Monte Olimpo, aposentos de Ártemis...

Ártemis

Eu estava em meu quarto, procurando no imenso closet, um belo vestido que seja sexy, mas sem ser muito chamativo, pois esta noite, eu e meu loiro iremos passear juntos — vamos velejar num iate através das costas gregas e seguiremos para a bela ilha de Santorini.

Nós estamos juntos, num relacionamento sério, exatamente o mesmo tempo de Hermes e Athena, há seis meses. Shaka e eu, já decidimos, há uma semana, que hoje mesmo ficaríamos noivos.

No nosso noivado só estará presente meu pai Zeus, minha mãe Leto, Dionísio, Eros meu sobrinho junto de sua bela namorada Psiquê e, claro, a minha irmã Athena e meu irmão Hermes. Sinto-me triste, pois meu irmão Apolo continua contra meu relacionamento. 

Nós estamos brigados, ainda mais porque a vaca da Eris está amando fazer a cabeça dele, o colocando cada vez mais contra a mim e Hermes.

Apolo está insuportável e arrogante. Ontem mesmo, brigamos feio, pois ele flagrou minha mãe e eu conversando sobre os últimos detalhes do meu noivado...

***

Após minha mãe se retirar de meu quarto, o chato e arrogante já entrou totalmente enraivecido, com os olhos transbordando puro ódio. Ele trancou a porta e, logo depois se voltou para mim, me segurando firme e me chacoalhando. 

— Sua idiota! Eu não acredito, nessa besteira que você está prestes a cometer! — ele dizia a mim, raivoso e com a voz alta. — Como você, a deusa da lua e da caça, ousa querer ficar noiva de um mero mortal, ainda mais sendo quem ele é?! 

— Você nunca vai entender o que eu sinto pelo Shaka. Eu o amo e ele me ama!

— Cale-se, sua idiota burra e sentimental! — logo após, ele gritar comigo, já caí sobre minha cama, por causa do tapa na face. — Acho bom você não ousar fazer uma besteira dessas, Ártemis. Caso contrário, você, Shaka e os humanos idiotas, sofrerão as consequências de minha ira.

Depois de sua ameaça, o vi saindo do meu quarto e se dirigindo para o dele, para transar com a vadia da Eris, pois a puta gemia feito uma cadela no cio. Devido à imensa raiva e tristeza que eu estava sentindo pela forma que meu irmão agiu comigo, após chorar bastante, acabei pegando no sono...

***

Só de lembrar-me da noite que meu amado irmão e eu viemos nos desentender, meu coração dói, pois eu o amo demais e adoraria que ele estivesse presente em meu noivado. 

Bom, Ártemis... Pare de pensar! Você precisa terminar de se arrumar, para poder se encontrar com seu amado Shaka, Athena e Hermes que já devem estar a sua espera.

Minha irmã Athena é tão bondosa. A mesma, juntamente de Hermes, está muito feliz com o relacionamento, entre o meu loiro e eu. Ela e Hermes serão um dos nossos padrinhos. 

Após meu demorado banho, me vesti com um lindíssimo vestido vermelho, com detalhes em perolas brancas. Em meus cabelos, fiz um penteado com a ajuda de Psiquê e, já estando devidamente pronta, saí de meu quarto, dando de cara com Apolo.

— Você não irá mesmo ao meu noivado, irmão? — questionei ao passar perto do mesmo.

— Claro que não, Ártemis! Isso tudo não passa de um disparate e, um ato que, além de impensado, é impuro e pecaminoso. — ele falava, contendo raiva em sua voz.

Eu nada mais disse a ele, só passei perto do mesmo, lhe dando as costas, sentindo seu cosmo contendo extremo ódio. Continuei seguindo, até sair de dentro do imenso templo, me encontrando com Hermes, sentado na escada. 

— Themis, você está linda! — o mesmo, que estava a minha espera, falou com um sorriso largo. — O seu noivo ficará babando em você, minha irmã.

— Obrigado pelo elogio, Hermes...

— Você está triste, Themis? É por causa do nosso irmão, não é?

— Hermes, o Apolo continua contra meu relacionamento com o Shaka. Mas isso não me importa, pois hoje ficaremos noivos e, logo casaremos, ele gostando ou não.

— Você está certa! Deixe o Apolo pra lá. Vamos logo pra Terra, pois a Saori e o Shaka estão a nossa espera.

Meu irmão mais novo voou comigo, me segurando firme em seus braços, me fazendo sentir à maravilhosa sensação do vento tocando em nossas peles. Em questão de minutos, já estávamos frente a frente, com nossos amados. Após ele cumprimentar meu loiro e, eu cumprimentar minha irmã caçula, ficamos de mãos dadas com nossos amados. Depois de beijarmos nossos grandes amores, o capitão Nicholas já estava a nossa espera. 

Subimos na embarcação e, o simpático capitão deu a partida no iate — que a minha irmã caçula fretou só para nós aproveitarmos. — para seguirmos com nossa viagem até chegarmos à ilha de Santorini, aonde será nossa festa de noivado.

Já dentro dele, um dos garçons nos serviu vinho, champanhe e Martine. Meu loiro e eu escolhemos champanhe, Hermes pegou uma taça de vinho e, a minha irmã Athena acabou optando pelo Martine, uma de suas bebidas favoritas.

O início de nossa viagem seguiu-se tranquilamente, porém, tanto eu quanto meus dois irmãos, começamos a ter um mau pressentimento, sentindo que algo terrível poderia ocorrer naquela noite tão maravilhosa. Nossa embarcação continuou com sua viagem, seguindo rumo ao nosso destino.

Conforme a embarcação avançava seu caminho, o mar começou a ficar um pouco turbulento, mas logo depois o mesmo se acalmou. Continuamos até chegarmos à ilha de Santorini e, ao desembarcarmos, nossos convidados estavam a nossa espera: alguns deuses, cavaleiros e amazonas.

A nossa festa de noivado se iniciou; todos estavam a aproveitando de forma alegre e descontraída. Tudo foi organizado pelos meus irmãos Athena e Hermes. Meus pais estavam felizes por mim e meu loiro, assim como meus irmãos, meu sobrinho e Psiquê.

A festa continuava tranquila, até que começaram certos tremores na terra e um calor como se estivéssemos dentro de um vulcão. Os tremores aumentavam cada vez mais — muitos ficaram desesperados, ainda mais quando o chão começou a se abrir por debaixo de nossos pés.

Pessoas inocentes vieram a cair no meio do mar de fogo, queimando até a morte. Nós, os deuses, fizemos barreiras de energia, através de nossos cosmos, para poder tentamos salvar o maior número de inocentes, ali na praia e, em outras localidades. Os cavaleiros de minha irmã e os meus anjos nos ajudaram no que podiam...

O desespero dos inocentes corroia os nossos corações, até que de repente, algumas risadas começaram a ecoar, pela ilha, revelando assim a identidade do meu irmão Apolo e, Eris, aquela víbora.

Meu irmão só não fez um estrago pior, porque nossos pais o levaram de volta para o monte Olimpo, junto da cadela da Eris e os trancafiou em uma cela especial.

Pelo menos meu loiro e eu já tínhamos trocado as alianças... Porém, muitos inocentes pagaram com as suas vidas pela minha escolha. Eu estava tão desolada, que resolvi retornar ao monte Olimpo.

Ao chegar lá, escutei meu pai e Apolo discutindo — meu irmão dizia que ele fez tudo isso, por minha culpa. Meu pai falou a ele que iria mandar tanto ele quanto Eris para o Tártaro. Ao ouvir isso, adentrei a cela e me joguei aos seus pés, aos choros, lhe implorando para que não mandasse meu amado irmão, para aquela prisão horrível. 

Ao ver meu sofrimento, meu pai decidiu dar uma nova chance a ele e a Eris...