9- O Ataque dos Revolucionários.
QG DA LILY: PRISÃO
Emily ainda estava acorrentada e abalada na prisão, se passou um tempo desde que Sad a atormentou, desde então tem sido criaturas a lhe trazer pão e água. Foi simples, repugnante e fácil, mas a gueixa havia quebrado sua vontade de lutar, não importava o quanto calculasse, era impossível alguém ter suportado toda aquela eletricidade, com tantos condutores em um lugar fechado, não tinha como escapar daquilo ilesa, mas mesmo assim Sad escapou, uma mera serva, não uma virtude.
- Não... tem o que fazer...- Murmurava deprimida. Não acreditava mais na vitória.
- Não desista.- Estalada para fora de sua tristeza, Emily olhou para frente com uma energia que até então não tinha. O monge estava em sua frente, lhe encarando com seu semblante calmo.- Você não pode desistir ainda Emily. Existe alguém que você precisa derrotar. Só você pode derrotar.
- Me ajuda a sair daqui então. Sozinha eu não serei capaz.
- Você nunca está sozinha, pois eu sempre estive contigo. Eu já estou ajudando vocês a derrota-los, mas vocês também precisam agir. Eu irei lhes dar os meios de vitória, mas vocês devem usá-los. Vocês jamais estarão sem opções, apenas precisam aprender a usar o que tem.
- Mas então o que eu posso fazer? Não importa o que eu faça, Sad e Lily irão prever tudo. Eu não sou capaz de derrotar cinco virtudes, mais os servos, seja lá quantos forem.
- A virtude da Morte e da Vida são as únicas virtudes que tem servos. Você não precisa se preocupar com elas. Eu não espero que seja você a derrotar essas duas. Emily eu estou aqui para lhe lembrar que você consegue fugir daqui. Lembra, seu objetivo não é matar esses cinco, é fugir. O poder que eu lhe dei, não permite a você ser inteligente, te permite controlar seu cérebro. Se lembre disso.- Assim o monge sumiu.
México: esconderijo dos revolucionários
Assim que amanheceu e eles comeram, Rosa levou Pedro até o segundo andar, o único que ele ainda não conhecera, para lhe explicar o plano deles e ouvir sua decisão. Todos estavam lá, Dulce voltara a agir normalmente, ou pelo menos aos olhos de Pedro, ela parecia ter se recuperado dos acontecimentos anteriores, correndo atrás de Luiz ameaçando fazer cocegas nele.
O andar estava lotado de armas, caixas com granadas, armas de fogo e brancas, todas estavam velhas claro, mas ainda assim eram perigosas, e muitas.
- Por que vocês tem tanta armas assim?
- Não se preocupa, nós não vamos usá-las, são muitas para apenas nós cinco.
- Então por que vocês tem elas guardadas aqui?- Dario foi quem respondeu essa pergunta, a resposta foi bem oposta ao que Pedro imaginou.
- Para impedir mortes.- Pedro se virou para o homem, ele desenrolava e enrolava o chicote sobre seu pulso, como se treinasse o melhor jeito de prender alguém com ele- Quer ouvir uma curiosidade? Não existe exército nesse reino. Quem são os membros do exército real você pergunta? Alejandro, Pablo e Escobar.- Pedro acreditava ter entendido o que aquelas palavras significavam, então foi pelo comentário mais racional que poderia pensar.
- Você quer dizer que esses três são os únicos realmente perigosos do exército do rei certo?
- Não. Eu quis dizer o que eu disse, esses três são as únicas pessoas que servem o rei.
- Mas isso não faz sentido, eu não sei o número exato de pessoas aqui, mas para ser retrata como cidade de sobreviventes deve ser no mínimo o numero de uma cidade. Se apenas quatro pessoas dominam esse lugar inteiro, por que não fugir, lutar ou os expulsar?
- Pedro...- Dulce olhou para ele expressando surpresa, lentamente ela se aproximou dele e colocou as mãos sobre seus ombros.- Muito obrigado por abrir nossos olhos, essas ideias nem mesmo passaram por nossas cabeças.- Dulce era imprevisível, então Pedro não sabia se ela estava falando sério ou não, mas pela situação...
- Desculpa, deve ter algo impedindo vocês.- A mulher sorriu para ele como se dissesse "Você entendeu."
-Mas não se preocupa, é natural uma pessoa se perguntar isso.- Dulce trocou de sua grosseira para sua delicadeza enquanto se afastava dele.
- Enfim, não é surpresa essa monarquia ter poucas pessoas sobre a servidão do rei.- Continuou Dario.- No começo não era uma monarquia, no começo o rei não era ruim. O rei não rouba suprimento dos outros, você viu, todos temos comida iguais, casas, o rei Max não é egoísta.
- Tanto que foi por isso que ele foi escolhido como líder...- Rosa começou a complementar a historia, ela queria que Pedro os ajudasse, mas para isso ele teria que ter um bom contexto.- o México era um grupo bom, forte, mas faltava uma liderança, seria uma eterna bagunça com todo mundo sempre fazendo o que quisesse, então eles procuraram um líder; quem melhor para isso do que Max? Ele estava sempre em seu canto, mas ajudava os outros, acredite, ele não é egoísta, nunca foi assim, por isso escolheram ele, por que ele sempre ajudava os outros as escondidas, como um vigilante, Alejandro foi elegido como conselheiro por escolha do próprio rei.
- Se ele é uma pessoa tão boa, por que tem uma revolução contra o reinado dele?
- Por que ele é medroso...- Respondeu Dulce.- Max sempre ficava ansioso perto das pessoas, mesmo sendo rei e ajudando a todos, ele nunca estava bem em público, mas então a rainha chegou junto de seus servos gêmeos, ninguém nunca a viu, nunca ouviram seu nome, mas sabemos que ela está lá.
- Desde que ela chegou o rei vem transformando pessoas em pedra, mas nunca explica nada, ao invés disso se tranca dentro do prédio central.
- Mas isso ainda não explicou todas essas armas que vocês tem.
- Já respondi, elas estão aqui para impedir mortes.- Dario deixou seu chicote de lado e voltou a sua explicação.- Como você mesmo disse, não faz sentido o por que eles não atacam um simples grupo de 5 pessoas, a resposta é pelo exército de estátuas.
- Max tem o poder de dar vida a objetos inanimados...- Continuou Rosa.- Alejandro transforma as pessoas em pedra mas para ele controlar tantas e as manipular, seria muito difícil dependendo da situação, mas Max concede vidas as estátuas, colocando nelas personalidades aleatórias, e elas obedecem ele completamente, um exército perfeito. Ou seja ele não precisa estar 24 horas pensando nos movimentos delas, elas podem agir por si mesma.
- Mas é ai que vem o por que não podemos lutar...- Terminava Dulce.- Não sabemos o quão frágeis as estátuas são e não podemos quebra-las pois são pessoas, todas essas armas aqui são armas que nós roubamos do povo para os impedir de destruir as estátuas em um ataque homicida.
- Não podem fugir porque não é seguro fora das muralhas, não podem simplesmente ficar porque eles tem amigos e famílias que viraram pedras, e não podem atacar porque podem acabar quebrando as estátuas.- Concluiu Luis, mas quando o menino falou, Pedro se lembrou da historia que havia contado.
- Espera aí, mas se são apenas aqueles cinco, Luis por que você acha que seu pai te abandonou e não virou pedra?
- Porque nós não o encontramos.- Respondeu Rosa enquanto Luis abaixava sua boina e escondia seu rosto.- Eu vasculhei o prédio do topo ao fim, eu achei estátuas de todas as pessoas desaparecidas, até mesmo de desconhecidos, mas a dele era a única que não estava em lugar nenhum.
- Eu achei que meu pai me amava... eu não me livro dessa boina porque ela me lembra dos momentos felizes com ele, mas não tem outra explicação a não ser que ele me deixou.- De frente com aquelas novas informações Pedro se manteve calado, tentou ser esperançoso, mas pelo visto aquilo só machucou o menino mais ainda. Antônio abraçou Luis, mas o garoto não chorou, apenas ficou em silêncio.
- Então, esta é a situação Pedro, qual a sua resposta?- Dario, Dulce e Rosa o encaravam esperando seu julgamento, Pedro pensava com calma, ele não era inteligente, mas era alguém com um coração forte, ele confiava nos revolucionários, mas e se estivessem o enganando? Queria poder salvar seus amigos o mais rápido possível, mas ele não deveria confiar nos outros tão facilmente, não podia se esquecer de Margaret.
Talvez poderia simplesmente confiar, não confiando. Iria dar uma chance, mas se percebesse algo de errado, iria questionar e esclarecer.
- Eu topo.- O grupo sorriu em resposta.- Mas eu preciso saber qual é o plano.
- Esta é fácil...- Disse Dulce, ela então indicou o número quatro com as mãos.-...nós temos armas secretas que o rei não faz ideia que existem.
- Armas Secretas...? Gostei, e quando vai ser o ataque?
- Hoje a tarde.- Respondeu Rosa sorrindo, Pedro por outro lado.
- Espera o que? Tão cedo? Mas isso...
- É cedo para você que chegou agora, nós temos isso planejado a umas semanas já.- Pedro se esqueceu que haviam historias ocorrendo fora da vida dele e de seus amigos, as pessoas já planejavam e deixavam tudo pronto com ele participando ou não. Mas ele já disse que participaria, então apenas ouviu o plano com calma.
Algumas horas depois
O grupo de revolucionários se preparou para invadir, Rosa sabia exatamente onde cada um deles iriam estar, como ela sabia? Pedro não tinha ideia, era como quando ela previu seus pensamentos, de alguma forma, a mulher sabia como todos agiriam antes deles agirem.
Juntos, os seis avançaram até o prédio central, tomando cuidado para não chamar a atenção do povo e os instigarem a atacar também, de frente com a porta do prédio Dulce simplesmente a arrombou com um chute, dando passagem para eles entrarem. O grupo prosseguiu pelos corredores do castelo, subindo as escadas e avançando.
- Se eu não estiver enganada...- Rosa liderava o caminho, ela parou todos eles no meio do avanço e apontou para uma porta.- Pablo e Escobar estão naquele quarto neste exato momento, vocês devem ser rápidos.- Dizendo isso o grupo se dividiu, Dulce, Dario e Antônio adentraram no quarto enquanto Rosa, Pedro e Luis prosseguiram pelo corredor.
O grupo que invadiu o quarto, assim como Rosa previu, encontraram os gêmeos sentados em cadeiras, a dupla por outro lado não se surpreendeu com a invasão, na verdade um deles soltou até mesmo um sorriso.
- Ora, Ora, olha só quem temos aqui Escobar...- Seu sorriso de superioridade não era direcionado a ninguém mais que...- Dulce! Você voltou para mim, continua linda como sempre.
- Pablo... Escobar...- Ela pegou duas adagas de sua cintura e se pôs em posição de combate com completa fúria sobre seu rosto.- Vocês dois vão ver.
- Dulce, não diga isso...- Disse Dario pondo sua mão sobre o ombro dela, logo depois ele estalou seu chicote no chão.-...eles não vão nem ouvir a derrota vindo.- Os gêmeos desembainhavam suas espadas. Qual gêmeo tinha qual espada? Era muito difícil acertar.
Ambos eram ágeis, se moviam de forma tão rápida e diferente que era fácil você trocar os dois no meio da luta e confundir qual deles estava onde. A dupla de vilões avançou sem dó, um deles atacou Dulce que, rapidamente, usou suas adagas para defender o ataque, entretanto aquela espada era capaz de projetar um campo de força, o que empurrou Dulce para trás, o outro gêmeo atacou de longe fazendo sua espada se esticar até a mulher. Dario então usou seu chicote para segurar a lamina da espada do homem.- Você não irá danificar o tesouro de minha vida.
O outro gêmeo ainda estava perto de Dulce, atacou com sua outra espada, mas a mulher conseguiu, com dificuldade, se proteger com uma adaga. Assim que foi possível ela se afastou o máximo dele e se aproximou de Dario, mas o mesmo gêmeo moveu novamente a mesma espada e lançou um corte aéreo sobre os dois, mas o ataque desapareceu após um barulho de tiro, algo pareceu se chocar contra ele. Antônio estava no canto da sala com uma pistola em sua mão, recém disparada.
- Você impediu o ataque de minha espada...- Disse o gêmeo o encarando seriamente, tendo sua frase terminada por seu irmão.
-...usando uma bala?- Os dois então jogavam as espadas de um para o outro, enquanto se moviam para todo lado. Tão rápidos que se tornava muito difícil de acompanhar com os olhos. Os dois irmãos, ao mesmo tempo, ameaçaram atacar o Antônio com as quatro espadas de uma longa distância, apenas duas iriam funcionar, a espada que estiva e a que manda cortes aéreos, agora qual era qual?
Antônio então usou sua pistola para atirar na espada da mão direita do gêmeo na esquerda, enquanto se movia para o lado e desviava da espada chicote nas mãos do outro, em pleno escape ele atirou novamente em direção ao gêmeo desequilibrado pelo tiro na espada, pela primeira vez uma feição de medo dominou o rosto dele, foi salvo de última hora pelo irmão que usou sua espada de campo de força como um escudo.
- Ele desviou das duas espadas de longa distancia e atirou naquele que não tinha um escudo...
-...esse homem sabe qual espada esta com quem?- De frente com os rostos impressionados dos gêmeos, Dulce e Dario apenas sorriam de deleite.
- Os olhos de Antônio são apurados.- Disse a mulher passando as adagas uma na outra para as afiar mais.- Ele é nossa arma secreta contra vocês dois. A memória, atenção e concentração dele são impecáveis.- As faces de terror da dupla não demorou para ir embora, eles voltaram ao modo desinteressados de antes.
- Faz sentido Dulce, você não consegue viver sem atenção...- Disse o da direita provocando Dulce, ela sentiu uma enorme raiva atingindo seu coração, sabia exatamente o que eles estavam falando, Dario pôs a mão sobre o ombro dela como se mostrasse apoio, mas o outro gêmeo continuou.
-...Você não pode viver só com um né? Sempre tem que ser dois homens para te saciar.- A raiva atingiu o coração dela novamente, seus olhos voltaram a lacrimejar.
- Vocês brincaram comigo... me enganaram e depois me destruíram. Como podem se interessar tanto em mexer com os outros assim? Como puderam fingir serem um cara só?- Dulce lentamente relembrava e ressentia tudo o que os dois fizeram com ela. Passando mal de amargura, sentindo que alguém deveria impedir aqueles monstros de machucar outros, ela só queria destruir eles. Mas o barulho do estalo do chicote de Dario contra a arma de um dos gêmeos fez a mulher se acalmar, a face dele parecia calma e indiferente, mas por dentro uma fúria se propagava.
- Dulce, se acalme, nós estamos contigo. No fim, esses caras irão pagar por tudo o que fizeram.- Antônio mirava sua arma sobre os dois gêmeos enquanto o casal se colocava em posição de ataque para o apoiar.
- Bando de bodes raivosos...- Falava o gêmeo da direita sendo seguido pelo da esquerda.
- Se esquecem o quão perigosa é uma alcateia de lobos.- Então os olhos dos gêmeos ficaram brancos, enquanto emitiam um brilho intenso sobre o cômodo.
Enquanto isso, Pedro e Rosa continuavam a subir e avançar pelo prédio, ele seguia os passos de Rosa pelos corredores e escadas do local.
- Por aqui Pedro. Devemos estar chegando até onde o rei está...- A estrutura do prédio tremeu novamente, o chão se remodelou e alguns espinhos de pedra tentaram lhes pegar, Rosa se transformou em águia, agarrou Pedro e voou para o alto, fugindo do ataque.
- Ora, ora, nossa lenda era real pelo visto.- Alejandro lentamente surgia atrás deles saindo de dentro da parede de pedra.
- Não venha falar bonito Alejandro.- Dizia Rosa o encarando com ódio.- Você virou as costas para o seu povo, transformando pessoas que nunca fizeram nada em pedra.
- Eu fui escolhido como conselheiro do rei...- Dizia o homem de forma rigorosa, sua convicção e lealdade eram como uma rocha que não se moveria não importasse o quanto o vento soprasse.-...devo seguir suas ordens, essa foi a escolha que colocaram sobre mim.
- Você acredita demais no Max, você tem que separar amizade e lealdade de cegueira.
- Apenas cale a boca.- Alejandro estava cansado de ser sempre enfrentado pelos outros sobre seus ideais.
- Falar com você é inútil.- Suspirou Rosa- Mas nós também já temos uma arma secreta contra você.- Uma sombra surgiu em Alejandro, ao olhar para cima o homem viu um edredom caindo em si, sendo que um garotinho o acompanhava na queda.
O edredom caiu em cima do homem fazendo ele perder completamente seu campo de visão e mobilidade.
- Um pedaço de pano e uma criança? Essas são suas armas secretas contra mim?- Mas assim que o conselheiro tirou o tecido notou que não estava mais no castelo, agora se encontrava sobre um cômodo vazio feito completamente de madeira.- O que?
- ESTA é a arma secreta contra você.- Luis estava em sua frente o encarando bravamente.- Você precisa tocar ou estar vendo as pedras para poder controlar elas, e se não pode tocar em mim então eu não posso virar uma estátua.- As madeiras começaram a se mexer e reforçar mais ainda camadas para impedir a passagem do homem.- Graças ao Pedro, as árvores aprimorarão mais ainda essa armadilha que preparamos para você.
- Interessante. E deixaram um menininho como você para cuidar de mim? Não sabia que eu era tão subestimado assim.
- Você não é.- Respondeu Luis enquanto seus olhos refletiam um grande sentimento de determinação.- De acordo com o plano eu deveria te deixar preso aqui e ir embora, mas eu preciso lhe perguntar algo... sobre alguém.- Alejandro não demonstrava nenhum interesse sobre o que o menino dizia, ao invés disso ele colocou sua mão dentro do bolso e tirou uma pedra enorme assustando o menino.- O que...?
- Tem certeza que não quer fugir garoto? As coisas vão começar a ficar feias por aqui.
Pedro e Rosa chegaram no salão principal, onde o rei se encontrava sentado em uma cadeira enfeitada para parecer um trono.
- Ah que ótimo, O QUE FOI AGORA?- Perguntou o homem enfurecido, ele tinha um ar de cansaço em todo o seu ser.
- Max...- A mulher, que agora havia voltado a sua forma humana, não hesitou em chamar o nome daquele homem que lhe lançava olhares odiosos.- Viemos aqui para acabar com essa maluquice.- As palavras pareceram um gatilho, o homem imediatamente teve seu rosto afundado em medo.
- Vocês finalmente decidiram se revelar seus nojentos... foi ela, não foi? Ela se cansou de brincar comigo e mandou vocês para me eliminar.
- Do que esta falando?- Perguntou Pedro, as emoções que haviam no rosto do homem pareciam medo genuíno, havia algo de errado mas Pedro não sabia explicar o que. Era uma sensação familiar.
-ALEJANDRO, ALEJANDRO, ALEJANDRO...- Gritava o homem pelo seu conselheiro que não vinha.- Ele me traiu também? Droga, eu sabia, ele trabalha para ela também. Não vão conseguir tocar em mim.- Max mexeu seus braços e várias estátuas vieram em seu resgate, Helena e Gabriel estavam entre elas, assim como idosos, homens, mulheres, crianças.
- Eu sabia, você não vai lutar por si mesmo...
- Não, eu não vou... se eu depender dos outros eles podem me trair, por isso minhas estátuas são tão essenciais, elas nunca me trairão... eu posso acreditar...
- Mas é claro majestade...- Disse a estátua de Helena enquanto assumia posição de uma garota tímida.
- Você é chato pra caramba homem...- Resmungou a estátua de uma criança de aproximadamente 4 anos.-... mas acho que posso dizer que sou leal a você.
Todas as estátuas falavam sobre sua fidelidade em tons e modos diferentes, refletindo tudo o que Max queria ouvir. Mas Rosa já havia preparado uma arma secreta contra o rei: Pedro.
Todas as estátuas juntas se prepararam para atacar os dois, mas Pedro emanou uma luz verde de forma intensa, diversas raízes saíram do chão e agarraram as pessoas de pedra as segurando com cuidado no lugar, o sacerdote então começou a usar seu mimetismo de coelho para dar diversos pulos ágeis e se aproximar do rei Max, a velocidade era tanta que o monarca não tinha reação, um golpe e Pedro o nocautearia.
- O esquisito esquisitou mais ainda.- O ecoar daquela voz parou Pedro na hora. Reconheceu imediatamente. Não era possível. No impulso Pedro pulou para trás novamente, enquanto o ar de frente com Max se distorcia e formava o corpo de uma mulher. Vestindo roupas elegantes e plumadas, segurando um bastão com pedaços de ferro embutido. O coração de Pedro parou, pois em sua frente se encontrava a mulher mais marcante de sua vida: Margaret.
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