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14- Festa O Dia Inteiro? O País Que Não Cessa De Rir!

O resto do caminho até o Brasil foi silencioso e desconfortável. Já havia anoitecido e Lysa continuava sentindo bem idiota pelo o que aconteceu mas não admitiria.

Era doloroso e difícil demais admitir seu próprio erro. Ela era muito útil e se eles começassem a tratar ela como estorvo por conta de um erro bobo?

Os olhares que os outros lhe davam a todo momento a deixava realmente incomodada e envergonhada de como agia, mas a verdade era que Lysa já não conseguia mais, após tanto tempo tentando se "auto amadurecer", tanto tempo se segurando para não se distrair, se tornar responsável e independente, ela acabou fechando demais o que sentia, e agora ela não podia mudar. Agora toda a vez que ela via alguém zoar ou gargalhar de forma alta ela só sentia vergonha alheia, toda vez que via alguém se atrapalhar ela ficava incomodada. Toda vez que ela via alguém relaxando ou se divertindo, ela ficava enojada e incomodada. Como iria controlar o que aprendeu a sentir?

Quando se é jovem você ainda pode mudar seu jeito, pois ainda esta crescendo, ainda esta aprendendo, mas quanto mais se cresce mais é difícil você moldar seu comportamento se você já o estabeleceu de alguma forma. O que Lysa faria? Tentaria lutar contra seu próprio coração até o dia em que ele milagrosamente iria se moldar? Ela não acreditava estar errada, conseguia entender perfeitamente o motivo de suas ações e tudo fazia sentido. Pra ela.

A garota então se viu livre de sua dor emocional quando barulhos de explosões ao longe se foram ouvidas:

- O que é isso?- Perguntou a menina tentando olhar pela janela, Helena e os outros a acompanhavam nesta ação, procurando os estranhos barulhos, mas no meio da escuridão noturna, bem ao longe, várias luzes piscavam pelo céu. Lysa e Luis estranhavam pensando ser o poder de algum monstro novo, mas os outros reconheciam muito bem o que era aquilo, e simplesmente não acreditavam.

- Fogos de artifício?- Destacou Pedro de boca aberta.- Eu havia me esquecido do quanto eles são bonitos.

- Pedro isso não é o problema agora.- Brigou Helena demonstrando uma certa ansiedade.- Esses caras são burros por acaso? Eles vão atrair muitas criaturas com aquela algazarra toda.

- Mas será que eles então mandando um sinal de ajuda? As vezes está acontecendo alguma coisa.- Disse Stuart acelerando um pouco mais o carro. Gabriel e Olho-de-Águia apenas observavam quietos, nenhum sentia necessidade de falar o que se passava em suas cabeças.

Após uma hora eles podiam ver a cidade se aproximando, mas cada vez mais se tornava mais inacreditável, e mais quente ficava. Primeiro que a cidade estava cercada por um imenso muro de ferro, semelhante com o do México. E de dentro do muro, se podia ver luzes e holofotes, assim como ver uma montanha russa e uma roda gigante na cidade. Sons de risadas, música, conversas e festas, mas era completamente impossível. Como eles tinham eletricidade? Como eles tinham essas construções funcionando? Ainda mais fazendo todo esse barulho, como eles viam alguma criatura se aproximando?

- O que está acontecendo aqui? Estão dando uma festa? Como podem estar tomando uma ação tão descuidada?- Falava Lysa, honestamente estava admirada com aqueles enormes brinquedos, nunca havia visto eles assim antes, mas seria ridículo deixar expressar esses sentimentos agora.

Quanto mais se aproximavam mais alto o som estava, mais estranho se tornava a situação, finalmente se encontravam de frente com os portões.

- Então... fazemos que nem no México? Não deu muito certo lá.- Disse Gabriel arrumando seu violão em suas costas.

- Bom, lá é um lugar e aqui é outro. Não existem outras maneiras de entrar.- Dizia Helena massageando suas sobrancelhas de forma estressada.- Não vou mentir que esse barulho está me matando, mas não acho que um lugar onde todas essas coisas estejam acontecendo deva ser levado a sério.

- Deve estar cheio de pessoas aí...- Dizia o arqueiro mexendo suas mãos ansiosamente, algo que Stuart nunca o viu fazer.-...Eu odeio multidões, me fazem me sentir claustrofóbico.

- Eu não sabia que você era claustrofóbico.

- Bom, até um tempo atrás, nem mesmo eu sabia disso. O que memórias esquecidas não fazem com a gente...- O grupo caminhou até o portão, Pedro foi aquele que gritou e bateu para abrirem, imediatamente um pedaço horizontalmente fino do centro do portão se abriu, era uma daquelas aberturas para se ver do lado de fora, uma garotinha se podia ser vista pela pequena fresta.

- Qual é a senha?- Dizia a menina que parecia ser apenas um ano mais velha que Luis.

- Sério Micaela?- Repreendeu um senhor bem mais velho que a menina, pela sua voz grossa se julgaria que era um homem robusto e bravo, mas...- Você tem que dar uma dica primeiro.

- hehe, perdão vovô, a dica é: começa com "di" e termina com "ersão".

- Deus, por que destes uma neta tão burra?- O grupo se entreolhou com aquele ato de comédia inesperado sem ideia alguma de como deveriam reagir.

- Eu sei, eu sei, a senha é "Diversão". - Falou Luis dando pulinhos com o braço para cima como se estivesse no meio de uma aula.

- Luis, você tem que fazer uma pausa dramática primeiro, ainda tem muito o que aprender.- Comentou Pedro brincando. O portão imediatamente abriu e um idoso saiu correndo em direção a ele.

-Né? Isso é o que vivo dizendo para a Micaela. Se não tiver uma pausa impactante o bastante, a frase perde todo o efeito.

- Concordo perfeitamente. - Os dois conversavam como duas crianças no parque sobre um assunto completamente popular, Luis os observava confuso que só, não tendo ideia se falava algo ou não.

- Seu pai é louquinho igualzinho o meu vovô.- Dizia a menininha sussurrando no ouvido dele, o garoto se surpreendeu com a aproximação repentina, a primeira coisa que veio em sua mente foi corrigir ela por confundir Pedro com seu pai, mas após um breve pensamento, ele decidiu deixar por assim mesmo.

- É. Ele é bem maluquinho mesmo, ele fala com as plantas.- A menina gargalhou incrédula da informação.- A propósito eu sou o Luis, prazer.

- Eu sou a Micaela, o prazer é todo meu. Ei, você quer brincar comigo e meus amigos?- O menino sorriu enormemente, fazia tanto tempo que não brincava com outra criança, nem pensou em confirmar com o resto do grupo, apenas aceitou e correu junto da menina para dentro da cidade.

- EI LUIS... - Gritou Lysa pensando no quanto aquilo era uma má ideia, eles não conheciam as pessoas daqui, sem falar que provavelmente já era madrugada e estão acordadas com todo esse barulho, luzes e eletricidade.

- Deixa eles, Lysa. - Pediu Pedro se desviando um pouco da conversa com o senhor.- Faz um tempão que ele não se diverte, e acredito que por motivos que você conhece muito bem ele tem estado meio estressado sabe? Então quero que o deixe em paz por hora.

- Caramba, Pedro! Eu senti uma alfineta?- Perguntou o idoso sem saber o que tinha acontecido, mas deduzindo pelo tom sarcástico de Pedro.- Enfim, aposto que faz um tempo que você não vê uma montanha russa, quer dar uma volta?- O sacerdote virou os olhos para Helena como uma criança pedindo algo a sua mãe, a mulher suspirou:

-Tá, Pedro, vai.- O homem deu um pulo gritando "yes" e correu para dentro da cidade com o senhor.- Os dois parecem crianças.

- O que apenas deixa tudo isso mais estranho... - Falou Stuart colocando a mão sobre seu queixo- Vamos procurar o líder do local.

- Não deveríamos focar na virtude?- Perguntou Helena querendo sair daquele lugar o mais rápido possível, Lysa então abriu sua boca pensando o quão idiota era a mulher por não ter entendido.

- Nós vamos perguntar para o líder onde está, né Helena? - A guerreira pensou em socar a loira, mas respirou fundo, e nem precisou fazer nada quando Stuart rebateu.

- Na verdade foi você que não entendeu nada, eu não estava nem pensando na virtude, apenas ofereci essa ideia pois estou curioso sobre o assunto da eletricidade.- Lysa se tornou vermelha como uma pimenta, tinha tanta certeza que havia entendido a ideia do homem que corrigiu a outra sem pensar, pensou em se desculpar, mas se fizesse isso eles apenas ficariam mais orgulhosos pensando que sempre estão certos e ela errada.

- Bem, você deveria ter pensado nisto também, afinal a virtude é mais importante. Vamos logo.- Gaguejou apertando o passo e prosseguindo mais ainda para dentro da cidade, os outros quatro suspiraram, irritados e desconfortados, e a acompanharam.

A cidade ficava mais louca a medida que entravam, tinham pessoas que haviam tentado se fantasiar de monstros carregando caixas de doces e pessoas fantasiadas parecendo dançar, haviam mesas de pessoas comendo carnes em espetos enormes, sem falar nos diversos brinquedos que haviam pela cidade, haviam cabanas de circo com Luis jogando em uma delas, Pedro estava com um enorme algodão doce de uma máquina do lado. Haviam pessoas vestidas com roupas caipiras correndo em volta de fogueiras, pessoas com caixas de presentes embaixo de árvores enfeitadas.

- Mas o que diabos esta acontecendo aqui?- Se perguntava Helena abismada com a visão que tinha enquanto caminhavam

-Halloween, Carnaval, circo, Festa Junina, Natal, parques de diversões e parecem até mesmo que estão em restaurantes rodízios e churrascos. É como uma mistura de festividades.- Observava Gabriel completamente impressionado com tudo aquilo. As pessoas não paravam de brincar e sorrir. Tão acomodável, tão feliz, divertido, as conversas voavam e voavam, repassando tempo em que eles não se lembravam mais. Helena e Stuart deixaram pequenas lágrimas caírem de seus olhos, tinham lembranças da época em que tudo isso era comum e tradicional.

- Agora eu só quero saber mais ainda o que está acontecendo.- Comentou o homem calvo em meio a suas lágrimas.- Vamos, deve ter alguém aqui que saiba de algo.

Os cinco se aproximaram de uma mesa completamente lotada de pessoas comendo e rindo:

- Com licença...- Se aproximou John calmamente com uma grande educação, o grupo o ouviu e viraram para ele ainda um pouco vermelhos de tanto rir, os olhos de alguns estavam até mesmo lacrimejando.

- Opa, precisam de algo?

- Na verdade estamos procurando o líder da sua cidade.- O grupo começou a dar indícios de que iriam continuar a rir e zombar mas se seguraram.

- Da última vez que eu a vi, ela estava com uma loba espadachim.- O grupo caiu em mais gargalhadas ainda, soltando um enorme grito, uma mulher continuou, em meio a espasmos de falta de ar devido a risada.

- Se... se não me engano, tinha um pinguim com asas junto deles, acho que era irmão da loba.- Eles se afundavam mais e mais em suas risadas e zombaria, parecendo que estavam em outra realidade separa da de John, o grupo começou a ficar desconfortável, estavam tão irritados e eram feitos de palhaços, qual que é o problema daquele pessoal?

- HA HA muito engraçado, agora onde está o líder?- Confrontara Helena, sua cabeça estava quente e estressada, somando ao calor daquele país sua situação parecia apenas piorar.

- Eita, relaxa ai cabelo de sangue. Vai tingir o resto do cabelo agora com a gente porque não tem senso de humor?

- Que senso de humor cara? Essa piada não teve nem sentido ou motivo.- Se intrometeu Lysa também querendo surrar aquelas pessoas.

- Agora a cachinhos dourados se intromete pistola, ei vocês estão naqueles dias? - A mesa inteira afundou em suas risadas, envergonhando mais ainda as duas mulheres, aquilo era tão imaturo e idiota por motivo nenhum. Helena e Lysa queriam bater tanto naquelas pessoas por toda a frustração que sentiam.

- Gente, vamos sair daqui, não vai adiantar nada falar com eles. - Avisou Gabriel enquanto chamava a atenção dos outros e os puxava para longe daquelas pessoas.

- Peço perdão por eles.- Uma figura encapuzada parou na frente do grupo, pela estatura jugavam ser um jovem de tamanho médio, o pouco de pele que dava para ver era de um negro escuro.- Estão focados demais na própria conversa que nem notaram que não tem intimidade para brincar daquele jeito.

- Quem é você?

- Me chamo Enzo. Vocês são uma das primeiras pessoas que não foram comer algo ou foram brincar quando chegaram.

- Bem... - Stuart pensava em quais seriam as melhores palavras.- Digamos que temos coisas mais preocupantes em mente.

- São apenas vocês cinco? - O jovem levantou um pouco o capuz para que pudessem ver seu rosto, seus olhos eram verdes, seu nariz bem pequeno e sua boca tinha lábios grossos, Lysa ficou com mais calor ainda por algum motivo enquanto os outros continuavam na temperatura normal.

- Na verdade temos mais dois...

- LYSA!- Brigou Helena pela garota estar passando informações sobre o grupo para um desconhecido. Quem sabe o que aquele cara planejava? A jovem não sabia o que fazer, apenas sentiu uma necessidade de falar a verdade para ele.

- Presumo que eles estejam por aí brincando certo? - Por alguns segundos Enzo ficou com um rosto pensativo, e em meio a suspiros continuou.- Quais são suas coisas mais preocupantes?

- Estamos procurando o líder da cidade...- Explicou o arqueiro o analisando. Enzo sorria mas não era forçado ou verdadeiro, era mais como se a boca do homem estivesse moldada naturalmente em sorriso fechado. Mais como se fosse a expressão neutra dele.- Nós temos algumas perguntas.

- Essa cidade não tem ninguém no comando, pelo menos no papel.

- Como assim?

- Bom quase nunca precisamos de nada então a cidade inteira pensa que é independente, mas na realidade tem uma pessoa que se encaixa nessa característica.

- Poderia nos dizer quem é?

- Ela se chama Verônica. Vocês a encontrarão dentro de uma tenda de circo enorme na cidade.

- Muito obrigada pela ajuda Enzo. - Agradeceu Lysa em pura euforia. Observando bem a estatura do corpo do brasileiro, pelo manto era difícil dizer, mas ele parecia ser tão forte.

- Na próxima, por favor, peça para seus amigos amadurecerem e pararem de ser idiotas. Eles realmente exageraram com as duas aqui.- Destacou Stuart sem tentar esconder sua indignação.

- Acredite, eles estão na melhor fase deles, e acho que isso se deve a vocês.

- A nós? Isso não faz sentido.

- Eu nunca disse que faria. Apenas resolvam seus negócios que tem aqui, e tentem ir embora.- John e Gabriel perceberam a ênfase na fala, entretanto se avisassem os outros eles iriam apenas se exaltar. Mas o violeiro quis ver o quanto mais informação ele poderia tirar dali.

- Enzo, você tem algo para nos contar?- O resto não entendeu mas tinham uma noção do porque ele o perguntava isso. O homem ficou em silêncio por uns segundos até dizer.

- Não comam a comida. Não aceitem nada. Não se misturem com eles. Em outras palavras: ignorem tudo e todos. Enfim tenho que ir agora, esse barulho consecutivo me irrita. - O jovem continuou a andar, deixando o grupo para trás, Lysa continuou o encarando até o perder de vista, e após uma breve discussão o quinteto começou a procurar a tenda.

No caminho várias crianças vieram brincando de pega-pega em volta deles. Luis se divertia no meio delas com um sorriso enorme, que veio depois de tanto tempo, em suas mãos carregava doces e salgados. Quando passaram pelo grupo elas lhes ofereceram um pouco das guloseimas que tinham, o quinteto recusou e prosseguiu.

Eles estão começaram a ver melhor a tenda de circo, ela era listrada amarela e branco, no caminho porém várias bexigas começaram a flutuar dos becos e casas, e no meio dos objetos alguns palhaços vinham, carregando mais balões em seus dedos, eles passavam oferecendo mas novamente o quinteto recusou.

Eles finalmente chegaram a tenda, lá dentro haviam um grupinho de pessoas se preparando para um espetáculo, mas a que se destacava era uma mulher vestida com um terno feminino amarelo brilhante e luvas brancas, com uma enorme cartola e uma enorme bengala dourada, seus curtos cabelos loiros eram penteados no molde de um capacete sobre sua cabeça, e seus olhos castanhos eram lindos.

- Oh, boa madrugada "Essisenes." - Dizia a mulher retirando sua cartola e se curvando.- Eu sou a Verônica, é um prazer lhes conhecer.

- Do que ela nos chamou? - Perguntou Helena fazendo careta e encarando a mulher brilhante

- Ela nos chamou de Essisenes...- Começou a explicar John que de cara pegou a piada.-...A pronúncia do S e do N no plural consecutivos, essis (S's) e enes(N's), é um trocadilho horrível com o símbolo atômico do estanho, já que em português do Brasil essa palavra se parece com estranho.

- Uau, você entendeu de cara?

- Só ignore, é uma brincadeira estúpida.- Dizia Lysa se aproximando da mulher.- Verônica nós temos perguntas para você.

- Nossa, calma aí senhorita, vocês que são "estrangenros" aqui.- Disse a mulher usando um trocadilho sem sentido.- Primeiro eu quero saber o que vocês vieram fazer, simples não?

- Não vai nem perguntar nossos nomes?- Disse Gabriel relembrando a mulher de um fato tão trivial mas importante. Fato esse que parecia não carregar valor algum para a loira. Ela levantou sua bengala, apontando um a um, dizendo:

- Cachinhos Dourados, Robin Hood, Salsicha, Melissandre e meio-Kuririn. Pronto. Vocês já tem nomes, agora se puderem ser rápidos eu tenho um show daqui a pouco.

- Muito bem.- Suspirou o arqueiro estralando os dedos.- Nós estamos procurando pessoas em específicos. Mas não fazemos ideia de como essas pessoas são, ou onde elas estão. O máximo que sabemos é que elas estão causando por aí e podem ser muito fortes e...

Interrompendo a fala do arqueiro, Verônica pegou as mãos deles com grande emoção. Mas sem perder o sorriso ou o semblante alegre.

- Vocês estão aqui para nos salvar? Vieram quebrar a maldição?

- Maldição? - Disseram o grupo em união.

- Como eu pensei...- John então preparou seu arco e flecha em direção a mulher.-...A virtude da alegria está não é? Por isso tudo aqui é festa, vocês estão presos?- A mulher apenas sorria e mexia sua bengala.

- Eu não preciso esconder isso.- As pupilas dela então começaram a brilhar esperançosa.- Sim, sim, "alecria" está neste local. Para servir e brincar, a todo custo.

- Alegria?- Dizia Helena juntando as peças em sua cabeça.- Então o motivo da cidade estar do jeito que está é por que...

- Exato, na presença dela, todo sentimento ruim vai, pelo menos, na superfície. Todos brincam e sorriem, mesmo que estejam cansados ou assustados.- Mas o arqueiro não acreditava completamente, afinal o grupo deles ainda não havia caído sobre nenhum feitiço. Ou será que havia condições?- Ela é uma virtude positiva, não neutra como o som ou negativa como a sombria. O propósito dela é trazer diversão a todos.

Gabriel demonstrou um certo desconforto com aquela frase. Não sabendo se concordava 100% com aquele argumento. Alegria e diversão eram coisas diferentes.

- Não importa qual virtude está aqui.- Confrontou Lysa – Temos que matar ela de toda forma. Então onde ela está?

- Ui, a garotinha sabe brigar, mas não é tão simples assim. A presença de vocês, fora do feitiço, assusta ela. Ela não entrará aqui, enquanto vocês não se divertirem, amanhã haverá mais um festival. Fiquem e aproveitem, assim ela vai se sentir confortável para aparecer.

- Espera aí, você está indo rápido demais, o que vai ter amanhã?

- Descansem. Há vários quartos disponíveis pelo lugar, aqui a comodidade nunca acaba, então aproveitem para se preparem. Tenho certeza de que vocês cinco se divertirão muito amanhã.- Ela sorria, não parava de sorrir ou manter uma postura leve e relaxava. Perturbava todos, principalmente Lysa, mas ao mesmo tempo, era como se implorasse por ajuda. Como se lágrimas rolassem nas entrelinhas do sorriso.

No fim eles aceitaram, precisavam dormir um pouco. Mesmo que o barulho lá fora não cessasse e o calor do país só parecia aumentar. Dormiram ao som de gargalhadas em um país enfeitiçado.

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