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Capítulo 2: O Encontro Com A Verdade

Maite

— Angie, o que faz aí na janela? — perguntei, mordendo uma maçã enquanto enquanto sentia sua doçura em minha boca.

Angie desviou o olhar rapidamente, com uma expressão que misturava medo e curiosidade.

— Nada... só estava vendo as pessoas... e os carros pretos. Eles parecem estar vindo pra cá — respondeu com um tom nervoso, já recolhendo nossas poucas coisas espalhadas pelo quarto.

— O quê? Que carros? Angie, o que você está falando? — minha voz falhou, mas ela nem me respondeu.

Antes que eu pudesse insistir, Ana surgiu na porta com os cabelos bagunçados e um olhar alarmado, saindo de buscar mais comida.
— Meninas! O que está acontecendo? — perguntou, confusa e assustada.

Angie não hesitou.
— Não temos tempo a perder, precisamos sair daqui agora!

Mas antes que déssemos mais um passo, uma voz gelou nosso sangue.

— E aonde pensam que vão?

A voz familiar — e severa — da diretora Daisy ecoou pela sala como um trovão. Ela estava ali, parada na porta, com os braços cruzados e um olhar que parecia enxergar muito além de nós.

Eu engoli em seco, tentando pensar rápido, mas era inútil. Como sempre, estávamos encurraladas.
— Não é nada disso que a senhora está pensando! — arrisquei, mesmo sabendo que era uma tentativa inútil.

A diretora arqueou uma sobrancelha, com aquele tom calmo e perigoso.
— E o que, exatamente, eu estou pensando, menina?

— N-nada... — murmurei quase inaudivelmente, mas, de algum jeito, ela ouviu.

A expressão dela mudou. Por um momento, parecia... gentil. E isso só me deixou mais desconfortável.
— Meninas, eu não queria que fosse assim... mas acho que chegou a hora de contar a verdade. Seus pais estão vivos. Na verdade, eles estarão aqui amanhã mesmo para conhecê-las. Eu queria que fosse uma surpresa, mas percebi que não posso esperar mais.

Angie olhou para mim e para Ana, em choque, mas ninguém disse nada. As palavras pareciam presas na garganta de todas nós.

— Agora, peguem suas coisas. Voltaremos ao orfanato — disse a diretora com um tom doce demais, como se tentasse nos acalmar.

Entramos no carro. Sentei na frente, ao lado do motorista, enquanto Angie e Ana ficaram atrás. Depois de alguns minutos, ouvi as duas sussurrando entre si, tão baixo que só consegui captar fragmentos:

— Não é possível que tudo que tentamos fazer dá errado...
— Como ela sempre sabe onde estamos, o que pensamos...?

E então veio a frase que me fez gelar:
— May, você acredita mesmo que nossos pais estão vivos? Isso parece uma mentira muito bem ensaiada.

Antes que pudessem continuar, Daisy virou-se ligeiramente para nós, sem perder a pose.
— Meninas, não adianta sussurrar. Eu sempre sei o que vocês dizem...

Depois de algum tempo, chegamos a um lugar estranho.
Era lindo, mas... havia algo de errado. O ar parecia mais pesado, quase sufocante. A vegetação era tão vibrante que parecia saída de um sonho — ou de um pesadelo.

— Que lugar é esse? — perguntei, tentando disfarçar minha inquietação.

A diretora sorriu.
— Este é o lugar que seus pais queriam que vocês conhecessem primeiro.

— É lindo, nunca vi nada assim — disse Ana, encantada, mas havia algo nos olhos dela que indicava que também sentia o mesmo desconforto que eu.

— Não se assustem quando virem seus pais — Daisy disse, séria, olhando diretamente para Angie.

Angie riu, tentando aliviar o clima.
— Eles são tão feios assim?

Daisy não riu.
— Não, querida. Apenas... diferentes. Vocês vão entender um dia. Talvez um pouco mais tarde , mas vão entender.

As palavras dela deixaram um nó em minha garganta.

Passamos o dia explorando o lugar, tentando relaxar, mas a sensação de que algo estava errado só aumentava. O tempo parecia desacelerar. A diretora insistia para que ficássemos, dizendo que eles chegariam "na hora certa".

E então, eles chegaram.

A noite estava fria quando vimos as silhuetas se aproximando. Eles vinham em silêncio, todos vestidos de preto. Eram elegantes, mas havia algo... perturbador neles. Seus olhos brilhavam de uma forma que não parecia natural. Um calafrio percorreu minha espinha, e percebi que as meninas também estavam apavoradas, embora tentassem disfarçar.

Angie deu um passo à frente, mais corajosa do que todas nós.
— Por que demoraram tanto? — perguntou diretamente a uma mulher que parecia não conseguir desviar os olhos dela.

A diretora interveio antes que qualquer resposta fosse dada.
— Calma, meninas. Logo terão todas as respostas que precisam.

O sorriso dela era lindo, quase maternal, mas, naquela noite, ele parecia esconder algo terrível.

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