeongguk perguntou rindo também, mesmo que não soubesse os meus motivos.
Vê-lo rindo me deixava bobo e parecia que eu tinha o mesmo efeito sobre ele.
— Quem teve a ideia de decoração? — ele olhou ao redor.
— Grande parte foi minha mãe, mas a ideia de fazer-mos neste lago foi minha. — ele mordia o interior da bochecha e com receio desviava o olhar do meu.
— Onde está sua flor?
— Não tenho, vamos ter que dividir essa. — sorri dando de ombros, eu estava sorrindo demais.
— Não vejo problema.
Os moradores lentamente se acumulavam ali, alguns sentados e outros olhando para a animação de seres mágicos na água, nada podia mais chamar minha atenção quando o rosto dele estava bem diate o meu.
Ele estava com as asas a mostra, o que fazia quase a atenção toda vir na nossa direção, talvez ele nunca tivesse confiança suficiente para mostrar as asas naquele local, seu cheiro doce estava forte e eu me perguntava qual perfume ele usava.
— Quem mais além de você tem asas? — Jeongguk respirou, olhou ao redor e apontou para um grupo de machos e fêmeas agrupados perto de uma das lavouras.
Eram pessoas com penas brancas, pele tão alva que parecia congelado e olhos azuis silenciosos assustadores, nenhum deles exibia as asas e constantemente olhavam ao redor.
— Por que não mostram assim como você? — ele me olhou brevemente pelos cantos dos olhos.
— Nossas asas dizem muito o que somos, é inegavelmente o membro mais frágil, nos tornamos vulneráveis na presença dela. — Ele suspirou. — Mostrar, deixa-la livre é a mais pura demonstração de confiança.
Eu não podia descrever o quão forte aquelas palavras me atingiram, o flash de todas as vezes que ele estava confortável próximo de mim e livre com elas estava a um passo me deixar tonto.
— A-ah... Então isso quer dizer que eles não confiam na gente? — mudei de assunto, caso contrário desmaiaria.
— Ninguém é 100% confiável, Tae. — ele olhou nos meus olhos como se podesse devora-los. — Todos são lobos disfarçados de ovelhas esperando o momento certo para mostrar as garras.
— Ainda estamos falando sobre asas? — um deles, o que pareceu ser o líder surgiu como fumaça no meio deles, as asas brancas, rígidas e assustadoras como uma nevasca descansavam nas suas costas. — Por que só ele?
— Ele é o líder, precisa mostrar que veio em paz em nome de seu povo. — eram longas asas, muito maior que o perímetro de seu corpo.
— É bem grande.
— Como eu disse, nossas asas dizem muito sobre o que somos. — e lá estava, aquele sorriso ridículo de malicioso jorrando veneno na minha direção pronto para poluir a minha cabeça.
— Não me diga que...
— Antes de completar 500 anos, eu e meus parceiros costumávamos comparar o tamanho de nossas asas. — ele disse sem olhar na minha direção, discretamente avaliei o tamanho das suas asas e engoli saliva.
— E-e quem vencia? — Jeongguk soltou um risinho faceiro.
— Eu. — o suficiente para me deixar inteiro vermelho sem conseguir parar de olhar como as asas dele eram grandes.
Caros leitores, não queiram imaginar as atrocidades sexuais que invadiram minha cabeça sem nunca imaginar que seria capaz.
Passei a sentir muita vergonha dos meus pensamentos e agradeci as aulas que tive sobre manter os pensamentos na bolha, ou eu na teria onde enfiar a cabeça.
— Não posso ler sua mente, pode me dizer por favor o que está pensando? Estou adorando essas suas bochechas vermelhas, docinho, adoraria saber o que está passando aí dentro. — ele batucou dois dedos em minha testa e eu respirei fundo sugando toda a energia que me deixasse são.
— N-não estou pensando. — esnobei.
Ele sorriu por um lado da boca, quase doentio.
— É sobre mim? Diga-me docinho, estou vestindo roupas, ou você é mais pervertido do que eu imaginava? — fechei os olhos de uma forma absurdamente afetado como aquelas palavras estavam soando para mim.
Eu me sentia insuportávelmente quente.
Ele estava bem próximo e não consegui imaginar o que ele estava prestes a fazer quando um som alto explodiu no céu ou foi apenas alto suficiente para chamar nossa atenção, foram apenas um grupo de seres em vermelho, com folhas cobrindo o corpo tocando tambores ao início do ritual.
Jeongguk se afastou e eu pude tentar recuperar o fôlego.
— Salvo pelo gongo. — ele riu.
🌙
O ritual consistia em uma série de músicas, danças e pinturas corporais de acordo com a sua espécie, em algum momento aqueles seres vieram até mim e desenharam linhas em dourado no meu corpo inteiro, eu era o único pintado de dourado entre branco, verde, azul, preto, cada cor representando uma espécie.
A dança e o canto se mostraram ser o tópico de importância ali, Jeongguk estava pintado com linhas pretas e quando as luzes foram apagadas, aquela tintura era brilhante.
Jeongguk estava lindo, arrastou os pés lentamente até mim e segurou em minhas mãos onde estava o jarro de flor, tentei não sentir tanto o carinho depositado em minha pele, borrando aquela tinta brilhante na ausência de luz, misturando o dourado e o escuro.
Ele estava bem perto, em algum momento tudo ficou em silêncio, ele aconchegou sua testa a minha e sem perceber eu estava de olhos fechados, senti energia transpassando por meus dedos como se uma gota do sol houvesse repousado dentro do meu peito acelerado, minha respiração tranquila apenas instigava Jeongguk a me deixar ainda mais confortável.
— Consigo ouvir seu coração batendo acelerado, gracinha. — ele disse, sussurrando. — É por minha causa?
Eu não tive coragem de responder, mas no fundo ele já sabia a resposta e uma centelha de calor se alastrou radiante pelo meu peito.
— Você é muito convencido. — murmurei enrraivecido e envergonhado.
Ele riu baixo, moveu os ombros e suspirou, seus olhos brilhavam como a própria lua no céu naquele violeta hipnotizante.
— Você vai ter que confessar um dia, meu doce, que eu o deixo nervoso. — Jeongguk disse, sob os sons dos tambores, mas eu ouvia apenas sua voz, meiga e provocante.
— Nem morto. — rimos juntos.
Uma gota rastejou do meu ombro até meu cotovelo, a segunda veio mas minhas costas e finalmente a primeira chuva do ano estava nos abençoando e abençoando seja lá aquilo que estivesse florescendo entre mim e Jeongguk, a flor entre nós, brilhava como uma estrela entre tantas outras apagadas, nos fazia um par especial.
Ele estava muito mais próximo do que eu imaginava, e eu não precisei abrir os olhos para constatar isso já que seu nariz acariciava o meu com carinho, meu pulmão não cumpria sua função.
Ele tinha cheiro doce misturado com chuva, uma pele macia colada a minha e aquela flor brilhando entre nós.
Com toda certeza estávamos sendo o total centro de atenção naquele festival escuro e gelado, mas eu não estava me importando.
Então, suave como uma seda fina ele tocou os lábios nos meus, como se pedissem permissão, como se implorasse por uma chance, como se sob aquele brilho vívido do girassol me fizesse uma promessa.
Eu não tive oportunidade de pensar duas vezes, tampouco queria pensar, eu queria beija-lo, desejava aquilo como nunca.
Com os lábios entreabertos e uma permissão silenciosa ele não poupou esforços.
De repente, sem esperar ou sequer pensar eu estava o beijando debaixo da chuva mágica, com o gosto molhado dela e o toque macio e escorregadio de Jeongguk.
O beijo tinha gosto das frutas azuis que ele comia a uns segundos atrás, era doce, molhado, macio e gostoso a ponto da minha cabeça esvaziar completamente e todo o que eu queria sentir era a sensação dos seus dedos nas zonas de seguras do meu corpo, onde ao invés de agarrar e machucar, ele apenas circulava os dedos em uma carícia que me fazia ter vontade de rir e afastar todos os pelos arrepiados pelo corpo.
Ele tinha gosto de blueberry, na língua, nos lábios, a saliva era doce e me fazia querer mais.
Jeongguk arrastou os dedos levemente por meu braço, nada era tão intenso que aquele toque, ou talvez porque fosse ele quem estava tocando o fazia ser tão profundo, agarrando aquilo que eu tinha dentro do peito e mastigando sem pena, ele tinha aquele jeito manhoso transpassado naquela fúria voraz e na brutalidade, mas os dedos eram gentis, delicados como se minha pele fosse feito de vidro, as sombrancelhas juntas na expressão que quase se assemelhava a raiva, mas era apenas sua expressão de satisfação, coisa que eu aprendi a ler.
Jeongguk acariciou a ponta da minha língua com a sua, me causou um choque momentâneo, uma sensação gostosa de estar planando de um paralelo ao outro, ele navegou dentro de mim, pousando em uma célula e outra, conhecendo minha curvas com as mãos e os dedos.
A luz dos girassol cada vez mais intensa fez nós separar do beijo, até perceber que não era a flor que estava brilhando como uma gota de sol.
Era algo mais no centro... Meu coração.
☪
Eita, eu não tenho nada a ver com isso aí não, fui 🏃
E aí, o que você acharam? Babado né?
O próximo capítulo já está pronto, se vocês forem bonzinho comentando aqui vou postar ele mais cedo, como presente.
É isso, beijos, amo vocês.
Até.♥️♥️
O negócio da tinta que brilha é tipo isso aqui.
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