O Portal
O jovem Akkarin simplesmente não consegue acreditar no que seus olhos estão vendo... Tem a impressão de que está em um sonho... Um pesadelo... O qual parece ter saído dos livros que seu mestre lhe forçou a ler com o decorrer dos anos...
― Mestre... – é tudo o que Akkarin consegue dizer.
― Você não está tendo um pesadelo, Akkarin... – responde Damon – O que você está vendo, infelizmente, é mais do que real...
― Mas... Mas como...?
Damon nada responde, ao invés disso, faz sinal para que Akkarin fique calado e, os dois continuam olhando intensamente para a frente, onde um imenso portal de luz, o qual é simplesmente impossível de se ver o que há do outro lado.
Mas, Damon tem fortes suspeitas do que é, e, Akkarin também. Pode não ser tão poderoso ou inteligente quanto seu mestre, mas, sabe o que está vendo e, por isso mesmo, é que sente todo o seu corpo tremer... Sente um medo gigantesco, como nunca antes havia sentido em sua vida... E teme pelo destino de seu mundo....
― Precisamos voltar... – Damon sussurra.
― O que?! – Akkarin se surpreende com as palavras de seu mestre.
― Isto que você ouviu, Akkarin. – Damon volta a sussurrar – Precisamos voltar e informar ao Rei Jonathan o que vimos, antes que seja tarde demais.
― Mestre, por acaso este portal é...
― Sim, Akkarin. É claro que existe a chance de eu estar redondamente enganado, mas, tenho quase certeza de que este é o portal para Sethaborn...
Ouvir as palavras de seu mestre, confirmando aquilo que ele já imaginara, faz com que Akkarin sinta o seu rosto perder ainda mais a cor, se é que isto ainda é possível...
― Vamos, Akkarin. – Damon sussurra mais uma vez – Não podemos perder mais tempo aqui, o Rei Jonathan precisa ser avisado imediatamente.
Mas, antes que mestre e discípulo possam fazer qualquer movimento para deixarem aquele lugar, os dois se veem cercados por criaturas não humanas, de aparência grotesca e, olhos tão negos quanto a noite em que eles se encontram.
― Fomos encontrados! – a voz de Akkarin é tomada pelo pânico.
Damon não responde, apenas prepara-se, pois, a luta é iminente. E, mesmo com a tempestade cada vez mais forte, ele é capaz de contar umas vinte criaturas o cercando, e sabe que, sozinho, não será capaz de deter todas elas.
E, por mais que Akkarin seja um bom discípulo, no momento, ele está despreparado para esta ameaça. Assim como, de certa forma, ele também está despreparado, pois não sabe o poder destas criaturas e principalmente, não sabe se será capaz de acabar com todas elas...
― Akkarin. – a voz de Damon se faz ouvir – Eu preciso que me escute, e faça exatamente o que eu ordenar!
― Sim, mestre. – responde Akkarin- Eu farei!
― Irei lutar contra estas criaturas e, assim que eu conseguir uma brecha, você deve fugir e avisar ao rei Jonathan o que está acontecendo. Fui claro?
― Mestre, mas e o senhor?
― Não se importe comigo, Akkarin, deve apenas avisar ao nosso rei do perigo que corremos!
― Mestre...
― VÁ!!!!!!!!!!
Enquanto vocifera para seu discípulo, Damon cria em suas mãos uma esfera de energia luminosa, e, a lança contra Akkarin, fazendo com que o jovem simplesmente desapareça de onde eles estão. Não sabe para onde o jovem será lançado, mas, no momento, qualquer lugar é bem melhor do que este, onde, o perigo que ele corre é mais do que iminente.
As criaturas começam a avançar contra o mago e, sem perder tempo, e, sabendo que está em uma grande desvantagem, ele prepara-se para atacar!
Os seres avançam contra Damon, que, apenas com a força de seus pensamentos, faz com que seus braços sejam envolvidos por uma forte luz dourada. O olhar do Mago é mais do que preocupado, mas, ele não tem tempo para pensar em qualquer saída, pois os seres inumanos avançam contra ele.
Usando toda a sua habilidade, começa o seu ataque. Uma das criaturas tenta acertar um soco no mago, mas, ele consegue desviar com habilidade, ao mesmo tempo em que ataca, conseguindo acertar um chute na mesma criatura. Mas, o inimigo, mesmo sendo atingido, dá um giro de trezentos e oitenta graus e faz sinal para que seus companheiros também ataquem.
Todos os monstros se lançam ao mesmo tempo contra Damon, que, sabendo que tudo o que pode fazer é defender-se o maior tempo que conseguir faz com que todo o eu corpo comece a brilhar, ao mesmo tempo em que, com as suas mãos, ele cria várias esferas de energia luminosas, lançando-as contra os inimigos e conseguindo atingir alguns deles.
Damon continua atacando sem parar, movimentando-se com uma grande rapidez ao mesmo tempo em que ataca sem parar. E, mesmo com toda a sua velocidade, o Mago não consegue desviar de todas estas criaturas, e, acaba sendo atingido por algumas delas.
Mas, para a sua sorte, os golpes que ele recebe são todos superficiais, como arranhões em seus braços e pernas e que, não atrapalham em nada o seu combate, e, isto acontece de tal forma que, mesmo ele estando claramente em desvantagem, ainda é capaz de lutar perfeitamente bem, conseguindo afastar as criaturas e evitando assim que ele receba golpes mais profundos.
Mas, quanto mais ele ataca, mais criaturas surgem e, Damon sabe muito bem que, não conseguirá continuar com isto por muito tempo. Concentra um pouco mais de seu poder e, todo o seu corpo começa a emitir um brilho dourado.
O Mago volta a atacar e tem a impressão de que, quanto mais ele ataca, mais criaturas surgem, o que faz com que a preocupação em seu rosto aumente ainda mais. Damon continua a atacar e, começa a sentir a fadiga tomar conta de seu corpo, por conta da grande quantidade de energia mágica que está tendo que desprender de seu corpo.
Continuando seus ataques, Damon começa a ver que as criaturas inumanas começam a se afastar, dando passagem para cinco homens, trajando túnicas negras e, vindo destas pessoas, o Mago sente uma grande quantidade de energia mágica.
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