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Capítulo 1

Já passava das cinco da tarde, o céu alaranjado dava vez a um teor mais escuro e as luzes dos postes das ruas já se encontravam acesas. Era um dia comum, a princípio.

Era o horário de Jeová tirar o animal agitado da alça presa à grade da salinha que ficava na frente da entrada principal da casa. A consciência do cachorrinho minúsculo de pelo amarelado já era viciada no horário pontual de suas necessidades.

Primeiro vinha um esgar, um som agudo que soava penoso e dava prelúdio aos latidos compulsivos logo em seguida. O metal da coleira rangia entre a grade branca que há tempos não tinha sua tinta retocada.

Era um aviso, é claro. Enquanto o garoto com seus dezesseis passava os canais daquela, cara e paga em doze prestações, televisão de cinquenta polegadas, em busca de algum entretenimento que o tirasse daquela rotina massiva, o cachorro se achava preso, assim como no restante do dia, esperando o momento ideal para sua lamúria que despertaria a pena e compaixão de qualquer outro ser. Algo que os cachorros fazem muito bem, por sinal. Eles enganam o seu dono com uma extrema facilidade, vão distribuir mordidas, infestar a casa com ruídos estrondosos e irritantes, causarão um alvoroço sem medir escrúpulos e, logo em seguida, farão sua manipulação pacífica que começará com um rabinho abanando, o corpo serpenteando, a cabeça baixa e termina com uma saudação do dono em uma vozinha fofa e retraído.

Em segundo plano, após a demonstração de apelo vocal, as patas vão se arrastando compulsivamente até as unhas reproduzirem um ruído agudo. Aquele é o ponto. A hora do passeio.

Jeová, é claro, sabia muito bem disso, mas sempre fazia questão de ver Ranço fazer sua apresentação triunfal por completo. Quando chegava perto do cachorro em um momento como esse, observava os olhinhos do animal encharcados e o focinho tremendo. Era uma técnica que sempre usava. Talvez soe como algo sádico, mas essa não era a intenção do garoto. Ele queria apenas cair em um sentimento de apreciação, um deleite interno ao olhar aquele rostinho choroso.

Jeová foi até o local onde Ranço se achava, o tirou da grade onde estava preso e, sem mais rodeios, o levou para fora; claro, segurando o animal pela coleira - ele tinha medo que Ranço, um vez agitado, batesse em retirada pelas ruas atrás de outros cachorros e saísse do seu campo de visão. Eles tinham um trajeto único, ao qual o Ranço já estava acostumado. Eles seguiam o caminho da rua asfaltada que se encontrava à frente de sua casa, esta que terminava no cruzamento com a Rua Nobre, iam direto até chegar em uma pequena inclinação do solo, quase como uma rampa, que dava acesso a rodovia que circundava toda a cidade, mas que não era tão movimentada.

Já lá em cima, os dois subiam em um pavimento que frequentemente era usado para passeios e caminhadas, ou, nesse caso, para passeios com cachorro. Do outro lado, também se encontrava um calçamento desses com alguns postes de luz e placas de sinalização. Esse espaço, de ambos os lados, tinha uma largura que caberia quatro pessoas uma ao lado da outra, e seguia, à esquerda - para onde Jeová e Ranço se dirigiam -, até uma rotatória, que interrompia a passarela e dava vez à saída da cidade: VOLTE SEMPRE!.

À frente da inclinação que Jeová subia para começar o passeio, cruzando a pista, se achava um corpo de bombeiros, raramente em ação.

Já no começo do pavimento, havia um latão de lixo, frequentemente usado pelos moradores próximos. Ranço se apoiava nas patas dianteiras e em uma traseira e expelia o conteúdo, olhando de um lado a outro com o focinho se agitando. Esse movimento era repetido inúmeras vezes até o final do trajeto.

Eles andavam cerca de 200 metros à frente, atravessavam a pista, e voltavam todo o percurso por aquele lado até chegarem à ponta do pavimento cortado pela área do corpo de bombeiros. Cruzavam a pista novamente até chegarem à inclinação, e de lá seguiam de volta para casa.

Nesse dia Jeová pretendia fazer o mesmo percurso, afinal.

A brisa do vento se jogava contra o rosto do garoto, às vezes ele até fechava os olhos e sentia seus cabelos se espalharem sobre a cabeça. Ranço seguia em seu ritmo agitado como sempre, dando a entender, para qualquer transeunte que passasse por ali naquele momento, que ele é quem conduzia seu dono, e não o contrário. Puxava tanto a corrente que a coleira pressionava bastante o seu pescoço, lhe dando uma respiração mais ofegante enquanto a língua ficava de fora. Às vezes, é claro, Jeová ficava preocupado com essa mania insistente do cachorro, mas concluía logo em seguida que o cão poderia simplesmente andar mais devagar se quisesse, mas se continuava de supetão, então, era porque estava tudo bem.

Não era sempre, mas, de vez em quando, caminhões de grande carga passava em alta velocidade, nesses casos, mesmo que parecesse insignificante, ele diminuía o tamanho da corrente enrolando-a habilmente na mão, e recuava com o cão para a borda do pavimento que dava para um aglomerado de terra.

Isso acontecia também quando carros vinham em alta velocidade e pareciam se aproximar do acostamento, ou quando outras pessoas apareciam acompanhadas por algum animal, nesse caso era para evitar algum alarde de Ranço. O garoto já era acostumado com todas essas manobras, e o cachorro parecia entender, à sua maneira.

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