Não é tarefa fácil falar do Santo que teve o processo de beatificação mais rápido dos últimos 700 anos e o processo de canonização mais rápido dos tempos modernos. Mais rápido que seu Antecessor João Paulo I que ainda está em processo (Março, 2019).

Suceder Pedro não é tarefa fácil! Principalmente para alguém que encontra um novo milênio afundado nas heresias. Cabe aqui lembrar que os Papas são infalíveis em palavras direcionadas em documentos oficiais da igreja, alterações de parágrafos de livros importantes, como o catecismo, enfim. Nós podemos criticar opiniões e declarações dos papas, contudo que seja uma crítica sensata e sem fugir do Cristianismo. Não reconhecer um Papa é negar a ação do espirito, é se afastar totalmente da igreja, é agir identicamente como Lutero! Não é digno de modo algum de carregar o nome católico nas costas. Muitas vezes essas críticas que surgem são frutos do desejo bonito dos papas de falar com todas as religiões e culturas, porém algumas vezes deixam escapar coisas e falas que podem ser muito mal interpretadas.

São João Paulo II não veio para agradar! Ele veio para não ser calado. Seu espírito está vivíssimo em nossa Igreja. Um Santo muito recente e que já é padroeiro de diversos grupos, paróquias, cidades, páginas, sites... Mas, qual foi o feito tão grande desse Santo? Justamente a VOZ. Falar abertamente sobre temas pouco discutidos e de agir como um verdadeiro pontífice Santo.

A queda do comunismo começou, entre outros fatos, com a eleição surpreendente do então cardeal polonês Karol Wojtyka, em 1978, que obteve 97 dos 111 votos do Colégio de cardeais. Sem dúvida esta eleição foi surpreendente para o mundo, não só por escolher um Papa não italiano – o que não acontecia desde Adriano VI (1522-1523) – mas principalmente por ser um Papa que vinha de um país comunista, detrás da “Cortina de Ferro”. Jerzy Turowicz disse na época que “Moscou viu de imediato um inimigo em João Paulo II”. “Os russos teriam preferido ver Soljenitsin tornar-se Secretário Geral da ONU a ver um polaco tornar-se Papa”, disse o jornalista Alberto Roncai em “La Stampa” de 17/10/78. “Trata-se de um terremoto psicológico para todo o Leste”, disse o Cardeal Franz konig, Arcebispo de Viena ( cf. p.9).

Desde o início do seu pontificado, João Paulo II tinha como objetivo conquistar a liberdade civil e religiosa para as nações dominadas pelo comunismo ateu, sob o qual ele tanto sofreu. Mas o Papa desejava uma mudança sem violência e sem sangue, levando os regimes totalitários a se abrirem lentamente à verdade e à liberdade. E, graças a Deus, foi o que aconteceu.

A Europa dividida criminosamente pelo Muro de Berlim, sempre foi para João Paulo II uma ferida insuportável, um rasgão que precisava ser costurado. Assim, em Gniezno (1979), em Paris (1980), em Compostela (1982), em Viena (1983), o Papa denunciou a divisão da Europa e condenou o muro de Berlim (p.197).

Professor Felipe Aquino

Há quem diga que religião e política não se misturam. Esse Papa veio mostrar que isso é uma mera falácia herética. E que a doutrina católica pode libertar povos da escravidão, principalmente da doutrina desumana que é o conmunismo. Infelizmente você não verá esses feitos em livros de história, mas o mais importante é que esse fato esteja guardado em nosso coração.

“Que Cuba se abra ao mundo com todas as suas magníficas possibilidades e que o mundo se abra a Cuba.”
São João Paulo II
Em Cuba, em 1998.

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A democracia precisa da virtude, se não quiser ir contra tudo o que pretende defender e estimular.
"
São João Paulo II

O que a democracia defende? Liberdade de expressão, escutar a voz do povo, defende a liberdade. Porém, não é isso que vemos no Brasil. A liberdade cada vez mais está se tornando seletiva. As mesmas pessoas que se diziam defensoras da democracia na última eleição são as mesmas que apedrejam a igreja católica, a taxam de opressora, machista e tantos adjetivos mal usados nesse século. A liberdade para a democracia do Brasil só é valida quando está interligada com as ideias de um grupo. Precisamos dessa VIRTUDE defendida por São João Paulo II.
Falas sobre o feminismo, sobre a família, sobre a sexualidade e sobre os jovens. Temas que marcaram a passagem desse grande Santo pela terra. Corajoso! Quase sofreu tentativa de assassinato e nos ensinou mais uma vez a não calar nossa voz: Foi até o homem que tentou fazer isso e o perdoou. Não se importou se seria taxado de louco ou que queria mídia. Se importou com o que era! Não que ele era papa, nem que estava a frente de uma das maiores e mais antigas religiões do mundo, nem que era bispo de Roma, nem que era um sacerdote... Ele se importou com o SER CATÓLICO.

Esse é um dos maiores exemplos de voz!

São João Paulo II, Rogai por nós!