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Capítulo 3: A Senhora dos Olhos Dourados

- Vocês devem ser Ana, Angelique e Maite, certo? - perguntou uma mulher deslumbrante, com olhos dourados que pareciam brilhar mais intensamente sob a luz da lua.

- Acertou em cheio! - respondeu a diretora, com um sorriso quase infantil e um biquinho que me pareceu forçado.

A mulher de olhos dourados inclinou a cabeça, analisando-nos com uma intensidade desconfortável.
- Que lindas... Vocês são perfeitas.

- Chega de tanto drama! Por que não dizem logo o que querem? - Maite interrompeu, com a voz carregada de nervosismo e impaciência.

A senhora manteve seu sorriso, mas havia algo perigoso em sua calma.
- Nós queremos vocês de volta... Mas apenas se quiserem nos conhecer.

Antes que pudéssemos responder, a diretora deu um passo à frente, cruzando os braços com frieza.
- Está decidido. Meninas, aqui vocês não têm escolha. Peguem suas coisas e vão com eles. Com seus pais. Tenham uma nova vida.

As palavras da diretora me cortaram como uma faca. Havia algo na maneira como ela disse "pais" que me fez estremecer. Não era só frieza; parecia haver algo mais profundo, algo que ela não queria - ou não podia - dizer.

Ana

Não tivemos escolha. Fomos levadas pela floresta. Árvores altas e retorcidas nos cercavam, como se quisessem nos engolir. A noite parecia interminável, e cada som - o farfalhar das folhas, o estalo de galhos - fazia meu coração pular.

Mas, de repente, tudo se apagou.

Quando abri os olhos novamente, estava deitada em uma cama enorme, coberta por lençóis macios que pareciam de seda. A luz do sol atravessava as cortinas, preenchendo o quarto com um brilho dourado.

Mas algo estava errado.
- Como cheguei aqui? - murmurei, levantando-me. Minha memória estava embaralhada. Eu me lembrava da floresta, do medo, mas o que veio depois era um vazio.

Desci as escadas e encontrei May e Angie sentadas à mesa, conversando com "eles". Aquelas pessoas que diziam ser nossos pais.

A casa era linda, quase mágica, mas havia algo frio nela, algo que não parecia acolhedor. Meus instintos gritavam que nada ali era real.

Angie
Pensamento on

Sempre sonhei em conhecer meus pais. Queria saber de onde vim, entender quem eu sou. Mas agora que estou aqui, com eles... não sinto nada. Absolutamente nada.

Há algo neles que me incomoda. Eles não parecem nossos. É como se fossem estranhos tentando usar uma máscara de família.

Mas quer saber? Eu vou me aproveitar disso. Vou realizar meu sonho de ser advogada e seguir em frente, sempre ao lado das minhas irmãs. Não importa quem sejam esses dois.

Embora... não posso negar. Eles são lindos. Elegantes. Quase perfeitos demais. E é exatamente isso que me assusta.

Pensamento off

- Angie, tá tudo bem? - perguntou May, com preocupação.

Eu forcei um sorriso.
- Tá tudo bem, sim.

Mas não estava. Algo dentro de mim gritava que aquilo era errado.

May
Fiquei observando Angie. Ela estava quieta demais. Aquilo não era normal.

- Você tem certeza de que tá bem? - insisti.

Ela apenas assentiu, mas seu olhar estava distante. Antes que pudesse pressioná-la mais, algo estranho aconteceu.

Um dos homens - o que não parava de olhar para Angie - inclinou-se para frente, os olhos fixos nela de um jeito que me fez estremecer.

- O que tanto você olha? - Angie disparou, com agressividade suficiente para me assustar.

O homem sorriu, mas foi um sorriso vazio, quase perturbador.
- Não se assuste, menina.

Ele a encarou intensamente, como se estivesse tentando penetrar em sua alma. Algo ali estava fora do normal. E então aconteceu.

- Angie? - chamei, mas ela não respondeu.

Os dois continuaram se encarando, até que Angie gritou, agarrando a cabeça com as mãos.

- Angie! O que tá acontecendo?! - corri até ela, mas antes que pudesse alcançá-la, ela desabou no chão, desmaiada.

Olhei para o homem, mas ele apenas deu um passo para trás, com um sorriso quase satisfeito no rosto.
- O que você fez com ela?! - gritei, minha voz ecoando pelo quarto.

- Nada que ela já não saiba... - ele respondeu enigmaticamente, antes de sair do cômodo como se nada tivesse acontecido.

Desesperada, gritei por ajuda, mas parecia que a casa estava vazia. Ana estava passeando com a mulher que dizia ser nossa mãe. Eu estava sozinha.

- Angie, acorda! Por favor! - implorei, sacudindo-a, mas ela não se mexia.

Corri para procurar algo, qualquer coisa que pudesse ajudá-la. Finalmente encontrei álcool e voltei correndo.

Enquanto esfregava um pano embebido de álcool sob o nariz dela, senti lágrimas escorrerem pelo meu rosto.
- Por favor, Angie... acorda.

E então, de repente, seus olhos se abriram. Mas não eram os mesmos olhos de antes. Eles brilhavam em um tom dourado, como os da mulher na floresta.

- Angie? - minha voz saiu trêmula.

Ela me olhou, mas parecia não me reconhecer.
- Ele está aqui... - sussurrou, antes de desmaiar novamente.

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