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3- O Acampamento Imune ao Mal.

Pedro corria sem parar pela floresta. Sua resistência era grande então ele conseguia poderia correr, por horas e horas, e não ficaria cansado. Agora se formos falar por dentro, o jovem sempre estava cansado. Sempre por um fio. Sentindo como se só precisasse deitar. Helena não saia de sua cabeça, o que ele fez com ela. O que ela fez com ele. Não havia por que se preocupar, ela era bem mais forte que ele, ela conseguiria superar aquilo, ele não.

Sem falar que ele os deixou para o melhor, se Pedro continuasse lá, a maldição os pegaria. Sempre foi assim. Emily, Clark, James, seu pai, Margaret e muitos outros. Ele estava destinado a viver na escuridão.

No meio do caminho Pedro sentiu pisar em falso em um pedaço de terra macio, era uma armadilha. O pedaço de madeira em que ele pisou, escorregou e libertou um número de cordas que estavam pressionadas contra o chão, quando as cordas afrouxaram elas automaticamente liberaram uma sequência de lanças que vieram de todos os lados.

As plantas o defenderam destruindo todas as lanças. E elas lhe relataram sobre diversos tipos de monstros escondidos na floresta ao seu redor. Em sua maioria eram pequenos e corriam pelo mato como crianças, outros pulavam de árvore em árvore. Eram tantos e tão ligeiros que Pedro não conseguia acompanhar todos, alguns tentavam se aproximar dele mas as plantas os massacravam sempre que chegavam perto demais. Pedro iria facilmente acabar com todos eles até que...

- O que você está fazendo?- Uma voz feminina ecoou pela floresta. Uma pré-adolescente saiu dentre as árvores carregando uma bolsa de aventureiro. No momento em que ela surgiu, os monstros pararam de atacar. Pedro dobrou sua vigilância enquanto a menina se aproximava.- Eu sinto muito senhor, eles ficam agitados quando tem pessoas novas.

Ela estendeu sua mão para cumprimentá-lo, mas Pedro não confiou.

- Acha mesmo que pode me enganar se transformando assim criatura?

- Criatura? Não senhor, eu sou uma humana.- Dizia a menina sorrindo.

- Mas então se você é humana por que esses monstros te obedecem?

- Eu entendo. Você está assustado. Todos os sobreviventes que nos encontram tem esse mesmo medo e desconfiança nos olhos.- A menina lentamente se aproximava, sem demonstrar nenhum sentimento de malícia.- Está tudo bem, eles não vão te machucar.

- Me perdoa mas eu não acredito. Foram 17 anos sobrevivendo a esses bichos e eu nunca vi um deles ter piedade ou emoção.

- Eles são seres vivos também. É claro que terão emoções. Você só precisa saber como tratar eles.

- Você percebeu que eles estavam tentando me matar?- A menina então pareceu se lembrar de algo.

- Eu vi tudo, você atacou eles primeiro quando tudo o que fizeram foi se aproximar para te ajudar.

- Eu não acredito nisso. - A menina suspirou desapontada.

- Vem comigo, você, obviamente, é forte. Não acha que conseguiria escapar de qualquer coisa que nós fizéssemos?- Vendo que suas palavras não chegavam ao coração temeroso do homem, a menina se irritou.- Quer saber? Tudo bem se não acreditar, não será o primeiro. Eu vou voltar para nosso acampamento e você para seu jogo de sobrevivência. Cuidado, deve ter outras armadilhas por aí.- A jovem se virou e assobiou chamando as criaturas para caminharem junto de si.

- Ei. Você não tem medo de eu ter má intenção? – A menina se virou para ele sorrindo.

- Porque você é um idiota que não machucaria uma mosca. - "idiota" a palavra ecoou pela cabeça de Pedro, se lembrava muito bem de quem costumava lhe chamar assim. Não soube o por que, mas decidiu confiar na garota. Ele a acompanhou, sem nenhuma conversa pelo caminho.

A terra então começou a tremer, mas eram tremores consecutivos, um padrão de segundos, como se fossem passos. Do meio da floresta um trio de criaturas gigantes se aproximavam. Levando um susto, Pedro se preparou para o ataque mas foi interrompido, de novo, pela garota.

- Calma. Eles não vão te machucar, só estão caminhando.- A jovem calmamente tomou a liderança e prosseguiu a caminhada entre o trio de monstros, Pedro ainda arisco e desconfiado continuou com o mesmo número de passos que ela.- Eles não mordem, ou melhor, esmagam. Eles tem mais medo de você do que você tem deles.

- Esse é um grande clichê. Eu já vi pessoas tentando ser racionais com esses bichos. Nunca deu certo.

- Senhor eu sei que pessoas mais velhas tem dificuldade de entender o que os jovens falam, mas senão se importar poderia parar de chamar meus amigos de bichos?

- Mais velho?- Pedro estava incrédulo e abismado. Ele parou boquiaberto enquanto a menina prosseguia.- Eu só tenho 30 anos, sua pirralha.

- Esse xingamento só entrega sua alma de idoso. - Disse a garota sem olhar para trás, apenas prosseguia seu caminho.

- Por falar nisso, eu não sei seu nome.- Disse Pedro correndo e a alcançando.

- Não digo meu nome para estranhos.

- Muito bem, eu me chamo Pedro, agora pode me falar seu nome?

- O que? Claro que não, não é por que eu sei seu nome que eu conheço você. Essa é uma clássica tática de pedófilo, agora eu gostaria que você andasse uns 2 quilômetros mais longe de mim por favor.- Pedro ficou sem palavras, é claro que não estava pensando em nada disso, só queria ser engraçado com ela e acabou tendo o efeito oposto.

- Por favor me perdoa. Eu não sou muito bom com contato humano, na verdade eu tento me afastar deles.

- Por quê? É do típico que acha que outras pessoas só ficam no caminho?

- Eu não prefiro estar sozinho. Eu tenho que estar sozinho. É muito perigoso.- A menina continuou em silêncio caminhando.- Não está curiosa sobre o que estou falando?

- Se estivesse, eu perguntaria.- Pedro a achava tão parecida com a Helena. Grossa como coice de mula.- Olhe, chegamos.- Falou a garota enquanto finalmente saiam da floresta e entravam em uma clareira. Nessa clareira haviam por volta de umas cinco tendas feitas a mão. E cerca do mesmo número de pessoas viviam ali pelo que via. A garota correu até um casal que lhe esperava.- Pai, Mãe. Eu achei outro forasteiro lá fora.

- Quê?- A mulher, que aparentemente era a mãe da garota, não pareceu nenhum um pouco feliz. Ela era muito bonita, seus cabelos negros desciam por seu torso, bem magra, morena e com os beiços grossos.- Outro? Querida, nós já te falamos o quanto isso é perigoso, e se ele for um ladrão ou um assassino?- A menina fez uma cara de confusa para mãe enquanto se virava para Pedro.

- Ele? Mãe, você tem certeza que estamos vendo a mesma pessoa?

- Ei, eu ainda estou aqui.

- Ah eu sei disso Pedro, volte pro cantinho.- Dessa vez foi o pai da garota que se aproximou. Ele o encarava de forma muito séria, em suas mãos segurava um machado, respirava pesadamente como um touro, na verdade, ele era robusto como um, mesmo sendo da altura da mãe.

- Você é um inimigo?- Disse o homem levantando o seu machado a Pedro, a mãe da garota a puxou para trás dela. As outras pessoas fizeram uma rodinha em volta dele. Excluindo a família haviam, por volta, de quatro pessoas. Um deles usava roupas sujas e um avental da qualidade higiênica, por volta dos vinte e poucos anos, tinha uma faca de cozinha na mão, era bonito, da pele clara e olhos verdes.

Havia outra menina que parecia também em seus vintes e poucos, ela se escondia atrás do homem da faca então Pedro não conseguia a ver muito bem. Os outros dois eram um pouco mais diferentes, um deles tinha um jeito de gangster brigão e segurava sua pistola mirando na cabeça do sacerdote, enquanto a mulher asiática ao seu lado, um pouco gordinha dos cabelos curtos, segurava uma adaga.

Pedro não sabia o que fazer, aquela não parecia o lugar caloroso que a menina lhe falou, mas ainda assim eram um grupo de pessoas inocentes, não poderia simplesmente o atacar.

- Eu juro que eu sou um amigo...- Dissera, com sua voz falhando um pouco no meio. Os sete ficaram lá, encarando Pedro por uns segundos, até que o pai suspirou aliviado e abaixou o seu machado, todos os outros fizeram o mesmo sentindo o alívio vir.

-Ainda bem cara, eu não queria ter que machucar você.- A menina atrás do homem da faca saiu de seu "esconderijo" e se aproximou de Pedro oferecendo um pouco de pão em uma cesta.

- Você deve estar faminto, vamos, se sirva a vontade.- A súbita mudança de hostilidade fez Pedro estranhar muito.

- Alguém pode me dizer o que diabos esta havendo aqui?- Todos os sete começaram a rir, não de um jeito zombador ou malvado, mas risadas inocentes como se estivessem vendo uma criança cometendo uma gafe.

- Eu também estranhei camarada.- Disse o homem da pistola a guardando no bolso.- Faz um ano desde que eu vim aqui e nunca me deparei com nada igual. As pessoas aqui são tranquilas e nenhum mau atinge o acampamento.

- Como assim? - Foi a garota pré-adolescente que o respondeu.

- Eu te conto depois Pedro, agora é hora do almoço.- A menina então disparou até o homem da faca.- Jacquen, eu estou com muita fome. Diz para mim que você terminou de preparar seu ensopado de cogumelos.

- Mas é claro né pequena? Eu sabia que você estaria com fome após sua exploração.- Antes que Pedro percebesse, foi levado junto pelo grupo até perto de uma das tendas maiores. Havia um caldeirão e utensílios de cozinha com uma cama estendida no chão. No caldeirão havia um grande ensopado cujo o cheiro fazia Pedro sair de si.

Ele estava com muita fome. Nunca se interessou por cogumelos, mas aquela sopa se auto implantava em seu nariz e, automaticamente, em sua boca. Sentado lá ele teve que aceitar quando a mãe indígena lhe ofereceu uma tigela, ele observou como todos se comportavam, os pais e a mulher asiática conversavam, pareciam três grandes amigos. O gangster se assentava sozinho, mas não parecia incomodado, pelo contrário, parecia bem confortável de estar com o grupo. Jacquen conversava com a outra garota, trocavam gracejos e elogios, ele sabia ser um perfeito cavalheiro com ela, e ela agia toda tímida e delicada. Por fim, a menina se aproximou de Pedro.

- Como vocês conseguem viver em paz? Digo, vocês vivem cercados por esses bichos.- Ela pensou por um momento e respondeu.

- Há dez anos atrás eu e meus pais acordamos daquele sofrimento que misteriosamente caiu sobre a Terra.- Começou a garota, se referindo a época em que as virtudes foram destruídas e toda a raça humana caiu sobre um breve período de dor.- Eu tinha 3 então fui muito afetada pelo acontecido, eu fui tão afetada que meu coração se tornou sensível. Entretanto onde meus pais iam as criaturas os caçavam. Até que certo dia estávamos neste exato lugar, e minha mãe percebeu que um dos monstros estava machucado. Vendo como sua última chance de sobreviver, ela com calma se aproximou e se ofereceu para cuidar dele, quando eles viram que minha mãe só queria ajudar imediatamente se acalmaram e pararam de nos atacar, nos concedendo proteção e trazendo tudo o que precisamos. Então nós descobrimos que eles funcionam a base da violência, quanto mais receoso alguém é na frente deles mais nervosos eles ficam.

- Sua mãe foi ajudar uma daquelas criaturas mesmo quando elas estavam tentando lhes matar?

- Eu sei, ela é incrível não é? Minha mãe nunca levantou a mão para ninguém em minha frente, ela é a pessoa que mais me inspira.

- E os outros? Qual a historia deles?

-Bom, a primeira a chegar foi Allyson.- Disse enquanto indicava a asiática.- ela apareceu com um grupo de metamorfos atormentando sua cabeça e autoestima faz uns 9 anos, mas meu pai e minha mãe as acalmaram e dissiparam, depois ajudaram Allyson com seu problema e desde então ela esta conosco. 5 anos atrás foi o Jacquen que apareceu, mesmo nesse mundo ele aprendeu a ser um grande cozinheiro e cuidou tão bem de nós. 3 anos depois foi Melly, ela era uma mulher que sobreviveu sozinha desde os dez anos de idade, ela e Jacquen combinam muito mesmo. E por fim, ano passado, foi Pablo que chegou, ele era um homem de má intenção, ele tentou nos roubar e até machucar Jacquen pela comida.

- E o que aconteceu?

- Tudo o que ele roubou as criaturas reabasteceram. Quando ele voltou, uns dias depois para ver se conseguia pegar mais, ele viu tudo de volta, fascinado, perguntou se podia ficar aqui conosco já que aqui as pessoas não precisam lutar pela comida. Mas no fim apenas o aceitamos porque entendemos que a vida lá fora deve ser difícil.- Pedro apenas ouvia a historia perplexo, não conseguia acreditar em um lugar como aquele. Um lugar onde as criaturas não atacavam. Um lugar onde uma criança crescia em paz. Onde um casal podia permanecer juntos. Onde uma pessoa poderia escolher a passividade acima de tudo, isso era tudo que ele queria. A menina viu como ele estava em conflito.- E qual é a sua historia?

- Achei que você não tivesse ficado curiosa.

- Quem nunca contou uma mentira branca?- Ela corou enquanto admitia não ser tão fechada quanto demonstrava. Pedro riu, por mais que fosse grossa igual Helena, ela ainda era uma pré-adolescente. Agora era a vez de Pedro pensar e organizar seus pensamentos antes de explicar, mas organizar eles machucava muito, ter que pensar em todas as vezes que tudo aconteceu.

-Eu nasci com uma maldição, até os meus treze anos ela não se manifestava com frequência, mas quando as criaturas chegaram parece que ela apareceu.

- E o que faz você pensar estar amaldiçoado?

- É a única explicação que faz sentido. Todos que me acompanham estão fadados a sofrerem, aconteceu isso com tantas pessoas, que eu tive que abandonar uma amiga para que ela não sofra mais ainda.

- Pedro, esse é o lugar perfeito para você!- Como um amanhecer que aos poucos dissipava toda a escuridão, o tom de voz positivo da menina resplandeceu.

- Perfeito para mim? Como assim?

- Você ainda não entendeu? Esse lugar é imune a todo tipo de mau e discórdia, não importa o que você tenha não vai te afetar aqui. Aqui você não precisa ser solitário.- Como sempre Pedro era sentimental demais, só de pensar nessa possibilidade as lágrimas tomaram seus olhos e todo o seu ser fraquejou, a menina estendeu a mão para ele como um comprimento normal:- Prazer em lhe conhecer Pedro, me chamo Kate.

Ela lhe disse seu nome? Isso quer dizer que finalmente havia encontrado o lugar ao qual pertencia? Aquele amanhecer que dissipava toda a escuridão agora estava em pleno meio-dia e fazia Pedro se sentir tão confortável.

- Então se você não se importa Kate, eu gostaria de ficar.- Ele estendeu sua mão e, finalmente, se sentiu em casa. Finalmente achou seu lugar, sua maldição nunca mais poderá machucar ninguém...

... pelo menos, foi o que pensou.

Quando anoiteceu, todos se ajuntaram e começaram a jantar, as criaturas se reuniram em volta e brincavam todos juntos. Pedro se sentia em casa, ele conversava com Kate, enquanto Pablo se divertia ouvindo os dois. Jacquen e Melly estavam juntos cercados por alguns monstros semelhantes a leões que se reuniam pela comida.

A mãe de Kate estava tratando de uma outra criaturinha pequena, Pedro a olhava e realmente via o quão cuidadosa ela era. O jovem então sentiu uma vontade de usar o banheiro e caminhou até a floresta, no qual sempre tinha vergonha de fazer na frente das arvores. Por costume ele foi todo silencioso, até que ouviu um barulho estranho vindo do mato. Pareciam risadas. Pedro se aproximou e se deparou com uma cena bem inesperada: O pai de Kate e Allyson, a japonesa, estavam se beijando no meio do mato.

O homem não podia acreditar no que via. Havia pego o homem traindo a esposa, perplexo ele voltou ao acampamento, lá todos sorriam e conversavam normalmente, como se não estivesse acontecendo nada. E agora? O que devia fazer? Deveria contar o que viu? Acabara de chegar e já iria causar problema? Mas não poderia deixar Kate e sua mãe sem saber, isso não estava em sua moral. Pedro não poderia não contar. Ele então chamou Kate e sua mãe, relatando aquilo que vira, ele estava mesmo tentando ser bom.

Oh caro leitor, joguem seu veredito. Ele está certo ou errado?

A mãe de Kate saiu em passos pesados, a filha lentamente a seguia assustada e Pedro estava mais ainda. A mulher chamou pelo marido e por Allyson a ponto de ver os dois saindo do mato tentando disfarçar, uma discussão entre os três começou e a cada momento que passava a mãe de Kate ficava mais revoltada, quando menos se esperavam ela estava em cima de Allyson, batendo nela sem dó. Kate só podia chorar tentando afastar a mãe.

- Mãe você nunca levanta a mão para ninguém! Para com isso! Se conversarmos talvez...

- Conversar? Seu pai é um burro estúpido que prefere ficar com uma porca gorda. Como você espera algum deles serem capazes de pensar?

- Mãe? Você não é assim. Você escolhe paz, tudo se resolve na paz. - A discussão se intensificou, os outros componentes do grupo, assim como alguns monstros, se aproximavam curiosos. O pai tentava afastar as duas mulheres, tentando puxar sua esposa a segurando pelo torso, mas a mulher lutava mais ainda.

Ela se virou para meter um soco na cara dele, mas ele se agachou e o golpe atingiu um dos monstros. O som do tapa ecoou, ardido e dolorido, a criatura lentamente se virava encarando a mãe.

Em um momento a criatura berrou, e no outro ela voou em cima da mulher. Pedro e o pai correram para a salvar, mas aquela criatura não era a única, todas as outras se tornaram ariscas e atacaram, Pedro ficou perdido por um momento. Ele apagou e tudo o que se lembra foi de lutar contra varias dela.

Viu Melly empurrar Jacquen contra um bando de monstros apenas para salvar sua própria vida. Allyson morreu por alguns monstros gigantes, o pai foi morto durante algum momento em que não vira, mas foi Pablo quem o matou, tudo para roubar alguns suprimentos e sair dali, pouco antes de também ser morto por monstros na saída.

A única que restava em pé era Kate, paralisada, confusa e ensanguentada. Pedro tentou a pegar pelo braço mas ela imediatamente se soltou dele, o esbofeteando.

- Kate...?

- Isso é culpa sua!- O ódio estava estampado no rosto da garota. Ele estava lá para ser visto para todos.- Se você nunca tivesse posto seu pé aqui nada disso teria acontecido, você é um monstro pior que tudo que eu já vi.

- Eu não queria...

- Não me interessa se você queria ou não! Sua própria existência traz discórdia! Você matou todos eles!- Então Kate travou, seu rosto se empalidecendo, um suor frio escorreu por seu corpo, uma dor avassaladora atingia seu peito e ela se intensificava, a cada bombeada de seu coração a dor passava por todo o seu corpo, os gritos dela soavam como um abate, e seus olhos refletiam a própria face do desespero.

Pobre menina, seu coração era frágil demais para tanta coisa. Pedro tentou correr até ela, lhe segurando no colo. Ela já não conseguia mais falar, seus olhos arregalaram em sua face desesperada, ela implorava por ajuda mas Pedro não sabia os procedimentos, ninguém lhe ensinara. A garota então, lutando com toda a sua força para poder parar de doer, repentinamente parou de se mover, mas sua face continuou marcada pela dor e pelo ódio, a visão de suas lágrimas banhando seus olhos imóveis impregnou a mente de Pedro, Caído lá ele ficou, chorando.

Aquilo só concluiu sua teoria: Estava amaldiçoado. Sua existência destruiu um dos únicos lugares pacíficos do mundo. Onde ele fosse, onde quer que fosse, nunca poderia conviver com nenhum ser humano de novo. Nunca poderia mais criar laços, pessoas iriam se machucar ou o odiar. Como foi com seu pai, Clark, James, Margaret, Emily.

Pedro deveria recompensar seus pecados de alguma forma, deveria fazer algo, precisava salvar Emily, se pudesse salvar pelo menos uma vida que ama já estaria feliz. Ele partiu, deixando um acampamento completamente devastado para trás, com tantos corpos.

Realmente Lily, você é muito cruel.

- Hihihi, não fale isso.- Dizia a travessa e maligna criança enquanto surgia do meio do nada. Lentamente os corpos, os monstros e o caos começavam a sumir, como fumaça ao vento. Como ilusão abaixo do sol.

A criança diabólica gracejava com pura extasia vendo o pobre homem indo embora ao longe. Você não sente nojo de si mesma? Para que foi esse espetáculo todo?

- Não é óbvio? Você tem seu jeito de controlar a história e eu o meu. Pedro é um personagem importante demais para não participar.

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