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Capítulo 11

CHEGUEI, desculpa a demora amores, a vida é simplesmente uma loucura.

Enfim, estou entregando mais um capítulo pra vocês e eu quero que comentem bastante tudo bem?

Votem, já chegamos em 1K 😭 muito obrigada.

Espero que gostem

Jeongguk não havia ido tomar o café da manhã, não senti sua presença na casa até o horário do almoço onde ele decidiu me esperar comer e então recomeçar a nossa rotina de aprendizado.

Aquela manhã começamos com o uso de pontuação, com leitura de poemas para acelerar meu desenvolvimento e então mais leitura.

Já me sentia cansado nas primeiras linhas, quando ele me mandou ler três versos.

— Não está tão ruim, mas você poderia tentar mais. — meu rosto virou o próprio retrato de indignação invicta.

Revirei os olhos com tanta força a ponto de doer e então o encarei irado, porque eu sabia que ele só falava aquilo para me provocar e que eu conseguia sentir uma melhora considerável na minha escrita e leitura.

— Ah Jeongguk, me faça um favor e se jogue da janela novamente, não use as asas dessa vez. — o riso dele veio logo depois, uma nova risada que se permitia reverberar pela biblioteca inteira e rebater fortemente em meu peito.

Encarei por tempo demais aquela risada e mesmo que ela houvesse se estinguido eu permanecia com ela cantando em sintonia dentro da minha cabeça como uma música doce e viciante, percebi que queria que ele gargalhasse assim com mais frequência.

Ele limpou algumas lágrimas acumuladas quando me olhou com o rosto leve e descontraído, mesmo que tivesse durado só alguns segundos antes da névoa negra nubrar a felicidade que antes brilhava em seu rosto.

— Vou precisar ir a outra reunião. — ele disse, seu rosto demonstrava que não esperava nada em troca, mesmo assim eu disse.

— Vamos juntos.

— Juwon está em casa, acredito que-

— Vamos juntos. — usei o meu tom afiado, inflamado e vermelho.

— Se souber o que irei fazer, vai preferir nunca ter colocado os pés fora de casa. — ele disse de uma vez, ainda mais gelado do que costumava ser e foi inevitável não encolher os ombros devido ao frio que envolveu a biblioteca de repente.

Mesmo assim eu o enfrentei, os olhos diretos nos meus, queimando e se repuxando feito garras escuras e pontiagudas, olhar naqueles olhos era a própria perdição, eu sabia se caso perdesse a noção do espaço e acabasse me desprendendo a consciência me perderia naquela escuridão, que cairia pelo infinito várias e várias vezes, alcançando o fim e retornando para o início incansávelmente foi por isso que apertei os dedos nos braços da cadeira, para me lembrar que eu ainda estava fisicamente presente e consciente.

— Jeongguk, nós vamos juntos.

Jeongguk me encarou de onde estava, o semblante demonstrando que não esperava nada daquilo considerando a surpresa nos grandes olhos, ele pareceu querer disfarçar isso rapidamente, mas eu conseguia ver coisas pequenas que muitas pessoas não viam.

Pude ver a hesitação oscilando, mesmo assim ele disse:

— Tudo bem, mas desta vez preciso que fique pelo menos na recepção.

— Porque não posso ficar com vocês?

— Porque não será exatamente uma reunião... — as palavras pairavam no ar, a nuvem disposta a esconder qualquer expressão que me explicasse aquelas sua fala. — Não quero... Não iremos nos dispôr de palavras trocadas.

— O que está acontecendo? — Jeongguk hesitou antes de falar.

— Trouxemos alguns Goryhdianos que tentaram atravessar as fronteiras essa noite. Vamos... Interrogá-los. — a mudança clara de oitavos em sua voz me disse suficientemente que aquilo não seria um questionário amigável e saudável e que a disposição de palavras não seriam nada além das perguntas e respostas.

Meu estômago se revirou só com o pensamento e me fez preferir realmente estar preso a uma cadeira de recepção.

— Tudo bem, não vou entrar. — jurei ver um pequeno sorriso de agradecimento no canto dos lábios dele que veio tão rápido quanto se foi.

— Esteja pronto depois do almoço.

🌙

Jeongguk tinha razão, se eu entrasse estaria preferindo estar em casa.

Não era exatamente uma recepção, Jeongguk havia me trazido para o lado mais escuro de Hera onde haviam as tabernas e maioria dos contrabandos ilegais, ele me assegurou que ninguém ousaria sequer tocar em mim e confiando nisso fiquei sentado nos banquinhos de madeira gastos do lado de fora, ele tinha me dado um copo cheio de achocolatado e marshmallow alegando que aquilo poderia me deixar distraído pelo menos até o fim.

Mas era impossível, os sons dos gritos de dor vindo de dentro fazia o achocolatado querer voltar mesmo estando muito melhor do que muitos que eu já tomei. Eu quase podia sentir o cheiro do sangue e ouvir os sons de ossos quebrando.

As pessoas que passavam por ali me olhavam dos pés a cabeça, alguns mordiam os lábios e faziam alguns gestos obscenos mas nenhum se atreveu em me olhar por mais de quatro segundos e eu agradeci aos céus por isso.

Mesmo assim escolhi permanecer quase imóvel, ouvindo apenas os sons dos gemidos da dor que preenchiam aquele lugar. Até ouvir passos na minha direção, meu corpo inteiro ficou rígido e em alerta e no momento em que levantei o olhar, reconheci ser um dos machos da última reunião.

Ele de longe parecia um guerreiro, sua pele na luz dourada da tarde parecia gelada e ele me olhou com aqueles olhos estranhos e diferentes.

— Nunca o vi por aqui antes. — ele murmurou com a voz distante, rouca e atraente.

Eu pisquei antes de responde-lo.

— Talvez porque eu não seja daqui. — esperei uma resposta que nunca veio, ao contrário disso ele apenas me encarou como se tentasse decifrar minhas origens.

— Você tem o cheiro de Jeongguk. — sibilou ele, nada na sua expressão me demonstrava alguma coisa, nunca saberia se ele estava prestes a atacar ou tentando ser amigável.

— Bem... Eu vim com ele, eu-

— O que você é dele? — juntei as sombrancelhas.

— Nada que seja do seu interesse, Suyoong. — ouvi a voz familiar logo atrás de mim, mas mesmo assim era alguém que eu não conhecia.

Olhei naquela direção. Era aquele macho espectro dos cabelos negros como nanquim e pele pálida também dá última reunião. Pisquei para me dispensar da beleza quase mortal daquele homem na minha frente.

— Como sempre, o defensor dos pequenos e desprotegidos, Mim Yoongi. — disse o tal Suyoong, não se importando o tom de desrespeito usado na voz, mas nada que tenha abalado a expressão totalmente petrificada de Mim Yoongi, que nada demonstrou, nem mesmo uma fagulha.

— E como sempre o oportunista e insolente, Lee Suyoong. — ele rebateu com voracidade, nunca demonstrando nada mesmo que as ruínas o encontrassem.

Suyoong pareceu muito mais afetado, a mudança de atmosfera de Yoongi representou sua satisfação em tirar aquele homem facilmente do sério.

— Não sei o que faz o que por aqui, deveria está em Quicéra, com aquela sereiazinha deliciosa. — e aquilo parecia ser o ponto fraco de Yoongi, algo parecido com ódio lampejou em amarelo em seu olhos, um brilho incandescente muito mais forte sob a luz do sol.

— Nunca mais abra essa boca imunda para se referir ao meu marido, ou faço você conhecer sete caminhos diferentes para chegar ao inferno. — as palavras ditas com calma pareciam muito mais perigosas e amedrontadoras, foi inevitável não me encolher no banco.

Suyoong ficou frio e pálido, o arrependimento quase que imediatamente adornou o seu rosto, um lampejo de vitória brilhando no meu quando aquele macho tropeçou alguns passos para trás antes de se retirar.

— Me perdoe por isso, não suporto que falem do meu diamante. — tentei lhe mostrar um sorriso, mas saiu como uma careta então desisti no caminho.

Ele continuou com o rosto sério para mim, os cabelos tão negros que parecia absorver qualquer luz atrevida, a pele pálida feito neve oque deixava o olhos dourados em destaque.

— Compreensível, eu também não gostaria. — minhas sombrancelhas se encontraram quando me peguei pensando em Jeongguk e o meu desconforto se alguém estivesse em algum momento se referindo cruelmente a ele.

Percebi que realmente não gostaria.

— Ainda não sei o seu nome. — levantei do banco, sem saber muito bem o que fazer lhe estendi a mão.

— Sou Taehyung. — Yoongi não recebeu meu comprimento, recolhi minha mão de volta envergonhado.

— Mim Yoongi. — disse apenas, robótico, sem a sombra de nada no olhar ou na expressão. — O que você é?

— Humano.

— Hmm, sou de Quicéra, um tritão do Vale de Pérmua ao seu dispor. — ele fez uma reverência profunda.

Por isso ele tinha a pele tão clara, um tritão do dos vales, onde o mapa mostrava ser o lugar mais frio de todos os reinos, uma pequena parte de Quicéra que nunca deixava de nevar.

— Você... É algum tipo de guerreiro? — ele negou com um aceno calmo e controlado.

— Sou apenas um morador.

— O que faz aqui então?

— Hera corre risco, se Hera corre risco, meu reino também e não quero que meu reino corra risco com o meu diamante morando lá. — ele respondeu com simplicidade.

— É tão grave assim?

— Aparentemente há alguém por trás disso tudo, permitindo a passagem dos Goryhdianos em Hera, não posso permitir que esse alguém ganhe aliados e permita a passagem de mais deles em Quicéra. — concordei com a cabeça.

— Você é bem protetor.

— Meu marido e eu estamos tentando gerar um bebê a algum tempo... Não estamos tendo sucesso, maior parte da minha estadia em Hera é por isso, procurar uma solução. — minha sombrancelhas se elevara em surpresa, eu não soube o que responder alguns segundos depois de Jeongguk sair da sala, embora estivesse limpo e sem sinal algum de uma possível tortura, ele estava cheirando a sangue e ódio.

Nunca o vi tão irado como estava agora.

— Algum problema? — ele olhou para Yoongi e depois para mim, uma nítida raiva crescente estava em seu olhar.

— Preciso de respostas. — murmurou Jeongguk. A voz tão gutural quanto o tempo.

— Todos precisamos, irmão. — Yoongi respondeu Jeon com um aceno de respeito e submissão, para a minha surpresa Jeongguk correspondeu tão respeitoso e submisso quanto.

Eles pareciam próximos.

— Vou acha-las para nós, nem que eu precise arrancar mais gargantas. — Min Yoongi nem um pouco afetado, concordou.

E com uma reverência ele se foi, como uma fúria distinta, se segurando pela escuridão sem nunca ser notado.

🌙

— Vocês se conhecem a muito tempo? — perguntei depois de uma longa caminhada por aquela parte escondida de Hera que eu não fazia ideia da existência.

Apesar do local mais sujo estar ali dentro, depois de um certo ponto ela se torna apenas uma pequena vila, com luz e seres caminhando livremente enquanto aproveitavam seus afazeres do dia. Jeongguk e eu estávamos andando sem rumo, alcançamos as árvores e o lago com a rua movimentada.

— Yoongi é o irmão que Juwon jamais foi. — Jeongguk respondeu, o desprezo presente na voz como uma faca.

— Porque se odeiam tanto? Digo... Você e Juwon. — Jeon bufou como sempre fazia quando eu tentava entrar naquele assunto.

— Porque ele é um babaca, apenas saiba disso. — não tentei entrar nos assuntos, porque eu já havia ouvido aquelas mesmas palavras vindas de Juwon.

Nenhum dos dois pareciam dispostos a me revelar o motivo daquela intriga antiga, mesmo assim, não era da minha conta.

— Yoongi... Disse que tem um diamante em Quicéra. — tentei.

— Sim, o tão belíssimo marido dele, um tritão do lado oposto do Vale de Pérmua onde Yoongi vive. — juntei as sombrancelhas.

— Como assim um tritão do lado oposto? Eles não vivem no mesmo lugar?

— É uma longa história, resumidamente falando, Yoongi era guerreiro antes de se apaixonar por Park Jimin, o conheceu no lado oposto de Pérmua, onde sempre é verão e quente e caloroso. — murmurou Jeongguk, se acomodando em um dos banquinhos da rua próximo ao lago logo atrás.

O sol refletia no seu rosto, nas expressões e deixava ainda mais nítido como Jeongguk era estupidamente bonito.

— Então eles são opostos um do outro, como eles vivem sem um morrer de calor e o outro de frio? — Jeon suspirou.

— Ainda é uma situação difícil, é o ambiente natural de cada, e o corpo em algum momento vai gritar por aquilo de onde nasceu, não podemos tirar um peixe da água e colocá-lo para escalar árvores. — concordei. — Eles vivem nos limites até onde conseguem aguentar, Yoongi sente muito calor quando está com Jimin, as vezes desmaia, Jimin não aguenta mais de dez minutos nas águas frias do Vale sem sentir os ossos petrificados.

— Então, como eles fazem? — Jeon deu de ombros embora as expressões dele carregasse tristeza pelo amigo.

— Eles conseguem viver normalmente se estiverem sob duas pernas. O sistema não se altera tanto e eles podem viver tão normalmente quanto nós. Mas como falei, uma hora o corpo vai gritar pela natureza e isso não dá para ignorar.

— O que acontece se ignorar?

— Ou o corpo se torna fraco e você morre lentamente sendo sugado pelo próprio poder, ou você acumula tanto poder que se torna perigoso voltar a sua origem e se não volta, você morre de qualquer jeito, sendo consumido e enlouquecendo. — meu estômago se revirou ao imaginar o quanto aquilo parecia horrível.

— E há alguma solução? — questionei esperançoso.

— Um bebê. - disse simplesmente. — Um bebê é a união das duas metades independente da origem e é a única força vital que permite uma transição do corpo original para a sua evolução que te permita criar o filhote.

— Espera, quer dizer que, se ambos tiverem um bebê, os dois podem viver um no lar do outro sem problemas? — o moreno concordou.

— Isso, a natureza vai querer que você cuide da cria e então vai dar os meios necessários para isso.

— Mais resistência ao frio para Jimin e mais resistência ao calor para Yoongi.

— Você aprende rápido, docinho. — falou com um largo sorriso no rosto antes de deslizar o dedo indicador embaixo do meu queixo.

— Por isso Yoongi disse que ele está em Hera procurando solução para Jimin. Mas... Eles querem o bebê só para isso?

— O bebê é para confirmar definitivamente a união dos dois, vai ser de grande alegria para ambos e foi planejado, não vá pensando que eles tiveram essa ideia do nada simplesmente porque querem viver juntos. — ele mirou os olhos violetas quase transparentes para mim. — Acredite, mesmo que não houvesse esse meio os dois ficariam juntos de qualquer jeito.

— Então porque é tão difícil para os dois gerar um bebê?

— O sêmen de Yoongi não sobrevive em Jimin por muito tempo, muito menos os de Jimin em Yoongi. Jimin não pode gerar uma criança com a necessidade do frio sem poder passar tanto tempo lá e não adoecer, isso em vice versa. — meu coração se encheu de tristeza.

— Então como-

— Yoongi está procurando a solução. — concordei sem nenhuma ideia de como eu poderia ajudar.

🌙

O lago se mostrava calmo e cristalino logo atrás de nós, enquanto Jeongguk imóvel permanecia olhando todos que se passavam ali na frente dele, sem expressão embora não estivesse carregando aquele olhar de desprezo, o que era um bom sinal.

Haviam caiaques transitando de um lado para o outro no lago, acompanhando os gansos tão brancos quanto as pedras no fundo do lago cristalino.

Senti uma súbita vontade de estar dentro de um deles, depois de horas em uma tortura sem fim aquilo poderia ser o mais normal a enfrentar no dia que eu poderia implora-lo, até porque aquele era um dia raro do qual Jeongguk e eu passávamos mais de dez horas sem brigar por mais irritante que ele conseguisse ser.

Levantei do banquinho, olhando na direção dos caiaques com um sorriso hesitante, o mesmo que eu lancei para Jeongguk quando ele levantou os olhos para mim, apontei para o lado e os caiaques.

— Vamos? — ele se demorou, me avaliando, avaliando meu dedo apontado para o lago e quando achei que ele não responderia, a resposta veio e eu preferi que ele permanecesse calado.

— Não. — simples, com uma frieza que poderia cortar o vento.

— Por favor.

— Não. — ele insistiu, por um momento esqueci o quão chato ele sabia ser quando queria.

— Jeongguk!

— Não.

— É só o que sabe falar? — bati o pé, ele me olhou por baixo da franja com um sorriso para lá de canalha nos lábios, um que só erguia o canto da boca e aquele que eu me odiava por achar tão sedutor.

— Não.

— Estúpido! — ele se levantou com ainda sorriso no rosto.

— Docinho, você precisa ser mais educado. — novamente aquele indicador macio serpenteou por baixo do meu queixo me obrigando a erguer a cabeça.

— Não acho que você saiba o que educação significa.

— Graças a Hera. — debochou ele.

Um rugido atravessou minha garganta quando o puxei pela manga da blusa preta que ele usava, minha força não era nada comparada a dele mas percebi que ele se permitiu ser puxado e não se importou em me ter o arrastando até a margem do lago onde um senhor alugava os caiaques.

— Você vai comigo, nem que eu precise te arrastar. — com um sorriso mortalmente lindo, ele estava me encarando como se aprovasse aquela minha determinação por mais simples que parecesse.

— Gostaria de me por uma coleira também, docinho? — como se algo tivesse despertado em mim a partir daquele tom, como ele usou a língua para enfatizar o apelido idiota em algo mais obsceno, como o ar não passou de um sussurro muito próximo ao meu ouvido.

Senti o corpo inteiro tomado por um arrepio inerde a ponto de arquear a coluna e arregalar os olhos com a tremedeira nas pernas que se acometeu de repente.

— Cale a boca, canalha. — mas ele sorriu.

Entramos no caiaque, Jeongguk de frente para mim e eu para ele enquanto tínhamos os dois remos nas mãos, nenhum pareciam saber exatamente o que estava fazendo quando cada vez que tentávamos remar e sair do lugar o caiaque apenas girava em círculos.

Jeongguk estava se acabando de rir mesmo que estivesse tentando também andar em linha reta, onde nunca tinha um sucesso.

— Pare de rir idiota, continue remando. — ordenei.

Jeongguk ria tanto que precisava jogar a cabeça para trás, a boca aberta revelando todos os dentes enquanto um som estranho e engraçado saia de lá, o mais bonito eram os olhos abertados em volta das ruguinhas do riso.

— Nunca vamos sair daqui. — ele poderia ter acabado de maltratar alguém, torturado-as até ter a verdade escrita nos seus papéis, mas aquela sena de Jeon rindo enquanto tentava falar, os olhos violetas brilhando sob a luz refletida da própria água. Eu nunca esqueceria.

Era finalmente um riso sincero, uma gargalhada com vontade e talvez ninguém além de mim tenha presenciado tal sena.

— Continue remando, uma hora a gente pega o jeito. — mas foi um erro, giramos tanto no mesmo lugar que em um momento eu não sabia se quem estava girando era o caiaque ou a minha cabeça.

Num momento Jeon estava a minha frente rindo de mim no outro eu só conseguia ver a água azul cristalina impedindo a minha respiração e nem mesmo o som abafado conseguia disfarçar as risadas escandalosas e esganiçadas que ele sufocava enquanto me via boiando no lago.

Jeongguk riu tanto que como vingança o caiaque virou e ele também caiu na água.

Mas eu estava ocupado demais pedindo socorro, porque na minha visão eu não conseguia alcançar o chão com os pés e estava morrendo afogado.

Jeongguk se ergueu, os cabelos molhados escorridos para trás com a testa exposta e a camisa grudada nos músculos.

— Taehyung, a água não chega nem no seu peito. — fiquei de pé, me dando conta do drama e que de fato, ela não chegava sequer a axila.

Minhas bochechas queimaram tanto que precisei afundar de volta no lago e esperar a morte me levar, mas as mãos de Jeongguk puxando a gola da minha camisa me impediram disso e me carregando até a margem como se eu fosse um filhote de cachorro molhado Jeon me pôs no chão.

Mesmo que eu houvesse voltado para casa tão vermelho quanto as labaredas da lareira, tremendo tanto que mal conseguia me por de pé e Jeongguk rindo de mim todas as vezes que nossos olhos se encontraram, eu dormi tranquilo aquela noite.

E talvez tenha sonhado com um lago violeta cristalino, e talvez não tenha sido um lago, mas um par de olhos.

Então então, percebi que alguns de vcs ficaram com dúvidas sobre os pensamentos do Taehyung e o fato de Jeongguk ler mentes.

Comentei isso em alguns capítulos atrás, Jeongguk usa magia de bloqueio, porque? Porque se torna insuportável para ele ouvir tantas vozes ao mesmo tempo dentro da cabeça dele, em grande parte o tempo ele está sempre com a magia de bloqueio para exercitar a própria magia e o proteger da loucura.

Ex; imagina você estar dentro de um sala e dentro dela á 800 caixas de sons e todas estão ligadas tocando músicas diferentes todas aos mesmo tempo, e você pode ouvir aquela som insuportável de cada uma simultaneamente, você sente dor, sente que vai enlouquecer e a única maneira de bloquear isso é usar fones de pressão pra abafar os barulhos.

É assim que ele se sente.

Além de que o Taehyung mantém os pensamentos dele na bolha, e essa bolha só estoura em momentos apropriados (quando eu quiser e for de acordo com o enredo da fic) fora isso, ele e os pensamentos estão sempre protegidos!

Estendido? Qualquer dúvida é só perguntar amores.

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