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Capítulo CX - HELÔ

O grupo ainda está discutindo o plano. Especificamente sobre pedir ou não ajuda para a Flávia.

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– Vocês estão falando da mesma Flávia que eu? Porque aquela Flávia que eu conheço é completamente louca! – exclamei, tentando colocar um pouco de juízo na cabeça daqueles malucos.

– Você tem razão, Helô. Mas situações desesperadas pedem medidas desesperadas – disse o Zeca, numa tentativa frustrada de me convencer.

– Mas pedir ajuda para a Flávia não é desespero. É burrice! – tornei.

– Não custa tentar. Ela também está presa no hospital, talvez esteja em situação pior que a do Bruno.

Enquanto discutíamos calorosamente sobre pedir ou não ajuda para a Flávia, nem notamos que a Malu já estava se comunicando com ela.

– Ela disse que está sedada também – explicou a Malu. – Ao contrário do Bruno, ela está ferida. Ela e o Bruno foram pegos de surpresa com essa nova diretoria, mas estavam planejando uma forma de acabar com os planos deles, começando pelo doutor que, pelas suas suspeitas, perdeu a telepatia.

Todos se surpreenderam com a ideia de o doutor ter, supostamente, perdido os poderes. Mas o que me surpreendeu mesmo foi essa aproximação esquisita do Bruno com a Flávia. Parando para analisar friamente, isso explicava bastante coisa.

– Então quer dizer que o Bruno e a Flávia estão bem próximos, né? – tornei, tentando não transparecer a hostilidade na minha voz.

Todos me encararam com estranheza e, ao notar que eu não consegui esconder o que sentia tão bem quanto eu pensei, emendei:

– Quer dizer, isso é bom para o nosso plano, né?

A Sara me lançou um olhar bem significativo, enquanto os outros discutiam freneticamente sobre o assunto.

– Os dois estarem do mesmo lado significa que a Flávia está do nosso lado ou que o Bruno está do lado deles? – indagou o Tião, confuso.

– O Bruno jamais se voltaria contra nós – tornou a Malu, taxativa. – Mas ela também está tão por fora quanto o Bruno. Ou seja, não temos nenhum informante.

– Isso não é nada bom – concluiu a Dani.

– De qualquer maneira, acho melhor colocarmos essa situação para a Suzana – disse o Zeca. – À noite passaremos aqui para irmos até a reunião.

O Zeca e a Malu forma embora, o grupo se dispersou e eu aproveitei para me isolar também. Eu precisava pensar em tudo o que estava acontecendo.

– Você não vai ficar sozinha – disse a Sara, vindo na minha direção.

– Mas eu quero ficar sozinha, Sara.

– Nem a pau que eu vou deixar você ficar remoendo esse monte de caraminholas nessa cabecinha.

Revirando os olhos, dei-me por vencida e seguimos até o beco onde podíamos conversar sem nenhuma interrupção.

– Pelo menos agora eu entendi o que aconteceu – resmunguei.

– Você não tem certeza.

– E você tem alguma dúvida? Primeiro ele parou de me responder sem motivos, depois essa aproximação dos dois. Tá na cara, Sara. Pelo menos agora eu sei que a culpa não foi minha – disse.

– A culpa nunca foi sua, Helô – disse, dando-me um abraço.

Eu queria concordar com ela. Eu só não conseguia.

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Mais tretas só para variar um pouquinho kkkkkk

Não esqueçam do voto e dos comentários.

Beijos ;*

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