4- México(Helena)
Demorou dias, mas finalmente Helena e seu grupo estavam chegando perto do acampamento do México. Para a sorte deles a van de Stuart não usava combustível, porque o próprio Stuart a controlava mentalmente. Basicamente durante esses anos todos, o homem buscou aprimorar seus poderes, desenvolvendo algumas habilidades a mais. Seus fantasmas agora podiam interagir com outras coisas além de si mesmo, as vezes até possuir objetos.
Agora os fantasmas não assumem mais formas de pessoas que ele conhecia, nem mesmo contém personalidades próprias, talvez por que ele já sabe serem falsos. Os fantasmas não passam de vozes e seres transparente em sua cabeça, falando o que seu coração pensa.
Helena dormia pesadamente no passageiro. Gabriel tocava uma melodia suave com o violão. Lysa apenas encarava a janela da van. Não havia muito espaço para se mexer dentro do veículo então eles apenas ficavam sentados, quase nunca a conversar. Stuart então avistou algo lá ao longe, seu primeiro impulso foi mexer em Helena para a acordar, ele a balançou e nada, então:
- Helena!- Um erro fatal, pois no susto que teve devido ao grito, Helena teve o reflexo de socar o rosto dele.- Ai!- Guinchou o homem com o nariz vermelho.
- Me perdoa Stuart. Você me assustou.
- É, eu percebi.
- O que diabos aconteceu?- Perguntou Gabriel preocupado, Helena foi quem lhe respondeu.
- O Stuart bateu o nariz.
- Sim, na mão da Helena.- Disse ele tocando melhor enquanto a garota corava.
- A culpa é sua, por que me acordou?
- Olha pra frente.- Helena olhou para o que estava em sua frente e viu um enorme muro pedras. Como era possível haver um muro tão grande? Era simplesmente enorme e lindo. Só havia uma possibilidade, aquela deveria ser o território dos sobreviventes do México. Mas antes de realmente baterem nos portões da cidade, eles estacionaram e começaram a conversar.
- Espera, então a lenda era verdade? Um muro separou mesmo o México dos Estados Unidos pela cenoura viva? - Perguntou Gabriel, em um tom brincalhão, encarando o grande muro.- Ou será que era um trombeta laranja?
- Pare de ser idiota.- Disse Stuart.- Como é possível que eles conseguiram construir um muro desses aqui?
- Só pode ser o poder de alguém.- Respondera Lysa.- Ou eles deram muito duro, mas esse muro parece ser tão firme e detalhado.
- Enfim...- Disse Helena.- Nós gritamos " Oh de casa" e batemos palminhas?
- Não acho uma boa ideia.- Respondeu Lysa enquanto encarava o muro.
- O que? As palminhas?
- Isso já era ridículo desde o começo. Mas eu estou falando de nós entrarmos assim direto pela frente. Eles podem nos confundir com algum monstro metamorfos ou decidirem nos atacar simplesmente porque não acreditam em nós.
- E tem outra coisa que eu gostaria de apontar.- Disse Stuar.- Eu não contei antes porque queria esperar chegarmos aqui, mas Olho-De-Águia veio aqui esses lados.
- O que!? Como você sabe?
- Eu não sei hoje. Mas eu me encontrei com ele a 7 anos atrás, ele me falou que estava indo para cá. Por mais que insistiu que queria ficar sozinho. Não acho que ele esteja na cidade em si.
- Era nesses momentos que Pedro seria útil.- Suspirou Lysa.- Ele poderia perguntar para as plantas onde ele está e tudo se resolveria.
- Então vamos procurar por ele.- Disse Helena ansiosa, não queria depender de Pedro. Ele escolheu não estar ali, portanto conseguiram viver sem ele.
O problema era que nenhum deles era um estrategista, nenhum tinha realmente certeza de qual ação tomar.
- Eu não acho uma boa ideia demorarmos demais.- Disse Gabriel com um tom pensativo.- Não sabemos o que pode acontecer com Emily. Eu sugiro nos separarmos, dois vão procurar o John e dois vão ver se acham alguma virtude escondida por aí. Stuart e Lysa que sabem lutar deveriam ir procurar pelo homem.
- Mas como assim? Se o pessoal da cidade decidir atacar vocês...
- Eles não fariam isso. Não tenho como provar mas eu não acho que atacariam de primeira sem pensar em conhecer o inimigo.- Ficaram um tempo discutindo, Lysa começava a dizer que era arriscado demais mas quando Gabriel destacou a covardia da jovem em querer ser cautelosa demais, ela cedeu. Não soube como refutar.
No final eles acabaram fazendo o que foi dito, Stuart e Lysa pegaram a Van e foram procurar pelo arqueiro enquanto Helena e Gabriel se aproximaram do portão, que continha o símbolo dos sobreviventes desenhados em suas portas.
- Essa muralha é enorme.- Disse Helena observando com cuidado.
- Pois é, agora como chamaremos eles?
- Bom eles não são ETs, acho que se gritarmos e dissermos que somos viajantes eles irão nos ouvir, EI, ALGUÉM AÍ!- A mulher berrou tentando chamar a atenção de qualquer um do outro lado do muro. Então o portão abriu e dois homens perfeitamente idênticos saíram. As roupas, o tom de pele mais escuro, os cabelos compridos até o pescoço, até mesmo a barba mal feita era idêntica. Os dois carregavam duas espadas amarradas em suas costas, um perfeito espelho um do outro.
- Boa tarde senhora e senhor.- Para a surpresa de Gabriel e Helena, eles falavam sua língua perfeitamente.
- Boa tarde senhores.- Disse Helena observando com atenção os movimentos deles.- Nós somos viajantes, se vocês não se importarem, poderíamos falar com quem esta no comando?
- E por quê viajantes iriam querer falar com quem está no comando?- Falou o homem da esquerda, sendo seguido pelo da direita.
- Viajantes pediriam por comida e abrigo, não falar direto com o cabeça.
- Mas nós somos viajantes.- Rebateu Gabriel.- E nós estamos pedindo se podemos falar com quem está no comando e não por essas coisas aí, então acredito que sua teoria está errada. Nós só queremos saber se esse é um bom lugar para se viver.- Os gêmeos o encararam por um tempo, e deram espaço.
- Você é corajoso senhor, mas muito bem... - Disse o da direita, sendo seguido pelo da esquerda.
-... nos acompanhe, os levaremos ao conselheiro real.
Foi fácil demais. Os gêmeos não hesitaram em dar passagem, mesmo com um argumento tão fraco quanto o que Gabriel deu.
- Conselheiro real? Quando isso virou uma monarquia?- Helena ficou muito confusa, haviam regressado no tempo? Eles começaram a caminhar pela cidade, ou melhor restos de uma cidade. Haviam cabanas e tendas montadas, alguns prédios ainda eram habitáveis, outros estavam completamente devastados.
Eles caminhavam em direção a um grande prédio no centro, sua estrutura era formada, principalmente, por pedras de tom acinzentado. Sua estética era elegante e detalhada, lembrando um aspecto de realeza. Porém era visivelmente desgastada e um pouco velha por conta do apocalipse, as janelas eram largas e bem visíveis de longe. Todas elas tinham uma espécie de moldura de pedra mais escura em volta, ao seu topo, havia uma bandeira do México levemente desgastada.
Por certo motivo não haviam pessoas nas ruas, como se a cidade fosse deserta. Helena e Gabriel procuravam qualquer sinal de vida mas, exceto pelos gêmeos, não haviam nada.
Apenas quando olharam para as casas, que tinham uma aparência velha e um forte ar de abandono, pois Helena conseguiu ver uma silhueta em uma das janelas. Mas a cortina foi brutalmente fechada no momento em que percebeu que a meia ruiva encarava. Algo notável era que nas paredes das casas havia pinturas de águias brancas que aparentavam ser recentes.
- Você conhece a humanidade senhorita? De frente com uma tragédia eles se tornam selvagens e egoístas se não mantém sua fé em nada...- Perguntou o da direita enquanto o da esquerda prosseguia com o comentário.
-... Mas por outro lado se alguém competente acalmá-los, então essa pessoa terá o controle e eles obedecerão cegamente.- Para Helena e Gabriel aquilo era simplesmente ridículo mas teriam que manter a boca fechada se quisessem encontrar alguma informação boa.
- Quais são os seus nomes?- Quis saber Helena após uns minutos de caminhada silenciosa.
- Nós não temos mais nomes, tudo o que importa é servir ao rei e a rainha...
- O conselheiro gosta de dizer que parecemos um só ser humano, por isso nos chama de Pablo e Escobar.- Gabriel usou tudo o que tinha para não dar risada.
Aquele nome era tão idiota, mesmo lutando ainda se podia ver sua pele avermelhando. Vendo que deveria mudar logo o tópico Helena tentou pensar em algo a dizer. Não precisou pensar muito, pois logo sentiu algo errado e percebeu uma flecha voando do meio das casas
Mas seus reflexos estavam enferrujados e não eram os mesmos, a flecha vinha e ela não iria conseguir a acompanhar. Mas para sua surpresa, a flecha não vinha em sua direção, estava mirada em Pablo, ou será que era Escobar? Eu não vou saber dizer, eles são tão iguais.
Em um momento repentino e ligeiro, um dos gêmeos sacou sua espada e colocou a lâmina na trajetória do ataque. Um estranho tipo de escudo vibrante e transparente se formou acima da lâmina, interceptando o projétil com facilidade.
- Parece que a miséria chegou revoltada.- Disse o outro gêmeo enquanto também desembainhava suas espadas. Helena, confusa, perguntou aos gêmeos:
- Mas o que está acontecendo aqui!?
- Lembra o que nós falamos antes senhorita? Se alguém competente acalmá-los, então essa pessoa terá o controle e eles obedecerão cegamente. Entretanto, uma hora eles cansam de obedecer, e começam a se rebelar trocando de ovelhas para cachorros.
- Isso é horrível.- Disse a jovem horrorizada com o comentário feito sobre o próprio povo. Mas antes que algum dos dois tivessem uma chance de responder um barulho lhes chamou a atenção, haviam por volta de quinze pessoas os cercando, poucos tinham espadas, e as que tinham eram enferrujadas. Nenhum dos olhares maldosos eram direcionados a Helena ou Gabriel, mesmo eles sendo forasteiros, todos olhavam apenas para os gêmeos e suas espadas.
- Só não se intrometer naquilo que não é da sua conta senhorita...
- ...Agora se nos der licença temos que limpar o jardim.- Cada gêmeo seguiu uma direção, o que atacou as pessoas da esquerda tinha uma espada que criava campo de força e outra que se esticava como um chicote. O da direita tinha uma espada normal e outra que lançava cortes aéreos em seus oponentes.
Helena queria impedir aquele ataque sem sentido, entretanto não conseguia agir, estava apavorada demais sobre se envolver demais e complicar a situação. Mas se ela não impedisse, quem iria? Os gêmeos não paravam com seus ataques, por algum milagre eles não matavam os camponeses, apenas os machucavam- Talvez devêssemos lhes dar um exemplo Pablo...
-...Concordo perfeitamente Escobar. - Aquele que foi chamado de Escobar foi quem se preparou para manejar a espada e atacar um homem ferido em sua frente, mas seu caminho foi interceptado pelo violão de Gabriel.
- Então quando nós vamos prosseguir?- O violeiro não demonstrava medo enquanto se colocava de frente com um dos gêmeos.
- Já dissemos: não se intrometa no que não lhe interessa forasteiro, não queria falar com o conselheiro?
- Perdão eu me intrometi em algo? Eu só estou perguntando o porque a demora para continuarmos a andar. O violão estava cansando minhas costas então eu o segurei em minha mão para descansar, não é como se eu estivesse te ameaçando ou algo do tipo. Eu definitivamente não estou me intrometendo, apenas pedindo que continuemos pois não quero demorar muito.
Sua voz, seu rosto e seus movimentos exalavam inocência, como se, verdadeiramente, ele tivesse agido sem nenhuma intenção ruim, mas ao mesmo tempo, era óbvio que ele quis dizer algo. Tanto os gêmeos quanto a própria Helena ficaram sem palavras, apenas o encaravam como se fosse um mago terminando seu espetáculo, o violeiro recolocou seu violão em suas costas dizendo:
- Bom, agora que eu já exercitei meu braço um pouco, podemos prosseguir certo?- A dupla apenas concordou, lançando olhares aos camponeses que os atacaram. Eles embainharam novamente suas espadas e continuaram a guiar a dupla até o castelo.
Continuando sendo guiados pelos homens, a dupla passou por um enorme portão para entrar no grande prédio central. A passagem rangeu com estrondo ao ser aberta, o grupo continuou seu caminho subindo por diversas escadas até chegarem em um salão brilhante. Pelas paredes, haviam diversas estátuas com formas diferentes, uma mãe com um bebê, um cavaleiro desembainhando uma espada, um grupo de crianças abraçados no chão e, no centro do salão, uma enorme mesa com o mapa-mundial desenhado.
Um homem idoso e musculoso estava na outra ponta do local coçando seu queixo em desânimo enquanto observava os viajantes se aproximarem. Ele continha rugas sobre toda sua pele morena, mas parecia mais pelo sol do que natural. Seus cabelos escuros e grisalhos estavam amarrado em um rabo de cavalo. Vestia uma túnica longa com padrões geométricos por todo o manto.
Os gêmeos nem esperaram para se despedir, assim que os deixaram no salão, os irmãos foram embora.
A dupla de forasteiros ficou encarando o homem por uns 3 minutos, até que o conselheiro quebrou o silêncio.
- Vocês dois irão me dizer o que vieram fazer aqui ou vão continuar a contemplar o nada?- O homem era rude, direto e sério. Demonstrava exatamente o que queria, que fossem direto ao ponto. Helena queria que Gabriel começasse mas ele lhe lançou um olhar de quem não queria e a mulher se viu obrigada a começar.
- Nós somos viajantes Senhor...?
- Alejandro. E creio que vocês dois não se chamem viajantes certo? Nomes reais, por favor.- Gabriel percebeu que não teria escolha, Helena não era boa com palavras, então ele teria que tomar as rédeas dessa conversa.
- Somos Gabriel e Helena, senhor Alejandro. Nós andamos por aí sobrevivendo e explorando, recolhendo artefatos e aprendendo mais sobre o mundo.
- E o que Indiana Jones e Lara Croft vieram fazer aqui exatamente?- O homem não dava abertura nenhuma, nem tentava esconder a suspeita em seus olhos perfurantes. Helena realmente não sabia o que dizer, então deixava Gabriel debater.
- Como eu disse, planejamos explorar mais o mundo e descobrir um pouco sobre tudo, desde de possíveis artefatos até novas pessoas, sempre é interessante.- Alejandro permanecia sério, não tinha como confirmar se mordera a isca ou não, o homem se virou para Helena.
- Quantos anos você tem mulher?- A mudança de sujeito foi tão brusca que Helena foi pega de surpresa.
-28. Por que?
- Você tinha 11 quando as criaturas vieram então, qual a diferença entre antropologia e arqueologia?
- Eu não sei te responder.
- Você era uma criança quando as criaturas vieram e não tem conhecimento nessa área, por que se interessou por isso? Por que viaja o mundo atrás de coisas assim?- Helena se sentia encurralada, não conseguia pensar em uma resposta boa o bastante para não criar suspeita, mas diferente dela, Gabriel estava feliz pois Alejandro mordera a isca. Novamente, com a maior das inocências e ignorâncias, o violeiro respondeu:
- Alejandro, me responda uma pergunta por favor. Quando foi que eu disse que nós somos essas coisas aí que você falou?
- Você disse que...
- Eu disse que nós viajamos o mundo coletando artefatos, mas eu nunca disse que eram históricos, começamos a coletar para termos ferramentas para sobreviver. Nada mais.- Gabriel atacou o ego do conselheiro, era um movimento arriscado, o homem poderia se sentir ofendido e se tornar agressivo. Mas o violeiro conhecia pessoas como a palma de sua mão, e o modo como elas tendem a se comportar de frente com tais ações. Ele esperava que Alejandro sentisse envergonhado e permanecesse quieto. Portanto, prosseguiu com seu ataque.- Com certeza devem haver coisas aqui muito importante para coletarmos. Se houvesse algo que vocês pudessem nos dar, seria uma honra.
- Sem a permissão da rainha, não posso lhes dar nada. Então é isso que vocês querem? Que nós lhe entreguemos ferramentas e suprimentos?
- Se você puder, poderia nos explicar sobre os outros países ao invés disso? Já que vocês não querem colaborar, talvez eles queiram.
- O resto da aliança? Bom, isso não me custará nada mesmo, o que vocês sabem?- Finalmente uma pergunta que Helena sabia responder.
- É uma aliança criada a 9 anos atrás por 6 países que se mantiveram fortes frente a esse apocalipse: México, Japão, França, Brasil, Alemanha e Egito.
- Vocês sabem o básico. Mas houve umas mudanças nos últimos anos, e atualmente existem apenas cinco países na aliança.
- Mudanças? Tipo o que?
- Bom é muito complicado de se explicar mas seguiremos em ordem, o Japão saiu da aliança a 4 anos atrás.
- Por quê? Aconteceu alguma coisa?- Perguntou Gabriel preocupado.
- Aconteceu sim. O ego daqueles seres cresceu mais ainda. Eles já se consideravam superiores pelo avanço tecnológico deles, mas algo mudou e eles se tornaram orgulhosos demais, saíram por vontade própria, alegando que não precisavam de ajuda, mesmo lá sendo um dos locais com menos suprimentos dentre nós todos. Depois foi a França, também aconteceu 4 anos atrás, uns meses antes do Japão, mas eles foram diferentes, se tornaram insanos, estão simplesmente matando uns aos outros, aquele lugar virou um campo de batalha.
-Mas não faz sentido...- Protestou Helena.- Por que eles iriam começar a se atacar?
- Não faço ideia. Tudo o que eu sei é que quase não há mais pessoas lá. Depois vamos ao Brasil, que está quase sendo expulso pela criancice.
- Hm?- Helena não sabia o porque mas se lembrara de Lysa. Seria porque ela odiava infantilidade? Ou porque agia como uma criança?
- Aquele país sempre foi o brincalhão, país dos memes, o humor e coração da aliança, mas de dois anos para cá eles vêm piorando, não levam mais nada a sério, só querem saber de festa, rir e diversão. Eu poderia dizer que a Alemanha saiu da aliança também, mas seria mais correto afirmar que ela desapareceu.
- Como assim desapareceu? Não vai me dizer que toda a cidade simplesmente saiu do mapa.
- Não é bem isso. É complicado de explicar mas basicamente ninguém consegue se comunicar, o lugar simplesmente sumiu.
- Deixe-me adivinhar, vocês mandaram pessoas mas elas não voltaram?!
- Exato, nós enviamos sete grupos, e todos foram e nunca mais voltaram, nós simplesmente desistimos, e aquele lugar foi considerado proibido.
- Mas espera aí...- Lucas estava muito confuso com a contagem.- Neste caso deveriam ser três países na aliança: México, Brasil e Egito.
- Seria. Se dois outros países não tivessem entrado.
- Vocês encontraram novos grupos sobreviventes?
- Sim. Um pouco mais de 5 anos atrás nós encontramos um grupo na Rússia, nada de estranho como o outro.
- Estranho? Como assim?
- Bom, estes apareceram faz literalmente poucos meses, um grupo na Inglaterra, e é surpreendente o quão rápido eles cresceram. Tudo sempre dá certo para eles, em pouco tempo eles se tornaram um dos, ou até ouso dizer, o grupo mais poderoso dentre nós.
- Todas essas coisas estranhas aconteceram a, pelo menos, 5 anos atrás, certo?- Confirmou Gabriel, juntando um pouco as peças. Se sua teoria estivesse certa, as virtudes podem ter sido despertadas por Lily a 5 anos, então todas essas coisas estranhas que começaram nos países poderia ser obra de algumas delas.
- Realmente vai ser um trabalho ir para os outros países.
- Sim, mas para chegarem até eles vocês precisam sair certo?- O comentário tão repentino os pegou de surpresa, aquele homem deveria estar mesmo perdendo a paciência com eles.- Eu já tinha coisas a resolver antes, já tem que a informação que queriam, não irei doar nada a um bando de vagabundos. Podem ir embora?- O conselheiro estendeu ambas as duas mãos como se quisesse cumprimentar os dois. Helena e Gabriel ficaram receosos, lentamente eles cumprimentaram o homem atentos a seu movimentar
- O que?- No momento em que os dois o cumprimentaram, seus corpos começou a congelar. Suas peles e roupas começaram a se transformar em pedras. Um pouco antes de Helena perder a consciência e se transformar em uma estátua, ela conseguiu escutar, mesmo que brevemente, a voz de Pedro.
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