A Luta Contra o Troll
Akkarin abre os seus olhos ao mesmo tempo em que o troll avança contra ele e Karoline que, totalmente em pânico, não consegue conter um grito do mais puro terror.
― É melhor você fugir, Karoline! – Akkarin se vê falando.
― O que...?! – a voz da princesa é totalmente assustada.
― Fuja!
O jovem aprendiz de mago não tem tempo de falar mais nada, pois o troll avança mais uma vez, pronto para atacar. Em meio ao desespero, e, vendo que Karoline não vai lhe obedecer, ele empurra a princesa, ao mesmo tempo em que pega no chão uma pedra e a lança conta o monstro a sua frente.
E, no instante em que ele faz isso, percebe que palavras estranhas saíram de sua boca, sem que ao menos ele se desse conta e, a pedra que ele lança é envolvida em chamas, atingindo o troll em sua região abdominal, e percebe a pele do monstro queimando.
Ante a dor, o mostro urra em fúria e, volta a avançar contra Akkarin, que simplesmente não sabe o que fazer em uma situação como esta, principalmente porque a princesa está ali, e, infelizmente, ela é sua responsabilidade!
O troll avança mais uma vez, e, a cada passo que ele dá, a terra treme, por conta de seu tamanho gigantesco. Akkarin sente a adrenalina tomando conta de seu corpo, e, a cada passo que o monstro dá em sua direção, ele dá um passo para trás.
Sente Karoline segurando com força o tecido de sua camisa, e, logo se dá conta de que a princesa está bem atrás de si.
Vê a criatura avançando e, novamente, sente como se letras de fogo estivessem se formando em sua mente. Seus lábios se abrem e novamente começa a murmurar palavras irreconhecíveis, ao mesmo tempo em que começa a fazer estranhos gestos com suas mãos. E, de suas mãos, surge uma imensa rajada de fogo, que toma todo o corpo do monstro, que começa a urrar enquanto seu corpo é consumido pelas chamas.
Mas, mesmo com o corpo sendo corroendo pelas chamas, o troll, inflado pela raiva, dá um golpe contra o tórax de Akkarin que, junto com Karoline, é arremessado para longe. Os dois rolam no chão e, Akkarin mal tem tempo para se levantar e vê o monstro, ainda em chamas, avançando contra si.
― Você o enfureceu...! – fala Karoline, sua voz mostrando o quanto ela está tomada pelo pânico.
― E acha que eu não percebi?!
Akkarin simplesmente não sabe o que fazer. Aliás, não consegue nem ao menos explicar como agiu até agora e, a verdade, é que Karoline tagarelando em seu ouvido não ajuda em nada.
Novamente, ele vê o troll se aproximando e, ele sabe que se as coisas continuarem assim, ele e Karoline serão mortos.
Sem pensar em mais nada, e, sob os olhos amedrontados de Karoline, Akkarin avança contra a criatura, tirando todos os pensamentos de sua mente e, tudo o que quer é vencer esta criatura, não importa como, ou morrer tentando!
O troll avança mais uma vez e, Akkarin, tomado pelo desespero, pega um tronco que está caído no chão. E, sem nem ao menos pensar direito no que está fazendo, o jovem aprendiz salta em cima do troll, e, quando seus corpos se chocam, as chamas no corpo da criatura simplesmente desaparecem.
Com toda a sua força, Akkarin tenta cravar o tronco no coração da criatura e, é neste momento que tronco em sua mão começa a se transfigurar, transformando-se em um objeto luminoso tomado por chamas, o qual o jovem aprendiz usa para perfurar o corpo da criatura.
E, assim que recebe o golpe, o troll volta a urrar e, caí no chão, levando Akkarin junto consigo. E, mesmo prestes a morrer, o monstro ainda faz um último movimento e, com suas mãos gigantescas, consegue dar um último golpe em Akkarin, acertando a sua região diafragmática.
O jovem aprendiz grita de dor, ao mesmo tempo em que sente o ar lhe faltando em seus pulmões e perde a consciência.
Karoline, que assistira toda a cena, e, ao ver o monstro caído e sem vida, não perde tempo e corre até Akkarin, tentando reanima-lo de todas as formas.
― Akkarin...!!! – a voz da princesa é desesperada – Akkarin, por todos os deuses, fale comigo, por favor...!!!
Pouco a pouco, seus olhos vão se abrindo e, a claridade acaba por fazer com que, em um gesto de instinto acabe levando o braço a sua testa, e, permanece assim por alguns minutos, até o momento em que seus olhos finalmente começam a se adaptar a claridade, e é então que começa a prestar atenção o local em que ele está e, percebe que está em um quarto enorme, e, totalmente desconhecido para ele.
― Finalmente acordou, Akkarin. – a voz de Damon se faz ouvir.
Ao ouvir a voz de seu mestre, o jovem aprendiz vira-se para o lado e, ao sentir dor, não consegue conter um urro.
― Se eu fosse você não tentaria me mexer desta forma, meu jovem, pois você tem três costelas fraturadas.
― O que aconteceu, mestre? – Akkarin se vê perguntando – E eu não reconheço este lugar, onde estou?
― Você está no palácio, meu jovem, em um dos muitos quartos de hóspedes.
― E por que estou aqui?
― Porque a Princesa Karoline contou ao Rei Jonathan sobre sua bravura, e, por ordem do Rei, deverá permanecer aqui, até se reestabelecer por completo.
― Eu não entendo o que aconteceu, mestre...
― Pelo que a Princesa Karoline nos contou, você finalmente despertou seus poderes, Akkarin.
― Mas eu sempre pensei que...
― E você achou mesmo que eu perderia o meu tempo treinando alguém sem poderes? Desde o dia que o conheci, percebi que você é dono de um grande poder adormecido. E, ao que tudo indica, este poder está começando a despertar e, este será o início de seu processo para se transformar em um grande mago. Mas, creio que esta não será uma tarefa fácil para você, principalmente agora.
― O que o senhor quer dizer com, principalmente agora?
― Penso, Akkarin, que há algo grande por trás da aparição do troll que você matou.
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